Gloria Patri et Fílio et Spirítui Sancto. Sicut erat in principio et nunc et semper et in saecula saeculorum. Amen
CONSAGRADO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Escrito por Julio Severo | 28 Abril 2010
Artigos - Movimento Revolucionário
Mesmo com suas declarações pró-pedofilia, ninguém na grande imprensa do Brasil o chama de "escândalo de pedofilia produzido pelo movimento homossexual". Aliás, eles diriam: "Que coisa linda: o Dr. Luiz Mott, professor da Universidade Federal da Bahia, defendendo os direitos sexuais das crianças!"
Não é fácil esconder por muito tempo a homossexualidade e a pedofilia num ambiente onde há restrições morais cristãs.
Mas dentro do marxismo e do movimento homossexual, é possível sair do armário, com o devido acobertamento e proteção, pois ilusões e mentiras fazem parte do jogo homossexual e marxista.
Por isso, não pipocam todos os dias escândalos de pedofilia vindo diretamente do movimento homossexual ou dos movimentos marxistas. É como se no meio deles não existisse nenhuma ameaça sexual aos meninos. É como se ali fosse o paraíso da pureza sexual, o lugar ideal para bebês e crianças.
Contudo, essa não é de forma alguma a realidade. Em 2007, desmascarei para o Brasil inteiro no meu blog o Dr. Denilson Lopes, professor universitário que publicou o artigo "Amando Garotos: Pedofilia e a Intolerância Contemporânea" num site homossexual. Para ver na íntegra o artigo dele salvo no meu blog, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/2007/07/pedofilia-e-homossexualismo.html
Depois de 3 anos, nenhuma autoridade tomou qualquer providência. Mas imagino que se eu tivesse me referido ao defensor da pedofilia como "Padre Denilson Lopes", em menos de 3 dias a mídia nacional e internacional, o Ministério Público Federal, a polícia federal e um bando de outras criaturas apareceriam correndo para denunciar "mais um escândalo de pedofilia da Igreja Católica", omitindo o fato óbvio de que, acima de tudo, Lopes é homossexual. Pelo visto, Lopes está muito bem abrigado e protegido num ambiente acadêmico marxista que, com toda a justiça, merece o nome de "Imbecil Coletivo", título de um dos livros de Olavo de Carvalho.
Com professores universitários como Lopes e Mott, quem agora escreverá o "Coletivo de Pedófilos" para abrir os segredos desse armário marxista e homossexual?
A opção de Mott pelo marxismo e pelo movimento homossexual foi então uma questão de mera sobrevivência.
No entanto, por um lado teria sido bom se ele tivesse se tornado padre ou bispo. Só assim seus escândalos seriam destrancados do armário à força diante do público por uma mídia que está sempre pronta a acobertar a pedofilia dentro do marxismo e do movimento homossexual, mas jamais perde a oportunidade de denunciar padres que abusam de meninos. Mas, claro, sem jamais mencionar a homossexualidade deles, pois isso compromete fatalmente o movimento homossexual.
Para a mídia esquerdista, nesse jogo sujo a única atitude moralmente válida é comprometer a Igreja Católica e suas posições contra o aborto e contra o homossexualismo.
É certeza que se o Vaticano abraçasse totalmente o marxismo, promovendo o aborto e ordenando oficialmente padres, bispos e cardeais homossexuais, os escândalos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica desapareceriam misteriosamente dos noticiários. Afinal, amigo protege amigo.
Se a Igreja Católica fizesse essa mudança oficial, aí a mídia marxista seria obrigada a procurar outro alvo: as igrejas evangélicas conservadoras. O show então começaria: escândalos diários de pedofilia de pastores e outros líderes pipocando freneticamente diante do público.
O movimento homossexual e a elite marxista, que controlam a grande imprensa, sabem muito bem o que fazem quando "noticiam" os casos de abuso homossexual de meninos dentro da Igreja Católica, usando-a como bode expiatório das conseqüências da própria conduta que eles tanto estimulam nas escolas e na sociedade.
Mas homossexual é homossexual, seja na Igreja Católica, nas igrejas evangélicas, no marxismo ou no movimento homossexual.
A vasta maioria dos escândalos de pedofilia na Igreja Católica é de abusos sexuais de meninos, isto é, padres homossexuais abusando de menores de idade do sexo masculino.
Mas por que pensar que só dentro da Igreja Católica os homossexuais cometem abusos sexuais contra meninos? Por que pensar que no marxismo e no movimento homossexual eles automaticamente se tornam santos sexuais e protetores das crianças?
No mundo inteiro, ninguém hoje está lutando mais pela liberação sexual das crianças do que os grupos homossexuais. E, acredite se quiser, por essa "liberação" eles são considerados protetores e defensores de crianças. Nesse sentido, parece que Luiz Mott quer apenas ser um desbravador no Brasil dessa nobre "liberação".
Mesmo com esses sinais claríssimos, veja o tratamento diferenciado que a mídia marxista dispensaria para Mott, dependendo da escolha dele:
1. Como padre ou bispo, Mott seria exposto como o demônio da pedofilia dentro da Igreja Católica. A mídia o usaria para levar o público a entender que sexo de homens com meninos tem tudo a ver com a Igreja Católica e seus valores morais, mas absolutamente nada a ver com o homossexualismo. Ele seria apresentado como escândalo de pedofilia produzido pela Igreja Católica. Eles diriam: "Que coisa horrorosa e criminosa: o padre ou bispo Mott envolvido em pedofilia!"
2. Como marxista e líder do movimento gay, ele é apresentado como um anjo, tendo sido elogiosamente condecorado por Fernando Henrique Cardoso e Lula por ter fundado o Grupo Gay da Bahia, que tagarela enfadonhamente que está havendo um "homocausto" no Brasil. Mesmo com suas declarações pró-pedofilia, ninguém na grande imprensa do Brasil o chama de "escândalo de pedofilia produzido pelo movimento homossexual". Aliás, eles diriam: "Que coisa linda: o Dr. Luiz Mott, professor da Universidade Federal da Bahia, defendendo os direitos sexuais das crianças!"
Enquanto Mott permanecer no marxismo e no movimento homossexual, ele estará protegido e gozando todos os tipos de regalias da imprensa e do governo. Mas ai dele se quiser ser padre ou bispo. A mídia não o perdoará.
Moral da história? Se quiser esconder suas perversões sexuais, não faça isso na Igreja Católica e em nenhuma outra igreja cristã. O marxismo e o movimento homossexual são o armário ideal para esconder segredos sujos.
Como a Igreja Católica do Brasil pode enfrentar essa pilantragem midiática sustentada pelo movimento homossexual e pelo marxismo?
Fechando-se radicalmente para a teologia da "libertação" e abrindo-se radicalmente para o Espírito Santo e seus dons. Quando Mott estudou num seminário católico, era uma excelente oportunidade de ele receber ministração de libertação.
Conforme Marcos 16, o seguidor de Jesus Cristo tem o poder e a autoridade para ministrar cura e libertação para os que estão oprimidos, e é inegável que Mott entrou no seminário oprimido pelo homossexualismo. Mas os seminários católicos estavam infectados com a teologia da libertação e com um liberalismo doentio. O homossexualismo não é prática incomum entre liberais, sejam católicos ou não.
Para evitar abuso sexual de meninos, a Igreja Católica e todas as igrejas cristãs devem fazer uma triagem rigorosa para impedir que homossexuais enrustidos sejam ordenados. E devem se preparar, sob o poder e unção do Espírito Santo, para lidar com todos os que entram em seus seminários com problemas homossexuais. Aliás, essa abordagem apostólica deve ser regra para todos os que entram em igrejas cristãs.
A resposta para prevalecer sobre a mídia tendenciosa, o movimento homossexual e os movimentos marxistas é o Espírito Santo. Nenhuma força na terra, debaixo da terra ou nas esferas espirituais tem mais poder que o Espírito Santo.
O Espírito Santo é também a resposta para os homossexuais que, como Luiz Mott, entram no seminário em busca de soluções espirituais, mas só encontram liberalismo e mais homossexualismo. O Espírito Santo liberta dos piores vícios homossexuais, inclusive do sexo com meninos.
É verdade que ao deixar o seminário, Mott livrou a Igreja Católica de um mega-escândalo. Mas se alguém ali o tivesse ajudado a conhecer e experimentar o Espírito Santo, em vez de dizer hoje que o Cristianismo é opressivo, Mott estaria testemunhado que foi liberto de uma grande opressão.
Agora, quem livrará aquele que livrou a Igreja Católica?
Título original: Luiz Mott livra Igreja Católica de sofrer mega-escândalo de pedofilia
Luiz Mott é muito mais louco do que o megalômano vulgar, mas não é nem um pouco idiota. É esperto ao ponto de vender sua loucura, com sucesso, como sabedoria divina.
O líder gay Luiz Mott, que se diz "Professor Doutor" e talvez o seja mesmo, já que os portadores desses títulos abundam nesta parte do universo, enviou ao jornal eletrônico Mídia Sem Máscara uma carta em que faz restrições literárias e teológicas ao meu artigo "Conspiração de Iniqüidades" (aqui publicado em 25 de junho, http://www.olavodecarvalho.org/semana/070625dc.html ). Sob o primeiro aspecto, ele o chama de "prolixo e pedante texto". Achei particularmente adorável esse negócio de "tetexto" logo na entrada de uma reprimenda estilística. Mas deixemos isso para lá. Os professores doutores, no Brasil, escrevem assim mesmo, e de há muito já desisti de fazer algo por eles.
No que diz respeito ao conteúdo, meu artigo, segundo o referido, "peca pelo abuso dos silogismos e calúnias contra a estratégia do Movimento Homossexual Brasileiro em ter reconhecidos seus direitos elementares de cidadania: do mesmo modo como os pastores e padres não podem nos púlpitos ou nas suas televisões citar e defender os versículos bíblicos que estimulam e abençoam o racismo, a discriminação contra as mulhres e a intolerância religiosa, assim também, a Lei deve proteger os homossexuais dos ataques e calúnias de quantos abusam do santo nome de Deus para semear o ódio contra cidadãos homossexuais que jamais foram condenados pelo Filho de Deus, Nosso Senhora Jesus Cristo. Portanto, Olavo de Carvalho, o Papa Ratzinger, os pastores fundamentalistas et caterva podem espernear à vontade, pois a história mais cedo que se espera, fará justiça contra esses fariseus, reconhecendo que também os homossexuais são templos do Espírito Santo e revelam, quando discriminados, a verdadeira face de Jesus. É legal ser homossexual!"
Eu gostaria de responder a isso, mas creio que não posso fazê-lo. A mensagem, breve o quanto seja, traz tantos pressupostos subentendidos que o simples esforço de elucidar o seu sentido vai consumir praticamente todo o espaço desse artigo.
Em primeiro lugar, se há na Bíblia "versículos que estimulam e abençoam o racismo, a discriminação contra as mulhres e a intolerância religiosa", então, evidentemente, o delito nefando de homofobia não está só nuns quantos padres, pastores e rabinos que "abusam do santo nome de Deus", e sim na própria Bíblia. O livro sagrado dos cristãos e judeus, segundo o Professor Doutor Mott, é criminoso em si. O Professor Doutor se faz de humilde e inofensivo, fingindo criticar apenas uns tantos abusados, quando na verdade ataca e criminaliza duas religiões na sua base mesma, na raiz da sua tradição.
O Professor Doutor não prega abertamente a proibição do livro, mas deixa claro que só está disposto a permitir sua leitura em voz alta se ele for expurgado de todos os trechos considerados inconvenientes. A pergunta "Quem fará a seleção?" é ociosa, pois, de um lado, o Professor Doutor já considerou desqualificados para essa função "o Papa Ratzinger, os pastores fundamentalistas et caterva", subentendendo por esta expressão latina todos os desafetos do movimento gay; de outro lado, ele próprio já fixou o critério seletivo: devem ser excluídos todos os versículos desagradáveis aos gays, às feministas, aos abortistas, aos adeptos de religiões fetichistas e animistas, bem como aos não-cristãos e não-judeus em geral, que se sentem barbaramente discriminados ao ouvir dizer que os primeiros são Filhos de Deus e os segundos são o Povo Eleito. Também não é preciso perguntar o que sobrará da Bíblia depois dessa amputação. Não sobrará nada daquilo que hoje se entende por judaísmo ou cristianismo. O resíduo final não soará ofensivo a ninguém, exceto aos cristãos e judeus, esses discriminadores malditos.
Com relação aos versículos condenados, o Professor Doutor afirma taxativamente que os sacerdotes "não podem" citá-los ou defendê-los nem mesmo dentro de seus templos respectivos. Notem bem. Ele não diz que eles "não devem" fazê-lo. Ele não diz que eles "não poderão" fazê-lo se for aprovada uma lei que os proíba. Ele diz simplesmente "não podem", no presente do indicativo. A proibição vigora portanto desde já, independentemente de aprovado ou não o projeto de lei dito "anti-homofóbico". E não estão proibidos só os versículos anti-homossexuais, mas também os anti-feministas, anti-fetichistas, etc. etc. Estão proibidos não por alguma lei aprovada no Congresso, mas pela decisão soberana do Professor Doutor. Mais ainda: a expressão "não poder" não significa apenas ilegalidade ou proibição. Significa impedimento real, impossibilidade objetiva. Tão logo o Professor Doutor anunciou sua vontade, ela se impõe por si mesma como uma lei cósmica, e contrariá-la se torna tão inviável quanto reverter o curso dos astros ou fazer com que dois mais dois dêem cinco.
Se os leitores duvidam que a autoridade do Professor Doutor seja divina, onipotente e onipresente, leiam com atenção. Ele acaba de impugnar o texto da Bíblia, e no instante seguinte fala em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só podemos concluir que a fonte de onde ele recebeu a mensagem divina não é a Bíblia nem as tradições baseadas nela. É uma revelação direta, que revoga a anterior e traz ao mundo um novo corpo de mandamentos. Mas, se os senhores, com algum ceticismo, perguntam como chegou ao Professor Doutor essa revelação, é porque não entenderam a dupla afirmativa essencial da sua carta: "Os homossexuais são templos do Espírito Santo e revelam, quando discriminados, a verdadeira face de Jesus". Com relação à primeira parte, é claro que templos do Espírito Santo somos todos nós, membros da espécie humana. O Professor Doutor não iria descer do seu pedestal só para repetir uma mensagem velha de dois mil anos. A novidade que ele introduz aí é formidável: os homossexuais são templos do Espírito Santo não enquanto meros seres humanos, mas enquanto homossexuais. Há portanto uma forma especial de ser templo do Espírito Santo, a qual não deriva da condição humana em geral, mas da prática do homossexualismo. O macho da espécie torna-se um templo do Espírito Santo no instante em que vai para a cama com outro igual. A sodomia tornou-se o oitavo sacramento, re velado ao mundo pelo Professor Doutor.
Mas não pensem, por favor, que ele é apenas um profeta a mais, um Jeremias ou Isaías qualquer. Seu verdadeiro estatuto espiritual, infinitamente superior, é elucidado na segunda parte da afirmativa, onde ele declara que o homossexual discriminado - ele próprio, modéstia à parte - "revela a verdadeira face de Jesus".
Eis aí resolvido o enigma das fontes da revelação. O Professor Doutor não "recebeu" a revelação de parte alguma, ele simplesmente é a revelação, é o Logos encarnado que vem ao mundo castigar os fariseus, rasgar as páginas da Bíblia e instaurar a nova legalidade cósmica com a lista do que pode e do que não pode.
A diferença, a novidade radical desse acontecimento é que Cristo, na sua primeira vinda ao mundo, excluiu categoricamente a possibilidade de mudar uma só letra que fosse da Lei e dos profetas. O Segundo Advento copidesca, modifica e exclui páginas inumeráveis, institui o sacramento da sodomia e destina às penas do inferno todos aqueles que, como os profetas hebraicos, enxerguem nessa prática alguma coisa de errado.
Tão logo compreendido o sentido da mensagem do Professor Doutor, nota-se facilmente que ela não pode ser respondida. Não se discute com a autoridade divina, sobretudo quando ela não vem pelos canais indiretos da profecia e da tradição, mas pela própria presença do Verbo que se fez banhas e foi sacudi-las na Parada Gay.
Tudo o que posso fazer diante de acontecimento de tal magnitude é imergir em profundo silêncio contemplativo.
***
Não poder responder à mensagem do Professor Doutor não impede, no entanto, que eu faça a respeito uma distinção básica entre o paranóico megalômano ostensivo e o camuflado. O primeiro declara abertamente que é Deus. O segundo deixa isso subentendido nas entrelinhas. O primeiro desmoraliza-se a si mesmo instantaneamente. O segundo fascina a platéia com um discurso apenas vagamente incoerente mas ao mesmo tempo envolto na aura misteriosa de uma autoridade desconhecida. Uma vez analisado o discurso, ele se revela, ao contrário do que parecia, uma construção lógica perfeitamente coerente, com um só ponto absurdo: a premissa oculta que o sustenta, a fonte mesma da sua credibilidade. Assim, por exemplo, o Professor Doutor pode ao mesmo tempo impugnar a autoridade da Bíblia e falar em nome do Cristo que a consagrou como definitiva e imutável. Parece incoerente, não é mesmo? Vindos logo em seguida um ao outro, esses dois trechos revelariam na mente do seu autor uma desatenção patológica, uma incompreensão radical do sentido do que ele próprio diz. O Professor Doutor Mott, nesse caso, seria apenas um idiota. Mas, por favor, compreendam que o Professor Doutor é o próprio Cristo reencarnado, e a impressão de incoerência se dissipará no mesmo instante. O megalômano ostensivo é apenas um louco vulgar inflado de mania de grandeza. No megalômano camuflado, a mania de grandeza soma-se à astúcia de um sociopata manipulador, capaz de fazer da sua própria loucura uma fonte de autoridade. Ele é muito mais louco, evidentemente, do que o megalômano vulgar, mas não é nem um pouco idiota, como não o era o Doutor Mabuse. É esperto ao ponto de vender sua loucura, com sucesso, como sabedoria divina.
A eficácia hipnótica desse tipo de discurso deriva, na verdade, de um truque bem elementar. A mensagem tem de vir simultaneamente em dois planos: o da contradição aparente e o da premissa oculta que a resolve trocando-a por uma absurdidade substantiva. A contradição, entrevista de longe, provoca no ouvinte um vago desconforto intelectual. Mas, se é um ouvinte de boa vontade, disposto a aceitar o orador como guia confiável, ele atribuirá essa contradição a um erro de percepção dele próprio, não do orador, e por mero automatismo apostará na existência de alguma explicação mais profunda que lhe escapa no momento. Como essa explicação profunda existe realmente, mas o ouvinte não sabe que ela é absurda, a absurdidade oculta adquire então a força estupefaciente de um atrativo mágico, de uma fonte de autoridade secreta e inapreensível. Só a análise integral do raciocínio implícito pode desfazer o encantamento, mas raros ouvintes terão a prudência - e os meios intelectuais - de realizá-la.
Se o Professor Doutor houvesse inventado essa técnica ele seria, além de Deus, um gênio. Mas ela é de uso corrente no movimento revolucionário desde o século XIV pelo menos. O homem são sabe quanto é difícil agir com justiça para com seus próximos. Mas desde aquela época têm aparecido milhões de pessoas que se julgam habilitadas a implantar o reino da justiça no planeta inteiro. Implícita nessa promessa está a pretensão de deslocar o Juízo Final da eternidade para o tempo. De passagem mística para o supratempo que transcende o fim da História, o Dia do Juízo torna-se um episódio da própria História, trazido ao mundo pelas mãos humanas dos revolucionários gnósticos. Cada revolucionário é portanto o próprio Cristo vingador, que baixa dos céus com o látego divino para castigar todos os fariseus, entre os quais, é claro, "Olavo de Carvalho, o Papa Ratzinger, os pastores fundamentalistas et caterva".
Não há, pois, grande originalidade no ardil empregado pelo Professor Doutor. Original, sim, é o ato falho que ele comete logo no início da sua mensagem, ao imputar ao meu artigo o delito de "abuso de silogismos". A acusação é monstruosamente extemporânea, pois esse artigo é uma descrição e análise psicológica de certos fatos, e não uma demonstração silogística do que quer que seja. Ao proferi-la, o Professor Doutor nada disse a meu respeito, mas também não atirou no vazio. Acertou em si mesmo. Não pode haver maior abuso da técnica silogística do que usar uma contradição como anzol para fisgar o ouvinte numa premissa oculta absurda, psicótica em sentido estrito.
Para a desgraça da humanidade, esse tipo de discurso é o de uso mais freqüente entre os revolucionários, profetas do mundo novo e justiceiros globais em geral. Tão freqüente, que já o empregam por mero automatismo e rotina, sem nem precisar conscientizar a intenção maligna com que o fazem.
Se o Professor Doutor usa desse ardil demoníaco para se fazer de portador do Espírito Santo, podem estar cientes de que isso é bem mais grave do que todos os pecados sexuais - homossexuais ou heterossexuais, pouco importa -- que ele possa ter cometido ao longo da vida. Quando o Apóstolo disse: "Nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e as potestades das trevas", estava a&i acute; implícita a seguinte distinção: o que leva o ser humano aos pecados do sexo é o apelo da carne e do sangue. Nenhum crente genuíno e inteligente "combate" esses pecados, nem em si mesmo nem nos outros, mas tenta, com suavidade e paciência, canalizar para algum objetivo espiritualmente legítimo o impulso primário que os move, sabendo, como disse Agostinho, que "as virtudes são feitas da mesma matéria dos vícios". Mas carne nenhuma e sangue nenhum podem inspirar a um ser humano a idéia satânica de fazer-se passar pelo Verbo Divino encarnado para rasgar as páginas do livro que Ele declarou sagrado e intocável. Essa inspiração não tem nada a ver com sexualidade, homo ou hetero: ela vem diretamente dos principados e das potestades, e estes não podem ser melhorados ou transmutados. Não há alquimia, humana ou divina, que devolva o demônio à sua condição originária de anjo. Espiritualmente, o Professor Doutor está numa encrenca dos diabos, no sentido mais literal da expressão. No fundo, ele sabe disso perfeitamente. Não espanta que deposite suas esperanças não no Deus eterno cuja autoridade ele usurpa, e sim na pretensa justiça da deusa História, essa velha prostituta que muda de clientes a cada geração, servindo a quem lhe pague mais.
Santo Tomás de Aquino é único. Cinzelado por Deus mesmo para atingir o cume do intelecto humano, foi teólogo que usou de modo maximamente perfeito o filosófico como servo da ciência sagrada. E toda a sua doutrina foi afirmada pelo magistério da Igreja como a comum desta.
Com respeito à doutrina de Santo Tomás, portanto, quem se queira de fato tomista não pode senão segui-la em espírito e letra. Com efeito, porque o alcance intelectual de todos nós é sempre muitíssimo inferior ao do Doutor Comum da Igreja, como segui-lo em espírito se nos afastamos dele na letra? Fazê-lo é uma temeridade cujo final não pode nunca ser feliz, como o demonstra farta e infelizmente a própria história do tomismo.
Nosso papel aqui, por conseguinte, se cingirá a:
• Defender a doutrina de Santo Tomás das objeções que se lhe fazem;
• Resgatar do erro pontos da obra do Doutor Angélico que tenham sido mal compreendidos até por tomistas;
• Tentar ordenar pontos que se encontrem dispersos pela obra de Santo Tomás;
• Aplicar a doutrina tomista a questões de que, por diversas razões, não se ocupou o Aquinate.*
• Mostrar que grande parte do que hoje se diz tomismo não passa de deformação ou mutilação da doutrina de Santo Tomás.
Sim, porque, como veremos e ao contrário do que tantos querem fazer crer atualmente, tudo na obra de Santo Tomás não se ordena finalmente senão a Deus e a seu Reino assim na terra como no céu.
Em tempo: Nosso agradecimento a Letícia de Paula pelo belo layout do blog.
* Buscando sempre, porém, nos campos não diretamente explorados por Santo Tomás, conclusões o mais imediatas possível do expressamente dito por ele.
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No solo no le debemos al magisterio conciliar, en cuanto es tal, obediencia alguna en ningún punto, sino que debemos mantener frente a él una continua e intransigente oposición católica.
Non seulement nous ne devons pas obéissance au magistère conciliaire, en tant que tel, en aucun point, mais aussi nous devons lui faire une oposition catholique intransigeante et continue.
Not only we are not bound to obey the teaching of the council, as such, in any point, but rather we must keep against it a permanent and intransigent Catholic opposition.
Non solo non dobbiamo al magistero conciliare, come tale, alcuna ubbidienza in nessun punto, ma dobbiamo affrontarlo con un’intransigente ed incessante opposizione cattolica.
Com a proximidade da sessão em que o Supremo Tribunal Federal votará a ADPF 54 (aborto de anencéfalos), convém assistir ao comovente depoimento dos pais de Júlia, uma criança anencéfala nascida em Anápolis (GO) em 04/03/2010 às 7h30min. Batizei-a logo após o parto. A mãe foi trazida em uma maca para se despedir de sua filha, conforme desejava. A criança morreu cerca de uma hora após o nascimento. Sabiamente, os pais de Júlia tomaram a decisão de amá-la até o último momento, rejeitando a "solução" do aborto que lhes fora proposta. Na transcrição a seguir, procurou-se conservar a linguagem falada, entrecortada por emoções.
Carla, mãe de Júlia:
Descobri no quinto mês de gravidez o problema da Júlia. Quando eu descobri o problema dela, a médica me explicou que poderia ser feito um aborto. Perguntei à médica se poderia continuar com a gravidez. Ela disse que poderia, mas que não tinha necessidade, que eu iria sofrer muito se prosseguisse com a gravidez. E se eu fizesse um aborto, […] iria evitar mais sofrimento para mim. Eu já estava decidida a continuar com a gravidez. Procurei o Pró-Vida de Anápolis para me orientar de alguma coisa. Foi no Pró-Vida que eu descobri o problema de minha filha, que eu entendi o problema dela. Eu sabia que ela não tinha formado o crânio. Até então era só isso. E que não tinha chance nenhuma de vida. Foi através do Pró-Vida que eu vi o relato de outras mães, que eu vi fotos de bebês anencéfalos, e entendi o problema da minha filha. E eu tive uma orientação e uma força muito grande para poder continuar coma minha gravidez. Eu tive um apoio muito grande.
Eu tinha um bebê de quatro meses [de nascido] quando descobri que estava grávida. E no início foi um susto muito grande. Eu estava tão feliz com a gravidez anterior que eu desejava muito essa criança. E ao mesmo tempo eu tinha que me preparar para o desfecho que teria esta outra filha que eu estava esperando. Tentei aproveitar ao máximo a minha gravidez. Pedi muito a Deus que eu queria vê-la antes de ela morrer. Era o meu maior desejo. Poder dar o Batismo para ela, ficar com ela pelo menos um momento que fosse...
Consegui levar minha gravidez até o final. Minha filha morreu uma hora depois do parto. Conheci minha filha. Vi ela viva ainda. É um sentimento que não tenho como explicar. Hoje eu penso nela... Eu queria ter mais tempo ainda com ela. Cada minutinho que eu passei com ela compensou todo o sofrimento que eu tive. Quando eu vi o rosto dela, foi a melhor sensação que eu já tinha sentido na minha vida.
Tenho outros dois filhos. Não tem como explicar. Quando eu olho as fotos da minha filha, quando eu me lembro dela, do meu parto… Como que as pessoas querem tirar... abortar uma criança que... tem tudo? Ela só não ia viver. Eu só não ia ver a minha filha. Mas durante a minha gravidez ela mexia muito, como a minha outra filha, às vezes até mais... [...] Ela morreu uma hora depois do parto. Eu fui para a Santa Casa ganhar neném. Olhar as fotos dela, lembrar dela… Nunca, nunca na minha vida, é uma coisa que não tem como nem pensar a questão de aborto. Não tem como pensar nisso. Como é que uma pessoa consegue?
Quando me cogitaram a ideia de fazer aborto — e foram várias vezes que minha médica tentou — eu não consigo imaginar palavras... Como eu poderia estar hoje se eu tivesse feito aborto da minha filha? É um sentimento, uma coisa que eu não consigo passar pela minha cabeça. Para mim não existe. É uma coisa que não existe.
Mas se tivesse [feito aborto], não me ajudaria em nada. Só iria piorar o sentimento que eu estava. O que ajudou muito foi o tempo que eu passei com minha filha... [...]
Mas tudo que eu pudesse imaginar se eu tivesse tirado... não iria me ajudar em nada e sim [teria] piorado muito mais a minha situação.
Como mãe, a maior satisfação que eu tenho foi o dia em que minha filha nasceu, que eu olhei para ela, que todo o amor que eu tinha por ela, quando eu olhei nela, aquilo me valeu a pena. Valeu e eu viveria tudo de novo se eu pudesse estar mais tempo com ela.
Eu não me arrependo, em momento nenhum de não ter feito aborto. [...] Mãe, ela está aqui para dar a vida e não para estipular uma hora e nem que esse filho tem que viver até aqui e pronto. Ela está dando a vida pelo filho... Se ele tem saúde, se ele vai viver ou não, independente do tempo que ele vai viver, ela vai dar a vida para ele; agora, tirar não.
Eu não me arrependo novamente de não ter feito o aborto. [...]. Eu acho que não tem como uma mãe estipular uma hora até que o filho tenha que viver. Uma mãe nunca vai se arrepender de carregar o filho, passar por uma gravidez, por qualquer dificuldade que seja. A dificuldade maior é saber que eu estipulei até uma hora de meu filho viver: "ele vai viver até aqui porque não vai ser bom para mim".
Eu acho que a satisfação de uma gravidez, da hora de um parto, independente da hora que o filho vai viver, isso apaga qualquer sofrimento que uma mãe passa.
Kleber, pai de Júlia:
Graças a Deus, a gente conduziu até o final essa gravidez [...].
O aborto é um crime na verdade. As pessoas falam como se fosse uma coisa banal, e não é.
A gente conduziu até o final, graças a Deus, com a ajuda de Deus.
No dia que ela nasceu, a Carla ficou internada, eu acompanhei o enterro da minha filha. E depois que teve o desfecho do enterro, a sensação era de um dever cumprido, consciência limpa, graças a Deus. Acho que a principal lição foi essa: de consciência limpa perante a sociedade e perante Deus principalmente, de não ter feito alguma coisa de errado.
Carla (chorando):
Eu sinto saudade da minha filha... [...] Não tem nada que preencha o espaço dela. Eu tenho dois filhos, mas o lugar dela para mim está lá. Ela é minha terceira filha. Para mim não tem nada que preencha o lugar dela. É a minha filha. É alguém que... Hoje ela estaria com quatro meses. Então a gente lembra: "Hoje ela estaria com um mês, dois meses... E se ela estivesse aqui, como seria?..." A gente se lembra dela como alguém lá em casa. Ela tem um lugar dela para mim e nenhum dos meus filhos substitui ela. A gente pensa como ela estaria hoje... o tamanho com que ela estaria crescendo...
Venha participar conosco em um dia de Retiro a realizar-se no dia 15/07/2012 das 9:00 às 16:00h, conduzido pelo Pe. Serafim Maria, FMDJ
Tema do retiro será:
"Seguindo Jesus, encontrando a paz interior"
Ser cristão é um caminho, ou melhor, uma peregrinação, um caminhar juntamente com Jesus Cristo. Ir naquela direção que Ele nos indicou e indica". "Mas de qual direção se trata?" É o caminho da seqüela de Cristo. "O ser humano pode escolher a estrada fácil e evitar qualquer esforço. Pode descer a um nível baixo, para o que é indigno, pode enterrar-se no lodo da mentira e da desonestidade, mas Jesus caminha à nossa frente e caminha em direção ao alto".
"Ele [Jesus] nos conduz para o que é grande, puro, nos conduz para o ar sadio das alturas: para a vida segunda a verdade; para a coragem que não se deixa intimidar pelo palavreado das opiniões dominantes; para a paciência que suporta e sustenta o outro. Nos conduz à disponibilidade para com os que sofrem, para com os abandonados; para a fidelidade que está da parte do outro mesmo quando a situação se torna difícil. Nos conduz ao amor – nos conduz a Deus".
O retiro será no Mosteiro Menino Jesus, na Av. Antônio Carlos Benjamim dos Santos, 3973, São Paulo, Próximo ao Terminal Varginha, em frente ao Campo do Rivelino, para mainformações, custos, e cadastro entre em contato conosco: 11 5526-2047 retirocmj@terra.com.br
HORÁRIO DA CASA
09h:00 ACOLHIDA E CAFEZINHO
09h:30minTERÇO MEDITADO COM MARIA
10h:00minLANCHE
10h:10min1ª COLOCAÇÃO
11h:20min ORAÇÃO E MEDITAÇÃO EM SILÊNCIO
12h:00min ANGELUS / ALMOÇO
12h:30min MOMENTO DE LOUVOR
13h:00min 2ª COLOCAÇÃO
14h:00min ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO
14h:45min PREPARAÇÃO PARA MISSA
15h:00min MISSA
15h:50min CAFEZINHO E ENCERRAMENTO
Horários a serem seguidos religiosamente!!!!
AS CONFISSÕES INICIAM APÓS A PRIMEIRA COLOCAÇÃO 11:20HS E TERÃO O SEU TÉRMINO ÀS 13h:00.
OBSERVAÇÕES:
1) O RETIRO SERÁ CONDUZIDO EM UM CLIMA DE SILÊNCIO E MEDITAÇÃO.
2)PARA FAZER UM BOM RETIRO, TENHA COM VOCÊ, CANETA E CADERNO PARA ANOTAÇÕES, COMO TAMBÉM A SAGRADA ESCRITURA.
Com os retiros, pretendemos proporcionar um ambiente de silêncio, para que cada participante faça a experiência profunda do encontro pessoal com o Senhor.
Diz o Senhor: "Te conduzirei a um local solitário e falarei ao teu coração!" (Os 2,14).
Nosso empenho:
Com a ajuda de Nossa Senhora, nos empenhamos em transmitir um pouco da nossa experiência contemplativa e da nossa espiritualidade "Beneditina e Mariana", embasados na "Palavra de Deus" e nas "Mensagens de Nossa Senhora Rainha da Paz".
A jornada dos retiros é composta por Pregações, Meditações em silêncio, Adoração ao Santíssimo (conduzida), Oração do Santo Terço e Partilha do Grupo, encerrando com a Santa Missa.
Nosso desejo:
De um modo particular, nos esforçamos para que cada participante possa ser alimentado e convertido pela Palavra de Deus, fazendo o encontro vital com Cristo Palavra Viva que interpela, orienta e plasma o coração humano, e assim transforma-nos em servidores do anúncio evangélico. Pois é Cristo a única palavra e a única resposta para a nossa vida.
Desejamos também que cada participante faça uma profunda experiência com Maria Rainha da Paz, que nos ensina a rezar com o coração e a colocar Jesus no centro de nossas vidas.
O que encontrará:
Temos a certeza que encontrará aqui, um clima de acolhida, silêncio, paz, simplicidade e família e, sobretudo pessoas preparadas para acompanhar espiritualmente os grupos, indicando o caminho da "Escola de Oração e Santidade". Este é o pedido feito por Nossa Senhora em Medjugorje, e que se encontra em comunhão com o Magistério da Igreja.
"Ó DEUS ETERNO E ONIPOTENTE, QUE OLHAIS A TERRA E A FAZEIS ESTREMECER, PERDOAI AOS QUE VOS TEMEM E SEDE INDULGENTE COM OS QUE VOS IMPLORAM, A FIM DE QUE, DEPOIS DE VERMOS COM TERROR A VOSSA IRA ABALAR OS FUNDAMENTOS DA TERRA, SINTAMOS A VOSSA MISERICÓRDIA REPARAR OS ESTRAGOS PRODUZIDOS. PER DÓMINUM NOSTRUM JESUM CHRISTUM…"
QUEM É O HOMEM DIANTE DE DEUS? A QUEM PERTENCE O PRÓXIMO MINUTO DE SUAS VIDAS? O QUE PODE AJUNTAR A HUMANIDADE EM TORNO DE SI QUE ACRESCENTARÁ UM SÓ CÔVADO NOS SEUS DIAS? PARA QUE "DEUS" SE IRÁ INVOCAR A PROTEÇÃO OU QUANTA RIQUEZA SE PODERÁ ACUMULAR QUE COMPRARÁ SUA SAÚDE, SUA VIDA, SENDO QUE O TEU PRÓXIMO MINUTO DE VIDA NÃO TE PERTENCE? O AMANHÃ NÃO SE SABE SE HAVERÁ PARA NÓS. O MAIS RICO DOS HOMENS NÃO PODE DIZER: - NESTA MANHÃ TENHO CERTEZA QUE VIVEREI DURANTE A TARDE. AS TRÊS PERGUNTAS CLÁSSICAS DA FILOSOFIA: QUEM SOU? DE ONDE VIM? PARA ONDE IREI? A PERGUNTA CLÁSSICA DA ALMA QUE SOFRE: POR QUE DEUS PERMITE O SOFRIMENTO, SENDO ELE BOM? PARA NOSSA CONVERSÃO, PARA QUE SAIBAMOS QUE SOMOS TOTAL E ABSOLUTAMENTE DEPENDENTES D'ELE E QUE NADA QUE FAÇAMOS, NADA QUE PENSEMOS, NADA QUE CONSTRUIRMOS, PODERÁ IMPOR BARREIRAS À LEI NATURAL E DIVINA. AS TRAGÉDIAS VEM DE ENCONTRO AO OCIDENTE E AO ORIENTE; O PRIMEIRO MATERIALISTA, ARROGANTE, MERGULHADO NO CAPITAL, NA CONCORRÊNCIA DESUMANA, NA BUSCA DA PROSPERIDADE; NO CULTO AO CORPO, NO HEDONISMO; O SEGUNDO ATEU, PAGÃO E APÓSTATA E OBSTINADO EM IMITAR O OCIDENTE E SUA BUSCA PELO CAPITAL: UM ORIENTE QUE SE OCIDENTALIZA. DEUS PERMITE A DOR PARA TORNAR CARNE UM CORAÇÃO DE PEDRA, PARA RETIRAR AS TRAVES DOS OLHOS: - EU SOU O SENHOR, NADA EXISTIRIA SEM MIM E SE ALGUÉM ESTÁ VIVO É PORQUE PERMITO ESTE SEU MINUTO DE VIDA. VOLTEMOS NO TEMPO, AO TEMPO DE JÓ E DE SUAS DORES; ELE ESMAGADO POR DEUS QUESTIONA SEU SOFRIMENTO, E ESPECIALMENTE NOS CAPÍTULOS 38, 39 E 40 VEMOS A RESPOSTA DO SENHOR QUE FEZ O CÉU, A TERRA E QUE PERMITE QUE RESPIREMOS ENQUANTO LEMOS E ESCREVEMOS, TRABALHOS E DESCANSAMOS, SEM SABERMOS SE ESTE SERÁ NOSSO ÚLTIMO SUSPIRO NA TERRA: - ONDE ESTAVAS, JÓ, QUANDO LANCEI OS FUNDAMENTOS DA TERRA? FALA, SE ESTÁS INFORMADO DISSO. O DISCURSO DIVINO SE PROLONGA POR VÁRIAS LINHAS E JÓ SE RESIGNA E ACEITA SUAS DORES. ONDE ESTAVAS , QUANDO LANCEI OS FUNDAMENTOS DA TERRA? QUANDO CRIEI AS PLACAS TECTÔNICAS COM MINHA PROVIDÊNCIA PARA GOVERNAR PELA LEI NATURAL O MOVIMENTO DA TERRA? QUANDO AS FIZ PARA SEPARAR OS CONTINENTES UNS DOS OUTROS E FORMAR MEUS POVOS E NAÇÕES? QUEM TU ERAS QUANDO PUS LIMITES AO MAR PARA QUE ORDINARIAMENTE NO NORDESTE DE TEU PAÍS ELE FICASSE CONTIDO PELA TERRA? QUEM FECHOU AS PORTAS DO MAR PARA QUE ELE NÃO INVADISSE O SOLO QUE HABITAIS? ALGUM DIA INDICASTE À AURORA O SEU LUGAR DIZENDO QUE HAVERIA UMA AMANHÃ PARA MUITOS DE TEUS CIDADÃOS? TU FOSTE, ATÉ ÁS FONTES DO MAR COMO EU FUI E CRIEI, CONHECES AS PROFUNDEZAS DO ABISMO DA TERRA ONDE ERGUI OS ALICERCES? QUEM ÉS TU , QUEM SOIS VÓS POVOS DO MUNDO PARA SABER QUANDO IRÃO APARECER, PORVENTURA E POR MEU DESIGNO, AS PORTAS DA MORTE? FALEM-ME SE SABEM DE TUDO ISSO! EU FIXEI O TEMPO DA GRAVIDEZ DAS MULHERES, DA LEOA, DA CORSA. NÃO É A LEOA QUE ALIMENTA SEUS FILHOTES, SOU EU QUE CAÇO A PRESA PARA QUE SEUS FILHOTES SE ALIMENTEM, PORQUE QUANDO ELES GRITAM DE FOME, NÃO GRITAM PARA A LEOA QUE OS GEROU, MAS PARA MIM QUE PERMITO QUE ELA FAÇA SUA CAÇADA QUANDO OS LEÕEZINHOS ANDAM DE UM LADO PARA O OUTRO SEM COMIDA. SOU EU QUE ALIMENTO OS PÁSSAROS, QUE COLOQUEI A NEVE NO ALTO DAS MONTANHAS E FIZ DELA A MORADA DAS CABRAS MALTESAS. QUEM ERAS TU JÓ, HUMANIDADE INTEIRA QUANDO EU DETERMINEI QUEM VIVERÁ OU MORRERÁ, QUANDO A TERRA IRÁ TREMER, QUE PERMITE QUEM COMERÁ OU TERÁ FOME. JÓ SE RESIGNA, TOMA SOBRE SI SUAS DORES. ASSIM FAÇA A HUMANIDADE INTEIRA: NADA SOMOS SEM DEUS, PORQUE ELE PODE FAZER RUIR POR UM SÓ ATO DE VONTADE TODAS AS COLUNAS DA SOCIEDADE QUE HOJE RENUNCIOU O DOMÍNIO SOCIAL DE VOSSO FILHO CRISTO REI E DAQUELAS QUE OBSTINADAMENTE RECUSAM RECEBÊ-LO. POR FIM, DEUS DIZ AO SOFREDOR JÓ: ABAIXA TEU ORGULHO E NÃO REDUZA MINHA JUSTIÇA. SIM, A JUSTIÇA DIVINA É PARA CONTER NOSSO ORGULHO, PORQUE NEM TODA ENGENHARIA, NEM TODO DINHEIRO, NENHUMA PROSPERIDADE SERÁ CAPAZ DE ABRANDAR O PESO DO BRAÇO DE DEUS. FAZER TUDO O POSSÍVEL PARA SALVAR VIDAS É BOM, AMAR A DEUS É SUPREMO. POR QUE O SENHOR PERMITE A DOR? PARA QUE DIGAM QUE EU SOU O SENHOR VOSSO DEUS, QUE DETERMINEI QUE HOUVESSE MAIS UMA DIA DE VIDA NA SUA HISTÓRIA E QUE A QUALQUER MOMENTO O CHAMAREI PARA PRESTAR CONTAS DOS TALENTOS QUE ENTREGUEI PARA TODOS OS HOMENS E MULHERES
LITURGIA DO DIA 14 DE JULHO DE 2012
PRIMEIRA LEITURA: ISAÍAS 6, 1-8
XIV SEMANA COMUM* , (VERDE - OFÍCIO DO DIA) - LEITURA DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS- 1NO ANO DA MORTE DO REI OZIAS, EU VI O SENHOR SENTADO NUM TRONO MUITO ELEVADO; AS FRANJAS DE SEU MANTO ENCHIAM O TEMPLO. 2OS SERAFINS SE MANTINHAM JUNTO DELE. CADA UM DELES TINHA SEIS ASAS; COM UM PAR (DE ASAS) VELAVAM A FACE; COM OUTRO COBRIAM OS PÉS; E, COM O TERCEIRO, VOAVAM. 3SUAS VOZES SE REVEZAVAM E DIZIAM: SANTO, SANTO, SANTO É O SENHOR DEUS DO UNIVERSO! A TERRA INTEIRA PROCLAMA A SUA GLÓRIA! 4A ESTE BRADO AS PORTAS ESTREMECERAM EM SEUS GONZOS E A CASA, ENCHEU-SE DE FUMO. 5AI DE MIM, GRITAVA EU. ESTOU PERDIDO PORQUE SOU UM HOMEM DE LÁBIOS IMPUROS, E HABITO COM UM POVO (TAMBÉM) DE LÁBIOS IMPUROS E, ENTRETANTO, MEUS OLHOS VIRAM O REI, O SENHOR DOS EXÉRCITOS! 6PORÉM, UM DOS SERAFINS VOOU EM MINHA DIREÇÃO; TRAZIA NA MÃO UMA BRASA VIVA, QUE TINHA TOMADO DO ALTAR COM UMA TENAZ. 7APLICOU-A NA MINHA BOCA E DISSE: TENDO ESTA BRASA TOCADO TEUS LÁBIOS, TEU PECADO FOI TIRADO, E TUA FALTA, APAGADA. 8OUVI ENTÃO A VOZ DO SENHOR QUE DIZIA: QUEM ENVIAREI EU? E QUEM IRÁ POR NÓS? EIS-ME AQUI, DISSE EU, ENVIAI-ME. - PALAVRA DO SENHOR
SALMO RESPONSORIAL (SALMO 92)
REFRÃO: REINA O SENHOR, REVESTIU-SE DE ESPLENDOR
1. O SENHOR É REI E SE REVESTIU DE MAJESTADE, ELE SE CINGIU COM UM CINTO DE PODER. A TERRA, QUE COM FIRMEZA ELE ESTABELECEU, NÃO SERÁ ABALADA. - R.
2. O SENHOR É REI E SE REVESTIU DE MAJESTADE, ELE SE CINGIU COM UM CINTO DE PODER. A TERRA, QUE COM FIRMEZA ELE ESTABELECEU, NÃO SERÁ ABALADA. DESDE TODA A ETERNIDADE VOSSO TRONO É FIRME E VÓS, VÓS DESDE SEMPRE EXISTIS. - R.
3. VOSSAS PROMESSAS SÃO SEMPRE DIGNAS DE FÉ, E A VOSSA CASA, SENHOR, É SANTA NA DURAÇÃO DOS SÉCULOS. - R.
EVANGELHO: MATEUS 10, 24-33
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO, SEGUNDO MATEUS- NAQUELE TEMPO, 24O DISCÍPULO NÃO É MAIS QUE O MESTRE, O SERVIDOR NÃO É MAIS QUE O PATRÃO. 25BASTA AO DISCÍPULO SER TRATADO COMO SEU MESTRE, E AO SERVIDOR COMO SEU PATRÃO. SE CHAMARAM DE BEELZEBUL AO PAI DE FAMÍLIA, QUANTO MAIS O FARÃO ÀS PESSOAS DE SUA CASA! 26NÃO OS TEMAIS, POIS; PORQUE NADA HÁ DE ESCONDIDO QUE NÃO VENHA À LUZ, NADA DE SECRETO QUE NÃO SE VENHA A SABER. 27O QUE VOS DIGO NA ESCURIDÃO, DIZEI-O ÀS CLARAS. O QUE VOS É DITO AO OUVIDO, PUBLICAI-O DE CIMA DOS TELHADOS. 28NÃO TEMAIS AQUELES QUE MATAM O CORPO, MAS NÃO PODEM MATAR A ALMA; TEMEI ANTES AQUELE QUE PODE PRECIPITAR A ALMA E O CORPO NA GEENA. 29NÃO SE VENDEM DOIS PASSARINHOS POR UM ASSE? NO ENTANTO, NENHUM CAI 30ATÉ OS CABELOS DE VOSSA CABEÇA ESTÃO TODOS CONTADOS. 31NÃO TEMAIS, POIS! BEM MAIS QUE OS PÁSSAROS VALEIS VÓS. 32PORTANTO, QUEM DER TESTEMUNHO DE MIM DIANTE DOS HOMENS, TAMBÉM EU DAREI TESTEMUNHO DELE DIANTE DE MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS. 33AQUELE, PORÉM, QUE ME NEGAR DIANTE DOS HOMENS, TAMBÉM EU O NEGAREI DIANTE DE MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS. - PALAVRA DA SALVAÇÃO
MENSAGEM DO DIA 25 DE JANEIRO DE 2007 - "QUERIDOS FILHOS! COLOQUEM A SAGRADA ESCRITURA NUM LOCAL VISÍVEL EM SUAS FAMÍLIAS E LEIAM-NA. ASSIM CONHECERÃO A ORAÇÃO COM O CORAÇÃO E SEUS PENSAMENTOS ESTARÃO EM DEUS. NÃO ESQUEÇAM QUE VOCÊS SÃO PASSAGEIROS COMO UMA FLOR DO CAMPO, QUE SE VÊ DE LONGE, MAS DESAPARECE NUM INSTANTE. FILHINHOS, ONDE QUER QUE VOCÊS VÃO, DEIXEM UM SINAL DE BONDADE E AMOR, E DEUS OS ABENÇOARÁ COM A ABUNDÂNCIA DE SUAS BÊNÇÃOS. OBRIGADA POR TEREM RESPONDIDO AO MEU CHAMADO!"- MENSAGEM DE NOSSA SENHORA EM MEDJUGORJE
A IGREJA CELEBRA HOJE , SÃO CAMILO DE LÉLLIS - NASCEU NO ANO DE 1550 NA ITÁLIA. FILHO DE PAI MILITAR, TAMBÉM SEGUIU ESSA CARREIRA, MAS NÃO PODE PROSSEGUIR DEVIDO A UM TUMOR EM UM DOS PÉS. RECORREU AO HOSPITAL DE SÃO TIAGO EM ROMA, ONDE VIVEU SUA COMPAIXÃO PELOS OUTROS DOENTES. PORÉM, ELE DEU UM 'SIM' AO PECADO, ENTREGANDO-SE AO VÍCIO DO JOGO, ONDE PERDEU TUDO E FICOU NA MISÉRIA TOTAL. SAIU DO HOSPITAL DEVIDO O SEU TEMPERAMENTO. FOI DE HOSPITAL EM HOSPITAL PARA CUIDAR DE SUA FERIDA, ATÉ BATER NA PORTA DOS FRANCISCANOS CAPUCHINHOS E ALI QUIS TRABALHAR NA OBRA DE DEUS. COM 25 ANOS COMEÇOU O SEU PROCESSO DE CONVERSÃO. NO HOSPITAL EM ROMA, DEUS SUSCITOU NELE A SANTIDADE DE VER NOS DOENTES A PESSOA DE CRISTO E TAMBÉM O CARISMA DOS 'CAMILIANOS'. CAMILO TAMBÉM VIVEU UMA BELA AMIZADE COM SÃO FELIPE NÉRI. ENTROU PARA OS ESTUDOS, FOI ORDENADO SACERDOTE, E VENDO A REALIDADE DOS PEREGRINOS DE ROMA, QUE NÃO TINHAM UMA ASSISTÊNCIA MÉDICA DIGNA, FOI BROTANDO NELE O CARISMA DE SERVIR A CRISTO NA PESSOA DO DOENTE, DO PEREGRINO. E MUITOS SE JUNTARAM A ELE NESSA OBRA. EM CADA SOFREDOR ESTÁ A PRESENÇA DO CRUCIFICADO. SÃO CAMILO PARTIU PARA O CÉU EM 1614. SÃO CAMILO DE LÉLLIS, ROGAI POR NÓS!
E o anjo, ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão. Levados por um movimento sobrenatural imitamo-lo e repetimos as palavras que lhe ouvimos pronunciar:
– Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Depois de repetir isto três vezes, ergueu-se e disse:
– Orai assim. Os Corações de Jesus e Maria estão atentos à voz das vossas súplicas.
Na terceira aparição do anjo...
Rezamos aí o terço e a oração que na primeira aparição o Anjo nos tinha ensinado. Estando, pois, aí, apareceu-nos pela terceira vez, trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração:
– Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.
(É bom rezarmos estas orações quando estamos diante do Sacrário, nas Missas ou diante do Santíssimo Sacramento exposto para adoração.)
ORAÇÃO DE NOSSA SENHORA A vidente Lúcia (Irmã Lúcia) conta que Nossa Senhora em 13 de Julho de 1917 recomendou: "Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria!"
Na mesma aparição, Nossa Senhora acrescentou:
"Quando rezais o terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem".
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em ato de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo. Sob a proteção do Vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém.
Em defesa da ciência e da profissão
SÁBADO, 14 DE JULHO DE 2012
Os "barnabés" da psicologia
“Fala-se dos homossexuais. Trata-se dos homossexuais. Não se curam os homossexuais. E o mais impressionante é que não são curados, a despeito de serem absolutamente curáveis” (Jacques Lacan, Seminário ‘As formações do Inconsciente’, livro 5, Capítulo XI, pág. 214, ed. Jorge Zahar, 1999)
Suponhamos que a Psicanálise estivesse regulamentada como profissão no Brasil e seu órgão de classe fosse à imagem e semelhança do Conselho Federal de Psicologia. Suponhamos ainda, caro leitor, que o eminente psicanalista Jacques Lacan, uma vez nascido brasileiro, cá estivesse entre nós, mais vivo do que nunca. Alguém tem dúvida de que as declarações em epígrafe, feitas durante um de seus inúmeros seminários, seriam motivo suficiente para atiçar a fúria dos ativistas LGBTs, deflagrando contra seu autor uma espécie de campanha macarthista? Creio que não. Com toda certeza, veríamos uma militância radical e facciosa despejar sobre o hipotético “Conselho Federal de Psicanálise” – doravante designado pela sigla CFP – uma saraivada de protestos, denúncias e representações disciplinares, algo capaz de infernizar a vida de qualquer profissional consciencioso.
Imagine a cena kafkiana: conselheiros do CFP se reúnem às pressas num gabinete cor-de-rosa da capital para redigir censura pública contra um dos maiores psicanalistas do século XX! Como qualquer pessoa razoável, você deve estar se perguntando de que autoridade intelectual ou moral se valem esses conselheiros, e se existiriam de fato motivos plausíveis para punir o psicanalista. Alguma heresia? Algum pecado capital? Algum delito de opinião? Nada disso. A grande encrenca de Jacques Lacan é que sua opinião sobre a “cura gay”, certa ou errada, se pauta unicamente por critérios empíricos, teóricos e/ou clínicos. E se há uma coisa que os conselheiros, ou melhor, que os “comissários do povo” não podem aceitar, é a “alienação” de uma “ciência burguesa”.
Na cartilha submarxista dos comissários, toda e qualquer construção teórica que se atenha aos indícios e evidências da prática clínica, padece de um vício de origem absolutamente intolerável. Idéias sem pedigree ideológico não assumem “compromissos sociais”, não propiciam o engajamento político ou favorecem a “justiça social”. E não adianta. Por mais que você tente explicar aos comissários que o maior compromisso social da ciência é produzir conhecimento, eles não querem nem saber. O negócio deles é afagar ativistas radiais e barulhentos, coisa que sempre fazem sob o nobre pretexto de defender os “direitos humanos”.
É nessa atmosfera mental que pronunciamentos como o de Jacques Lacan, independente do mérito científico que porventura tenham, acabam sendo alvo dos mais variados vitupérios. Como bons burocratas, os comissários do CFP fogem às discussões teóricas, sobretudo quando o assunto é complexo e demanda certo esforço intelectual. Para eles, é mais fácil baixar uma resolução e, usando seu poder de polícia, suprimir possíveis controvérsias.
A lógica stalinista dos comissários do CFP funciona como o tribunal da rainha de copas em Alice nos País das Maravilhas. Se existe uma contenda científica em torno d’algum tema, eles proferem a sentença por meio de uma resolução, e só depois, quando se instaura o processo disciplinar, é que vem o julgamento. Eu sei que o método não é lá muito democrático, mas é o jeito soviético de ser dos nossos comissários.
Agora, sejamos francos: existe gesto mais boçal do que “barnabés” de uma repartição pública chamando às falas um intelectual do porte de Jacques Lacan? Logo ele, um queridinho das esquerdas, acusado injustamente de “reforçar preconceitos sociais” (vide art. 3º da resolução 01/99), apenas porque teve a petulância de defender publicamente a tal “cura gay”? Quanta infâmia, não?!
E se esse "linguarudo" pensa que seus problemas acabaram, está enganado. Tão-logo os ativistas gays se dêem conta de que suas mais loucas pretensões foram averbadas pelo carimbo de um órgão oficial, eles largam o mundo da fantasia e passam imediatamente ao ato, iniciando uma verdadeira "caça às bruxas" contra o ilustre psicanalista. Assim, eles se infiltram no seu consultório, filmam clandestinamente sua prática clínica, jogam sua reputação profissional na sarjeta, até que o pobre coitado, infectado por uma espécie de lepra social, perde por completo os meios de subsistência. Quem já não viu esse filme? Basta lembrar o caso da psicóloga Rozângela Justino, contra a qual foi perpetrado o maior “assassinato de personalidade” já registrado na história da psicologia brasileira.
Mas, caro leitor, nem só de simpatias gayzistas vive nosso hipotético CFP. As teses materialistas e atéias também despertam afinidades entre os comissários. Embora não cheguem ao ponto de assumi-las em público, suas tendências niilistas acabam transparecendo sob a forma atenuada de um discurso laicizante. Com a alegação de que defendem uma “ciência secular” desde a autoridade de um Estado laico, o CFP crê piamente que pode impedir psicólogos de professar sua fé ou manifestar adesão a valores religiosos. Nem precisa lembrá-los de que as garantias constitucionais, válidas para todos os cidadãos, também se aplicam aos psicólogos. Basta que eles entendam que, num Estado laico, só quem não pode ostentar preferências religiosas é o próprio poder público, e não os cidadãos que ele governa. O mesmo raciocínio se aplica à relação existente entre o CFP e seus associados.
Eu me pergunto, cá com os meus botões, o que fariam os comissários do CFP se um dia topassem com as seguintes declarações:
1. “Coisa alguma da mensagem do Cristo está em contradição com as descobertas freudianas”
2. “Freud, sem o saber, estabeleceu uma base empírica de vida que está de acordo com o ideal cristão.”
Alguém arriscaria um palpite sobre sua autoria? Quem pensou na psicóloga Marisa Lobo, errou. Tais declarações partiram de dois renomados psicanalistas, a saber, François Dolto e Gregory Zilboorg, respectivamente. A primeira delas foi retirada do livro Os Evangelhos à luz da Psicanálise (Verus editora, 2010) e a segunda, do livro Psicanálise e Religião (Editora Vozes, 1969). Ambos eram cristãos professos e escreveram obras com o objetivo de, cada um a seu modo, estabelecer interseções entre a religião cristã, a mensagem bíblica e a psicanálise. E fizeram isso, diga-se de passagem, com uma boa dose de criatividade. Mas será que os comissários do nosso hipotético CFP teriam a audácia de intimar os psicanalistas cristãos à sede da autarquia, e em seguida ameaçar-lhes com um processo disciplinar, caso as menções ao cristianismo não fossem retiradas de suas obras num prazo de 15 dias? Chegariam a tanto? Ninguém se sabe...
O certo é que a tragédia da psicologia brasileira, como se vê, beira o mais rematado ridículo. Os conselhos de psicologia, em sua maior parte, foram tomados por uma horda de bárbaros, uma arraia-miúda cuja mentalidade foi forjada na agitação das passeatas, na violência dos piquetes e no burburinho dos diretórios acadêmicos. Quanto mais intelectualmente inepta, quanto mais inculta, tanto mais essa corriola exala seu fanatismo ideológico. Como não possui argumentos, persegue, intimida e protesta com gritos e palavras de ordem. Quando dialoga, o faz com aquela linguagem manietada dos clichês e slogans politicamente corretos. Enfim, seus atos e pensamentos refletem os paradoxos de uma loucura: são intolerantes quando clamam por tolerância, totalitários quando defendem a diversidade, injustos quando reivindicam direitos e autoritários em nome da democracia. Viva o comissariado do povo!