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    sábado, 19 de outubro de 2013

    Os pecados do protestantismo







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    Meus amigos evangélicos ou “reformados” ficarão escandalizados: mas não consigo esconder minha profunda ojeriza ao protestantismo (ou aos variados “protestantismos”). Se alguém estudar com o mínimo de honestidade a história protestante, fora da massificação de calúnias contra a Igreja Católica, vai perceber o quanto ela trouxe inúmeras mazelas. A história da “Reforma” contada pelo protestante é uma mistificação, ainda que muitos desconheçam as origens do engodo. A “Reforma”, vendida como o glamour da “liberdade religiosa” contra a Igreja “opressora” e “corrupta”, não passa de uma grande lenda. A rebelião protestante na Alemanha, Inglaterra, Suíça, Dinamarca e demais países da Europa foi sanguinária, violenta, cruel. O protestantismo converteu metade do continente através do terror.


    Onde as nações protestantes quiseram se expandir, era questão de honra aniquilar o catolicismo. Estimularam a desordem e a desobediência civil dos príncipes contra o clero. Inclusive, em algumas situações, foram capazes de se aliar até com os turcos para destruir as nações católicas. Centenas de milhares de católicos foram perseguidos e assassinados em todo o século XVI. No século XVII, a guerra dos trinta anos foi a consequência trágica da divisão fraticida da Cristandade. A Alemanha, caída na heresia, perdeu metade de sua população nas matanças. O protestantismo, por assim dizer, foi a primeira grande revolução e subversão da Europa. Ela representou a primeira grande vitória do secularismo dos césares contra o poder espiritual da Igreja.


    A fé protestante é essencialmente anti-intelectualista. Deus não é o Deus do lógos, da razão, mas da vontade, da mera ação caprichosa. O homem não é um ser cuja razão foi concedida para exercer o livre arbítrio. Sua razão é falha e inútil. É preciso ter apenas “fé”. Mas o que vem a ser a fé protestante? É uma fé quietista, fatalista e também voluntarista. O homem é naturalmente mau e precisa da Graça para se salvar. Nega-se um dado essencial da Criação: a bondade de Deus, já que suas criações, inclusive o homem, são essencialmente más. Boas obras, caridade, pra que? Tudo depende da Graça de Deus!


    Deus é um ser arbitrário que dá sua “graça”, distinguindo escolhidos e condenados. Naturalmente que os “escolhidos” são aqueles envolvidos nas seitas protestantes. Resta saber quais delas são “escolhidas”, já que todas elas não se entendem sobre vários aspectos teológicos. Cada associação, como cada indivíduo, cria sua própria interpretação particular da bíblia, da tradição e do Cristianismo e dita para si próprio as regras da Salvação.


    Existem dois princípios que parecem unir todas essas seitas, ainda que de forma difusa, como uma espécie de ethos: a sola scriptura e o ódio comum contra a Igreja Católica. Cada protestante faz da bíblia uma espécie de código sectário de posturas e de religiosidade. Ainda que as interpretações sejam confusas, subjetivistas e até idiossincráticas, abrem margem a um farisaísmo. O que é mais repugnante no protestantismo é o seu materialismo, reduzindo a espiritualidade a um estrito legalismo bíblico e terreno. O Deus protestante não é o Deus da virtude, da renúncia mística, do heroísmo trágico do santo católico contra o pecado, quando se entrega totalmente aos céus, mas um Deus policial e totalitário que impõe uma falsa ética de bom mocismo, cheio de regrinhas mesquinhas e de aparências, sob a recompensa da prosperidade individual. Daí a revolta do protestante contra a vida. Bebidas ou festas? Nada disso. Jesus Cristo transformou água em vinho nas bodas de Caná. Lembremos, vinho é bebida alcóolica. E o que as seitas fazem? Transformam o vinho num reles suco de uva Del Valle.


    Na visão protestante, Jesus Cristo, basicamente, não é uma figura de carne e osso. Como me dizia um grande amigo católico: - Eles adoram um personagem literário. Eles não adoram Jesus, mas um personagem de um livro. E por quê? Porque Jesus é prisioneiro abstrato de um texto, de um dogma paralisante da letra, de uma verdadeira ideologia da Escritura. Na fé católica, Jesus é uma criatura viva e humana, porque há uma tradição espiritual dinâmica que vivifica a Igreja. A própria Igreja provém de Jesus Cristo e é seu Corpo Místico. A ação do Corpo Místico é a própria ação de Cristo na história. Os santos católicos refletem esse dinamismo interno da Graça divina. A arte, a música, as catedrais e os símbolos genuínos da Cristandade são católicos. São expressões estéticas desse legado intelectual e devocional.


    O mesmo se aplica à Virgem Maria. Se Jesus Cristo é apenas uma figura literária presa a uma interpretação rala de um pedaço de papel, a Mãe de Deus é uma figura acidental, uma “serva” destituída de qualquer grandeza. Deus santificou Maria, elevou-a a uma missão redentora da humanidade, em contraste a Eva, a perdição. Porém, os protestantes são capazes de valorizar mais as suas mães do que a Mãe de Cristo. Na cabeça do protestante, Maria só existe quando Jesus Cristo nasceu ou começou a sua vida pública. Não passa pela sua cabeça como aquela simples e extraordinária mulher educou, alimentou, amamentou e cuidou de Nosso Senhor. A reverência católica do Menino Jesus e da Sagrada Família relembram deste detalhe omitido pelas Escrituras e guardado pela herança da Tradição. Maria, para um protestante, é uma mera incubadora, uma mãe de aluguel. Mas que podemos esperar do Deus totalitário que aniquila o homem como um ser genuinamente mau?


    A fé protestante sofre de uma paralisia textual, é estática, movida apenas pelo relativismo delirante do fiel e pela frieza arbitrária da letra. Relativismo que se dogmatiza de forma autoritária em cada opinião pessoal. Temeroso da vida e das imagens, o protestante médio renega o estético, o belo e os símbolos autênticos do sagrado. Esse desprezo pelas distinções simbólicas faz com que o protestante não saiba diferenciar o secular do religioso, o que é profano e do divino. Isso se reflete em todas as áreas de sua vida, que vão da construção de seus templos até à realidade política. Pastores são líderes políticos e religiosos ao mesmo tempo, são clérigos e leigos. Um templo pode ser tanto um prédio com formato de igreja ou de uma padaria ou cinema. Daí a vulgarização e a politização do sagrado.


    Os “milagres” protestantes são naturais demais, óbvios demais, vulgares demais. “Democratizar” os milagres tem mesmo sentido de transformar Deus numa figura sem qualquer especialidade ou finalidade de sua ação sobre o mundo. A dimensão entre o natural e o sobrenatural se perde numa visão totalizante de Deus, quase que se confundindo com a ação da natureza. Deus é um gênio da lâmpada mágica: ele cura doenças, tanto quanto dá um carro do ano!


    Essa perspectiva é no mínimo paradoxal. Se por um lado, tentam aparentemente renunciar aos prazeres da vida, por outro, são apegados desmesuradamente à idéia do exclusivismo espiritual e material. A propaganda protestante vende a idéia de que a disseminação de sua fé representa prosperidade econômica, respeito às leis e estabilidade política. Dentro deste imaginário, o catolicismo é visto como uma religião “atrasada”, “obsoleta”, que atrapalha o progresso e o desenvolvimento humano.


    Nada mais superficial. É como se a fé cristã genuína dependesse de resultados imediatos. Existe certa dose de “progressismo” nesta ideologia. Ou seja, os valores cristãos não são eternos. São elementos que se modificam ao tempo, conforme às circunstâncias e caprichos políticos e econômicos das nações. Bastaria equiparar o patrimônio católico da humanidade com o protestante para ver a diferença. Será que os protestantes possuem um Michelângelo, uma Capela Sistina ou uma Catedral de Chartres? Até a alta cultura protestante, na teologia e nas artes, sofre de uma forte influência católica. Os “reformados” alegam que a fé protestante gerou ricas e prósperas nações. A Igreja Católica foi muito mais do que isso. Gerou a Civilização Ocidental!


    Grande parte das calúnias sobre a história da Igreja Católica provém da propaganda de desinformação protestante do século XVI, que vigora até hoje em cada seita. Basta ler toda a historiografia apologética de várias de suas agremiações, para encontrar a cultura de mistificação e falsidade. Os católicos são “pagãos”, são “idólatras”, são “papistas”, distorceram as palavras do Evangelho. São “despóticos”, são “repressores”, suprimem a leitura bíblica!


    As nações protestantes criaram o primeiro grande esquema de difamação sistemática e de ódio contra os católicos. Esse ódio implicou censura, discriminação religiosa, restrição de cargos, conversões forçadas, etc. Isso incluía falsificar deliberadamente o entendimento da doutrina católica, como também distorcer totalmente a história tradicional da Igreja, criando uma sucessão de espantalhos. Não é espantoso que os secularistas e ateus usem da mesma propaganda contra os católicos? Cruzadas, inquisição, venda de indulgências não são chavões usados contra os cristãos em geral. São clichês protestantes que se tornaram iluministas e secularistas. Isto porque já foram acrescidas outras lendas negras no repertório anticatólico, como a pedofilia e a suposta “colaboração” da Igreja Católica com o nazismo. Inclusive, muitas seitas protestantes colaboram alegremente com essas difamações. Não é interessante que essa propaganda tenha força justamente em países protestantes, hoje, cada vez mais ateus? E se espalha como câncer nos países católicos?


    Todos os protestantismos renunciam completamente à Tradição essencial da Cristandade para fundamentarem uma idealização imaginária de uma “igreja primitiva” corrompida. Ou simplesmente para deslegitimarem o valor da Igreja Católica. Escolhem a “tradição” que os convém. Quando qualquer tradição é literalmente abandonada, os protestantes tentam “judaizar” o Cristianismo. É patético ver algumas seitas evangélicas usando símbolos judaicos tradicionais, mesmo sabendo-se que este mesmos judeus tradicionais rejeitem e até odeiem Jesus Cristo. Na pior das hipóteses, renegam as palavras de Nosso Senhor. Já dizia o Evangelho que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre a Igreja de Cristo. Ou seja, Jesus Cristo abandonou sua Igreja na época de Constantino, para voltar apenas 1300 anos depois, através do louco monge Lutero e do fanático e desterrado Calvino!


    Danosa é a negação da Tradição Católica em favor da sola scriptura, quando na prática, até a bíblia é produto dessa Tradição! Cada protestante crê piamente que a bíblia surgiu compilada, canônica, prontinha e acabada através da Sociedade Bíblica do Brasil!


    Em alguns casos, o processo de negação da Tradição é mais radical. Renunciou-se a Igreja, para destruir a Tradição. E mais: quando até a bíblia não compensa o subjetivismo do herege, ele é capaz de modificar até as Escrituras Sagradas! Eis o exemplo de Lutero contra os deuterocanônicos! Eis as práticas dos adventistas, Testemunhas de Jeová e Mórmons, modificando os textos sagrados, conforme sua imagem e semelhança!


    Um protestante é, acima de tudo, um cátaro moderno. Temo que este catarismo destrua as bases civilizacionais católicas do Brasil, transformando nossa sociedade num bando de puritanos idiotas, irracionalistas, fanáticos e estúpidos querendo se achar o porta-voz de Deus na Terra.


    Não quero aqui afirmar que os protestantes de várias denominações sejam maus. Na verdade, há muita gente decente no meio evangélico e “reformado”. Entretanto, nada do que escrevo aqui é falso. Os erros protestantes são graves e devem ser denunciados.


    Aliás, que sirva de alerta aos católicos. Não devemos negar o uso da apologética. Os protestantes não dispensam críticas contra o catolicismo. Eles ganham adeptos, justamente porque prepararam um imaginário de erros doutrinários e históricos convincentes, mas que não são refutados pela Igreja Católica. Eles querem o poder e a hegemonia cultural, religiosa e política do país. O maior pecado do católico da atualidade é o silêncio. E o que explica o crescimento das seitas evangélicas é a ignorância da sã e verdadeira doutrina católica.



    Lembro-me como hoje da presença do Papa Francisco ao Brasil, o que fez tremer muitas sumidades “evangélicas”. Parece que por um momento, os pastores e os protestantes sumiram, perderam a expressão. Abandonar a autoridade do Sucessor de Pedro e da Igreja de Cristo para idolatrar as seitas dos Malafaias da vida é algo que me causa profundo desgosto. Não desmereço totalmente as atividades do ilustre pastor evangélico. Mas, certamente ele não tem o cabedal moral do Papa Francisco, com todas as deficiências de seu papado. A expansão protestante no Brasil causará um prejuízo moral, cultural e intelectual imenso no país! 
    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva


    Um blog da mídia golpista,politicamente incorretíssimo, pra arrancar cabelos!




    Vivenciamos uma geração que se orgulha de ignorar qualquer coisa e ainda dá palpite em tudo!
    Postado há 3 days ago por Conde Loppeux de la Villanueva



    Alguns evangélicos detestaram minhas explanações em um artigo que publiquei sobre os “pecados” históricos e teológicos do protestantismo. Meu amigo Julio Severo, blogueiro de confissão protestante e militante cristão pró-vida, postou uma resposta em sua página, que é cheia de equívocos históricos. Na verdade, suas declarações apenas revelaram aquilo que critiquei no imaginário protestante. A idéia errônea de uma Igreja Católica irremediavelmente corrupta e de uma “Reforma” moralizadora e salvadora da Cristandade. Até o dado momento, não vi nenhuma refutação realmente convincente.


    O protestantismo do século XVI ameaçou destruir todas as bases culturais e históricas do Catolicismo na Europa. Em nome dos erros da Sola Scriptura e de outras idiossincrasias teológicas, queria apagar da memória cerca de quase mil e quinhentos anos de Cristianismo. Ou na melhor das hipóteses, reescrever essa tradição e essa história conforme as conveniências de cada seita ou grupo político apologista do cisma reformado. De fato, esse apagão cultural ocorreu dentro da cultura protestante. Monarcas como Henrique VIII saquearam os mosteiros e templos católicos, expulsando ou executando monges e padres e obrigando toda a uma população a aderir à sua nascente igreja particular. Na Alemanha foi até pior. Igrejas foram queimadas, obras de arte foram destruídas e os católicos foram obrigados à conversão forçada ou assassinados. A Alemanha foi um verdadeiro palco de guerra civil e religiosa.


    Até aqui falei de história. De fatos. Como católico, naturalmente que sempre me chamou a atenção para essa lendária calúnia contra a Igreja Católica. O peso histórico dessas calúnias foi tão estrondoso que fez até o Papa João Paulo II declarar um mea-culpa inconveniente, já que o fez baseado em uma perspectiva enviesada. O Santo Padre pediu desculpas por boa fé. Porém, suas declarações acabam por legitimar meias verdades históricas. Os católicos da atualidade são bombardeados por um nível tal de estigma social, que ficam simplesmente desarmados e sem resposta, por ignorância.


    Voltemos aos protestantes. Obviamente que a Igreja do século XVI não era exemplar. Estava acometida pelas corruptas famílias nobres da Itália e também era alvo de disputas pelos poderes seculares da Europa. A depravação do clero era algo que não poderia ser ignorado. Contudo, o problema central é vender a idéia de que o protestantismo significava uma oposição a isso. Eis a questão. O protestantismo representou a mais completa rebelião do poder secular contra o poder espiritual. Na verdade, a Reforma não foi uma mera consequência da corrupção da Igreja Católica. A rebelião protestante é parte e consequência dessa corrupção. A decadência do clero católico apenas serviu de pretexto.


    Muitos ficaram ofendidos quando associei o protestantismo ao catarismo, heresia gnóstica do século XII, em Albi, na França e demais regiões da Itália e no norte da Espanha. Pois bem, se atentarmos aos anabatistas e aos rebeldes fanáticos luteranos de Thomas Müntzer ou mesmo da tirania religiosa de Münster, houve aberrações horripilantes de seitas milenaristas que pregavam a destruição da ordem vigente e a instituição de utopias sociais. Em muitos aspectos lembram as utopias totalitárias do século XX.


    Friedrich Engels escreveu um artigo sobre a Reforma, onde fazia a objeção dialética entre Lutero e Müntzer. O primeiro, embora rebelado contra Roma, representava a situação encabeçada pelos príncipes protestantes alemães. Müntzer seria uma espécie de “teólogo da libertação” ou da “Missão Integral” do século XVI. Pregava a abolição da propriedade, a rejeição á autoridade e o estabelecimento de um regime comunista de bens. Insuflou uma violenta rebelião camponesa, que foi esmagada com incrível crueldade.


    Entretanto, há um erro na análise de Engels, preso aos esquemas mentais do materialismo histórico. Lutero também era revolucionário. A diferença é que não era totalmente um utopista. Há quem diga que o monge agostiniano foi o pai do nacionalismo alemão. De fato, ele significou a ruptura da ordem internacional cristã da Idade Média, para o surgimento dos Estados nacionais e do absolutismo monárquico. Naturalmente que Lutero não foi o único gerador do processo. Outros fatos coexistiram com ele. Todavia, sua doutrina política deu força suficiente para que os príncipes rebeldes da Europa usassem as armas teológicas contra a Igreja Católica.


    Pensemos aqui numa outra hipótese: se o protestantismo conquistasse toda a Europa, incluso Portugal, Itália e Espanha e destruísse a fé católica, qual seria o futuro do Cristianismo? Com certeza o prejuízo seria terrível. A história cristã tradicional seria apagada para se impor uma nova e fictícia ordem religiosa, embasada em erros históricos e teológicos.


    Qualquer igreja ou seita evangélica ou “reformada” praticamente reescreveu toda a história do mundo antigo e medieval, em particular, sobre as origens da Igreja cristã, riscando o legado católico do mapa. Embora as historietas sobre uma suposta “Idade das Trevas” tenha surgido na prepotência do humanismo renascentista europeu, a militância protestante absorveu profundamente esse mito e a entronizou na sua propaganda anticatólica. A tônica central da historiografia protestante já se tornou um padrão de pensamento: havia uma idealizada “Igreja primitiva” que guardava as Escrituras como se fosse uma espécie de código penal. Essa “igreja” foi corrompida quando o Imperador Constantino “criou” a Igreja Católica e destruiu a espiritualidade dos primeiros cristãos. E do final do Império Romano até a Reforma, a Igreja viveu seu período de trevas, paganismo, corrupção e tirania dos papas e do clero romano, “escondendo” a bíblia do povo e contrapondo a sua “tradição” humana com as Escrituras. Lutero e Calvino vieram “salvar” a igreja verdadeira do engodo romano buscando a “palavra de Deus”. Qual católico ignorante não se converteria ao protestantismo depois dessa ladainha? A historiografia apologética protestante encontrada em qualquer livro parte uma teologia errônea para sustentar uma falsa história.


    Uma das mais significativas lendas negras da historiografia protestante é basicamente sobre a Inquisição. Criou-se toda uma sorte de desinformações a respeito dessa instituição abominada pela posteridade. A lenda nasce, em parte, por conta das guerras entre a Espanha católica e as nações “reformadas” da Holanda e Inglaterra. A Espanha era o país mais poderoso, rico e culturalmente sofisticado da Europa. Era um gigantesco império, que envolvia a América do Sul, central e do norte, parte da Itália, parte da atual Bélgica e Holanda, além de algumas regiões da Alemanha. E um verdadeiro bastião militar da fé católica da Contra-Reforma. Se os protestantes não conseguiam derrotar os tércios e as armadas dos Áustrias espanhóis, ou seja, Carlos V e Felipe II, eles seriam derrotados pela propaganda. Dito e feito.


    Os supostos horrores atribuídos à inquisição, com suas torturas abomináveis e sadismo dos inquisidores, são mitos cada vez mais desmistificados por historiadores sérios. Na verdade, a inquisição foi a primeira instituição europeia a limitar o uso da tortura para fins de confissão. Recordemos que a tortura era um método comum do tribunal criminal secular. Segundo estudiosos como Henry Kamen, a tortura era raramente empregada e havia restrições para seu uso.


    Vende-se a idéia comum de que a Inquisição Espanhola foi uma instituição que impunha o terror e o medo generalizados nas populações católicas e também protestantes e esterilizou a cultura ibérica. Nada mais falso. A sociedade espanhola aceitava a inquisição como instituição legítima e defensora da ortodoxia. Recordemos que o ápice da Inquisição espanhola foi também o auge da cultura espanhola, o Siglo de Oro, onde uma penca de escritores, moralistas, teólogos, juristas, místicos, poetas e músicos brilhou por todo o século de Felipe II.


    A inquisição espanhola não era feita de fanáticos ensandecidos por sadismo e violência. Era formada por homens eruditos e juristas de Salamanca, gente educada e letrada. No inicio do século XVI, cardeais inquisidores como Ximenes eram humanistas e admiradores de livros com os de Erasmo de Roterdã. Até Torquemada, um dos mais duros inquisidores, embora não o pior, era um homem de letras.


    Foi a inquisição espanhola, contrariando toda uma tendência histérica e delirante do direito criminal europeu, que decretou, no início do século XVII, a inexistência do crime de bruxaria. Para o Consejo de la General y Suprema Inquisición, órgão maior da instituição em Madrid, a bruxaria não passava de superstição, difícil de ser comprovada, estimulada por pessoas loucas ou problemáticas. A lógica inquisitorial era muito simples: como juristas, queriam provas. Como não havia provas, não haveria também como afirmá-las de sua existência. Ademais, é comum brandir o espantalho contra a bruxaria, ao citar obras como o Malleus Maleficarum dos dominicanos Kraemer e Sprenger ou o Manual da Inquisição, de Nicolaus Eymerich. Contudo, a inquisição espanhola rejeitou esses livros e, inclusive, em alguns casos, chegou a proibi-los.


    Esse é um dado importante, pois a historiografia protestante finge ignorar a existência de sua própria inquisição. A caça às bruxas no século XVII foi um fenômeno mais protestante do que católico. Milhares de mulheres “bruxas” foram queimadas na Alemanha, Suíça, Inglaterra, Suécia, Dinamarca e demais países “reformados”. Até hoje há seitas protestantes que vêem bruxas pra tudo quanto é lado.


    Outra grande lenda que leio no blog de Julio Severo é a de que a inquisição matou milhares de pessoas em toda a Europa. Nem todos os países católicos tinham uma “inquisição”. Com exceção de Portugal, Espanha e algumas regiões da Itália, os procedimentos para os crimes de heresia pertenciam ao poder secular. Quanto mais se aprofunda a pesquisa sobre o assunto, descobre-se que o número de pessoas entregues ao braço secular pelo sistema inquisitorial foi ínfimo. Em Portugal, ao menos, segundo Anita Nowinski, foram cerca de 1700 pessoas em dois séculos, embora esses números sejam francamente exagerados. Na Espanha, acreditava-se que o máximo seria 10000 a 20000 pessoas em quatro séculos. Hoje, há dados que diminuem ainda mais esses números. De acordo com o historiador Agostino Borromeo, junto com o Simpósio Internacional sobre a Inquisição, realizado no Vaticano, em 1998, de 1540 a 1700, apenas 800 pessoas foram entregues ao braço secular. Numa ordem de 44 mil processos, apenas 2% dos acusados foram executados. As mortes atribuídas à inquisição em séculos são menores do que uma tarde de verão de qualquer ditadura do século XX. São menores, inclusive, do que as perseguições praticadas pelos próprios protestantes. 


    É necessário observar um mero detalhe: o mal daqueles que criticam a Inquisição é o de falhar pelo contexto histórico. Os valores religiosos tinham uma importância crucial, tanto nas sociedades católicas, como nas protestantes. A heresia, como a dissidência religiosa, era considerada uma grave ameaça à ordem social. O conceito de “liberdade religiosa” era completamente estranho ao homem europeu do século XVI. Nem Lutero e Calvino pregavam essa idéia. O “livre exame” era “livre” dentro dos preceitos protestantes. Cada religião tinha sua forma de manutenção da ordem social. Era um fator de unidade e de identidade e de preservação da ordem.


    Julio Severo fala da perseguição da Inquisição aos judeus como se fosse uma realidade, quando na prática, ficou restrita a um caso particular em Portugal e Espanha. Cabe acrescentar que a inquisição não tinha jurisdição sobre os judeus. Nos Estados papais italianos havia uma comunidade judaica onde os judeus poderiam viver sua religião sem serem incomodados. Na República de Veneza era a mesma coisa. E por quê? Pelo simples fato de que a Inquisição só julgava pessoas batizadas no catolicismo. Os judeus espanhóis e portugueses julgados pela Inquisição tinham batismo católico e eram considerados como tais. O batismo implicava a aceitação das regras, valores e preceitos religiosos da comunidade católica. E a partir dessas leis que os heréticos ou apóstatas eram inquiridos pelo tribunal eclesiástico.


    Julio Severo também diz que a punição contra a dissidência religiosa é algo que contraria o Evangelho. De fato, no Evangelho não há prescrições impositivas contra dissidentes religiosos. Todavia, no Antigo Testamento, o que não faltam são prescrições contra blasfêmias ou práticas pagãs entre os judeus, cuja pena era a morte. Aliás, recordemos que os judeus da Diáspora viviam essas regras severas. Na “tolerante” Holanda do século XVII, a comunidade judaica excomungou Uriel da Costa e Baruch de Spinoza, acusados de ateísmo. Os argumentos protestantes para queimar bruxar na Europa também se embasavam na interpretação literal do Antigo Testamento.


    É verdade que a Inquisição católica cometeu muitas injustiças. Todavia, os “heterodoxos”, nas palavras do historiador espanhol Menéndez y Pelayo, não eram totalmente sacrossantos. Muitas heresias catalogadas na Espanha do século XVI, XVII e XVIII eram manifestações de loucuras coletivas que seriam punidas por qualquer sistema penal vigente. A onda de “dejados”, “alumbrados” outros tipos lunáticos que insuflavam uma massa fanatizada pelas palavras do louco herético, causava uma comoção social e uma desordem tal, que poderiam romper os laços de paz social. A extrema ferocidade com que a Espanha combateu a heresia protestante evitou que o país entrasse no campo da guerra civil européia, por conta das dissidências religiosas.


    Aliás, um fator interessante dos tribunais protestantes é a sua interpretação literal e sectária da bíblia, tornando sociedades e reinos em verdadeiras tiranias teocráticas. Com exceção da Inglaterra e Holanda, a linha do legalismo bíblico ganhou ares sectários de lei. Genebra foi um exemplo clássico disso. Por essa razão é que os tribunais protestantes foram tão impiedosos. A carência de distinção entre o secular e o religioso tornava o Estado implacável. A inquisição católica parece branda perto das perseguições protestantes. E lembremos que essas perseguições não se limitavam aos católicos. Protestantes também perseguiam protestantes. Anglicanos, luteranos, puritanos, anabatistas e outros se matavam entre si.


    Os Estados Unidos, tão idolatrados por Julio Severo, nasceram da perseguição religiosa protestante contra outra seita protestante. E neste ponto, o meu amigo evangélico sustenta outro mito, que já tinha identificado no texto anterior: a supremacia do protestantismo como sociedade política, em detrimento da sociedade católica. Ele cria uma fantasiosa relação de tolerância entre calvinistas holandeses no nordeste do Brasil no século XVII, nas seguintes palavras:


    “Ora, preciso fazer algumas ponderações aqui. O Brasil é o país mais católico do mundo. A primeira grande presença protestante no Brasil foi nos idos de 1600, com a ocupação holandesa no Nordeste. Os protestantes holandeses vieram e trouxeram artistas, arquitetos, engenheiros, pastores, etc. Sob o comando do Conde Maurício de Nassau, eles construíram teatros, pontes e outras magníficas edificações que duram até hoje, depois de vários séculos. Mas ao contrário do resto do Brasil, onde tanto protestantes quanto judeus não tinham a mínima chance de escapar das torturas e fogueiras “santas” da Inquisição, no Nordeste holandês havia liberdade religiosa. Você tinha liberdade de ser católico, protestante ou judeu. Aliás, muitos judeus vieram da Europa para viver no Brasil holandês. A primeira tradução completa da Bíblia para o português foi feita por João Ferreira de Almeida, sob patrocínio holandês”.


    Se o mito da prosperidade soa bonito na propaganda protestante, o mesmo se fala dos holandeses, em detrimento dos portugueses. É bem verdade que Mauricio de Nassau era um homem pragmático e um grande político patrocinador das artes e da cultura. Todavia, esse reino de “tolerância” não escondia o radicalismo dos calvinistas holandeses, que odiavam profundamente os católicos ibéricos, incluso, os brasileiros. A coexistência pacífica, aparentemente realista, não escamoteava o desprezo mútuo entre os calvinistas, os católicos e os judeus. Ademais, Julio Severo faz uma confusão entre “liberdade religiosa” e “tolerância religiosa”. Os calvinistas holandeses poderiam tolerar a diferença religiosa, mas não a dissidência interna. Bastou que a Companhia das Índias Ocidentais pressionasse os senhores de engenho através de dívidas impagáveis, para que os católicos se reunissem em armas a expulsar os holandeses.


    Ademais, Julio Severo se engana ao crer que a primeira tradução da bíblia em português é do calvinista João Ferreira de Almeida. Talvez ela seja a mais famosa e mais aprofundada. Mas a tradução da bíblia para o português já existia desde o século XIII, na época do Rei Dom Dinis e dos monges do mosteiro de Alcobaça. A relativa desconfiança da Igreja com relação à tradução da bíblia em vernáculo tinha menos a ver com elementos conspiratórios do que de evitar a disseminação de heresias e interpretações errôneas dos textos bíblicos.
    Julio Severo interpreta erroneamente a história e acaba por idealizar algo irreal:


    “O Nordeste do Brasil muito perdeu por amor à Inquisição católica. Perdeu uma cultura de tolerância e respeito e ficou com uma cultura de trevas, inquisição e morte”.


    A Inquisição Católica teve pouca relevância no Brasil. Julio Severo cria uma falsa associação entre Igreja e Inquisição, como se fossem elementos essenciais e institucionais. Há outro problema: por que os católicos ibéricos da América aceitariam se sujeitar a políticos protestantes visivelmente hostis à sua religião e que só acataram a tolerância por questões puras de pragmatismo? É preciso recordar dos massacres praticados por holandeses contra os católicos no Brasil, em particular, os de Uriaçu e Cunhaú, em 1645. É preciso também recordar que os holandeses tomaram o nordeste através das armas. Eram inimigos de Portugal e da Igreja Católica.


    Falou-se aqui em tolerância e prosperidade. Os países protestantes vendem a idéia de que são tolerantes em matéria de religião. É verdade que começaram a discutir sobre a “tolerância” no século XVII. Contudo, isso se deveu menos a uma mera liberalidade espiritual do que uma solução civil e política para acabar com as matanças, guerras civis e hostilidades religiosas causadas por eles mesmos. A Inglaterra caiu numa guerra civil entre puritanos e anglicanos, entre o parlamento puritano e os anglicanos alinhados com o rei. A Alemanha foi o palco da guerra dos trinta anos. E a França, embora católica, caiu numa selvagem guerra civil no século XVI.


    A discussão sobre a “tolerância”, embora mais antiga, ressurge deste contexto. Mas essa “tolerância” era também restrita. Na Inglaterra do século XVII, em particular, na Revolução Gloriosa, os protestantes se toleravam entre si, mas desprezavam os católicos e restringiam ao máximo suas liberdades civis e políticas. Na Irlanda, os ingleses tratavam os católicos como abaixo de animais. Alguém poderia afirmar que a aceitação de católicos nas instituições inglesas poderia ameaçar a volta do catolicismo como religião oficial. Mas a recíproca não era verdadeira nos países católicos com relação aos protestantes? Os protestantes também não queria impor sua hegemonia e seu poder em detrimento dos católicos?


    Julio Severo ataca-me, quando declaro o perigo da ameaça protestante sobre as “bases civilizacionais católicas” do Brasil. Inclusive, atribui aos católicos à pretensa “apostasia” religiosa dos Eua:


    “O perfil cristão dos EUA hoje é radicalmente diferente do que era duzentos anos atrás. Na elaboração da exemplar constituição americana no século XVIII, dos 55 constituintes, havia apenas 3 deístas e 2 católicos. Todos os outros eram evangélicos. A liberdade que os católicos tiveram foi notável, pois na mesma época os protestantes do Brasil — se é que havia — não teriam liberdade nem de dizer quem eram, muito menos participar da elaboração de uma constituição.
    A diferença entre as bases “civilizacionais católicas” do Brasil e o protestantismo tolerante dos EUA era a diferença entre trevas e luz cultural, liberdade e escravidão cultural. Ser católico na América protestante do século XVIII era a prova da cultura tolerante dos EUA. Ser protestante no Brasil católico do século XVIII era risco certeiro de vida.
    A apostasia que os EUA enfrentam hoje, com o coincidente aumento dos imigrantes católicos latino-americanos, ocorre por estarem rejeitando o Cristianismo de vertente protestante, com seus rígidos valores éticos, que tornou sua nação grande e poderosa”.


    Meu amigo Julio Severo apela a um sofisma para atribuir a decadência dos Estados Unidos aos católicos latino-americanos. Aliás, é comum aos elementos brancos, anglo-saxônicos e protestantes atribuírem à quebra da harmonia cultural e religiosa norte-americana a outros povos inseridos em sua comunidade. Nada mais falso e artificioso. A decadência das instituições norte-americanas se deve às fortes influências maçônicas e relativistas da gênese do próprio protestantismo da sociedade americana. E ela não começa com os imigrantes católicos, mas com a concepção filosófica do pragmatismo político sem raízes metafísicas e morais sólidas. Em outras palavras, são as elites americanas, desde sempre, que causam a própria decadência. E isso pode incluir uma parte da intelligentsia judaico-americana, afeita ao esquerdismo militante.


    Os católicos latino-americanos não têm a menor influência política nos Eua. Aliás, Julio Severo omite outros dados: os rígidos valores protestantes, em particular, os calvinistas, criaram uma sociedade racista e discriminatória contra negros e índios. Uma sociedade que discriminava católicos e outros tipos de povos considerados não-nórdicos ou não-protestantes. As toneladas de inverdades que a cultura protestante americana criou sobre a Igreja Católica são assustadoras. O nível de mentiras chega a ser patológico. São essas falsidades que se repetem à exaustão nas escolas dominicais de qualquer igreja protestante. O ódio a Igreja Católica é dos mais caros dogmas protestantes.


    Foi a partir do protestantismo que a cultura politicamente correta teve uma sólida força, já que os americanos estavam acostumados em mesclar os conceitos bíblicos literais de cada seita com os códigos pessoais de conduta. Daí o legalismo soberbo na vida privada alheia. O que ameniza a cultura pessimista do calvinismo nos Eua são as outras influências, em particular, deístas e maçônicas, embora estas também tenham um forte fervor relativista e potencialmente revolucionário.


    Entretanto, Julio Severo me chama de “inquisidor”, pelo único defeito de criticar a essência teológica e política do protestantismo:


    “No Brasil, que de acordo com o colunista do Mídia Sem Máscara está perdendo as “bases civilizacionais católicas,” o que aconteceria se “limpassem” a nação brasileira dos homens, mulheres e crianças que ele chama de “cátaros” modernos? Há uma grande maioria católica no Congresso Nacional, mas a principal resistência ao aborto e à agenda gay ali é católica? Não. É a Frente Parlamentar Evangélica. Que tal um Brasil sem essa resistência?”


    Eu nunca preguei assassinato, perseguições ou matanças de evangélicos. Pelo contrário, em vários aspectos comuns sou aliado deles. Não tenho a menor pretensão pela volta da Inquisição ou de qualquer outra instituição policiando ortodoxias. Mas é tremendamente verdadeiro que o protestantismo sofre de uma síndrome de catarismo, de obsessão pela “pureza”, com enorme semelhança entre os cátaros medievais. Recordemos que a bancada evangélica, embora faça um trabalho excelente de resistência cultural, apoiou o governo federal.


    Aliás, por que será que os protestantes estão escandalizados com minhas observações? Eles ganham espaço pelo mesmo imaginário faccioso que repetem dos católicos. O mito da Reforma protestante, o mito da inquisição, o mito do “atraso” católico, dentre outros, é pregado à exaustão como “verdades”, quando na prática são mistificações. Mistificações estas apenas confirmadas pelas palavras de meu querido amigo Julio Severo.


    Eu fiz uma pergunta em meu texto onde respondi apenas superficialmente: o que seria dos protestantes sem os católicos? A negação radical da Tradição, dos legados da Igreja medieval e mesmo da teologia cristã durante séculos seria a castração do Cristianismo, a destruição de suas origens. Até as origens do Evangelho seriam apagadas.


    Percebe-se que essa castração já nasce com a Sola Scriptura. Mas “sola scriptura” baseado em que? Em que história? Aquela inventada pelos protestantes, que ora chamam a Santa Madre Igreja de “intolerante” e “corrupta”, ao mesmo tempo em que essa mesma Igreja caluniada guardou fiel e honestamente a bíblia? Para ser protestante é preciso apagar a história. É preciso passar uma borracha na tradição. É preciso seguir uma opinião pessoal em desfavor de toda uma Tradição apostólica que foi repassada diretamente de Jesus Cristo, para ser reduzida às tendências caprichosas dos luteranos, calvinistas, anabatistas e milhares e milhares, senão milhões de seitas que mal se entendem entre si e se julgam a “igreja de Jesus”. Nem os cristãos gregos, cujo cisma gerou a primeira ruptura da Igreja em 1054, conseguiram ser tão odiosos contra a Tradição.


    Nós, católicos, representamos a preservação de um passado civilizacional que se quer destruir. Será que o protestantismo possui a força civilizacional da Igreja Católica? Será que os norte-americanos representam, atualmente, alguma força neste sentido? Acredito que não.
    Se o protestantismo aceita o liberalismo teológico, por que não aceitaria outras formas de liberalismos? Não é curioso notar que o ateísmo cresce absurdamente nos países protestantes, justamente porque o protestantismo é a primeira etapa do secularismo? Na Europa, as igrejas reformadas aceitam casamento e padres homossexuais e admitem quaisquer tipos de aberrações morais em nome de certas conveniências politicamente corretas. A legalização do aborto é uma vitória de pais protestante espalhado em países católicos. A apostasia é muito mais grave no protestantismo do que no catolicismo. A Igreja Católica pode ter padres, bispos e até papas ruins. Mas somos escravos de uma Tradição que não podemos mudar substancialmente. Essa Tradição, junto com a Sagrada Escritura e o Magistério, é a bussola do católico. A Igreja está nestes pilares.


    Por que tanto ódio contra a Igreja Católica? Alguém tem dúvida de que se ela decair totalmente, a civilização ocidental vai junto para o ralo? A crise moral brasileira também é a crise moral do catolicismo. Nem as seitas protestantes são capazes de compensar essa lacuna. Por uma razão simples: o protestantismo é teologicamente fraco e suas bases culturais e religiosas são inconsistentes. A própria civilização europeia depende de suas origens católicas.




    É por esse motivo que a Igreja Católica tem tantos detratores e inimigos. O ódio protestante pelo catolicismo é paradoxalmente o mesmo compartilhado por segmentos ateus, secularistas, iluministas, marxistas e outros. Eles podem ser aparentemente distintos nas idéias, mas possuem alguns elementos em comum. A Igreja Católica representa a tradição que teima em resistir. Ainda que o clero não saiba representá-la, ainda que até o papa cometa falhas, ainda que muitos católicos a ignorem, a sua sobrevivência perante os séculos deve ser uma dádiva sobrenatural.





    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva






    Rodrigo Barros é aquele tipíco pseudo-conservador que aderiu à modinha da Igreja “ortodoxa” russa através de Wikipédia. Até aí tudo bem. Há idiotas pra todos os gostos. O problema é a ignorância que esse povo tem da história da Rússia. Vejamos os seus últimos comentários:


    “Até aqui, nada de mais. As Igrejas costumam pregar o pacifismo mesmo de graça. Assim diriam o neo-pagão Papa João Paulo II e o neo-Ariano Papa Francisco, não é? Pois é meu caro Magister. É difícil encarar a verdade. A Igreja Russa comeu o pão que o Diabo amassou. E saiu imaculada o bastante para a Igreja Russa Exilada (ROCOR) restaurar a comunhão eucarística com ela, há pouco, em 2007”.


    Isso é piada? Ou será a burrice presunçosa de um moleque deslumbrado com algum tipo de sectarismo, que transformou numa “tradição”? A Igreja Ortodoxa Russa continua sendo controlada pelo governo russo, que é controlado pela antiga KGB, atual FSB. A Igreja “Ortodoxa” é tão independente do Estado russo, que é sustentada por este. Não é engraçado que o Sr. Rodrigo “Romanov” de Barros só descobriu, por minha informação, que o patriarca de sua Igreja era agente da KGB e só morreu em 2008? Será que o Rodrigo Barros é tão burro em crer piamente que uma Igreja exclusivamente nacional como a russa tem algum projeto universalista, tal como exposto pela Igreja Católica? Esses analfabetos funcionais, que formam suas opiniões através de blogs e leiturinhas de Wikipédia!


    “A ROCOR está numa posição muitíssimo melhor que a nossa e está munida com muito mais informações que nós. Ela jamais questionou a canonicidade dos Patriarcas Russos sucessores de Tikhon”.


    Verdade. Deve ser muito “melhor” essa posição de beijar a mão do agente da KGB Vladmir Putin e sua corriola eurasiana. O Sr. Barros é burro ou tem problemas mentais?


    “Já a sua Igreja, vivendo livre, na sombra e com água fresca, gerou a Teologia da Libertação, o sincretismo, o circo litúrgico, etc. Para encerrar com esplendor, ela elegeu um Papa neo-Ariano que nega a existência de um Deus Católico e contrapõe Cristo ao Pai!”


    Quando o papa diz que Deus não é católico, é porque Deus é universal, para todos. Deus não professa nenhuma religião, porque ele não tem deuses para adorar. Ele estabelece a religião verdadeira, que é a católica. Os católicos são seus fiéis. Eta molequinho burro! E agora, o Sr. Barros, que não passaria de um macaco para os russófilos nacionalistas e ortodoxos, adula o novo governo da KGB?


    Por outro lado, a Teologia da Libertação se infiltrou na Igreja Católica, por conta da maravilhosa Rússia tão idolatrada pelo Barro de merda. Ora, se os soviéticos fizeram um estrago monumental na Igreja Católica, através da infiltração sistemática no clero, que dirá então da Igreja Ortodoxa, que até hoje é controlada pelo Estado russo dos ex-agentes da KGB? 




    “Viva Libério, er… quer dizer… Francisco! E ele não pode ser deposto. Sabe a moral da história, Magister? Quem tem telhado de vidro não joga pedras no vizinho”.


    Um “ortodoxo” de leiturinha de blog como você tem lá moral pra fazer julgamentos sobre a Igreja?






    “Magister, Você não estaria confundindo instituições, pessoas e nomes? Porque o único "Patriarca" do qual eu tenho notícias a respeito de ter sido um agente operacional da KGB para delatar fiéis, foi o Cardeal Giovanni Montini, vulgo "Paulo VI".


    Claro, claro, claro, “ortodoxo” de Wikipédia, que tal você ler a historinha nada agradável do “Patriarca” Aleixo II?http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleixo_II_de_Moscou . Quanto à história do Cardeal Montini, Papa Paulo VI, pura intriga, pura tolice, pura desinformação. Aliás, percebe-se que o palpiteiro analfabeto funcional, falando pelos cotovelos tal como as rameiras da zona, jamais leu nada sobre o que ocorreu na Rússia e ocorre até hoje. Iludido com seu ilusionismo “pseudo-tradicionalista”, com vernizes de Duguin, Guenón e Evola, aderem a um gnosticismo, porque precisam se identificar com algum tipo de seita. Minto. Talvez Rodrigo Barros de merda nem tenha lido esses autores. Não teria capacidade para tanto. Será que o Sr. "Romanov" fake é também capacho do czar da Rússia Vladmir Putin? Do jeito que tem gente que quer ser lacaio de qualquer tiranete de ocasião, não duvido.


    “Sabe, Magister? Conhecendo essa história, dá para se compreender o porquê de Pio XII jamais excomungar Hitler. Eu pessoalmente imaginava que se devia ao fato de Pio XII agir com admirável argúcia diplomática, uma vez que o silêncio estratégico dele era para poupar os seus da represália nazista”.



    Rodrigo Barros de merda faz uma calúnia infame á Igreja Católica, tudo para defender a sua igrejinha da KGB? E convém dizer, a estória de que Pio XII silenciou sobre os crimes do holocausto é uma mentirinha histórica criada pelos seus amiguinhos da “Ortodoxia russa” bolchevista da KGB. A mesmíssima KGB que hoje controla o país e, inclusive, sua seitazinha religiosa eslavófila. Da próxima vez, sr. Barros de merda, vá estudar a história russa e não me encha a porra do saco! 
    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva



    Li com certa tristeza a entrevista do Papa Francisco ao jornal italiano La Reppublica. Logo na primeira frase, já fiquei supreso: “Os maiores males que afligem o mundo nestes dias são o desemprego dos jovens e a solidão dos idosos. Os idosos precisam de cuidado e companhia; os jovens precisam de trabalho e esperança, mas não tem um nem outro, e o problema é que eles sequer os buscam mais. Eles foram esmagados pelo presente. Você me diz: é possível viver esmagado sob o peso do presente? Sem uma memória do passado e sem o desejo de olhar adiante para o futuro para construir algo, um futuro, uma família? Você consegue ir adiante assim? Este, para mim, é o problema mais urgente que a Igreja enfrenta”.


    Um papa que chega a essa conclusão está no limite da alienação completa. Ou melhor, parece reduzir os problemas da humanidade à falta de emprego ou de serviço de previdência social. Será um papa mesmo ou algum liberal ou socialista preocupado com cifras econômicas? Os males que afligem a Europa na atualidade não são apenas políticos e materiais. Eles também possuem uma causa espiritual, uma causa teológica. O velho continente deixou de ser cristão. Os valores espirituais da civilização europeia estão distorcidos. O Estado se agiganta, consolidando a idolatria secularista, numa verdadeira burocracia mundial. E o papa está preocupado com empregos e solidão de velhos? Virou agora economista? Ora, como se tais questões não fossem consequência da perda de valores!


    E Francisco se trai em estranhas declarações:


    “O proselitismo é uma solene tolice [nonsense], não tem sentido. Nós temos que conhecer um ao outro, ouvir um ao outro e melhorar o nosso conhecimento do mundo ao nosso redor. Às vezes, após um encontro, desejo marcar outro porque novas idéias surgem e descubro novas necessidade. Isso é importante: conhecer as pessoas, ouvir, expandir nosso círculo de idéias. O mundo é cruzado por vias que se aproximam e se separam, mas o importante é que elas levem ao Bem”.


    Quer dizer então que o católico não deve pregar o Evangelho a toda criatura? Quer dizer então que no meio da desinformação, da calúnia e da destruição sistemática da fé católica no mundo, o proselitismo é uma tolice? Se os pregadores da Europa do início da Idade Média ou os jesuítas do século XVI escutassem as palavras do Santo Padre, simplesmente não teríamos mais Cristianismo em toda a Terra.


    Porém, o que nos aconselha Francisco? Que dialoguemos, que entendamos o mundo que nos odeia, para acompanhar “novas idéias” e “necessidades” e expandir nosso “circulo de idéias”. Talvez os católicos sejam realmente “estreitos”. E isso tudo para nos levar ao “bem”.


    O problema aqui ainda se torna mais grave: o que é o bem, nas palavras do papa? Eis o que ele responde:


    “Cada um de nós tem uma visão do bem e do mal. Temos que encorajar as pessoas a caminhar em direção ao que elas consideram ser o Bem”(..).
    “E repito aqui: Cada um tem sua própria idéia de bem e mal e deve escolher seguir o bem e combater o mal como concebe. Isso bastaria para fazer o mundo um lugar melhor”.


    Vamos acompanhar o raciocínio papal. Digamos que Hitler, ao mandar construir Auschwitz e exterminar milhões de judeus, poloneses e russos, considerasse aquilo como “bem”? E que as “raças inferiores” fossem concebidas como um “mal”? Isso bastaria para fazer o mundo um lugar melhor?


    E Stálin? Alguém duvidaria de suas boas intenções deportando milhões de pessoas inocentes para os campos da Sibéria, já que ele seguia um “bem” que acreditava?


    O estrago das declarações do papa se faz sentir sobre toda a comunidade. Muitos católicos querem “interpretar” as palavras ambíguas de Francisco, dando a entender aquilo que ele não disse ou deixou de dizer. Os adivinhos e intérpretes das obscuras declarações papais querem salvar o erro tapando o sol com a peneira.


    Outros ameaçam cair na apostasia, já que acreditam ter a liberdade de crer em qualquer coisa, ou buscar o que consideram pessoalmente ser um “bem”. Talvez um católico comece a ser espírita ou protestante, porque não considera o catolicismo suficientemente um “bem” pessoal para ele. Se o bem é algo pessoal e não um elemento objetivo, qualquer coisa aberração pode ser escolhida em nome de um “bem”. Basta alguém escolher e gostar. Tal é a gravidade das declarações de Francisco.


    O papa vai mais além, criticando o “proselitismo”: “É o amor pelos outros, como Nosso Senhor pregou. Não é fazer proselitismo, é amar. Amar o próximo, aquele fermento que serve ao bem comum”.


    Mas pra que fazer proselitismo da Igreja, se cada um pode considerar um bem que é conveniente, não é mesmo? A questão que se perde no ar é: do que adianta o amor sem a verdade? E que “fermento” é esse que serve ao “bem comum”, se o bem comum está para o homem e não o contrário? Amar o próximo como a si mesmo não dispensa o amor a Deus sobre todas as coisas!


    Sem querer julgar o Santo Padre, mas parece que ele sofre de uma vaidade peculiar. Ele diz:
    Os líderes na Igreja frequentemente foram narcisistas, bajulados e negativamente influenciados por seus cortesãos. A corte é a lepra do Papado”.


    Nem toda vaidade implica ostentação e riqueza. Por vezes, a vaidade pode transparecer numa falsa aparência de humildade. Francisco cai numa perigosa ostentação de apelo à pobreza que parece forçada, demagógica. É verdade que muitos papas foram narcisistas, bajulados e influenciados pelos seus cortesãos. E que a cortesania “vaticana” foi negativa ao papado. Contudo, o sentido oposto é visivelmente perigoso. E neste ponto, ele cai em outras declarações obscuras e temerárias:


    “também acontece comigo quando encontro um clericalista, de repente, me torno anticlerical. O clericalismo não deveria ter qualquer coisa a ver com o cristianismo. São Paulo, que foi o primeiro a falar aos gentios, os pagãos, crentes em outras religiões, foi o primeiro a nos ensinar isso.”


    Se o “clericalismo” não tem nada a ver com o Cristianismo, por que devo obedecer ao papa? Por que devo obedecer ao bispo? Por que devo aceitar o mandamento do Magistério da Igreja? Os protestantes e demais seitas evangélicas seguem uma linha de pensamento um tanto parecida. Alguém tem dúvida do porquê dos evangélicos terem crescido tanto no Brasil como na América Latina, às custas da Igreja Católica? Se o papa não tem confiança no “clericalismo”, então por que um leigo teria? Depois de todas essas declarações, o Santo Padre ainda condena o “materialismo”. Vai entender!


    Confesso um profundo ceticismo ao papado de Francisco. Suas declarações revelam fraqueza, inconsistência, confusão. Talvez é por isso que a imprensa o aprecie tanto. Ele dá a munição necessária aos inimigos. Suas palavras são absorvidas alegremente pelos relativistas para atacar o trabalho dos fiéis. O católico prega o evangelho e a doutrina da Igreja, defendendo-a de seus detratores? Isso é “proselitismo”! E se o católico disser que a Igreja é a única que prega a religião verdadeira? Bobagem! Cada um acredita no bem que quiser!



    Ainda verei aqui os adivinhos católicos das obscuras pregações papais aborrecidos, tentando interpretar o que não foi dito, e afirmar o que não foi falado! 
    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva



    Recentemente comprei o livro “Quem pagou a conta?”, da jornalista e historiadora britânica Frances Stonor Sounders, onde ela acusa a agência americana de inteligência de ter subsidiado o famigerado Congresso pela Liberdade da Cultura, por volta dos anos 60. Os socialistas e comunistas adoram papaguear a obra denunciando a CIA como uma instituição tão atroz como a KGB soviética, ou até pior, na nefasta influência de propaganda de “desinformação” e calúnias contra os regimes comunistas. Contudo, na prática, é bem diferente.
    Confesso que a obra me deixou um pouco decepcionado. De fato, pode parecer comprometedor que intelectuais de alto calibre como Hannah Arendt, Isaiah Berlin e Raymond Aron tenham participado de congressos, simpósios ou reuniões patrocinadas secretamente por uma agência de inteligência. Todavia, analisando a questão fora de um contexto específico da guerra fria, cria-se uma idéia desproporcional e falsa da realidade histórica.


    É inegável que desde os anos 20, a polícia política soviética, com muito mais recursos e meios, patrocinou uma infiltração brutal nos meios culturais do ocidente. Imprensa, universidades e editoriais foram simplesmente contaminados pela influência soviética, além do que a NKVD conseguiu cooptar vários intelectuais do ocidente para sua causa.


    Curioso observar que a historiadora britânica seja colunista de um jornal fundado por membros da Fabian Society, famosa por sua pregação socialista militante e estatólatra radical. O New Statesman foi criado em 1913, pelo casal Sidney e Beatrice Webb. O casalzinho socialista, no auge do Grande Terror, colaborou imensamente com a ditadura de Stálin através de uma intensa propaganda de desinformação. Ainda publicaram uma obra fictícia sobre a realidade soviética, passada pelo crivo da polícia política, chamada “The Soviet Union, a new civilization?”. Diria “fictícia”, porque dentre as pérolas da obra, afirmava que Stálin tinha menos poder do que o Presidente dos Estados Unidos!


    O New Statesman era mestre em caluniar qualquer dissidente que ousasse criticar quaisquer os crimes que ocorriam na União Soviética. Ao que parece, uma jornalista deste periódico falar da CIA como a encarnação do mal soa como no mínimo suspeito.


    O New Statesman, atualmente, é um antro de ateus militantes e secularistas, como o biólogo Richard Dawkins, o “filósofo” Sam Harris e ativista Daniel Dennett. O falecido Christopher Hitchens, outro esquerdista famoso que escrevia no jornal, morria de amores por Che Guevara. E se tornou mais famoso ainda por escrever um livro cheio de diatribes contra as religiões em geral.


    A questão muito mal abordada pelo livro de Sounders é: a influência da CIA como financiadora dos congressos pela liberdade afetou a qualidade e a independência do trabalho intelectual e filosófico de seus partícipes? Tudo leva a crer que não. Raymond Aron foi muito crítico de várias políticas norte-americanas e Hannah Arendt, em As Origens do Totalitarismo, fazia equiparações entre o macarthismo e o totalitarismo. Inclusive, as análises da filósofa alemã sobre o imperialismo são todas repetições das teorias socialistas de Hobson e Lênin, ainda que com alguns acréscimos interessantes. A obra da pensadora alemã tem boas avaliações, mas também defeitos históricos. Em suma, alguém acharia mesmo que a CIA determinava o que Hannah Arendt escrevia?


    Raymond Aron era um sociólogo brilhante. As suas dezoito lições sobre a sociedade industrial, como também o grosso livro Guerra e Paz entre as Nações, são clássicos indispensáveis de leitura. Não vi nessas obras nenhuma falsidade. Pelo contrário, se a CIA realmente financiou pessoas tão eruditas, é porque soube assessorar muito melhor do que os papagaios da União Soviética, que só sabiam repetir o que o partido ditava. Eis a distinção básica entre o Congresso de Liberdade da Cultura e os “manifestos” de intelectuais pró-soviéticos. Os primeiros tinham liberdade de dizer o que quiser. Os segundos eram obrigados a repetir as mentiras do Partido, sob pena de perseguição, intimidação, chantagem e até morte.


    A historiadora inglesa não dispensa críticas ao romancista George Orwell, acusado de denunciar colegas comunistas para os serviços de inteligência britânicos. A questão que há de ser lembrada é: Orwell assistiu de perto as matanças praticadas por comunistas espanhóis e soviéticos na guerra civil espanhola, em particular, contra os próprios dissidentes do partido. Ele próprio um dissidente e adepto do POUM, de linha trotskista, quase foi assassinado em Barcelona. Ora, sabendo-se do compromisso traiçoeiro dos comunistas britânicos com a ditadura de Moscou, sob o intento de destruir a democracia no país, por que um cidadão inglês não vigiaria os passos de quem colaborava servilmente a um país estrangeiro? O mesmo sentido se aplica à época do senador Macarthy, quando alguns intelectuais denunciaram seus amigos comunistas. E qual o problema disso? Por acaso essas pessoas denunciadas não estavam espionando, patrocinando e desinformando uma comunidade inteira, para legitimar a ditadura stalinista? A propaganda comunista, histérica e falaciosa, vendeu a idéia de uma “caça às bruxas” nos Eua, em particular, alimentada pelo romance de Arthur Muller, “As Bruxas de Salem”. Contudo, essa “caça às bruxas”, perto dos grandes expurgos stalinistas, parece piada.


    Percebe-se que no discurso histórico de Saunders, os comunistas têm o benefício da dúvida. E se fossem nazistas, eles mereceriam o mesmo privilégio? Recordemos que o nível de financiamento soviético da cultura no ocidente não implicava apenas no envio de dinheiro, mas na intervenção direta do Partido Comunista sobre as obras e publicações de seus autores. A liberdade intelectual simplesmente não existia. Na União Soviética, essa dissidência implicava em campos de concentração e fuzilamentos sumários. Já não se pode falar o mesmo do Congresso Pela Liberdade da Cultura. Os intelectuais de direita, liberais, esquerdistas moderados e até socialistas tinham plena liberdade de pensamento e mantiveram sua integridade mesmo depois do escândalo do financiamento da CIA. Bastaria comparar a qualidade das obras de Aron, Arendt, Bell, Koestler, Berlin com as de Althusser ou Sartre, para perceber a distinção básica entre a independência intelectual e a relação bovina com qualquer dogmatismo partidário marxista.


    Por outro lado, a CIA é uma das agências de inteligência mais incompetentes do mundo. Não soube nem mesmo com eficiência patrocinar uma contra-revolução cultural. O fracasso do Congresso pela Liberdade da Cultura afetou as reputações de seus defensores e deu munição para a propaganda de desinformação soviética. Alguém tem dúvida de que os soviéticos tiveram uma vitória estrondosa neste campo? As universidades americanas e europeias, desde os anos 60, foram conquistadas pelas esquerdas. Na verdade, a presunção de que financiando a esquerda moderada, enfraqueceria a esquerda radical, foi um tiro que saiu pela culatra. Acabou criando uma hegemonia cultural absoluta entre as esquerdas.


    Entretanto, pode-se "elogiar" num ponto a CIA: financiar as idéias de liberdade. É paradoxal e estranho que um serviço de inteligência patrocine idéias democráticas no mundo. Contudo, se equiparada à sua inimiga KGB, foi uma idéia engenhosa que fracassou. Fracassou porque a democracia é muito mais vulnerável do que qualquer regime totalitário. Porque a desproporção entre o tipo de jogo entre os dois sistemas é óbvia demais. A CIA não era a KGB. Não tinha seu poder de polícia. Não pertencia a um sistema totalitário. Ainda que se possa atribuir muitas mazelas ao serviço de inteligência americano, não chega nada perto do que a sua rival soviética fez.


    Já se tornou moda publicar livros e mais livros sobre a CIA. Entretanto, uma boa parte delas falseia a realidade. Em suma, o livro de Saunders é, no mínimo, algo desproporcional. No máximo, um livro tendencioso, que propagandeia uma meia informação, para forjar um retrato enganoso e parcial da guerra fria.







    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva



    Paulo Ghiraldelli, o “filósofo de São Paulo”, ou nas palavras de Olavo de Carvalho, o “filósofo da Vila Nhucunhé”, já expôs, em vários artigos, sua defesa do “amor e sexo entre pequenos e grandes”. Em outras palavras, ele defende a legalização da pedofilia. Não pensemos que isso é um caso isolado. Em boa parte da agenda gay norte-americana e europeia, a legalização do sexo com crianças é um projeto já em andamento. Tem o apoio de ongs e até da própria ONU, que já criou regulamentos sobre os “direitos sexuais” das crianças. Sob a pecha de “direitos humanos à saúde sexual e reprodutiva”, a ONU já está preparando projetos para que as crianças sejam vítimas fáceis dos tarados, à revelia de suas famílias e pais. Nada espantoso, já que os agentes da ONU participam de escândalos sexuais contra crianças de países pobres, naturalmente acobertados pela grande mídia. A ONU é a instituição mais pedófila do mundo. E ainda tem gente que aponta o dedo para a Igreja Católica! Essa mesma ralé é capaz de sacralizar a ONU como uma espécie de religião!


    Voltemos ao Ghiraldelli. Malgrado sua apologia criminosa pela legalização do abuso sexual contra crianças, além do epíteto de “filósofo Nhucunhé”, poderia também ser chamado de o “cafetão universitário” da USP. Explico. Ele expõe sua namorada a cenas eróticas no youtube para vender seus livros. Quem é que levaria a sério um idiota desses? Lamentavelmente só as universidades, o mercado editorial e establishment universitário, o que não é pouca coisa.


    Por falar em establishment, encontro um de seus artigos publicados no blog do professor de história da Universidade Federal de Tocantins, o tal Bertone de Sousa. Já tive minhas desavenças contra ele, uma vez que demonstrei suas inconsistências intelectuais a respeito de fatos históricos importantes do século XX. Tudo o que o professor Bertone respondeu foi apelar ao argumento ad hominem, ou melhor, “ad fascitum”, rotulando-me de “blogueiro de orientação fascista”. A macaquice discursiva não tem fim nesse povo.


    E agora, Bertone de Sousa, usando um artigo de Ghiraldelli, acha que definiu “o que é ser um conservador” em seu site. O nível de incultura e desonestidade intelectual desse povo chega a patamares de doença ou de burrice. Vejamos as tolices de Ghiraldelli, que Bertone endossa como a mais sacrossanta verdade:


    “O que é um conservador?
    Há três tipos de conservador: um que tem chilique com a palavra “revolução”, outro que tem chilique com a palavra “sexo”, e um terceiro, que arrepia com ambas as palavras”.


    Um dito acadêmico de história que endossa estereótipos políticos e chavões partidários é uma fraude monumental. Resta alguém explicar o conceito de “revolução” e “sexo” idolatrados pelo Sr. Ghiraldelli, conforme está explícito em seus textos. “Revolução”, nas palavras do filósofo de Nhucunhé, significa matanças de grupos inteiros de pessoas, guerra civil, implantação de ditaduras totalitárias e sujeição do indivíduo ao Estado. E o que significa “sexo”, nas palavras do professor uspiano? Legalização do estupro e prostituição de menores. E não falo de “menores” adolescentes não, falo de crianças! Tal é o estado psicótico deste delinquente que se autonomeia “filósofo”. Bertone de Sousa parece endossar as premissas de Ghiraldelli.


    “O primeiro tipo, o que treme ao ouvir a palavra “revolução”, pode ter um tipo de chilique desesperador. Todavia, não é difícil para ele, com o tempo, desenvolver um modo de lidar com isso. Antes que a apresentem a ele, não tarda em ridicularizá-la.
    Esse tipo tem lá sua razão. As revoluções políticas nem sempre terminam com menos carnificina que aquela promovida pelo regime derrubado. No entanto, esse tipo de conservador é aquele que cobra realismo de todos, ele quer menos ingenuidade e menos infantilidade. Ora, revoluções são reais, acontecem, e elas são responsáveis por nossa história ser o que é, ou seja, algo aberto para o imprevisível. Quem cobra realismo de outros deveria ter a macheza mínima de suportar irrupções históricas, porque afinal, elas emergem. Quem cobra realismo deveria também, depois, não tentar diminuir as revoluções, principalmente quando a historiografia já nos deu prova de que se trata de alguma coisa importante, que efetivamente mudou o mundo”.


    Ghiraldelli parte do argumento imbecil de que a “revolução” é uma fatalidade histórica que devemos encarar. Partindo dessa premissa, o nazismo seria um processo natural e irrefreável, já que deveria ser uma “fatalidade” matar milhões de judeus, assim com o foram também a Revolução Russa e outros eventos que exterminaram outros milhões de indivíduos. Quanto a “mudar o mundo”, os campos de extermínio na Europa certamente mudaram radicalmente a estrutura política do velho continente. A expansão soviética no Leste Europeu também modificou radicalmente a vida de milhões de pessoas. Para pior. Como não “diminuir” eventos que mataram milhões de inocentes? Como não combater esses eventos ao exigir a prudência? Todavia, Ghiraldelli prefere a matança indiscriminada e a violência como um dado inevitável. E qual sua resposta? Porque sim!


    Ghiraldelli, como um mentiroso patológico, ignora a legitimidade da contra-revolução. Na Espanha da guerra civil de 1936, o processo revolucionário foi abortado justamente porque houve uma reação violenta. No Brasil de 1964 foi a mesma coisa, junto com o Chile de 1973. Ou seja, a idéia de que a “revolução” é algo irrefreável não tem a menor sustentabilidade histórica. Em suma, a análise de Ghiraldelli vale como um peido. E Bertone de Sousa se mostra intelectualmente mais indigno do que já é.


    “O segundo tipo, o que tem convulsões ao ouvir a palavra “sexo”, também às vezes nos assusta com seus gritos. Claro que também este, com o passar do tempo, obtém um modo de escutar e até pronunciar uma tal palavra – “se… se … xo”. Sua estratégia é bem comentada e sabida: medicaliza a palavra. Os médicos falavam de pênis, e isso já era um termo sob uma boa assepsia, agora nem é isso mais que usam. Falam em “membro sexual masculino”. O sexo se transformou uma propriedade do médico que, com seu uniforme branco e sua seriedade profissional, é aquele que pode dissertar sobre tal assunto com a distância que, antes dele, esteve nas mãos do padre.


    Não é nada inútil colocar o sexo sob os cuidados médicos. A ciência ajuda a fazer do sexo alguma coisa possível de ser conversada sem misticismo cultivado pela ignorância, e isso é bom. Todavia, o tipo conservador que, enfim, exatamente pelo seu realismo, quer se mostrar corajoso e enfrentar tudo que é natural, não deveria precisar de tantas luvas para falar de sexo. Afinal, dizem até que os conservadores gostam de Nelson Rodrigues, então eles deveriam ser um pouco mais despudorados. Mas não são. No frigir dos ovos eles estão sempre sentados na sala de jantar, rodeados de crianças que são só inocentes aos seus olhos”.


    A mania de “medicalizar” o sexo não surgiu dos conservadores, mas dos apologetas do darwinismo social e demais doutrinas revolucionárias que tanto Ghiraldelli aprova. O positivismo, o cientificismo e o darwinismo são os pais do costume de “cientifizar” o comportamento humano. Todavia, como um mentiroso contumaz, Ghiraldelli inverte o raciocínio. Acusa nos conservadores o que é cria de sua gente. Na Idade Média, o homossexualismo e outras práticas sexuais jamais seriam considerados “doenças”, mas transgressões, pecados, fraquezas. As leis medievais eram rigorosas contra essas práticas. Porém, quase sempre havia a opção pela penitência, a fim de redimi-las. A legiferança sobre comportamentos sexuais, como também sua “medicalização”, é algo eminentemente moderno.


    O conservador não “enfrenta” o que é natural. Ele apenas prega que o sexo, como parte da conduta humana, deve ser disciplinado pela virtude ética e pela moral, embasado na justa e reta razão, na moderação e na lei natural. Quem parece enfrentar o que é “natural’ é o próprio Ghiraldelli, que dentre outras pregações ridículas, quer a legalização do sexo entre crianças e adultos.


    “Os motivos pelos quais os conservadores criam problemas diante de “revolução” e “sexo” não são difíceis de notar.


    Revolução implica em mudança de controle e, às vezes, de alteração nas próprias formas de controle. O conservador tem um medo danado não só do que os revolucionários podem fazer com ele, mas do que ele pode fazer consigo mesmo em uma sociedade em que, mesmo só por um breve momento, houver liberdade”.


    Ghiraldelli, além de mentiroso, é burro. A “revolução” não implica uma mera mudança de poder ou de “controle”, mas sim de a imposição de um projeto utópico e niilista que visa tiranizar e destruir todas as liberdades civis e políticas da sociedade humana. A Revolução Russa não mudou as “formas de controle”. Na verdade, elevou as formas de controle a níveis jamais imaginados de brutalidade e onipotência. Reduzir a sociedade a meras formas de controle remonta a papagaiada de Foucault, mesclado a Niestzche. Nem esses analfabetos funcionais têm qualquer originalidade na resposta. Simplórios, reducionistas, criam esquemas mentais e premissas fajutas para que a realidade se adeque a elas. Agora dá pra entender por que Ghiraldelli é um delinquente que defende a pedofilia. Seu guru, Foucault, além de drogado e sadomasoquista, era também pró-pedófilo.


    “O conservador é mais ou menos parecido com aquela garota que não sabe se é ou não lésbica, e que então nunca bebe, pois acredita que se beber irá para a cama com todas as colegas naquela noite”.


    O esquerdista é mais ou menos aquele estuprador, que depois de violentar várias mulheres, transfere a culpa de seus atos para suas vítimas e banca a beata moralista, afirmando que elas atentaram. Por acaso não é a esquerda que aponta o dedo para o regime militar, quando defende revoluções genocidas? Ghiraldelli tem o caráter típico do psicopata. Aquela criatura que comete delinquências e depois culpa os outros, a sociedade, o Estado, o promotor público, o juiz e até a vítima pela sua situação. Eu cansei de ver bandido fazendo isso, quando uma vez fui à colônia penal, na época em que era estudante de direito. Não duvido que qualquer dia Ghiraldelli abuse sexualmente de uma criança e depois afirme que ela gostou!


    “Sexo implica em prazer. Ora, o conservador teme o prazer. Caso ele seja rico, ele teme que seus operários comecem a gastar energia antes no sexo que no trabalho. Caso o conservador seja pobre, ele teme que o sexo o jogue para fora de sua própria família. Pois quem quer sexo quer também o ambiente de desregramento do bar. Isso porá sua família em risco”.


    Ghiraldelli faz de sua vida de zona de baixo meretrício uma espécie de espelho para outras pessoas. Como prega até abuso sexual contra menores, em nome do “prazer”, naturalmente que para ele os prazeres não têm preço ou limites. Por mais que tais atos destruam a vida de uma criança ou de uma família inteira, não importa. O importante é usufruir do ânus de um menino ou da vagina de uma menina. Porque do resto, tudo não passa de “conservadorismo”, de “moralismo” de “hipocrisia”.
    Por outro lado, Ghiraldelli, como um típico demente, tenta justificar suas perversões, fazendo estereótipos dos “conservadores”. Ele precisa criar a caricatura de um empresário ou dos ricos, tal como Marx fazia dos industriais de sua época. Curiosa assimilação. Marx denunciava os “abusos sexuais” dos patrões contra as operárias, mas fez corpo mole quando dormiu com sua empregada e rejeitou o filho gerado dessa relação. Ghiraldelli faz a mesma coisa: defende pedofilia, trata sua mulher como uma rameira e depois a culpa é sempre dos outros! É o modus operandi do pensamento de qualquer esquerdista.


    “Mas ele também teme que, em um mundo onde todos queiram ter prazer, não será a filha do patrão que pagará o preço por isso, mas suas filhas. Em geral, não é que ele queira proteger suas filhas. Mas ele tem ciúmes delas, segundo uma tendência incestuosa que ele disfarça”.


    Ghiraldelli, o apologeta da pedofilia, projeta o que sente ou que é a outros. Na malícia, na deturpação das idéias e da realidade há o sentido próprio de justificar suas reais tendências. Não duvido que Ghiraldelli tenha sentimentos incestuosos como seus filhos, se é que os tem. Não duvido nem mesmo que ele queira até levar pra cama suas empregadas. Mas para tentar “justificar” tais ações, ele precisa transferir como age ou pensa para a humanidade inteira. René Girard é que estava certo. O “empresário”, o “conservador” ou a humanidade inteira são os bodes expiatórios das taras sexuais mal resolvidas de Ghiraldelli.


    “Esse quadro que pinta o rosto do conservador pode não valer para alguns, justamente porque esses alguns ainda não pensaram com coragem sobre tudo isso”.


    Não sabia que Ghiraldelli pensava. Eu achava que apenas peidava. 


    “Quando refletirem melhor, se tiverem realmente coragem, confessarão que não estou falando bobagem, e que meu quadro abocanha bem muitos conservadores conhecidos. Talvez até mais do que possamos avaliar em um primeiro momento.


    Paulo Ghiraldelli, filósofo”.



    Paulo Ghiraldelli mede a humanidade pela sua régua. O nível de cegueira intelectual desse moço é uma coisa realmente assustadora e patológica. Algo digno dos autistas. Pior é o Sr. Bertone querer falar de “conservadorismo” citando esse notório pulha doutoral. No final das contas, os dois se merecem. 
    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva

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    Meus amigos evangélicos ou “reformados” ficarão escandalizados: mas não consigo esconder minha profunda ojeriza ao protestantismo (ou aos variados “protestantismos”). Se alguém estudar com o mínimo de honestidade a história protestante, fora da massificação de calúnias contra a Igreja Católica, vai perceber o quanto ela trouxe inúmeras mazelas. A história da “Reforma” contada pelo protestante é uma mistificação, ainda que muitos desconheçam as origens do engodo. A “Reforma”, vendida como o glamour da “liberdade religiosa” contra a Igreja “opressora” e “corrupta”, não passa de uma grande lenda. A rebelião protestante na Alemanha, Inglaterra, Suíça, Dinamarca e demais países da Europa foi sanguinária, violenta, cruel. O protestantismo converteu metade do continente através do terror.


    Onde as nações protestantes quiseram se expandir, era questão de honra aniquilar o catolicismo. Estimularam a desordem e a desobediência civil dos príncipes contra o clero. Inclusive, em algumas situações, foram capazes de se aliar até com os turcos para destruir as nações católicas. Centenas de milhares de católicos foram perseguidos e assassinados em todo o século XVI. No século XVII, a guerra dos trinta anos foi a consequência trágica da divisão fraticida da Cristandade. A Alemanha, caída na heresia, perdeu metade de sua população nas matanças. O protestantismo, por assim dizer, foi a primeira grande revolução e subversão da Europa. Ela representou a primeira grande vitória do secularismo dos césares contra o poder espiritual da Igreja.


    A fé protestante é essencialmente anti-intelectualista. Deus não é o Deus do lógos, da razão, mas da vontade, da mera ação caprichosa. O homem não é um ser cuja razão foi concedida para exercer o livre arbítrio. Sua razão é falha e inútil. É preciso ter apenas “fé”. Mas o que vem a ser a fé protestante? É uma fé quietista, fatalista e também voluntarista. O homem é naturalmente mau e precisa da Graça para se salvar. Nega-se um dado essencial da Criação: a bondade de Deus, já que suas criações, inclusive o homem, são essencialmente más. Boas obras, caridade, pra que? Tudo depende da Graça de Deus!


    Deus é um ser arbitrário que dá sua “graça”, distinguindo escolhidos e condenados. Naturalmente que os “escolhidos” são aqueles envolvidos nas seitas protestantes. Resta saber quais delas são “escolhidas”, já que todas elas não se entendem sobre vários aspectos teológicos. Cada associação, como cada indivíduo, cria sua própria interpretação particular da bíblia, da tradição e do Cristianismo e dita para si próprio as regras da Salvação.


    Existem dois princípios que parecem unir todas essas seitas, ainda que de forma difusa, como uma espécie de ethos: a sola scriptura e o ódio comum contra a Igreja Católica. Cada protestante faz da bíblia uma espécie de código sectário de posturas e de religiosidade. Ainda que as interpretações sejam confusas, subjetivistas e até idiossincráticas, abrem margem a um farisaísmo. O que é mais repugnante no protestantismo é o seu materialismo, reduzindo a espiritualidade a um estrito legalismo bíblico e terreno. O Deus protestante não é o Deus da virtude, da renúncia mística, do heroísmo trágico do santo católico contra o pecado, quando se entrega totalmente aos céus, mas um Deus policial e totalitário que impõe uma falsa ética de bom mocismo, cheio de regrinhas mesquinhas e de aparências, sob a recompensa da prosperidade individual. Daí a revolta do protestante contra a vida. Bebidas ou festas? Nada disso. Jesus Cristo transformou água em vinho nas bodas de Caná. Lembremos, vinho é bebida alcóolica. E o que as seitas fazem? Transformam o vinho num reles suco de uva Del Valle.


    Na visão protestante, Jesus Cristo, basicamente, não é uma figura de carne e osso. Como me dizia um grande amigo católico: - Eles adoram um personagem literário. Eles não adoram Jesus, mas um personagem de um livro. E por quê? Porque Jesus é prisioneiro abstrato de um texto, de um dogma paralisante da letra, de uma verdadeira ideologia da Escritura. Na fé católica, Jesus é uma criatura viva e humana, porque há uma tradição espiritual dinâmica que vivifica a Igreja. A própria Igreja provém de Jesus Cristo e é seu Corpo Místico. A ação do Corpo Místico é a própria ação de Cristo na história. Os santos católicos refletem esse dinamismo interno da Graça divina. A arte, a música, as catedrais e os símbolos genuínos da Cristandade são católicos. São expressões estéticas desse legado intelectual e devocional.


    O mesmo se aplica à Virgem Maria. Se Jesus Cristo é apenas uma figura literária presa a uma interpretação rala de um pedaço de papel, a Mãe de Deus é uma figura acidental, uma “serva” destituída de qualquer grandeza. Deus santificou Maria, elevou-a a uma missão redentora da humanidade, em contraste a Eva, a perdição. Porém, os protestantes são capazes de valorizar mais as suas mães do que a Mãe de Cristo. Na cabeça do protestante, Maria só existe quando Jesus Cristo nasceu ou começou a sua vida pública. Não passa pela sua cabeça como aquela simples e extraordinária mulher educou, alimentou, amamentou e cuidou de Nosso Senhor. A reverência católica do Menino Jesus e da Sagrada Família relembram deste detalhe omitido pelas Escrituras e guardado pela herança da Tradição. Maria, para um protestante, é uma mera incubadora, uma mãe de aluguel. Mas que podemos esperar do Deus totalitário que aniquila o homem como um ser genuinamente mau?


    A fé protestante sofre de uma paralisia textual, é estática, movida apenas pelo relativismo delirante do fiel e pela frieza arbitrária da letra. Relativismo que se dogmatiza de forma autoritária em cada opinião pessoal. Temeroso da vida e das imagens, o protestante médio renega o estético, o belo e os símbolos autênticos do sagrado. Esse desprezo pelas distinções simbólicas faz com que o protestante não saiba diferenciar o secular do religioso, o que é profano e do divino. Isso se reflete em todas as áreas de sua vida, que vão da construção de seus templos até à realidade política. Pastores são líderes políticos e religiosos ao mesmo tempo, são clérigos e leigos. Um templo pode ser tanto um prédio com formato de igreja ou de uma padaria ou cinema. Daí a vulgarização e a politização do sagrado.


    Os “milagres” protestantes são naturais demais, óbvios demais, vulgares demais. “Democratizar” os milagres tem mesmo sentido de transformar Deus numa figura sem qualquer especialidade ou finalidade de sua ação sobre o mundo. A dimensão entre o natural e o sobrenatural se perde numa visão totalizante de Deus, quase que se confundindo com a ação da natureza. Deus é um gênio da lâmpada mágica: ele cura doenças, tanto quanto dá um carro do ano!


    Essa perspectiva é no mínimo paradoxal. Se por um lado, tentam aparentemente renunciar aos prazeres da vida, por outro, são apegados desmesuradamente à idéia do exclusivismo espiritual e material. A propaganda protestante vende a idéia de que a disseminação de sua fé representa prosperidade econômica, respeito às leis e estabilidade política. Dentro deste imaginário, o catolicismo é visto como uma religião “atrasada”, “obsoleta”, que atrapalha o progresso e o desenvolvimento humano.


    Nada mais superficial. É como se a fé cristã genuína dependesse de resultados imediatos. Existe certa dose de “progressismo” nesta ideologia. Ou seja, os valores cristãos não são eternos. São elementos que se modificam ao tempo, conforme às circunstâncias e caprichos políticos e econômicos das nações. Bastaria equiparar o patrimônio católico da humanidade com o protestante para ver a diferença. Será que os protestantes possuem um Michelângelo, uma Capela Sistina ou uma Catedral de Chartres? Até a alta cultura protestante, na teologia e nas artes, sofre de uma forte influência católica. Os “reformados” alegam que a fé protestante gerou ricas e prósperas nações. A Igreja Católica foi muito mais do que isso. Gerou a Civilização Ocidental!


    Grande parte das calúnias sobre a história da Igreja Católica provém da propaganda de desinformação protestante do século XVI, que vigora até hoje em cada seita. Basta ler toda a historiografia apologética de várias de suas agremiações, para encontrar a cultura de mistificação e falsidade. Os católicos são “pagãos”, são “idólatras”, são “papistas”, distorceram as palavras do Evangelho. São “despóticos”, são “repressores”, suprimem a leitura bíblica!


    As nações protestantes criaram o primeiro grande esquema de difamação sistemática e de ódio contra os católicos. Esse ódio implicou censura, discriminação religiosa, restrição de cargos, conversões forçadas, etc. Isso incluía falsificar deliberadamente o entendimento da doutrina católica, como também distorcer totalmente a história tradicional da Igreja, criando uma sucessão de espantalhos. Não é espantoso que os secularistas e ateus usem da mesma propaganda contra os católicos? Cruzadas, inquisição, venda de indulgências não são chavões usados contra os cristãos em geral. São clichês protestantes que se tornaram iluministas e secularistas. Isto porque já foram acrescidas outras lendas negras no repertório anticatólico, como a pedofilia e a suposta “colaboração” da Igreja Católica com o nazismo. Inclusive, muitas seitas protestantes colaboram alegremente com essas difamações. Não é interessante que essa propaganda tenha força justamente em países protestantes, hoje, cada vez mais ateus? E se espalha como câncer nos países católicos?


    Todos os protestantismos renunciam completamente à Tradição essencial da Cristandade para fundamentarem uma idealização imaginária de uma “igreja primitiva” corrompida. Ou simplesmente para deslegitimarem o valor da Igreja Católica. Escolhem a “tradição” que os convém. Quando qualquer tradição é literalmente abandonada, os protestantes tentam “judaizar” o Cristianismo. É patético ver algumas seitas evangélicas usando símbolos judaicos tradicionais, mesmo sabendo-se que este mesmos judeus tradicionais rejeitem e até odeiem Jesus Cristo. Na pior das hipóteses, renegam as palavras de Nosso Senhor. Já dizia o Evangelho que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre a Igreja de Cristo. Ou seja, Jesus Cristo abandonou sua Igreja na época de Constantino, para voltar apenas 1300 anos depois, através do louco monge Lutero e do fanático e desterrado Calvino!


    Danosa é a negação da Tradição Católica em favor da sola scriptura, quando na prática, até a bíblia é produto dessa Tradição! Cada protestante crê piamente que a bíblia surgiu compilada, canônica, prontinha e acabada através da Sociedade Bíblica do Brasil!


    Em alguns casos, o processo de negação da Tradição é mais radical. Renunciou-se a Igreja, para destruir a Tradição. E mais: quando até a bíblia não compensa o subjetivismo do herege, ele é capaz de modificar até as Escrituras Sagradas! Eis o exemplo de Lutero contra os deuterocanônicos! Eis as práticas dos adventistas, Testemunhas de Jeová e Mórmons, modificando os textos sagrados, conforme sua imagem e semelhança!


    Um protestante é, acima de tudo, um cátaro moderno. Temo que este catarismo destrua as bases civilizacionais católicas do Brasil, transformando nossa sociedade num bando de puritanos idiotas, irracionalistas, fanáticos e estúpidos querendo se achar o porta-voz de Deus na Terra.


    Não quero aqui afirmar que os protestantes de várias denominações sejam maus. Na verdade, há muita gente decente no meio evangélico e “reformado”. Entretanto, nada do que escrevo aqui é falso. Os erros protestantes são graves e devem ser denunciados.


    Aliás, que sirva de alerta aos católicos. Não devemos negar o uso da apologética. Os protestantes não dispensam críticas contra o catolicismo. Eles ganham adeptos, justamente porque prepararam um imaginário de erros doutrinários e históricos convincentes, mas que não são refutados pela Igreja Católica. Eles querem o poder e a hegemonia cultural, religiosa e política do país. O maior pecado do católico da atualidade é o silêncio. E o que explica o crescimento das seitas evangélicas é a ignorância da sã e verdadeira doutrina católica.



    Lembro-me como hoje da presença do Papa Francisco ao Brasil, o que fez tremer muitas sumidades “evangélicas”. Parece que por um momento, os pastores e os protestantes sumiram, perderam a expressão. Abandonar a autoridade do Sucessor de Pedro e da Igreja de Cristo para idolatrar as seitas dos Malafaias da vida é algo que me causa profundo desgosto. Não desmereço totalmente as atividades do ilustre pastor evangélico. Mas, certamente ele não tem o cabedal moral do Papa Francisco, com todas as deficiências de seu papado. A expansão protestante no Brasil causará um prejuízo moral, cultural e intelectual imenso no país! 
    Postado há 1 week ago por Conde Loppeux de la Villanueva

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    Um certo “anônimo”, que se identifica também por “luterano”, publicou um emaranhado de lendas, desinformações e tolices sobre a Igreja Católica, em comentários ao meu artigo “Catolicismo de Fariseus”, publicado aqui no dia 21 de março de 2013. Achei necessário comentá-los:


    “Anonymous eu sei muito bem o que vc tá falando...Eu sou Luterano e digo porque:
    Alguns dizem que a Igreja Católica Apostólica Romana é a grande responsável pelo atraso brasileiro em evoluir para um país de primeiro mundo. Eu concordo. Não existe nada mais atrasado no mundo do que a igreja de Roma”.


    Resta o sr. "luterano" nos explicar o "avanço" da Alemanha protestante, já que no século XIX era uma colcha de retalhos de feudos agrários atrasados, onde camponeses viviam como servos de gleba medievais, enquanto a Europa, incluso católica, estava a anos-luz de distância em liberdade civil e caminhando para a industrialização. Lembremos que o Estado prussiano, o mais “desenvolvido” dos estados alemães, nutria um regime militarista e estatólatra que deu subsídios às forças do nazismo.


    Ademais, é mitológica a historieta inventada pelo “luterano” de que protestantismo é sinônimo de "prosperidade", como catolicismo sinônimo de "atraso." Por conta do luteranismo, a Alemanha foi palco de guerras civis e religiosas violentíssimas, que atrasaram durante séculos o país. Aliás, a Inglaterra, como toda a Europa protestante, experimentou massacres ferozes por conta da ruptura teológica do Cristianismo.


    O sr. "luterano" nos explicar por que Espanha e Portugal dominavam a Europa, a cultura e a economia no século XVI, como a França, até a Revolução de 1789, era o país mais rico da Europa? Ambos católicos. Ou seja, a sua associação é lendária e não tem fundamento histórico. Bastaria comparar as artes, a cultura e a civilização, para perceber que o protestantismo é a primeira grande ruptura da civilização cristã.


    “A Igreja Católica Apostólica Romana, a maior associação religiosa com atuação no Brasil, conseguiu fazer as pessoas acreditarem que a única maneira de serem bem sucedidas na vida é se tiverem a permissão de Deus, ou pior, de algum santo”.


    . Será que o nosso amigo “luterano” acredita mesmo nas lorotas que os protestantes contam dos católicos? A Igreja Católica, substancialmente, não nega o direito de alguém ser rico. O que ela é a prevalência dos valores materiais acima dos valores espirituais. Em outras palavras, rejeita a imposição da economia acima da moral e dos valores transcendentes. Algo que vemos em países protestantes de tradição calvinista.


    “Se ele quiser, ou se o santo das causas perdidas, ou a santa do pé inchado, ou o santo do casamento quiserem, você será convidado a participar de um Big Brother, ou conseguir um aumento de salário, ou a atenção do amor da sua vida; agora, se eles não quiserem, você deve aceitar o fato de ser um perdedor, continuar sofrendo, ter paciência, aguardar a sua devida hora”.


    Curioso, mas parece que o luterano é um completo ignorante na sua própria teologia. Não é o catolicismo que nega o livre arbítrio, mas simplesmente a sua rala fé alemã, que tira a capacidade do homem de decidir sobre seus destinos. Lutero, como Calvino, nega o propósito do livre arbítrio na Graça e na Salvação. Caro “luterano” deveria parar de medir nossa santa teologia católica pela sua régua. Ele é um completo ignorante do que seja Igreja Católica, como parece ser mais ignorante ainda na rala teologia luterana, criada por um monge lunático que mais merecia o hospício.


    “Bobeira. Atraso de vida. Quinhentas aves marias não absolvirão um pai assassino, mil pai nossos muito bem rezados não transformarão um político corrupto em cidadão do bem”.


    Claro que não! Basta o luterano ter fé e pronto, ele pode pecar, roubar, matar e fazer todos os tipos de crimes, que será absolvido pela sua credulice. Não é mesmo, sr. Herege?


    “5.000 credos não abrirão as portas do céu para ninguém. Milhões de brasileiros seguem uma igreja completamente atrasada. Esse é grande motivo do Brasil ainda não ter avançado”.


    O protestantismo não tem “cinco mil credos”, mas cinco mil, dez mil, um milhão de Igrejas “crédulas”, onde ninguém se entende. Todos falam de uma risível “igreja espiritual” onde simplesmente cada um é mais julgador do Evangelho do que as próprias palavras de Cristo. Na verdade, um princípio é comum em todas elas: o ódio fanático e sectário ao Catolicismo e sua Tradição. Seria muita piada afirmar que o luteranismo, o responsável pela matança desenfreada, pela guerra civil e pelo futuro nacionalismo racista alemão, represente algum exemplo de “avanço”. Em suma, luterano e protestante, quando fala da Igreja, é tudo trapaceiro e vigarista.


    Vamos desmoralizar outras lendas?


    “Por que tantos judeus são tão bem sucedidos em ganhar dinheiro?
    Antes que alguém me acuse de anti semita por levantar uma questão que já foi motivo de muitas perseguições aos judeus, quero deixar bem claro que eu adoro os judeus.
    Os Judeus, um dos povos mais caçados da história do mundo, são hoje 0,02% da população mundial mas representam mais de 10% da lista das pessoas mais ricas do mundo segunda a revista Forbes 400, e mais de 10% da lista dos presidentes das 500 maiores empresas do mundo, e quase 30% de todos os vencedores do prêmio Nobel.

    Além disso, os judeus tem uma representação desproporcional em campos de trabalho que geram grandes receitas como medicina, direito e finanças. Os Judeus parecem ter algum tipo de vantagem quando o assunto é finanças.

    Por que isso acontece?

    Eu acredito que os judeus são bons em ganhar dinheiro porque no sangue deles corre os ensinamentos milenares do Torá. Isso mesmo, os caras são super bem sucedidos porque os seus ancestrais estudaram e continuam estudando frente e verso do livro mais sagrado do seu povo; e de alguma maneira, por herança genética ou consciência coletiva, os ensinamentos são passados de geração a geração mesmo para aqueles que não freqüentam as sinagogas.

    Tudo está no livro, não nos papas ou nos rabinos.


    Será que o Sr. “luterano” já leu o que Lutero falava sobre os judeus? Em “Das mentiras dos judeus”, Lutero simplesmente apregoava queimá-los vivos nas sinagogas. A riqueza dos judeus é bem mais recente do que se imagina. Deveu-se, em parte, às suas ligações ao comércio e mercado financeiro, opções restritas a eles na Idade média, mas que acabaram por prosperar. Reduzir a dimensão dos negócios judaicos à Torá é apenas patacoada marxista de quinta categoria, regada a Werner Sombart.


    Ademais. o ‘luterano” demonstra ignorância do próprio judaísmo, querendo aqui favorecer a “sola scriptura”. Uma boa parte das prescrições da vida judaica é extraída do Talmude, não diretamente da Torá. O judeu também não acredita na Sola Scriptura. Ele tem uma tradição que coexiste com a existência dos próprios textos sagrados. Vai estudar, burro!

    “Nascido no dia 10 de Novembro de 1483, Martinho Lutero tinha a mesma crença. Ele acreditava que a Bíblia era uma autoridade em si e não um dogma de alguma igreja, ele acreditava que pessoas de fé são iguais e não precisam de outras pessoas para interpretar a bíblia para elas”.


    A Sola scriptura é de uma ignorância e esquizofrenia sem par. Primeiro, porque na cabeça do idiota luterano e de suas inúmeras seitas, a bíblia nasceu pronta e acabada através da Sociedade Bíblica do Brasil. Segundo, ao negar a Tradição que compilou as Escrituras, o protestantismo deu margem ao relativismo teológico e moral. Não é por acaso que atualmente, nas Igrejas Luteranas da Suécia, da Finlândia e da Dinamarca já se aceita casamento homossexual, reverendos homossexuais e até mesmo transexuais, uma vez que a liberdade teológica protestante significa a destruição da teologia cristã através dos caprichos subjetivistas de cada fiel. O importante para o protestante não é aquilo que Cristo disse, seja através da bíblia ou Tradição, mas tão somente aquilo que ele deve aceitar ou interpretar seus caprichos e idiossincrasias.


    Aliás, nem mesmo Lutero acreditava piamente nessa liberdade teológica. Ele só a usava quando era conveniente para ele. O que Lutero pregava era o princípio do Cuius Regio, eius religio, ou seja, que a religião da sociedade deveria refletir a religião do príncipe. Em suma, Lutero, ao negar a autoridade da Igreja de Cristo, simplesmente estatiza-a para os caprichos dos príncipes da Alemanha, Dinamarca, Suécia e mesmo Inglaterra Anglicana. Lutero poderia ser chamado de o “pai espiritual do absolutismo moderno” e abriu portas para o secularismo. O relativismo começou com o Estado divinizado e depois se expandiu para o indivíduo divinizado. Cada opinião teológica estúpida de qualquer protestante agora se torna a interpretação fiel da Palavra de Deus.



    “Lutero reformou a igreja católica, deu início ao Protestantismo, e mudou a fé para sempre”.


    Lutero não “reformou” coisíssima nenhuma. Causou um banho de sangue, guerras civis e uma completa divisão e crise espiritual da Europa. Ele “mudou” sim a fé para sempre. Para pior. O mais extravagante de tudo é como o ateísmo cresce nos países protestantes. Também pudera, uma fé tão anti-intelectual, tão voluntarista, tão irracionalista e, ao mesmo tempo, tão presa aos caprichos dos Estados nacionais, não pode ser algo sincero.

    “Antes de Lutero, a Bíblia só existia em Latim e Grego, e estava disponível apenas para os padres, bispos e papas da igreja de Roma. Naquela época, a igreja usava a desculpa de que o cidadão comum era ignorante e não conseguiria interpretar as histórias do velho e novo testamento”.


    Outra lendazinha protestante. Esse luterano é mais burro do que uma porta. Primeiramente, a bíblia só existia em latim e grego, porque as pessoas eruditas, além de lerem no original a obra, não tinham domínio de centenas de dialetos e línguas na Europa, impossíveis de decifrarem através de uma tradução universal. Aliás, não havia nem mesmo imprensa para tamanha divulgação bíblica. Os livros eram escritos à mão. Por outro lado, a Igreja Católica não separa a bíblia da Tradição. Esse notório ignorante desconhece o fato de que a “livre interpretação” poderia causar um cisma e uma guerra civil, como de fato ocorreu em toda a Alemanha. O catarismo na França e os valdenses, que levaram comunidades inteiras à loucura, foram exemplos claros desse fenômeno. Não é que a Igreja “proibisse” a leitura do Evangelho. Este Evangelho era pregado ad nauseam nas missas medievais. O que a Igreja não autorizava é o relativismo religioso do protestantismo. Relativismo este que fragmenta, enfraquece e despersonaliza o Cristianismo. Não tenho dúvidas: o protestantismo é o catarismo que deu certo!


    “No seu lugar, a igreja oferecia ao cidadão comum o conforto das indulgências. Ou seja, o pobre não precisava ter o trabalho de ler a Bíblia e pensar, bastava dar uma graninha para a igreja, rezar 50 aves marias que ele estaria absolvido de todos os seus pecados pelo período de 10 dias”.


    De onde este analfabeto funcional histórico tirou essas pérolas? Da Igreja Luterana ou do cursinho pré-vestibular? A Igreja Medieval não somente pregava publicamente e fazia a liturgia pública da palavra, como havia homílias, sermões, estudos públicos sobre a leitura bíblica. Na verdade, vemos apenas uma nulidade intelectual que leu meia dúzia de lendas protestantes e faz uma caricatura da Igreja, quando na prática, revela desconhecer até mesmo sua religiãozinha luterana.


    “Exatamente 10 dias, na semana seguinte, o cidadão teria que voltar a igreja e dar outra graninha para se manter livro do purgatório”.


    A cultura intelectual do Sr. “luterano” nem chega a ser uma cultura. É subcultura de almanaque. Sua ignorância sobre a Idade média é simplesmente vergonhosa.

    “Ainda bem que não existe mais esse tipo de coisa, certo?”


    Parece que o analfabeto nem mesmo leu as 95 teses de Wittemberg. Na verdade, Lutero não chegou nem mesmo a questionar a legitimidade das indulgências, mas tão somente as indulgências cobradas pelo tolo dominicano Johann Tetzel. Ele mesmo fez as teses para agradar ao príncipe Frederico da Saxônia, que também cobrava suas indulgências. Na verdade, as teses de Wittemberg foi algo encomendado em favor de um príncipe alemão, que não queria pagar impostos para a Igreja, nem que seus súditos pagassem indulgências a outros principados.


    “Com esse blá blá blá, a Igreja de Roma levantou fundos o suficiente para construir a riquíssima Basílica de São Pedro em Roma”.


    com esse bla, bla, bla,bla, protestante todo, os príncipes alemães e da Inglaterra saquearam os bens da Igreja Católica, expulsaram os camponeses que trabalhavam em suas terras e os deixaram na mais negra miséria.


    “É isso mesmo, um dos lugares mais sagrados do catolicismo, foi construído com o dinheiro dos pobres enganados pelos vendedores de indulgências do século dezesseis”.


    Outra lenda protestante. A Igreja Católica tinha vários fundos em toda a Europa, através dos reinos e também de doações da comunidade. Logo, atribuir os subsídios da Igreja apenas à trapaça das indulgências é pura lenda histórica e faz parte da fábrica da mentirinha protestante. É inegável que houve corrupção da Igreja Católica na época da Renascença, em parte, quando as aristocráticas famílias italianas se apropriaram do poder papal. Contudo, reduzir a Igreja a uma imagem caricatural do Renascimento é uma perspectiva, além de simplória, intelectualmente desonesta.


    “Lutero lutou contra a prática das indulgências com todas as suas forças. Mesmo sob ameaças de excomungação, fogueira ou pior, no dia 31 de Outubro de 1517, Lutero pregou as 95 Teses que escreveu contra a igreja na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg”.


    Outra lendazinha protestante. Será que este analfa não consegue ler nada fora da sua seitazinha? Primeiro, quando Lutero publicou as 95 teses, era costume universitário da época os teólogos expressarem qualquer tese que fosse debatida, na frente das Igrejas. A fantasia de que Lutero já estava a romper com Roma através de suas teses não tem o menor fundamento histórico. Pelo contrário, até 1540, havia a possibilidade de Lutero voltar ao catolicismo. Como o próprio Lutero chegou a escrever:






    “Ah! Se tivesse previsto que minha empresa me levaria tão longe, teria certamente posto um freio minha língua. Quantos, digo suspirando, não seduziste com tua doutrina! Sou causa de todas as revoluções atuais... Tal pensamento não me deixa. Sim, desejaria não ter iniciado este negócio. A angústia que padeço é para mim um inferno, mas, já que comecei força e sustentá-lo como coisjusta” (Obr. Luppl. Mogúncia 1827).


    “As teses de Lutero condenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam”.


    Existe maior paganismo do que criar uma Igreja nacional do príncipe, sujeitando a Igreja universal ao nacionalismo moderno? Por outro lado, percebe-se que o Sr. “luterano” não leu as 95 teses. Nelas, basicamente, criticam as indulgências, tal como eram praticadas na Alemanha. E só. Não há nenhuma menção a paganismo da Igreja ou outras tolices. Aliás, parece que o Sr. Luterano também ignora a surra teológica que Lutero levou do Cardeal Cajetan. Cajetan, erudito de verdade e não um embusteiro como Lutero, acabou com as teses luteranas na frente dos universitários. Contudo, o monge louco era teimoso e não aceitava refutação. E foi a partir daí que Lutero começou a sua ruptura com a Igreja.

    “As portas da igreja naquela época eram uma espécie de Blog e Mercado Livre Pontocom dos dias de hoje. As pessoas usavam as portas das igrejas para ofertar empregos, casamento, venda de imóveis, cavalos e até provocar o debate sobre questões que afetavam a comunidade”.


    Primeiramente, o centro da Igreja era um campo da vida social medieval. Não se restringia a um “mercado”. Mercadologia vemos com a teologia da prosperidade pregada por protestantes vigaristas, ávidos em dinheiro. Ora, ora, ora, não são eles que vendem bênçãos a granel, confortos e bens materiais, se forem assim os “protegidos” de sua seita do Livro?

    “Entre as 95 teses, Lutero escreveu na Tese 86: "Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?"Poucos meses depois da sua publicação na porta da igreja, as 95 Teses de Lutero se espalharam por toda a Europa, provocando uma verdadeira revolução da fé”.


    Que “revolução” da fé é esta? A sangrenta rebelião dos camponeses fanatizados com o radicalismo luterano? A rebelião de Münster, onde anabatistas começaram a implantar uma ditadura comunista na cidade e queimar centenas de mulheres vivas? A sangrenta repressão de Henrique VIII contra os católicos ingleses, decapitando, inclusive, Sir Tomas More? As guerras civis na França? A ditadura calvinista de Genebra? A guerra dos Trinta anos?


    “Três anos depois, Lutero foi excomungado e chutado para fora da igreja católica; só não foi assassinado porque os príncipes alemães conseguiram escondê-lo dos assassinos de Roma”.


    Lutero causa o cisma, a guerra civil, a matança de camponeses, a depredação de Igrejas, o confisco dos bens dos católicos pelos príncipes protestantes, a degradação moral da Alemanha, palco de guerras ferozes, e o nosso “luterano” chama os católicos de “assassinos”? Que piada!



    “No cativeiro, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão - trabalho herege, proibido, maligno e bruxo aos olhos de Roma -, o Novo Testamento foi impresso em alemão em setembro de 1522, em seguida outras traduções conquistaram toda a Europa. 500 anos depois, a Bíblia é o livro mais traduzido, lido, estudado, e interpretado do mundo”.


    Outra mitologia protestante. As traduções em vernáculo já existiam bem antes dos protestantes traduzirem a bíblia para os idiomas nacionais. Aliás, ao traduzir a bíblia para o alemão, Lutero, muito longe de tornar acessível a bíblia, acaba por “nacionalizá-la”. Ou seja, a bíblia se torna propriedade dos alemães. Mas quem, na Europa, lia em alemão para ter acesso à bíblia? A língua universal dos eruditos e de qualquer trabalho da Europa era o latim. E por quê? Porque o latim era a língua comum dos europeus.


    “Depois do protesto de Lutero, ninguém mais teve que esperar a boa vontade do papa para ler os versículos de São Mateus”.


    O protestante se esqueceu de dizer que esse “livre exame” era restrito aos ditames do Estado luterano nascente. Ou seja, nem todo mundo tinha liberdade religiosa para ler a bíblia, salvo, é claro se coadunasse com a doutrina luterana. A mentira protestante já começa com a pregação falaciosa do “livre exame”, ao mesmo tempo em que estatiza a religião, agora imposta pelo Estado.

    “A verdade seja dita, a religião é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos, da generosidade e da corrupção, da tristeza e de profundos ensinamentos”.


    E você é a fonte de ignorância, tanto da religião católica, como da história protestante.



    “A história de Lutero pode ensinar muitas coisas.
    Lutero não foi o primeiro a traduzir a bíblia para o alemão e não foi o primeiro a protestar contra as indulgências. Alguns já tinham feito algo parecido, mas sem muito sucesso”.


    Lutero ensinou muitas coisas: o nacionalismo alemão, que destruiu a unidade espiritual europeia. O anti-semitismo rasteiro, que deu margem ao nazismo. O relativismo teológico, que levou países inteiros a guerras e tornou o cristianismo uma religião cada vez mais incoerente. O oficialismo religioso estatal, que destruiu a independência da Igreja pela supremacia do Estado. E ao subjetivismo religioso, histérico e cada vez mais anti-intelectual das seitas evangélicas, cada uma mais esquizoide do que a outra.

    A inovação de Lutero foi ter feito o básico com uma nova linguagem, muita coragem, engajamento, além de ter percebido e aproveitado as ferramentas tecnológicas que existiam na época para espalhar o seu protesto.


    Que linguagem? A da histeria e da violência? Das calúnias contra o Vaticano?

    “Lutero usou a prensa de Gutemberg para espalhar as 95 Teses pela Europa; se aliou a força dos príncipes do Império Sacro Germânico que já estavam de saco cheio de Roma, e percebeu que a Europa do Renascimento estava preparada para protestar junto com ele”.


    Claro que os príncipes do Sacro Império estavam de “saco cheio”. Eles queriam mais poder. Ou seja, queriam ter sua igrejinha pessoal, para centralizar o poder e transformar os sacerdotes em funcionários do Estado.


    “Lutero viveu na mesma época que Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael entre muitos outros. No momento em que Lutero começou a protestar, a Europa estava saindo da idade média do terror e entrando no Renascimento”.


    Se o protestante imbecil lesse Regine Pernoud, Rodney Stark, Jacques le Goff, Johan Huizinga e outros, saberia que a lenda de uma “Idade das Trevas” é algo totalmente desmoralizado pela historiografia moderna. Na verdade, o luteranismo foi uma reação anti-intelectual à sofisticação racionalista da Escolástica e do pensamento renascentista. Se existe uma “idade do terror” de matança, violência, intolerância e fanatismo é a do protestantismo europeu do século XVI.

    “Caras como John Wyclif, Jan Huss e Erasmo que viveram alguns anos antes, já haviam pavimentado uma nova maneira de pensar e encarar a fé e a religião católica”.


    Claro, claro, claro, cada fanático criando sua religiãozinha nacional sectária. Mas vamos tirar Erasmo do meio. Erasmo era crítico da Igreja Católica, porém, continuou católico, defendeu-a contra os protestantes e, ainda, foi perseguido por estes. Esse “luterano” é mais burro do que uma porta.


    “Eles estavam precisando apenas de um locutor, um Lutero com coragem o suficiente para dar a cara para bater”.


    Na verdade não. Havia um momento de crise para que os príncipes geradores de seus respectivos estados nacionais impusessem a prevalência de seu poder soberano sobre a Igreja. Lutero acabou sendo salvo por essa tendência. E pior: o luteranismo representa a vitória do secularismo contra a Igreja, a vitória do Estado contra o poder espiritual cristão.



    “Milhões de brasileiros ainda estão presos aos velhos conceitos da Igreja Católica Apostólica Romana. Consciente ou inconscientemente, milhões de pessoas levam para o trabalho, para a relação com a política, para a relação com a família, para todos os cantos que se movem, o DNA do medo de não agradar a alguém, o medo de criar conflito, o medo de ser honesto consigo mesmo, o medo de empreender, o medo de reformar, o medo de enfurecer Deus ou algo do tipo”.


    Que “velhos conceitos” prega a Igreja Católica? Poderíamos também pegar os “novos conceitos” dos luteranos e jogar até a “Scriptura” para o lixo: casamento gay, aborto, eutanásia, ordenação de pastores homossexuais, ditadura politicamente correta e outras perversidades adotadas pelas Igrejas protestantes tradicionais em vários países. Neste ponto, o “luterano” tem razão: os conceitos cristãos tradicionais já estão “velhos” para o protestante desde o século XVI. Primeiro, abandonam a Igreja. Depois, abandonam a bíblia. E quem sabe, não virem pagãos de vez? 


    “Lutero mudou tudo isso. Durante o seu julgamento, a igreja deu a oportunidade a Lutero para se retratar, mas Lutero disse, "Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude! Não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável.".


    O Sr. “luterano” faz Lutero parecer uma espécie de “Padre Beto de Bauru” ou de Leonardo Boff. Não é Lutero que deveria se retratar de suas asnices, a despeito de mil e quinhentos anos de história de Cristianismo. É o Cristianismo que deveria se retratar na cabeça de Lutero. Esse luterano consegue ser mais psicótico do que o louco monge alemão.

    “Hoje no Brasil, 30% dos católicos são protestantes. O número cresce todos os dias”.


    Como os 30% dos católicos podem ser “protestantes”? Eles simplesmente deixaram de ser católicos. E o aumento das igrejas evangélicas já estabilizou um pouquinho. Quanta pobreza intelectual e espiritual o Brasil viverá com o protestantismo! Vamos trocar a Igreja criada pelo próprio Cristo, cuja fé viveu Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Santa Teresa Dávila e outros grandes, para o domínio de homens superficiais como Felicianos e Malafaias da vida. Para os caprichos luteranos politicamente corretos da atualidade.


    “Talvez esteja ai a principal razão da evolução do Brasil para um lugar com pessoas com auto-estima, amor próprio, espírito empreendedor e profundo desejo de reformar a sociedade e lutar por ideais valorosos”.


    A materialista “teologia da prosperidade”, onde a caridade é substituída pela ânsia mesquinha de uma salvação egoísta através do dinheiro, é algum espírito “empreendedor”? Que ideais valorosos podemos esperar do relativismo moral protestante? Que ideais valorosos podemos esperar de várias seitas governadas por um bando de pastores ignorantes, fanáticos e estúpidos politiqueiros? Esse é o problema do protestantismo: excesso de amor próprio e pouquíssima devoção por Deus e pelo próximo. Ou melhor, Deus é bom quando todos eles estão salvos.

    “Eu realmente acredito que a sua herança religiosa faz a diferença. Se preferir, você pode chamar de guia espiritual, ou até filosofia de vida, mas, goste ou não, você é a sua fé.A paz se for possível, mas a verdade a qualquer preço”.


    Eu me orgulho de ser ibérico e católico. Orgulho-me de pertencer a um patrimônio moral, intelectual e civilizacional que tem mais de dois mil anos. Orgulho-me ainda de pertencer ao Mediterrâneo e à civilização greco-romana que adotou o Cristianismo diretamente dos apóstolos. Orgulho-me ainda de ser cristão, tal como os apóstolos pregaram e guardo diretamente o legado deles. Já o protestantismo é fake, é materialista, é uma credulice sem raízes. A pobreza moral, intelectual e filosófica do protestantismo é uma coisa assustadora. Não me espante que esse tal “Luterano” acima seja um completo ignorante da verdadeira fé cristã. Se ele tivesse o mínimo de sabedoria, viraria católico!



    Postado há 3 weeks ago por Conde Loppeux de la Villanueva



    Um tal Carlos Reis, vlogueiro do youtube, destaca-se atualmente por atacar o Concílio Vaticano II e, em particular, o atual Papa Francisco em seus vídeos. Acusa a Igreja Católica de ter sofrido uma infiltração comunista. Afirma que Paulo VI era homossexual, que João XXIII era comunista e que até o Papa Francisco também o seja. Chega a afirmar que a Sé está vacante. E espalha muitas outras informações duvidosas para seduzir incautos, ocasião em que ganhou espaço entre os católicos de tendência sedevacantista e outros tipinhos conservadores ressentidos. Na verdade, esse pessoal deve ter algum poder mágico para saber de todos os mistérios da humanidade. Fiquei pasmo em perceber que até alguns articulistas do Mídia Sem Máscara estão dando credibilidade a este sujeito.


    Que a Igreja Católica tenha sofrido uma infiltração comunista, isso é fato inegável. O que é negável são as conclusões que Carlos Reis chega para afirmar isso. Até o dado momento, ele é uma figura misteriosa. Não nos expõe suas credenciais intelectuais ou nem mesmo se sabe de sua real existência. Alguns “conservadores” carentes parecem necessitar de algum guru, algum ser especial e iluminado, para abrir os segredos da revelação ou o Mar Vermelho. Tal é o clima de apostasia.


    Vou acrescentar mais: lendo um artigo que este sujeito publicou em seu facebook, posso concluir, sem sombra de dúvida, que Carlos Reis é uma fraude intelectual. Ele escreveu, em 29 de setembro de 2013, um artigo chamado “O Segredo Jesuíta”, que é um emaranhado de lugares-comuns e nonsenses históricos, extraído de certa literatura protestante e “evangélica” americana igualmente mentirosa. Vamos analisar as falácias do texto:




    “O Segredo Jesuíta


    Perguntam-me sobre as intenções dos jesuítas. Pois vem, a intenção original da Ordem era recuperar a Igreja perdida para o protestantismo na Reforma. A missão original era, portanto, destruir por todos os meios os protestantes. Todos os meios significa TODOS OS MEIOS. Não haveria piedade com protestantes. No século XVIII os jesuítas começaram a ser expulsos em dezenas de reinos e países, sinal claro que suias ações faziam mal a diferentes governos”.


    Conde-Mentira n. 1. Os jesuítas foram expulsos de vários países católicos porque os Estados nacionais europeus queriam controlar a educação e a cultura, que era campo da Igreja Católica. Logo, influenciados pelas idéias iluministas e maçônicas, várias monarquias, através seus ministros como o Marquês de Pombal, o Conde de Aranda e outros, expulsaram os jesuítas pois viam neles uma ameaça a expansão estatal que idealizavam, através do regalismo absolutista ibérico. Ademais, a Companhia de Jesus nunca pregou que destruiria os protestantes por “todos os meios”. Isso é lenda de propaganda protestante. Na verdade, era justamente o contrário, os protestantes é que queriam destruir por todos os meios os reinos católicos. Na França, levaram o país à guerra civil contra os católicos. Nas ilhas britânicas, passaram a fio de espada dezenas de milhares de católicos ingleses e irlandeses. Embora seja possível denunciar um certo radicalismo entre os católicos do século XVI, essa motivação era legítima e genuína. O protestantismo levou guerra e violência aonde se espalhou. Só não conseguiram destruir a Espanha através das armas, por que esta, com os exércitos tércios e a Santa Inquisição, combateram a expansão protestante. Mas destruíram a reputação espanhola na desinformação e na lenda negra que se consagraram consagraram entre os inimigos da Igreja Católica. O mito da má fama jesuíta está no mesmo tipo de mentira disseminada à exaustão contra o catolicismo.




    “No ano de 1773 a Ordem foi suprimida pelo papa Clemente XIV. Neste momento os jesuítas perderam o Paraguay, também conhecido como Redução jesuítica do Paraguay. Foi o fim da escravidão católica na America Latina e o fim da remessa de imensas quantidades de ouro e prata para sua sede em Roma, não para o Vaticano, propriamente dito”.


    Mentira número 2: Foi justamente o contrário, com a expulsão dos jesuítas, os impérios coloniais ibéricos tiveram carta branca para reescravizar indígena através dos colonos portugueses e espanhóis. As missões jesuíticas protegiam os índios e tinham garantias de soberania sob a proteção da Igreja, além de ter permissão de usar armas contra os colonos que usassem da força contra seus protegidos. Pombal, ao expulsar os jesuítas, simplesmente deixou o Brasil sem educação formal e deu passe livre para a nova escravidão indígena. Por outro lado, a remessa de ouro e prata para a Península Ibérica basicamente não tinha nenhuma intervenção da Igreja Católica. Pelo contrário, a Igreja Católica combatia a escravidão dos nativos e, ainda, restringia ao máximo a crueldade contra os negros. A expulsão dos jesuítas representou a vitória da monarquia e do Estado secular sobre o poder espiritual da Igreja. Representou a sujeição moderna e totalitária do poder espiritual e intelectual ao Estado.


    “Foi então quer eles investiram na Inglaterra e a começaram a controlar a City londrina no que se refere aos bancos e ao comércio. Três anos depois é fundada a República Americana por maçons já controlados por jesuítas”.


    Mentira n. 3. A república norte-americana, além de protestante e maçônica, nutria um profundo preconceito contra os católicos. Logo, seria ridículo crer que os jesuítas controlassem uma sociedade protestante, já que o catolicismo tinha pouca força nos Eua e as sociedades protestantes, em geral, tanto nos Eua, como principalmente na Inglaterra, discriminavam os católicos na vida política. Para se ter uma idéia dessa discriminação, os católicos ingleses, até o século XIX, eram proibidos de ocupar cargos políticos. Seria até ridículo que os jesuítas tivessem alguma força na City Londrina, quando na prática, era negada a maioria dos direitos políticos aos católicos, incluso, impunha-se restrições religiosas severas.




    “O aspecto protestante da revolução americana esconde os protagonistas e seu poder financeiro. Washington foi erigida em Maryland. Junto com Virginia, os nomes são referências à Nossa Senhora”.




    Mentira n. 4. Virgínia foi fundada em 1598 por Sir Walter Raleigh, inspirada na Rainha da Inglaterra Elizabeth I, conhecida pelo povo inglês como “Rainha virgem”. Ou seja, os anglicanos equipararam a Rainha Tudor a uma figura parecida com a da Virgem Maria, embora fosse também uma fraude de propaganda protestante. Lembremos que Sir Walter Raleigh er até amante da rainha. Ademais, Maryland tem como homenageada a esposa do rei Carlos I da Inglaterra, Henriette Mari. Carlos I foi decapitado na guerra civil inglesa pelos puritanos de Oliver Cromwell. Associar os nomes das cidades americanas aos jesuítas é mentira e falsificação da grossa.




    “Mas como isso, se os protestantes condenam a Virgem e os santos? Sabe-se que os jesuítas são marianos, que têm devoção por Nossa Senhora. Que poder tinham eles à época para fazer do estado que abriga a capital americana ter um nome homenageando a Virgem? Esse é o poder do dinheiro, o controle dos bancos e do comércio da metrópole”. 


    Conde-Mentira n. 5. Os bancos americanos sempre foram controlados pela geração WASP ou pelos judeus britânicos, entre os quais, os Rotschilds. Só a partir do século XX é que os católicos irlandeses entraram em cena no mercado financeiro norte-americano. E não me conste que houvesse jesuítas no meio, mas leigos, foragidos da opressão britânica contra os católicos na Irlanda. Logo, a idéia de um “banco” jesuíta não somente é lenda, como fraude.


    “É conhecido da história que os primeiros presidentes americanos detestavam jesuítas, que eles se imiscuíam em negócios americanos, que conspiravam. Logo a história lhes daria razão: os jesuítas estiveram por trás do assassinato do Lincoln. É de destacar que os EUA nunca expulsaram os jesuítas como Portugal o fez (três vezes), França (duas vezes), Inglaterra, etc, etc”.



    Conde- Não é interessante que o texto mentiroso não nos cite um nome seque de um jesuíta ou de um banco e transforme a Companhia de Jesus numa figura fantasmagórica? Lincoln foi morto por fanáticos sulistas bem protestantes. Acusar a intervenção da Igreja Católica num evento particular da história americana não soa apenas como delírio. É má fé em estado patológico.




    “Com a volta da liberdade da Ordem em 1814 os jesuítas, já fortes, se expandiram pelo mundo através do sistema financeiro e do comércio mundial. Ligaram-se e controlaram boa parte dos iluminati de religião católica. Tornaram-se com o tempo em donos e mestres de diversas ordens eqüestres: Cavaleiros de Malta, Columbus, e no século XX do Opus Dei, um eco já distante de suas origens templárias da Idae Média”.


    Mentira n. 7. Quando a Companhia de Jesus foi restaurada, em 1814, estava virtualmente enfraquecida e tinha perdido uma boa parte da influência que possuía nos países católicos. Ademais, a Opus Dei não é uma “ordem militar”, mas uma prelazia criada pelo Vaticano, em 1927. O que tem a ver os jesuítas com os numerários da Opus Dei? A mesma coisa que o cu com as calças. Conheço a Obra e posso afirmar que nunca vi um jesuíta sequer ali.




    “Suas universidades (28 somente nos Estados Unidos) forneceram quadros aos serviços secretos de todo o mundo no século XX. A CIA americana foi fundada por Cavaleiros da Ordem de Malta, Bill Donovan, Allen Dulles. Infiltrados em todos os comandos superiores tiveram ascendência sobre os sionistas na America e na Inglaterra”.




    Mentira n. 8. A Ordem de Malta, atualmente, é apenas uma sociedade de venda de medalhinhas históricas sem valor algum. Quanto à CIA, ela surgiu em 1947, em parte, por conta das investidas da MVD, antiga NKVD e posteriormente KGB soviética nos Eua. Tolices e mais tolices históricas. Ademais, as universidades católicas são bem recentes nos Eua. As mais antigas universidades são protestantes, como Harvard, por exemplo. Carlos Reis demonstra uma indigência histórica fenomenal. Criou uma história paralela que só existe na sua cabecinha fantasiosa.




    “O sonho de criar o Reino Católico em Jerusalém está próximo. Nos EUA sua vitória foi completa com a destruição da rígida moral e ética protestantes. Sua “justiça social” (expressão criada no século XVII por um padre jesuíta) no século XX alcançou limites inimagináveis: suas Universidades de Georgetown controlam Washington e o poder que está lá; Fordham controla Nova Iorque e o poder financeiro que está lá. "Justiça social" é socialismo disfarçado”.


    Mentira n. 9. Se os jesuítas quisessem criar um “reino católico”, por que enfraqueceriam a moral cristã, mesmo na sua visão protestante? Um dos aspectos característicos dos jesuítas é a sua praticidade. Se eles vissem semelhanças entre alguns pontos da moral católica com a protestante, certamente usariam isso em favor da Igreja Católica. O termo “justiça social” é mais antigo do que a Companhia de Jesus e encontramos sua expressão no mundo filosófico grego e em Aristóteles. O filósofo grego já afirmava que a virtude ética, entre os quais envolve a justiça, é um produto da filosofia política e, portanto, social. Em suma, quem escreveu esse texto não tem a menor idéia do que diz. Ou se tem, age de forma desleal com seus leitores.


    “Assim conquistaram os EUA, tornando um país protestante majoritariamente de direita em um país liberal, tanto do lado Democrata quanto Republicano. Na America Latina o processo foi mais descarado: foi comunismo puro, a modo cheguevara, revolucionário, que foi às alturas após o Concilio Vaticano II – o que conhecem so como Teologia da Libertação”.


    Mentira n. 10. Primeiramente, o protestantismo é muito mais revolucionário do que o Catolicismo. Partindo do pressuposto de que o protestantismo admite uma liberdade teológica tal onde qualquer coisa possa ser justificada em nome da autoridade bíblica e do livre exame, logo, o conceito revolucionário igualitarista já nasce com a Constituição Americana. Será que o ignorante acima não sabe que os primeiros puritanos do Mayflower eram comunistas, no amplo sentido que os anabatistas e demais seitas protestantes revolucionárias entenderiam? O Partido Democrata Americano é produto da influência esquerdista da Europa central e nada tem a ver com a Igreja Católica ou os jesuítas. Pelo contrário, os democratas são inimigos de quaisquer valores cristãos, sejam eles católicos ou protestantes.




    O Foro de São Paulo não seria possível sem o domínio ideológico marxista jesuíta da América Latina”.


    Conde-Mentira n. 11. A grande maioria dos padres da Teologia da Libertação está infiltrada em várias ordens religiosas e não se restringe aos jesuítas. Bem menos importante do que os jesuítas, a Igreja Católica sofreu uma dura infiltração marxista dos setores do Partido Comunista e até da KGB. Tanto quanto a América do Norte sofreu infiltração da KGB nos meios culturais. Em suma, querer acusar a Igreja Católica ou os jesuítas no que foi produto das esquerdas revolucionárias é mentira patológica, digna de estelionato.




    “mais ainda, o Foro de São Paulo é inconcebível se não houvesse o lento e produtivo trabalho das Comunidades Eclesiais de Base e as CELAM. na Argentina do comunista jesuíta Bergoglio, as comunidades são chamadas Villa Miseria. Jesuítas são a mais pura concepção da opção católica pela pobreza, vista como massa de manobra para a Revolução comunista. Creio ter respondido à pergunta de quais são as intenções modernas dos jesuítas e sua missão histórica”.




    Mentira n. 12. Bergóglio comunista? Esse “comunista” que fez oposição feroz ao governo do Foro de São Paulo da Cristina Kischner? Francisco tem sérias falhas de comunicação e guarda uma linguagem populista incoerente, que acaba por trair aquilo que quer dizer. Contudo, está longe de ser comunista. Isso é lorota pra boi dormir.


    Eu cheguei a publicar alguns comentários mostrando as falácias históricas do texto e o Sr. Carlos Reis simplesmente me bloqueou na sua página de facebook. Aí tem! 





    Parece que Carlos Reis inventou essa historieta imaginária para atacar o Papa Francisco, que é um jesuíta. Não me espantaria. Certos tipinhos, para justificarem seus ódios pessoais, inventam falsidades mitológicas sobre a Igreja. Tudo que posso concluir é a ignorância ou a má fé de quem escreveu essas tolices. Se há algum "segredo", por assim dizer, é do próprio Reis, que até o dado momento é uma incógnita de pessoa.

    Todavia, através de seu artigo, eu posso chegar a uma conclusão óbvia: Carlos Reis faz parte de uma safra de picaretas, que sob a aparência de conservadorismo ou “anticomunismo”, explora a credulice de certos idiotas, que adoram teorias mirabolantes, motivadas pela falta de leitura e completa ignorância de qualquer assunto. 
    Postado há 3 weeks ago por Conde Loppeux de la Villanueva





    Paulo Ghiraldelli, o “filósofo de São Paulo”, ou nas palavras de Olavo de Carvalho, o “filósofo da Vila Nhucunhé”, já expôs, em vários artigos, sua defesa do “amor e sexo entre pequenos e grandes”. Em outras palavras, ele defende a legalização da pedofilia. Bem que ele poderia também ser chamado de o "pedófilo de São Paulo". Não pensemos que isso é um caso isolado. Em boa parte da agenda gay norte-americana e europeia, a legalização do sexo com crianças é um projeto já em andamento. Tem o apoio de ongs e até da própria ONU, que já criou regulamentos sobre os “direitos sexuais” das crianças. Sob a pecha de “direitos humanos à saúde sexual e reprodutiva”, a ONU já está preparando projetos para que as crianças sejam vítimas fáceis dos tarados, à revelia de suas famílias e pais. Nada espantoso, já que os agentes da ONU experimentam escândalos sexuais contra crianças de países pobres, naturalmente acobertados pela grande mídia. A ONU é a instituição mais pedófila do mundo. E ainda tem gente que aponta o dedo para a Igreja Católica! Essa mesma ralé é capaz de sacralizar a ONU como uma espécie de religião!


    Voltemos ao Ghiraldelli. Malgrado sua apologia criminosa pela legalização do abuso sexual contra crianças, além do epíteto de “filósofo Nhucunhé”, poderia também ser chamado de o “cafetão universitário” da USP. Explico. Ele expõe sua namorada a cenas eróticas no youtube para vender seus livros. Quem é que levaria a sério um idiota desses? Lamentavelmente só as universidades, o mercado editorial e establishment universitário, o que não é pouca coisa.


    Por falar em establishment, encontro um de seus artigos publicados no blog do professor de história da Universidade Federal de Tocantins, o tal Bertone de Sousa. Já tive minhas desavenças contra ele, uma vez que demonstrei suas inconsistências intelectuais a respeito de fatos históricos importantes do século XX. Tudo o que o professor Bertone respondeu foi apelar ao argumento ad hominem, rotulando-me de “blogueiro de orientação fascista”. A macaquice discursiva não tem fim nesse povo. E agora, Bertone de Sousa, usando um artigo de Ghiraldelli, acha que definiu “o que é ser um conservador” em seu site. O nível de incultura e desonestidade intelectual desse povo chega a patamares de doença ou de burrice. Vejamos as tolices de Ghiraldelli, que Bertone endossa como a mais sacrossanta verdade:
    “O que é um conservador?


    Há três tipos de conservador: um que tem chilique com a palavra “revolução”, outro que tem chilique com a palavra “sexo”, e um terceiro, que arrepia com ambas as palavras”.


    Um dito acadêmico de história que endossa estereótipos políticos e chavões partidários é uma fraude monumental. Resta alguém explicar o conceito de “revolução” e “sexo” idolatrados pelo Sr. Ghiraldelli, conforme está explícito em seus textos. “Revolução”, nas palavras do filósofo de Nhucunhé, significa matanças de grupos inteiros de pessoas, guerra civil, implantação de ditaduras totalitárias e sujeição do indivíduo ao Estado. E o que significa “sexo”, nas palavras do professor uspiano? Legalização do estupro e prostituição de menores. E não falo de “menores” adolescentes não, falo de crianças! Tal é o estado psicótico deste delinquente que se autonomeia “filósofo”. Bertone de Sousa, que fez uma histeria braba contra o fanático stalinista Cristiano Alves em seu blog, parece endossar as premissas de Ghiraldelli.


    “O primeiro tipo, o que treme ao ouvir a palavra “revolução”, pode ter um tipo de chilique desesperador. Todavia, não é difícil para ele, com o tempo, desenvolver um modo de lidar com isso. Antes que a apresentem a ele, não tarda em ridicularizá-la.


    Esse tipo tem lá sua razão. As revoluções políticas nem sempre terminam com menos carnificina que aquela promovida pelo regime derrubado. No entanto, esse tipo de conservador é aquele que cobra realismo de todos, ele quer menos ingenuidade e menos infantilidade. Ora, revoluções são reais, acontecem, e elas são responsáveis por nossa história ser o que é, ou seja, algo aberto para o imprevisível. Quem cobra realismo de outros deveria ter a macheza mínima de suportar irrupções históricas, porque afinal, elas emergem. Quem cobra realismo deveria também, depois, não tentar diminuir as revoluções, principalmente quando a historiografia já nos deu prova de que se trata de alguma coisa importante, que efetivamente mudou o mundo”.


    Ghiraldelli parte do argumento imbecil de que a “revolução” é uma fatalidade histórica que devemos encarar. Partindo dessa premissa, o nazismo seria um processo natural e irrefreável, já que deveria ser uma “fatalidade” matar milhões de judeus, assim com o foram também a Revolução Russa e outros eventos que exterminaram outros milhões de indivíduos. Quanto a “mudar o mundo”, os campos de extermínio na Europa certamente mudaram radicalmente a estrutura política do velho continente. A expansão soviética no Leste Europeu também modificou radicalmente a vida de milhões de pessoas. Para pior. Como não “diminuir” eventos que mataram milhões de inocentes? Como não combater esses eventos ao exigir a prudência? Todavia, Ghiraldelli prefere a matança indiscriminada e a violência como um dado inevitável. E qual sua resposta? Porque sim!


    Ghiraldelli, como um mentiroso patológico, ignora a legitimidade da contra-revolução. Na Espanha da guerra civil de 1936, o processo revolucionário foi abortado justamente porque houve uma reação violenta. No Brasil de 1964 foi a mesma coisa, junto com o Chile de 1973. Ou seja, a idéia de que a “revolução” é algo irrefreável não tem a menor sustentabilidade histórica. Em suma, a análise de Ghiraldelli vale como um peido. E Bertone de Sousa se mostra intelectualmente mais indigno do que já é.


    “O segundo tipo, o que tem convulsões ao ouvir a palavra “sexo”, também às vezes nos assusta com seus gritos. Claro que também este, com o passar do tempo, obtém um modo de escutar e até pronunciar uma tal palavra – “se… se … xo”. Sua estratégia é bem comentada e sabida: medicaliza a palavra. Os médicos falavam de pênis, e isso já era um termo sob uma boa assepsia, agora nem é isso mais que usam. Falam em “membro sexual masculino”. O sexo se transformou uma propriedade do médico que, com seu uniforme branco e sua seriedade profissional, é aquele que pode dissertar sobre tal assunto com a distância que, antes dele, esteve nas mãos do padre.


    Não é nada inútil colocar o sexo sob os cuidados médicos. A ciência ajuda a fazer do sexo alguma coisa possível de ser conversada sem misticismo cultivado pela ignorância, e isso é bom. Todavia, o tipo conservador que, enfim, exatamente pelo seu realismo, quer se mostrar corajoso e enfrentar tudo que é natural, não deveria precisar de tantas luvas para falar de sexo. Afinal, dizem até que os conservadores gostam de Nelson Rodrigues, então eles deveriam ser um pouco mais despudorados. Mas não são. No frigir dos ovos eles estão sempre sentados na sala de jantar, rodeados de crianças que são só inocentes aos seus olhos”.


    A mania de “medicalizar” o sexo não surgiu dos conservadores, mas dos apologetas do darwinismo social e demais doutrinas revolucionárias que tanto Ghiraldelli aprova. O positivismo, o cientificismo e o darwinismo são os pais do costume de “cientifizar” o comportamento humano. Todavia, como um mentiroso contumaz, Ghiraldelli inverte o raciocínio. Acusa nos conservadores o que é cria de sua gente. Na Idade Média, o homossexualismo e outras práticas sexuais jamais seriam considerados “doenças”, mas transgressões, pecados, fraquezas. As leis medievais eram rigorosas contra essas práticas. Porém, quase sempre havia a opção pela penitência, a fim de redimi-las. A legiferança sobre comportamentos sexuais, como também sua “medicalização”, é algo eminentemente moderno.


    O conservador não “enfrenta” o que é natural. Ele apenas prega que o sexo, como parte da conduta humana, deve ser disciplinado pela virtude ética e pela moral, embasado na justa e reta razão e na moderação. Quem parece enfrentar o que é “natural’ é o próprio Ghiraldelli, que dentre outras pregações ridículas, quer a legalização do sexo entre crianças e adultos”.


    “Os motivos pelos quais os conservadores criam problemas diante de “revolução” e “sexo” não são difíceis de notar.
    Revolução implica em mudança de controle e, às vezes, de alteração nas próprias formas de controle. O conservador tem um medo danado não só do que os revolucionários podem fazer com ele, mas do que ele pode fazer consigo mesmo em uma sociedade em que, mesmo só por um breve momento, houver liberdade”.


    Ghiraldelli, além de mentiroso, é burro. A “revolução” não implica uma mera mudança de poder ou de “controle”, mas sim de a imposição de um projeto utópico e niilista que visa tiranizar e destruir todas as liberdades civis e políticas da sociedade humana. A Revolução Russa não mudou as “formas de controle”. Na verdade, elevou as formas de controle a níveis jamais imaginados de brutalidade e onipotência. Reduzir a sociedade a meras formas de controle remonta a papagaiada de Foucault, mesclado a Niestzche. Nem esses analfabetos funcionais têm qualquer originalidade na resposta. Simplórios, reducionistas, criam esquemas mentais e premissas fajutas para que a realidade se adeque a elas. Agora dá pra entender por que Ghiraldelli é um delinquente que defende a pedofilia. Seu guru, Foucault, além de drogado e sadomasoquista, era também pró-pedófilo.


    “O conservador é mais ou menos parecido com aquela garota que não sabe se é ou não lésbica, e que então nunca bebe, pois acredita que se beber irá para a cama com todas as colegas naquela noite”.


    O esquerdista é mais ou menos aquele estuprador, que depois de violentar várias mulheres, transfere a culpa de seus atos para suas vítimas e banca a beata moralista, afirmando que elas atentaram. Por acaso não é a esquerda que aponta o dedo para o regime militar, quando defende revoluções genocidas? Ghiraldelli tem o caráter típico do psicopata. Aquela criatura que comete delinquências e depois culpa os outros, a sociedade, o Estado, o promotor público, o juiz e até a vítima pela sua situação. Eu cansei de ver bandido fazendo isso, quando uma vez fui à colônia penal, na época em que era estudante de direito. Não duvido que qualquer dia Ghiraldelli abuse sexualmente de uma criança e depois afirme que ela gostou!


    “Sexo implica em prazer. Ora, o conservador teme o prazer. Caso ele seja rico, ele teme que seus operários comecem a gastar energia antes no sexo que no trabalho. Caso o conservador seja pobre, ele teme que o sexo o jogue para fora de sua própria família. Pois quem quer sexo quer também o ambiente de desregramento do bar. Isso porá sua família em risco”.


    Ghiraldelli faz de sua vida de zona de baixo meretrício uma espécie de espelho para outras pessoas. Como ele prega até abuso sexual contra menores, em nome do “prazer”, naturalmente que para ele os prazeres não têm preço ou limites. Por mais que tais atos destruam a vida de uma criança ou de uma família inteira, não importa. O importante é usufruir do ânus de um menino ou da vagina de uma menina. Porque do resto, tudo não passa de “conservadorismo”, de “moralismo” de “hipocrisia”.


    Por outro lado, Ghiraldelli, como um típico demente, tenta justificar suas perversões, fazendo estereótipos dos “conservadores”. Ele precisa criar a caricatura de um empresário ou dos ricos, tal como Marx fazia dos industriais de sua época. Curiosa assimilação. Marx denunciava os “abusos sexuais” dos patrões contra as operárias, mas fez corpo mole quando dormiu com sua empregada e rejeitou o filho gerado dessa relação. Ghiraldelli faz a mesma coisa: defende pedofilia, trata sua mulher como uma rameira e depois a culpa é sempre dos outros! É o modus operandi do pensamento de qualquer esquerdista.


    “Mas ele também teme que, em um mundo onde todos queiram ter prazer, não será a filha do patrão que pagará o preço por isso, mas suas filhas. Em geral, não é que ele queira proteger suas filhas. Mas ele tem ciúmes delas, segundo uma tendência incestuosa que ele disfarça”.


    Ghiraldelli, o apologeta da pedofilia, projeta o que sente ou que é a outros. A malícia, a deturpação das idéias e da realidade há o sentido próprio de justificar suas reais tendências. Não duvido que Ghiraldelli tenha sentimentos incestuosos como seus filhos, se é que os tem. Não duvido nem mesmo que ele queira até levar pra cama suas empregadas. Mas para tentar “justificar” tais ações, ele precisa transferir como age ou pensa para a humanidade inteira. René Girard é que estava certo. O “empresário”, o “conservador” ou a humanidade inteira são os bodes expiatórios das taras sexuais mal resolvidas de Ghiraldelli.


    “Esse quadro que pinta o rosto do conservador pode não valer para alguns, justamente porque esses alguns ainda não pensaram com coragem sobre tudo isso”.


    Não sabia que Ghiraldelli pensava. Eu achava que apenas peidava. 


    “Quando refletirem melhor, se tiverem realmente coragem, confessarão que não estou falando bobagem, e que meu quadro abocanha bem muitos conservadores conhecidos. Talvez até mais do que possamos avaliar em um primeiro momento.
    Paulo Ghiraldelli, filósofo”.


    Paulo Ghiraldelli mede a humanidade pela sua régua. O nível de cegueira intelectual desse moço é uma coisa realmente assustadora e patológica. Algo digno dos autistas. Pior é o Sr. Bertone querer falar de “conservadorismo” citando esse notório pulha doutoral.



    Confesso, penso que um fanático doido como Cristiano Alves tem mais respeitabilidade do que Bertone de Sousa. Não que Cristiano Alves valha alguma coisa. Como diria meu avô, ele também não vale o cu que o periquito roa. Contudo, ele é mais coerente e menos cínico do que o professor de Tocantins. Cristiano mostra que é canalha sem rodeios. O outro, sob a pecha doutoral, sob o escudo do bacharelismo professoral, revela ser uma víbora venenosa e um sutil trapaceiro contumaz. 
    Postado há 3 weeks ago por Conde Loppeux de la Villanueva


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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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