domingo, 22 de janeiro de 2012

[ZP120122] O mundo visto de Roma

ZENIT

O mundo visto de Roma

Portugues semanal - 22 de janeiro de 2012

Cultura

Familia e Vida

Santa Sé

Deus chora na Terra

Mundo

Espiritualidade

Angelus

Audiência de quarta-feira

Testemunho


Cultura


O que o Islã ensina aos cristãos?
Piero Gheddo perguntou ao Padre Davide Carraro, do Pontifício Instituto para as Missões Exteriores (PIME)

Padre Piero Gheddo

ROMA, sábado, 21 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- O Pe. Davide Carraro do PIME tem 31 anos e esteve dois anos no Egito para aprender o árabe e depois ir para a Argélia. Faço-lhe uma pergunta que me fascina: "Você viveu dois anos entre um povo com grande maioria muçulmana. Do Islã nós já conhecemos aqueles aspectos que são negativos. Pergunto: quais são os aspectos positivos desta religião? O que pode ensinar, a nós, cristãos, a vida de um povo muçulmano? ".

Davide responde: "A vida social no Egito é marcada pela oração, pela chamada à oração, pelas muitas pessoas que rezam em público, não se envergonham de rezar em público, e mais, este é realmente um gesto considerado positivo, uma pessoa que não se envergonha de professar sua fé. Até mesmo na maneira deles falarem, há, muitas vezes, expressões religiosas: Como Deus quer ... Estamos nas mãos de Deus ... Deus abençoe a todos nós ... Deus está sempre presente no seu modo de falar e até mesmo no seu vestir. Por exemplo, uma mulher de véu é um símbolo religioso, aquela mulher é temente a Deus, No Egito, muitos homens têm uma marca negra ou cinza na testa que indica a oração ("zabiba"), que é feita colocando a testa no chão. Às vezes fazem uma pequena tatuagem que indica isso.

"Depois, há uma chamada pública à oração três vezes por dia que é muito forte, o sentem todos: "Vinde à oração, que é muito mais importante do que o sono". É um lembrete que dá ritmo ao dia. Para nós, o relógio da torre ou do campanário ritma o tempo que passa. No islã a chamada do muezzin lembra que estamos sempre com Deus, na presença de Deus. Que depois vão ou não vão para a oração é um outro problema, mas a sociedade publicamente faz a chamada para a presença de Deus. Sente-se na atmosfera uma certa religiosidade que não sinto na Itália. Que depois seja formal ou autêntica é uma outra coisa, mas para nós Ocidentais, que perdemos o sentido de Deus na nossa jornada, na nossa vida, isto é um forte apelo".

Lembro-me do Padre Davide que nos anos trinta e quarenta, quando eu era um menino na minha cidadezinha de Tronzano Vercellese, quando os sinos tocavam o Angelus, três vezes ao dia, manhã, tarde e noite, mesmo aqueles que trabalhavam nos campos ou caminhavam pelas estradas paravam e faziam o sinal da cruz recitando uma oração. A minha infância e juventude em Tronzano (eu nasci em 1929) foi marcada por essa atmosfera religiosa na vida pública e nas famílias (por exemplo a oração comum do terço nas tardes) que hoje perdemos na Itália.

 "E eis que - continua Davide - no Egito ainda é muito forte. Até os cristãos cóptos egípcios fazem tatuagens no pulso, desde crianças, uma pequena cruz sempre visível quando se estica a mão para cumprimentar, para pegar alguma coisa.

Os coptas, vendo que os muçulmanos rezam, ou no mês do Ramadã, saem por aí com o Alcorão na mão, dizendo que são sinais de hipocrisia, porque depois jogam bombas em nós. Mas aqui entramos em um outro tema. Para dialogar com estes nossos irmãos muçulmanos, devemos também ver os seus aspectos positivos. Se nos outros também vemos seus aspectos positivos, assim é possível construir um diálogo, uma amizade."

"Outra coisa que me impressionou no Egito é o grande respeito que eles têm pelo Alcorão, sempre, não só publicamente, mas também em privado. O sentido do sagrado e do livro sagrado. Por exemplo, nunca se coloca nenhum livro sobre o Alcorão, que deve ser mantido em um lugar de honra, elevado, isolado. Isto indica o senso da presença contínua de Deus na nossa vida e na vida da sociedade.

"É verdade que vivem uma religião diferente da nossa, mas justamente esse fato, encontrando-os, dá-nos a oportunidade de entender também o valor da nossa fé e nosso Livro.

"Por exemplo, eu, como estrangeiro, no pequeno comércio, no restaurante, tive mais decepções com os cristãos coptas que dos muçulmanos, os muçulmanos têm sido mais honestos do que os cristãos. Talvez porque nós, como cristãos, sempre insistimos, e com razão, num Deus que é amor, Deus nos ama, Deus nos perdoa, perdemos um pouco o temor de Deus. Os muçulmanos não. Eles têm o senso da presença contínua de Deus, que vê e julga tudo, talvez eles têm medo de Deus, mas não perderam o temor de Deus. No Egito e na Argélia, em contato com as pessoas comuns, tive impressões positivas. A violência que explode, as vezes, eu mesmo nunca a vi. No Egito, andando por aí, eu vi as igrejas queimadas pelos muçulmanos e conheci um padre Comboniano no Cairo, que mataram quando queimaram uma igreja. Mas na rua, nos contatos com as pessoas, não se respira esta atmosfera".

[Tradução TS]

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Familia e Vida


A família é o antídoto da crise econômica
O congresso organizado pela Aises na Câmara dos Deputados da Itália

Salvatore Cernuzio

ROMA, quarta-feira 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Um rabino que fala sobre família; um economista que fala de moral;  um sacerdote que fala de amor conjugal.

Tudo isso aconteceu durante o congresso “A família como motor do crescimento econômico. Valores e Perspectivas”, realizado na tarde de ontem no esplêndido salão da Rainha na Câmara dos Deputados, que contou com convidados ilustres, incluindo a Comunidade Judaica de Roma, que compareceu numerosa.

O encontro, organizado pela AISES, Academia Internacional para o Desenvolvimento Econômico e Social, quis focar sobre o assunto certamente mais debatido neste novo ano: a família, visto de diferentes perspectivas sociais, políticas e principalmente, econômicas.

Introduziu os trabalhos o Exmo. Maurizio Lupi, vice-presidente da Câmara dos Deputados, que definiu a família como o "primeiro amortecedor social da crise econômica."

"A família não deve se tornar um elemento, mas O elemento do desenvolvimento econômico e sobre isso estamos de acordo seja a maioria, seja a oposição”, disse o vice-presidente da Câmara, recordando o compromisso da política com a aprovação da "última manobra financeira" que pela primeira vez, leva à aumentar as isenções em relação ao núcleo familiar e ao número dos filhos".

"O hebraísmo e o cristianismo são as duas únicas religiões que colocam a pessoa, família e os filhos no centro", disse o diretor da agência ZENIT, Antonio Gaspari, moderador do simpósio, antes de introduzir o presidente da Aises, Valerio De Luca.

"A família natural tem uma gramática antropológica precisa – exortou De Luca - é fonte de humanidade, lugar do bios, onde cada pessoa encontra a vida e é formada nos afetos, valores, normas, relações". "Uma família unida leva a uma sociedade mais coesa e solidária e a economia e a política devem proteger esta célula fundamental."

 "Diante da crise que desagrega a família – se perguntou o presidente da Aises - qual o papel que confiamos à relação homem / mulher, pais / filhos"?, acrescentando que "os filhos, que são a verdadeira esperança para o futuro, agora são vistos apenas como uma ameaça e uma limitação do presente. Isso leva o homem a promover o aborto, a esterilização, a fecundação in vitro e todas aquelas outras técnicas que o fazem experimento de si mesmo e empobrecem a vida".

"Não deve-se mudar a técnica, mas deve-se renovar o coração do homem - concluiu De Luca -. A abertura à vida é a principal via para o desenvolvimento de uma sociedade mais humana e coesa".

A ausência de uma vontade humana de se abrir à vida e, portanto, à vontade de Deus, e a consequente crise de natalidade foram, de fato, um dos problemas mais abordados no congresso.

Edith Anav Arbib, responsável Aises para o Diálogo Interreligioso, falou de um "individualismo" pelo qual "confiamos à outros os serviços que antes eram úteis para as necessidades familiares e coletivas ", limitando-nos a uma “fria coordenação que leva a um desenvolvimento econômico não  sustentável. "

O Exmo. senhor Enrico Letta, ao contrário, individualizou no "cortotermismo", ou seja, no tentar rápido resultado imediato, a causa da crise. "A família, entretanto, é o antídoto - explicou - porque constrói dimensões e laços que obrigam a colocar-se projetos de longo prazo e desafiam o tempo".

Provocativo e irônico, Ettore Gotti Tedeschi, presidente do IOR, disse, no entanto, em alta voz que foi justo o colapso da taxa de natalidade, a partir dos anos 70 até os dias atuais, que nos nos levou para a atual situação de crise.

"Se nós, os seis palestrantes, fôssemos o Governo imediatamente teríamos resolvido o problema econômico, porque saberíamos para onde apontar: a família", exclamou com sarcasmo. Apresentando, então, o breve resumo dos cinco 'NÃO', o Presidente da IOR salientou os efeitos negativos que se produzem "quando os nascimentos são interrompidos e se ignoram família e filhos no mundo ocidental."

NÃO crescimento da economia: "Nos últimos 30 anos não nascem crianças, e o número de moradores que havia na Itália em 1980 manteve-se inalterado, portanto, como fazer para crescer o PIB que só cresce quando se consome mais?".

NÃO  poupança: "Um dos fenômenos dos nossos dias é que os bancos não têm dinheiro - observou - a razão é que não se economiza mais há 25 anos .."

"Em 1975-80 a taxa de acumulação da poupança das famílias italianas era de 27% italianos, hoje é 4,5%! De cem Liras que se ganhava, 27 eram colocadas no banco, entravam no ciclo dos investimentos e das intermediações. Hoje tudo o que se ganha é gasto, consumido, não há recursos para intermediação financeira. "

NÃO casamento: "Por que hoje não há possibilidades de se casar antes dos 32 anos? Porque um jovem casal não pode dar-se ao luxo de comprar uma casa, devido ao fato de que, embora profissionais, ganhem a metade do que se ganhava a 30 anos atrás, consequência do aumento dos impostos de 25% para 50%."

NÃO idosos: "As crianças não nascem e a população envelhece e se aposenta. Isso significa, economicamente, o aumento de custos fixos: saúde e idade avançada. A sociedade não tem mais dinheiro para manter os idosos e se cogita, portanto, na chamada 'morte súbita’ ".

NÃO trabalho: "Para poder consumir, terceirizamos na Ásia as produções mais importantes. O 50% do que antes era produzido no mundo ocidental, hoje é importado porque custa menos. Deslocando a produção, também se deslocou os postos de trabalho. Não há portanto mais trabalho e o 70-80% são só serviços".

Na mesma linha também Riccardo Di Segni, rabino chefe da comunidade judaica de Roma, que definiu a família como um "instituto falimentar ", de acordo com o que nos é apresentado nas primeiras páginas da Bíblia.

"É um paradoxo - disse o rabino -, mas desde o Gênesis nos é apresentado situações familiares negativas: Caim e Abel; José vendido por seus irmãos; Esaú e Jacó, e assim por diante. Isso porém mostra que a família é o lugar da vida, onde se erra, onde há erros cometidos pelos pais, mas sem ela não se pode viver."

Depois se segue a panorâmica da crise da família, que na realidade, segundo Di Segni, nada mais é que a "transformação" de um "sistema baseado na família desde o início," em outro sistema "moderno" em que "a família patriarcal tornou-se família mononuclear; a taxa de fecundidade feminina foi reduzida para 1, 3%; as mulheres dão dão à luz depois dos 30 anos e há mais casamentos, mas, na melhor das hipóteses, convivências".

Uma crise da familia que levou a uma crise econômica, portanto, e uma crise econômica que "colocou sob pressão o casal e o mesmo amor conjugal", como observado por Mons. Leuzzi, capelão da Câmara dos Deputados.

"A lei econômica tomou a precedência sobre toda a vida da sociedade se tornou ‘alma’, deixando sua identidade de "corpo", de algo que é instrumental." "Se queremos recolocar a economia de volta no seu verdadeiro papel - disse Mons. Leuzzi, na conclusão da conferência -. Se queremos superar a idéia de que a sociedade só cresce se produz mais, devemos recuperar o amor conjugal, primeira comunidade onde o homem aprende não só a produzir, mas a construir".

[Tradução TS]

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Santa Sé


Unidade dos Cristãos: Dom de Deus, não uma conquista própria
Bento XVI recebe uma delegação ecumênica da Finlândia

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 19 de janeiro de 2012(ZENIT.org)- O Papa Bento XVI recebeu hoje uma Delegação Ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia; uma vez ao ano é realizada uma peregrinação ecumênica a Roma, pela celebração da Festa de Santo Henrique, padroeiro do país.

***

Bento XVI,  ao acolher os Bispos da Finlândia, recordou a celebração de Santo Henrique e expressou gratidão pela “ação do Espírito Santo, informando e transformando a vida daqueles que nos deixam um modelo exemplar de fidelidade a Cristo e ao Evangelho”.

A visita anual de uma delegação ecumênica prova que a comunhão entre os Cristãos cresce; “é meu desejo que esta comunhão continue crescendo, produzindo ricos frutos entre os Católicos, Luteranos e todos os outros Cristãos em vossa pátria amada”, afirmou o Pontífice.

O Papa  expressou a necessidade de um progresso nos assuntos pelos quais os Cristãos se encontram divididos, e recordou que o “aprofundamento da amizade e o testemunho comun de Jesus Cristo” para o mundo de hoje que “ anseia em ouvir a mensagem de salvação”, deve acelerar este processo.

Sobre as recentes divergencias éticas entre os Cristãos, Bento XVI falou da necessidade de se chegar a um acordo profundo no que diz respeito a antropologia, “ que poderá ajudar a sociedade e os políticos a tomarem decisões sábias e justas nas importantes questões sobre a vida humana, a família e a sexualidade”.

Citando a liturgia de hoje, que fala da paciência dos que creem como Abraão (Heb 6,15), Bento XVI  falou da espera confiante pela unidade dos Cristãos “não em um espírito de impotência ou passividade, mas com profunda confiança de que a unidade entre todos os Cristãos em uma  Igreja, é verdadeiramente um dom de Deus e não uma conquista própria.”

“Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos concedeu até agora e rezemos para que Ele possa  nos encher com o Espírito da verdade a nos guiar sempre mais para o amor  e a unidade. Sobre vós e todos os seus concidadãos, invoco abundantes bençãos de Deus”, concluiu o Santo Padre.

Maria Emília Marega

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Os desafios da justiça no vaticano
Neste Sábado foi realizada a cerimônia de inauguração do Ano Judiciário

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) – Uma justiça eficiente e rápida, que nos últimos tempos tem criado inovações significativas. Isto é o que surgiu durante a inauguração do Tribunal Judicial do Estado da Cidade do Vaticano.

Na cerimônia, realizada sábado, 14 de janeiro, participaram, entre outros, o ministro da Justiça italiano, Paola Severino Di Benedetto, Presidente do Tribunal Constitucional Alfonso Quaranta, o presidente da Associação nacional dos magistrados Luca Palamara, Giovanni Conso, Giovanni Maria Flick, Piero Alberto Capotosti, o presidente do Governatorato da Cidade do Vaticano, monsenhor Giuseppe Bertello.

A Santa missa foi presidida pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que durante a homilia, pediu para se "refletir sobre a relação entre a justiça divina e a humana" e "deixar iluminar nossas consciências para que nossas ações correspondam, na medida do possível, à vontade divina, ao seu plano de amor para cada pessoa e para a comunidade dos homens".
Durante o relatório inaugural, o procurador-geral do Tribunal, Nicola Picardi, descreveu o setor judiciário do Vaticano como "um sistema suficientemente equilibrado e eficiente", além de "suave e harmonioso".

O advogado Picardi então sintetizou os números de 2011, dos quais emergem, entre os dados mais reconfortantes, o encurtamento da duração dos processos penais, de 36 a 18, para 8 dias. No âmbito civil 29 ainda estão pendentes, enquanto no penal há somente 4.

É notável a desproporção entre os processos civís (640) e penais (226), discutidos em 2011, e o pequeno número de cidadãos Vaticanos (492, sem mencionar os diplomatas e membros das representações pontifícias), devido ao fato de que 99 % dos processos é responsabilidade dos turistas e peregrinos que todos os anos visitam o Vaticano.

As reformas empreendidas durante o ano recém-encerrado são devidas, explicou Picardi à evolução das relações internacionais, para adaptar os procedimentos aos de outros estados e, em particular, para combater a difusão da criminalidade.

Neste sentido, é significativo a adesão do Vaticano na Interpol, que é acompanhada pela perspectiva, defendida pela União Europeia, de promover a Santa Sé como um membro da Europol no combate ao terrorismo internacional.

A Convenção monetária entre a União Europeia e o Vaticano, assinada em 2009, exigiu uma série de inovações em âmbito administrativo-financeiro, começando da uniformidade das normas aos padrões europeus de prevenção da lavagem de dinheiro, da fraude e da falsificação dos meios de pagamento.

No primeiro de março de 2011 foi introduzida a alteração no Código Penal Vaticano que prevê processos criminosos com relação à fraude e falsificação de notas e moedas em euros. No seguinte 1 de Abril foi a vez das normas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro das receitas provenientes de atividades criminosas e do financiamento do terrorismo.

Esta última normativa estende também aos indivíduos Vaticanos" que executam profissionalmente atividades econômico-financeiras e monetárias", certas obrigações, começando daquela de “uma adequada verificação da clientela”, e o dever de comunicar operações suspeitas à Autoridade de Informações Financeira (Aif), instituída em 2010, com sede no Vaticano.

Outra mudança importante é representada pelo Motu Proprio do Papa Bento XVI, do 30 de dezembro de 2010, que disciplina a luta contra as atividades ilegais no campo financeiro e monetário. O documento papal refere-se às normativas de regulamentação sobre lavagem de dinheiro e sobre o financiamento do terrorismo também para os organismos da Santa Sé - IOR e dicastérios compreendidos - que desempenham profissionalmente atividades económico-financeiras.

(Tradução TS)

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Deus chora na Terra


Dois sacerdotes sequestrados no Sudão
Um bispo denuncia pressões sobre a população do Sul do Sudão

ROMA, quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Crescem os temores pela segurança de dois sacerdotes do Sudão que foram sequestrados. São os sacerdotes Joseph Makwey, de 40 anos, e Sylvester Mogga, de 30, que foram sequestrados neste dia 15 de janeiro por pessoas que quebraram as portas do complexo paroquial e do presbitério.

De acordo com os vizinhos - citados pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) - os sequestradores chegaram na paróquia de Santa Josefina Bakhita, num enorme caminhão cheio de pessoas. Além de seqüestrar os sacerdotes, saquearam a propriedade e levaram eletrodomésticos e objetos de valor como computadores portáteis e outros equipamentos informáticos.

Ao relatar o incidente, que ocorreu na cidade de Rabaka, ao sul de Jartum, o bispo auxiliar de Jartum, Daniel Adwok Kur, declarou à AIS que se desconhece o paradeiro dos dois sacerdotes.
Dirindo-se ao local para avaliar a situação, o bispo Adwok afirmou: "Estamos preocupados com os dois sacerdotes. Um deles - o padre Sylvester – ainda que seja muito jovem está doente e precisa de ajuda médica". O bispo disse que a polícia havia sido notificada, mas que as investigações estão só começando.

Acrecentou que era ainda impossível "especular" sobre a identidade dos seqüestradores e seus motivos. No entanto, ao relatar um aumento de sequestros na região, dom Adwok disse que temia que os homens pudessem ser recrutados para lutar no meio do que é conhecido como um agravamento dos conflitos internos envolvendo o Sudão e o Sudão do sul.

O bispo disse: "Não é que a lei não possa ser implementada, ao que parece, este sequestro foi deliberado. Os sequestradores sabiam que estes homens eram sacerdotes.."
O bispo, que mora em Kosti, uma cidade perto de Rabaka no outro lado do Nilo Branco, disse que em todo o Sudão, os militantes estão intimidando as pessoas originárias do que é hoje o Sudão do Sul, pressionando-as a sair .

O bispo Adwok disse: "O seqüestro dos jovens assustou práticamente todo mundo aqui." Criticou o governo do Sudão por ignorar os sequestros e dizer que os sequestradores são "estrangeiros", que não podem ser controlados.

O bispo acrescentou: "As pessoas inocentes não estão aí para serem maltratadas e as autoridades estão chamadas a prestar contas do que está acontecendo." "Não é só em Kosti que isso está acontecendo. Mas também em Jartum."

(Tradução TS)

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Mundo


Bento XVI convidado a visitar a Eslováquia
1150 º aniversário da chegada dos Santos Cirilo e Metódio

Por Anita Bourdin

ROMA, 20 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Bento XVI foi convidado a visitar a Eslováquia neste ano, considerando que 2012 marca o aniversário 1150 da chegada dos missionários Cirilo e Metódio co-patronos da Europa.

Uma delegação de parlamentares eslovacos, liderada pelo Presidente do Parlamento Pavol Hrusovsky, vice-presidente dos democratas cristãos eslovacos participou, nesta quarta-feira, da audiência geral de Bento XVI na Sala Paulo VI do Vaticano.

Hrusovsky se reuniu ontem em Roma com o seu homólogo italiano Gianfranco Fini e depois com os presidentes das comissões para os Assuntos Exteriores da Câmara dos Deputados e do Senado italiano, segundo informou a agência TASR de notícias.

No curso da audiência, Pavol Hrusovsky renovou o convite feito a Bento XVI pelo presidente da República da Eslováquia Ivan Gasparovic, comunicado ao papa no  12 de janeiro de 2011 pelo Ministro eslovaco dos Assuntos Exteriores Mikulas Dzurinda.

O ministro Dzurinda disse naquela ocasião que a Eslováquia celebra em 2012 o aniversário do 1150 da chegada nessa região, então missão da Grande Morávia (863), dos Santos Cirilo e Metódio co-patronos da Europa.

O Presidente do Parlamento destacou à citada agência a importância deste convite a seu país que espera dela uma "renovação espiritual". O político eslovaco presenteou o Papa com a obra de um escultor Eslovaco inspirada nos santos padroeiros da Europa.

Os Bispos eslovacos também convidaram a Bento XVI para visitar o país neste ano, propondo etapas em Bratislava, Nitra, Zilina e Presov em julho ou no outono. No momento, a Santa Sé se reserva o direito de resposta.
 

[Tradução TS]

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"O Concílio Vaticano II, vinculativo para a Igreja hoje"
Lectio magistralis do Profº Johannes Grohe na festa de São Tomás de Aquino

ROMA, quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - "O Concílio Vaticano II é, e deve continuar sendo para a Igreja Católica, uma expressão do magistério solene e supremo do nosso tempo". É o que foi dito na manhã do dia 17 de Janeiro pelo Rev. Profº Johannes Grohe, professor de História da Igreja, em sua palestra sobre o Concílio Vaticano II no contexto de todos os concílios ecumênicos, realizada por ocasião da festa de São Tomás de Aquino, patrono da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Santa Croce).

Ao mesmo tempo, deve ser assumida "a sua correspondente importância no diálogo ecumênico, ou seja, em qualquer união com outras Igrejas e comunidades cristãs separadas da Igreja Católica", continuou o professor. Entende-se, portanto, "que não se pode renunciar à necessidade de um recebimento desses textos fundamentais, como tampouco se pode renunciar a receber os outros concílios ecumênicos da Igreja do passado".

Não há dúvida, prosseguiu o estudioso, de que ao longo de dois milênios de concílios ecumênicos, o Vaticano II representa um evento de "importância epocal", "fundamental para a vida da Igreja de hoje", na qual ele deixou "marcas profundas".

Em seu discurso, Grohe também fez menção aos que "põem em dúvida a própria natureza ecumênica do Vaticano II", oferecendo uma gama de referências teológicas e históricas e apresentando estudos que refutam esses questionamentos, destacando a equivocada abordagem metodológica de certos autores.

Mesmo aqueles que desde o início desafiaram a "autoridade" do Sínodo Vaticano, como, por exemplo, "alguns expoentes da minoria conciliar" (Lefebvre e seus seguidores), e portanto contestaram o "carácter vinculativo dos documentos conciliares", acabam salvaguardando por outro lado "o aspecto ecumênico do concílio", colocando-o "na mesma linha dos 20 concílios anteriores".

Deve ser claramente entendido que o concílio aberto em 11 de outubro de 1962 pelo papa João XXIII "não definiu novos dogmas", mas propôs, "com autoridade suprema para toda a comunidade cristã, a doutrina tradicional de modo novo e com uma atitude pastoral nova". Todos os seus decretos têm, portanto, um "valor universal" e "são vinculativos, devendo ser aceitos também por aqueles que desejam entrar em comunhão com a Igreja Católica".

Grohe é diretor da revista Annuarium Historiae Conciliorum (http://ahc.pusc.it/), fundada em 1968 por Walter Brandmüller e Remigius Baümer. Este seu pronunciamento se encaixa no debate do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e em preparação para o Ano da Fé proclamado pelo Santo Padre Bento XVI, que vai começar justamente na data do aniversário de abertura do concílio.

A Faculdade de Teologia organizou também para os próximos dias 12 e 13 de março um círculo de estudos sobre o tema Palavra e Testemunho na Comunicação da Fé. A releitura de um binômio crítico à luz do Concílio Vaticano II (http://www.pusc.it/teo/conv2012), a fim de analisar a questão da relação entre o testemunho e a palavra no contexto religioso e social do mundo de hoje.

Este ano marca ainda o vigésimo quinto aniversário da revista internacional da faculdade, Annales Theologici(http://www.annalestheologici.it), um semestral catalogado em mais de 300 bibliotecas de todo o mundo e que teve como autores, entre outros, os cardeais Angelo Amato e Dionigi Tettamanzi, Pierpaolo Donati, Cornelio Fabro, Fernando Ocáriz, Vittorio Possenti, Pedro Rodriguez, Martin Rhonheimer e Anton Ziegenaus.

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Mil famílias em missão
O Papa envia as famílias do Caminho Neocatecumenal no mundo

Por Salvatore Cernuzio

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Durante uma audiência, com 12 mil participantes, a Santa Sé anunciou a aprovação das celebrações que marcam o itinerário de iniciação cristã do Caminho Neocatecumenal. Além disso, o Santo Padre enviou 18 novas missio ad gentes na Europa e América.

ZENIT pediu para Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, juntamente com Carmen Hernandez, para comentarem sobre o evento:

Kiko: "Uma das provas da validade deste itinerário para formar cristãos adultos são as famílias em missão. Atualmente são quase mil as famílias do Caminho Neocatecumenal em missão nas diferentes partes do mundo.

Hoje, o Santo Padre enviará outras novas missio ad gentes entre os aborígenes da Austrália, da Papua e da Nova Guiné e nas regiões mais secularizadas da Europa.

Estas missio ad gentes significam uma nova presença da Igreja.

Há muitas pessoas hoje totalmente secularizadas, que não vão ao templo, não  estão interessadas pela igreja, mas que quando vêem um grupo de cristãos que se amam, que se querem bem, se sentem atraídas, ficam impressionadas pelo modo como se relacionam.

Nós temos tantas experiências de pessoas que pedem para serem batizadas depois de verem como nos relacionamos entre nós, como nos amamos.

Devo dizer que na Europa muitas pessoas sofrem de solidão. Esta é uma terrível realidade, típica das cidades modernas: o número de pessoas que vivem sozinhas, a quantidade de pessoas que são alcoólicas, o grande número de suicídios, divórcios, abortos ... É óbvio que há uma necessidade de uma nova presença da Igreja.

Respondemos ao chamado de João Paulo II, que no simpósio dos bispos europeus em 1985 disse aos bispos que a situação europeia é muito difícil, que a Europa está caminhando para a apostasia, que estão destruindo as famílias.

Não tenham medo - disse o Papa - pelo contrário, devemos nutrir a esperança porque o Espírito Santo já está respondendo: é preciso voltar ao Cenáculo, aos primeiros modelos apostólicos quando a Igreja morava nas casas e as pessoas que entravam em contato com estas comunidades ficavam admiradas e queriam tornar-se cristãs.

Isto é o que está fazendo o Caminho Neocatecumenal. Seguindo as instruções de João Paulo II, formamos comunidades cristãs em nações também nos ambientes mais pagãos como em Chemnitz, que foi a cidade-modelo da Alemanha comunista e onde o 98 por cento das pessoas não são batizadas. O Bispo de Chemnitz pediu duas missio ad gentes que já geraram duas comunidades com pessoas que não foram batizadas. Essas pessoas ficaram surpresas ao ver como vive uma comunidade cristã. "

Pode nos explicar o que é uma missão ad gentes?
Kiko:
"A missio ad gentes é uma nova presença da Igreja, é a resposta para a nova evangelização, é a nova evangelização em ação.
O Papa está muito feliz de poder enviar novas missio ad gentes na Europa, no sul da França em Toulon, em Albi, em Montpellier, em Bayonne. "

O que acha da aprovação das celebrações que marcam e assinalam as etapas da iniciação cristã que leva adiante o Caminho Neocatecumenal?
Kiko: "O reconhecimento da validade desta  iniciação Cristã é um momento histórico para nós, é o que estávamos esperando. Depois de anos de estudo e análises da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, foi aprovada.

No reconhecimento da validade é dito que as celebrações que marcam as etapas de crescimento do itinerário de amadurecimento do homem novo são maravilhosas e são verdadeiramente inspiradas, ajudam o homem a converter-se e fazer-se cristão, o ajudam a crescer na fé e a unir-se a Jesus Cristo. Estamos satisfeitos e agradecidos a Deus por este reconhecimento.

Depois de tanto sofrimento e tanto trabalho estamos agradecidos à Igreja, à qual reconhece oficialmente a validade desta iniciação cristã para a construção de um novo homem.
Inserimos o homem novo em uma comunidade cristã. É "nossa tarefa fazer ver o que os pagãos viam na Antiguidade, quando gritavam: "vejam como se amam os cristãos ".

Nos tempos antigos, havia os mesmos problemas de hoje: as pessoas estavam sós e sofriam a solidão e desespero. Quando o homem cai vítima do diabo não sabe mais amar e se confunde.
São Paulo escreveu que Cristo morreu para que o homem não viva mais para si mesmo. Desta forma, explica que o homem separado de Deus está condenado a sofrer do próprio egoísmo.
Estamos muito gratos a Bento XVI e à Igreja por este ato no qual vemos e confirmamos que a Igreja é Mãe e Mestra".

A aprovação vem depois de 15 anos de estudo por parte da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, conclui o percurso para a aprovação do Caminho Neocatecumenal: Em 2008 a Santa Sé aprovou a versão final dos Estatutos e em 2011 aprovou a doutrina contida nos treze volumes do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal.

Hoje Bento XVI vai enviar 17 missio ad gentes: 12 na Europa (Albi, Nizza, Bayonne, Toulon, Estrasburgo, Lyon, Anversa, Lubiana, Sarajevo, Tallin, Viena, Manchester) 4 na América (três em Boston e uma na Venezuela), uma na África, em Libreville (Gabão). Além do mais foram enviadas outras famílias para algumas missio ad gentes já formadas na Ucrânia e entre os aborígines australianos, na Papua Nova Guiné.

Cada missio ad gentes é formado por três ou quatro famílias numerosas que vão, com um padre, morar em uma região descristianizada ou onde o Evangelho nunca foi anunciado.
Essas missio vão acrescentar-se às outras 40 já enviadas em todo o mundo por Bento XVI em anos anteriores.

[Tradução Thácio Siqueira]

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Os bons frutos do caminho Neocatecumenal
Entrevista a Kiko Arguello, fundador do movimento, logo após a audiência com o Papa

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, sexta-feira, 20 janeiro, 2012 (ZENIT.org) – Nos acolhe com a sua típica maneira entusiasta e carismática, Kiko Arguello, fundador do Caminho Neocatecumenal, em um hotel a poucos metros de São Pedro, num clima tão agradável que parece tudo, menos uma uma entrevista, parece um simples bate-papo.

Com a alegria ainda nos olhos e no coração pelo encontro com o Santo Padre na Sala Paulo VI,  Kiko concede à ZENIT uma outra breve entrevista para dar graças a Deus pela maravilhosa história que está fazendo com este caminho de iniciação cristã e comentar o evento de hoje.
*********

Kiko, começamos com uma simples pergunta: como foi a reunião desta manhã?
Kiko: Fantástica! Foi realmente maravilhoso o fato de terem sido confirmadas as celebrações que marcam todas as etapas da gestação cristã que o Caminho construiu.
Esperamos este momento e, finalmente, a Igreja confirmou o Caminho Neocatecumenal como iniciação cristã, na sua doutrina, nas liturgias e nas etapas. É importantíssimo, acima de tudo, o fato de que o Papa reiterou que as comunidades possam celebrar as missas dominicais por comunidade.
É um fato sociológico de imensa importância que quer dizer que a pequena comunidade é a salvação para a Nova Evangelização. A Eucaristia, na verdade, cria e forma a comunidade cristã, a solidifica, a une.

E no que diz respeito à missio ad gentes? 

Kiko: A missio ad gentes é também uma pequena comunidade no meio de pessoas completamente pagãs ou distantes da Igreja. O que nós vemos é que essas pessoas são atraídas por "pequenas comunidades" representadas pelas famílias em missão, são surpreendidas pelo amor que elas mostram aos outros e entre si. Se deixam catequizar nas suas casas e se tornam, depois, elas mesmas uma pequena comunidade. 

Qual é a novidade de tudo isso para a Igreja?
Kiko: Podemos dizer que estamos começando uma nova página na história: a Nova Evangelização, no meio de uma crise epocal que afeta toda a sociedade, que se chama secularização. Muita gente, não sabemos o motivo, "assediam" as igrejas; em alguns países, principalmente europeus, chegaram até mesmo a vendê-las ou a fechá-las.
Por isso, estou feliz e surpreso quando, com estas missões ad gentes, de fato, há pessoas que dizem "obrigado, porque senão eu nunca teria entrado numa Igreja" ou também agradecem pelo "amor e a aceitação" que respiram nas casas destes irmãos que os hospedam.
De fato, são muitas as pessoas que vêm para a catequese, não querem mais ir embora: são as onze horas da noite e ainda não voltam para casa. Isso acontece também porque as pessoas, na nossa sociedade, se sentem muito solitárias ...

Já faz 40 anos que o Caminho Neocatecumenal continua a dar frutos, basta pensar no grande número de chamados vocacionais. O que você acha desses dons que o Senhor deu ao Caminho e à Igreja sobretudo?
Kiko: O que pensar ... que o Senhor é muito bom para nós. Agradeço realmente a Deus, porque, apesar de que tivemos e temos muitas dificuldades e sofrimentos, nunca nos abandonou, mas sempre apoiou e sustentou. O encontro de hoje é um testemunho.

Para qual direção o Caminho está se dirigindo?
Kiko:
Para o início de uma Nova Evangelização em todo o mundo.
Estamos olhando para novos horizontes, por exemplo, também a Igreja Ortodoxa ultimamente tem mostrado interesse no nosso caminho de fé.
Acima de tudo, eu acredito, temos que nos preparar para a China, o Vietnã, toda a Ásia no geral e temos várias famílias prontas para sair em missão para o Oriente do mundo.

Além do mais nasceram já cinco novos seminários para preparar os jovens para partir para a China?
Kiko:
Exatamente! Nós perguntamos a 20 mil jovens que se sentissem chamados a tornar-se padres e evangelizar na China, e 5.000 se prontificaram.
Agora esses rapazes serão avaliados, preparados, devemos ver quem terminará os estudos e assim por diante. Em definitiva a China, A Ásia!

Finalmente, Kiko, tem alguma coisa que gostaria de dizer para todos aqueles que fazem parte do Caminho Neocatecumenal, mas também para todos os cristãos?
Kiko:
Sim, quero desejar-lhes algo simples: encontrar a Cristo e encontrar, portanto, a verdadeira vida que conduz à vida eterna. Espero que todos possam se encontrar realmente com Jesus Cristo, porque Ele te dá a sua natureza e a sua vida imortal e isto te muda completamente a existência, te ajuda e te prepara.

[Tradução Thácio Siqueira]

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Nossa Senhora Aparecida poderá ser venerada na Eslováquia
Dom Raymundo Damasceno participará da celebração para entronização

ROMA, segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) – A imagem de Nossa Senhora Aparecida que foi a razão da criação do Santuário Nacional de Aparecida, no Brasil, será entronizada em igreja da Eslováquia. 

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A imagem de Nossa Senhora Aparecida vem sendo venerada pelo povo brasileiro desde outubro de 1717, quando três humildes pescadores, João Alves, Domingos Martins Garcia e Felipe Pedroso, miraculosamente retiraram da rede por eles lançada no rio Parnaíba, uma imagenzinha partida e, logo em seguida, a cabeça que lhe faltava.

Agora, para veneração do povo europeu, uma imagem fac-símile de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, será entronizada na igreja de Nossa Senhora das Dores, padroeira da Eslováquia, em Bratislava.

Bratislava é a capital e principal cidade da Eslováquia, situada a sudoeste do país, perto da fronteira com a Áustria. Com 427 mil habitantes, é a maior cidade do país e é a sede da presidência, do parlamento e do governo eslovacos.

O convite para a entronização foi feito a Dom Damasceno, Cardeal Arcebispo da cidade de Aparecida, pelo arcebispo de Bratislava, Dom Stanislav Zvolensky e pela embaixadora do Brasil na Eslováquia, Marilia Sardemberg.

Dom Raymundo Damasceno Assis e o reitor do Santuário Nacional de Aparecida, Padre Darci José Nicioli, participarão da celebração para entronização da imagem que acontecerá no dia 20 de janeiro na capital da Eslováquia, informou a assessoria de imprensa da Arquidiocese de Aparecida.

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República Tcheca: A Igreja retoma a posse de suas propriedades
O governo coloca fim ao que foi confiscado durante os anos do comunismo

ROMA, terça-feira, 17 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Os bispos da República Tcheca publicamente agradeceram o Conselho Ministerial pela nova norma que prevê a devolução das propriedades da Igreja Católica e de outros órgãos religiosos.

 *** 

Na semana passada o site da Conferência Episcopal Tcheca relatou a declaração dos bispos sobre a recente aprovação de uma lei que sanciona a liquidação dos ativos e restitui aos órgãos eclesiais as propriedades confiscadas durante o período comunista.

Depois da ascensão ao poder em 1948, o Partido Comunista confiscou todas as propriedades pertencentes a diversas igrejas. Estas foram submetidas ao controle estatal e o governo começou a pagar o salário dos sacerdotes.

A Conferência Episcopal Checa (CEC) agradeceu o Conselho Ministerial pelo apoio dado a esta lei, que normaliza a relação entre o estado e as igrejas, e pela unanimidade sobre esta questão entre as partes que formam a coalizão do governo. A CEC deseja outras medidas do mesmo teor sejam adotadas e que a lei seja brevemente aprovada pelo parlamento da República Tcheca.

O Primeiro Ministro, Petr Necas, ameaçou de expulsar os ministros do partido dos Assuntos Públicos - que são maioria - e eventualmente desfazer o governo se o partido impedisse a aprovação do plano, que inclui o pagamento de indenização. O Partido não considerou imediatamente, devido à diminuição do PIB Checa de 0,1% no quarto trimestre de 2011, e do declínio esperado no crescimento econômico em 2012.

A  vice premier Karolina Peake, que é também vice-presidente do partido, que se opôs à medida, disse em comunicado que o seu partido não vai se opor a nova lei  que o Executivo, em última análise, já aprovou. Peake disse que, dado o ultimato do primeiro-ministro, o partido tem agido de uma forma mais responsável para resolver uma situação que é considerada absurda.

O plano, aprovado pelo governo, com o consentimento de 17 organizações religiosas liderado pela Igreja Católica, prevê seja o retorno de mais da metade das propriedades, ou uma compensação econômica. O valor da propriedade da igreja foi estimado em 75 bilhões de coroas (2,9 bilhões de euro), enquanto a compensação, que cobre um período de trinta anos é de 59 bilhões de coroas (mais de 46 bilhões de euros). O plano também põe fim ao sistema pelo qual o governo deveria pagar os salários dos sacerdotes.

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Panamá: os bispos advertem do perigo de regressão autoritária
Reformas que conduzem a uma melhoria da democracia

PANAMÁ, quarta-feira 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Os bispos do Panamá, reunidos do 9 ao 13 de Janeiro, fizeram público uma mensagem, ao final da sua 193 Assembléia ordinária, na qual afirmam que o povo do Panamá exige reformas que conduzam a "uma melhoria da democracia," ante o perigo de "regressão autoritária, mesmo através da via eleitoral."

Encorajados pelos resultados de Aparecida e pelos chamados do Santo Padre, a Igreja do Panamá, afirmam os bispos em sua mensagem, está "levando adiante um processo de conversão pessoal e pastoral, a fim de conseguir a renovação que exige a personificação da mensagem de Jesus Cristo nas realidades deste mundo."

Por isso, do 13 ao 16 de janeiro, realizou-se a II Assembléia Nacional de Pastoral, para, à luz da fé em Cristo, enfrentar os desafios da situação religiosa, social, política, econômica e cultural do país e dar razão da própria esperança.

Tal assembléia, na opinião dos bispos foi "um momento de graça que nos convida à humildade, à conversão, à reconciliação e à esperança."

"Embora seja verdade que o nosso país esteja passando por significativos processos democráticos e econômicos – advertem os bispos -, ainda não possui um rumo certo e muito menos está a salvo de um cenário de regressão autoritária, mesmo pela via eleitoral".

Diante deste panorama, acrescentam, que "suscita temor pela nossa democracia, é necessário realizar esforços permanentes para conseguir consensos e reorientar a forma de entender e fazer política,  de tal modo que respeite a dignidade da pessoa, seus direitos e obrigações e possa responder às exigências do novo cenário nacional e internacional”.

De acordo com os pastores, "é urgente envolver todos os panamenhos na geração e distribuição da riqueza; modernizar a nossa educação; tornar nossa democracia mais participativa; fortalecer a família ‘santuário da vida, casa e escola de comunhão, formadora de pessoas e promotora de justiça’"

Também dizem que é necessário "garantir a separação e independência dos poderes do Estado, incentivando ao mesmo tempo uma corresponsável descentralização do mesmo; deixar de lado os interesses partidários, sindicais e de classe em favor do bem comum; promover a transparência e a prestação de contas , tanto no âmbito público quanto no privado; cuidar nosso patrimônio histórico, cultural e ambiental; colocar os meios de comunicação social a serviço de uma cultura de paz por meio da promoção da verdade e da justiça".

Esta tarefa, segundo os bispos, "envolve significativos ajustes e sacrifício e só se fará realidade com a vontade individual e política de todos os panamenhos, conciliando a liberdade com a responsabilidade, a autoridade pública com a legítima autonomia e participação de grupos, a soberania nacional com respeito aos acordos internacionais assinados pela República do Panamá."
Portanto, fazem uma chamada "para os órgãos responsáveis ​​para que acolham os resultados que a Comissão Nacional de Reformas Eleitorais tem desenvolvido com a cooperação e o consenso das forças políticas e cívicas".

De acordo com os bispos do Panamá "foi um trabalho longo e honesto, no qual  participamos por meio da Comissão Justiça e Paz, e acreditamos que esse consenso exprime a vontade soberana de um povo que quer melhorar a sua democracia."

"A Igreja, concluem os bispos, não deixou e não vai deixar de se preocupar com o bem comum e, especialmente, pela defesa dos princípios éticos não-negociáveis e, por isso, fazemos um chamado aos homens e mulheres de boa vontade para agirem de tal modo que sejam fermento na sociedade, para alcançar um consenso moral que faça possível a construção de um Panama mais justo, equitativo e solidário."

[Tradução TS]

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As "pedras de tropeço" de Roma
Artista alemão Gunter Demnig homenageia as vítimas do Holocausto

Britta Dörr

ROMA, quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - "Uma pessoa só é esquecida quando o seu nome foi esquecido". Com estas palavras, o artista alemão Gunter Demnig ​​explica o seu projeto Stolpersteine, ou “Pedras de Tropeço”.

Após as duas primeiras edições romanas (2010 e 2011), Demnig instalou neste ano mais 72 “pedras de tropeço” na capital italiana, ou monumentos artísticos para homenagear as vítimas do nazismo. São pequenas placas de metal fixadas em paralelepípedos das calçadas de Roma, que trazem o nome, o ano de nascimento, o ano de deportação e o destino, se conhecido, da pessoa que foi deportada.

A pedra com a placa é inserida na pavimentação da calçada em frente à última residência escolhida livremente pela pessoa deportada.

No histórico do projeto, lançado pelo artista em 1993, foram instalados cerca de 32.000 desses “obstáculos”em aproximadamente 700 localidades. Demnig teve a idéia do projeto quando percebeu a grande ignorância que persiste a respeito da perseguição e da deportação de judeus, refugiados políticos, homossexuais e vítimas da eutanásia do nacional-socialismo.

Com seu trabalho, o artista pretende mostrar sinais visíveis que também façam parte da vida cotidiana e da paisagem urbana. Por esta razão ele escolheu o formato dos paralelepípedos comuns (10 cm x 10 cm), que podem ser facilmente incorporados a qualquer tipo de pavimento na capital italiana. A memória dos deportados, assim, não se limita ao seu dia rememorativo, mas se torna parte integrante do presente e do futuro.

Os lugares onde as “pedras de tropeço” foram colocadas em Roma são listados no site www.memoriedinciampo.it. O site também oferece filmes e material fotográfico, textos de acompanhamento, uma biografia do artista e uma resenha de imprensa.

Sete áreas de Roma participam da iniciativa este ano, entre elas o Centro Histórico. O projeto Memórias de Tropeço em Roma é apoiado pela Associação Nacional de Ex-Deportados, pela Associação Nacional de Ex-Internados, pelo Centro de Documentação Judaica Contemporânea, pela Federação das Amizades Judaico-Cristãs Italianas e pelo Museu Histórico da Libertação.

A iniciativa tem o apoio do Presidente da República da Itália, da União das Comunidades Judaicas Italianas, da Comunidade Judaica de Roma e da Embaixada da República Federal da Alemanha na Itália, e é realizada com o patrocínio da Comunidade Judaica de Roma e da Comunidade de Santa Maria ai Monti.

O comitê científico do projeto é presidido por Adachiara Zevi e composto pelos historiadores Anna Maria Casavola, Annabella Gioia, Antonio Parisella, Liliana Picciotto, Micaela Procaccia e Michele Sarfatti.

Em 9 de janeiro, durante a inauguração da edição 2012, foi homensageado o padre Pietro Pappagallo, que escondeu várias pessoas procuradas pelos nazistas e foi traído por uma alemã. Ele foi preso em 1944 e condenado à morte. Um paralelepípedo na Via Urbana, 2, relembra o sacerdote.

Todos os obstáculos são obras comissionadas. Neste caso, a pedra foi comissionada pelo atual pároco da igreja de Santa Maria ai Monti, pe. Francesco Pesce, para celebrar a memória do pe. Pappagallo, que escondeu especialmente crianças na sua igreja, junto com outras vítimas da fúria nazista.

As stolpersteine ​​convidam a meditar e a refletir. Lidar com datas e acontecimentos históricos na literatura é uma coisa, mas descobrir uma inesperada “pedra de tropeço”, começar a ler a sua inscrição e ver a casa onde a pessoa em questão viveu ou trabalhou, é outra bem diferente. Deixa mais claro que se está diante do destino humano, de um ser humano com nome, um lar, uma família e uma história. Fatos e números cruéis adquirem um rosto e se tornam tangíveis. Descobre-se que o horror não poupou a cidade, o bairro, a rua, mas que numa realidade triste também houve pessoas que tiveram a coragem de arriscar a vida por se oporem ao horror.

As stolpersteine ​​são monumentos que não só conectam o passado ao presente, mas também fazem refletir sobre o presente e o futuro e lembram que, criado à imagem e semelhança de Deus, o homem possui direitos inalienáveis concedidos pelo Criador. A dignidade humana é inviolável.

Há poucos dias, em Santa Maria in Monticello, pessoas desconhecidas removeram e substituíram por pedras normais três das “pedras de tropeço” dedicadas à memória das três irmãs Spizzichino, Graziella, Letizia e Elvira, vítimas do Holocausto.

Se os autores do ato, condenado como "ultrajante" e "vergonhoso", pensam que podem apagar assim a memória dessas três pessoas, desses três destinos, desses três crimes, eles estão enganados. A memória de um ser humano não está ligada à sua materialidade visível, mas vive para sempre na nossa mente e no nosso coração.

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Pregar a Jesus nos passos de Dom Bosco
A celebração da 25 ª Jornada Missionária Salesiana

Por Eugenio Fizzotti

ROMA, terça - feira 17 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- "A proclamação de Jesus Cristo pode ser atuada de modo muito eficaz por meio da narração da sua história terrena, como faz o Evangelho”. Este é o ponto de partida, tirado da Exortação Apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Asia" de João Paulo II, da mensagem que Don Klement Vaclav, que conselheiro geral para as Missões Salesianas, enviou a todos os irmãos do mundo tendo em vista o Dia da Jornada Missionária Salesiana 2012 para a qual não há uma data fixa, mas a escolha é feita por cada Inspetoria em relação às suas próprias atividades, especialmente porque não se trata de um evento isolado, nem de uma atividade ocasional, mas de um itinerário educativo e pastoral de algumas semanas, ou de diversas iniciativas ao longo do ano, das quais a Jornada constitui o ponto culminante.

Agradável e oportuno é o convite para "ser discípulos de Cristo, evangelizados, antes de se tornar apóstolos, evangelizadores e a continuar a narrativa da presença missionária na Congregação, que está localizada no coração da missão da Igreja".

Inserida no coração da Igreja universal 25ª Jornada Missionária Salesiana, Pe. Klement Vaclav, "é uma oportunidade para crescer nos passos de Don Bosco Santo - educador, comunicador, pastor e missionário, e de pregar Jesus aos jovens nos encontros educacionais, nas pequenas comunidades cristãs, através da rádio, TV, Internet, redes sociais ou por meio do blog, através do teatro ou música. A criatividade dos grandes missionários nos mostra todos os modos tipicamente salesianos para comunicar a fé entre os não cristãos. As jovens Igrejas da Ásia, muitas delas com uma história de apenas algumas décadas da primeira evangelização, nos inspiram com a sua dinamicidade ao pregar a Jesus".

Tendo em conta de que a nível mundial estão se preparando para celebrar o bicentenário do nascimento de Dom Bosco (16 de agosto de 1815), os salesianos estão sentindo o chamado para "redescobrir suas grandes inspirações, as suas motivações mais profundas, suas escolhas corajosas e, acima de tudo seu espírito missionário. E assim reviver e manter vivo o fogo missionário, que é uma dimensão essencial da vocação salesiana. "

Com grande realismo o conselheiro para as Missões reconhece que, estando em um tempo no qual “há grandes necessidades, mas uma escassez numérica dos Salesianos" há o risco real de que "os irmãos ou uma Inspetoria se fechem dentro do próprio território porque ir além, com um sentido missionário, exigiria uma nova força que não existe. Mas o fechamento, consequentemente, também apaga o zelo apostólico e o entusiasmo pela vida salesiana que é percebido pelos jovens, sobretudo por aqueles que fazem o discernimento vocacional conosco”.

É por isso que desde 1988, quando se celebrou o primeiro centenário da morte de Dom Bosco, "a cada ano um tema missionário é proposto a toda a Congregação, de modo que todas as comunidades salesianas possam conhecer uma realidade missionária de um continente específico, e assim abrir os olhos para novas realidades missionárias, vencer qualquer tentação de fechar-se dentro de seu território e lembrar o espírito universal do carisma salesiano e vivê-lo plenamente inseridos no coração da Igreja universal. "

A celebração da Jornada Missionária Salesiana é, portanto, um momento forte na animação missionária dos Salesianos nas Províncias e nas casas, daqueles que freqüentam suas escolas, os centros de formação profissional, as paróquias, oratórios, grupos de jovens, e os membros da Família Salesiana (cooperadores, ex-alunos, Filhas de Maria Auxiliadora, outras comunidades religiosas femininas fundadas por salesianos), para redescobrir o entusiasmo missionário de Dom Bosco e a vitalidade dinâmica do carisma Salesiano!

(Tradução TS)

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Primeiro ano do ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham
Centenas de anglicanos e católicos celebram, mesmo reconhecendo as dificuldades

LONDRES, quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 (ZENIT.org).- O primeiro ano do ordinariato estabelecido pela primeira vez para as comunidades anglicanas em busca da plena comunhão com Roma se caracterizou por ser "alegre e grato", segundo o líder do grupo. Mas há também mal-entendidos a serem abordados, reconheceu ele.

O último domingo marcou o primeiro aniversário da criação do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham. Em 15 de janeiro de 2011, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou um decreto que estabeleceu formalmente um ordinariato pessoal na Inglaterra e Gales para os grupos de anglicanos e seu clero que desejassem entrar em plena comunhão com a Igreja católica.

Segundo o site do ordinariato, cerca de 500 católicos e anglicanos se reuniram para comemorar o aniversário com solenes vésperas e uma procissão do Santíssimo Sacramento, seguida pela bênção na igreja de Santiago de Londres.

A liturgia foi celebrada em ação de graças pela decisão do papa de permitir aos anglicanos que desejam entrar na Igreja Católica a conservação das suas orações e liturgia tradicionais.

Durante o sermão, o ordinário Dom Keith Newton afirmou: "Nesta noite, temos muito a comemorar e a agradecer. Pelos dons e riquezas espirituais do anglicanismo, que nutre a nossa fé. Pelo calor das boas-vindas e pelo apoio que recebemos de muitos católicos. Pela visão, amor e fé do nosso santo padre, o papa Bento XVI".

Dom Newton também publicou uma carta pastoral por ocasião do aniversario. "Um ano não é muito tempo na vida de nenhuma instituição, em particular na Igreja católica, mas, como é um momento tão histórico, não devemos deixá-lo passar sem fazer uma reflexão".

"Dou graças a Deus pela coragem e fé de vocês, às vezes com custo pessoal", comentou o bispo, ao refletir sobre a transição no último ano. Também agradeceu às congregações católicas e às pessoas que deram seu apoio durante o primeiro ano de existência do ordinariato.

"Houve, certamente, decepções e contratempos no caminho, mas eles foram superados pelo calor do acolhimento e pela consciência de estarmos em comunhão com a sede de Pedro e com inumeráveis pessoas ao redor do mundo", continuou.

Profético

Dom Newton reconheceu que houve alguns mal-entendidos, em parte porque muitos católicos não tiveram contato de primeira mão com o ordinariato nem com os seus membros. "Depende de todos nós ajudar as pessoas a entender, e a tornar realidade, a visão que o papa Bento XVI colocou diante de nós: que o ordinariato deve ser ‘um gesto profético’, para contribuir com o objetivo mais amplo da unidade visível entre a Igreja católica e a comunhão anglicana", exortou.

O ordinário também anunciou que mais gente se unirá ao ordinariato neste ano. Disse que vários grupos entrarão nesta semana santa e que também haverá ordenações sacerdotais durante o tempo de Pentecostes.

"Fazemos parte de um momento histórico na Igreja. Cada um de nós tem um papel importante a desempenhar, para atingirmos as possibilidades e as oportunidades que este ano colocou diante de nós, recordando que nada se conseguirá sem a oração e sem a santidade de vida", concluiu Dom Newton.

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Espanha: pedem ao novo governo para substituir matéria polêmica
Acusam a Educaçao para a Cidadania de impor uma ideologia

MADRID, quarta-feira 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- No encontro com o novo ministro da Educação da Espanha José Ignacio Wert com os conselheiros da Educação de todas as comunidades autônomas, pais objetores de consciência, representados pela associação Profissionais pela Ética, pedem uma reforma urgente para substituir a matéria "Educação para a Cidadania", considerada um instrumento de doutrinação ideológica, por outra, com conteúdo baseado em valores constitucionais e no conhecimento das instituições espanholas e européias.

A Lei de Qualidade da Educação (LOE), de 2006, afirma a associação Profissionais pela Ética, será lembrada "por ter causado a inacabada polêmica sobre a imposição do conjunto de Matérias denominadas Educação para a Cidadania (EPC)."

Na véspera da primeira reunião educativa que celebrará nesta quinta-feira o novo ministro de Educação, José Ignacio Wert, com os conselheiros da Educação de todas as comunidades autônomas para desenhar as linhas gerais da reforma educativa, Profissionais pela Ética lembra quatro razões pelas quais a EPC deve ser urgentemente revogada.

Em primeiro lugar, a associação diz, "Diante da imposição destas matérias surgiram mais de 54 mil objeções de consciência e se abriram quase três mil processos judiciais; e ainda se encontra pendente de decisão a demanda (apresentada por quase quatrocentos pais) em Estrasburgo e os recursos de amparo perante o Tribunal Constitucional".

O conflito – acrescenta a associação -  demonstra que a EPC, assim como tem sido desenvolvida na Espanha, “visa moldar a mentalidade e os comportamentos das crianças segundo uma moral de Estado que não é neutra. A formação da ética pessoal, a reconstrução dos valores, a construção de uma consciência moral, a transmissão de uma ética comum e a ideologia de gênero constituem o núcleo deste conjunto de matérias".

Profissionais pela Ética lembra que o Partido Popular, vencedor das recentes eleições e agora no governo", comprometeu-se no seu programa eleitoral a substituir a EPC por outra matéria cujo conteúdo está baseado nos valores constitucionais e no conhecimento das instituições espanholas e européias".

Finalmente, a associação diz que "numa sociedade democrática e pluralista o Estado deve ter um papel de neutralidade. Os únicos princípios éticos exigíveis aos cidadãos por parte do governo são aqueles que estão representados pela Constituição, como lei suprema que estabelece as bases essenciais de convivência numa comunidade política ".

Para Jaime Urcelay, presidente de Profissionais pela Ética, o novo governo tem diante de si "o grande desafio de devolver a responsabilidade da educação para a sociedade."

"O Estado - garante – pode participar na educação para proporcionar os recursos para que a instrução esteja ao alcance de todos, com critérios de equidade, e assegurar níveis adequados de qualidade no sistema educativo para não conformar a ética das pessoas segundo a ideologia do Governo vigente".

A liberdade de educação na Espanha, de acordo com Urcelay, é uma matéria pendente na qual é necessário avançar.
Para mais informações: www.profesionalesetica.org.

[Tradução TS]

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Cursinho de Cristandade número mil na diocese de Córdoba
Em todo o mundo, só Porto Rico atingiu a mesma cifra

CÓRDOBA, quarta-feira, 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Mais de 500 pessoas participaram do encerramento do cursinho número mil do Movimento de Cursinhos de Cristandade.

Dom Demetrio Fernández, bispo de Córdoba, na Espanha, presidiu o ato acompanhado pelo reitor do movimento, Álvaro Martínez, além dos diretores espirituais Manuel Hinojosa e Manuel Montero e do consiliário Manuel Sánchez.

Depois da leitura do decreto que concede a indulgência plenária para todos os participantes no cursinho ou na missa de ação de graças a ser celebrada no próximo dia 22 de janeiro, na Santa Igreja Catedral, trinta e três pessoas que participaram no cursinho número mil deram seu depoimento à assembleia.

O bispo felicitou-os pelo aniversário e os encorajou a continuar praticando a sua vocação cristã vinculados ao movimento.

Mais de 33.000 pessoas participaram em Cursinhos de Cristandade em Córdoba, o que, segundo a diocese, “é motivo de felicidade, já que só em Porto Rico foi celebrado até hoje o cursinho número mil em todo o mundo”.

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Espiritualidade


Jesus: o "como se" desta vida
Evangelho do terceiro domingo do Tempo Comum

Pe. Angelo del Favero *

ROMA, sexta-feira, 20 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - 1 Cor 7,29-31: "Isto vos digo, irmãos: o tempo é breve. A partir de agora, aqueles que têm esposas vivam como se não as tivessem; aqueles que choram, como se não chorassem; aqueles que se alegram, como se não se alegrassem; aqueles que compram, como se não possuíssem; aqueles que usam os bens do mundo, como se não os usassem plenamente. Porque a figura deste mundo passa".

Mc 1,14-20: "Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: ‘O tempo foi cumprido e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho’. Passando à beira do Mar da Galileia, viu Simão e André, irmão de Simão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus lhes disse: ‘Vinde e segui-me. Eu vos farei pescadores de homens’. E eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que também estavam no barco a consertar as redes. E logo chamou-os. Também eles deixaram seu pai, Zebedeu, no barco com os ajudantes e foram atrás dele".

A resposta imediata dos primeiros discípulos chamados pelo Senhor mostra claramente o significado da exortação de Paulo a viver "como se" o que acontece ao nosso redor fosse, em si mesmo, completamente insignificante: "Isto vos digo, irmãos: o tempo é breve. E a figura deste mundo passa" (1 Cor 7,29-31).

É claro que Simão, André, Tiago e João nunca teriam deixado o trabalho e a família se não fosse Jesus quem os chamasse.

Isso quer dizer que o desapego emocional do próprio mundo não pode ser compreendido sem um encontro com aquele por meio de quem "todas as coisas foram feitas", e sem o qual "nada foi feito de tudo o que existe" (1 Jo , 3).

Quando um homem parte de casa para um lugar distante, de férias, ou para participar de uma convenção, ele se hospeda durante algum tempo num hotel. Ali ele come, dorme, usa o necessário para o dia-a-dia, conhece novas pessoas, e, no caso da convenção, participa ativamente nos trabalhos. Tudo isso é real e importante para ele, mas é temporário, de breve duração. Ele está ciente de que terá que retornar à sua cidade, à sua casa e ao seu trabalho, porque aquelas coisas é que são o seu mundo real.

Este "outro" mundo do hotel é alheio a ele. Ele usa todas as coisas dali "como se não as usasse plenamente" (1 Cor 7,31), porque elas não são suas e ele as terá que abandonar. Essa convenção, ou as férias, são apenas um parêntese na sua vida e em breve serão apenas passado.

A santa carmelita Teresa de Ávila comparava a existência terrena com o curto espaço de uma noite passada numa hospedaria ruim. Teresa certamente não desprezava este mundo, mas o conhecimento que lhe tinha sido concedido da sublimidade do Outro a fazia desejar a morte, como um parto necessário para começar a viver em plenitude a felicidade inefável do Reino dos Céus.

Por isso ela não considerava a morte como uma destruição da vida, mas como a sua meta cobiçada, como implicitamente anuncia o Evangelho: "O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo" (Mc 1.14).

Tal como para Teresa, também para os primeiros discípulos tudo isso tem apenas um nome: Jesus Cristo. "Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens. E eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram"(Mc 4.17). O reino de Deus é seguir Jesus.

E é apenas pelo nome de Jesus que São Paulo nos exorta a viver o cenário passageiro deste mundo com um feliz e responsável desprendimento, animados e sustentados pelo pensamento da “definitividade” beata do Outro: "A partir de agora, aqueles que têm esposas vivam como se não as tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem..." (1 Cor 7,29-31).

O apóstolo dá um testemunho significativo na carta aos Filipenses: "Eu certamente não alcancei a meta, não cheguei à perfeição, mas estou correndo para conquistá-la, porque fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, eu não considero ainda que cheguei à conquista. Tudo o que sei é isto: esquecendo o que está por trás de mim e voltado em direção ao que está na minha frente, eu corro para a meta, para o prêmio que Deus me chama a receber no céu, em Cristo Jesus" (Fil. 3,12-14).

Estas palavras vêm de um homem que está cheio da alegria de viver. Como os primeiros discípulos e todos os santos, Paulo foi capturado por Cristo não para abandonar a imagem deste mundo, mas para ser fermento misturado com ele.

Também para nós, na medida em que conseguimos viver "santos e irrepreensíveis diante dele no amor" (Ef 1.4), a comunhão em Cristo pode se tornar uma energia incontrolável para espalharmos a alegria do Evangelho pelo mundo inteiro.

O "ainda não" do Paraíso se torna um "já" na figura deste mundo, porque, de algum modo e sempre, "o viver é Cristo" (Fil. 1,21-23).

Isso nos ajuda a entender aquele "como se", que foi repetido cinco vezes e que nos soa completamente impossível do ponto de vista psicológico.

O que significa, para o marido, viver como se não tivesse mulher, e vice-versa? O que quer dizer, para aqueles que trabalham, viver como se não trabalhassem; para quem estuda, como se não estudasse; para aqueles que têm, como se não tivessem; para aqueles que vivem na imagem deste mundo, como se não vivessem?

Significa viver e fazer todas essas coisas sem absolutizá-las como fins em si mesmas, mas usá-las como meios para fazer a vontade de Deus, realizando o Bem e anunciando com a própria vida o Evangelho do seu amor.

A alegria de viver está na Verdade e no Amor. E a Verdade e Amor é Cristo. Converter-se e crer no evangelho é exatamente isso.

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* Cardiologista, o Pe. Angelo del Favero co-fundou em 1978 um dos primeiros Centros de Apoio à Vida perto da Catedral de Trento. Tornou-se carmelita em 1987 e sacerdote em 1991. Foi conselheiro espiritual no santuário de Tombetta, perto de Verona. Atualmente se dedica à espiritualidade da vida no convento carmelita de Bolzano, na paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo.

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Angelus


"Seremos transformados pela vitória de Jesus
Durante o Angelus, Bento XVI reza pela unidade dos cristãos

CIDADE DO VATICANO, domingo, 22 de janeiro, 2011 (ZENIT.org) - A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos tem sido o foco do Angelus desta manhã. O Papa Bento XVI começou lembrando o lema da Semana, extraído de uma frase de São Paulo: Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo nosso Senhor (cf. 1 Cor 15,51-58).

"Somos chamados a contemplar a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, ou seja a sua ressurreição, como um evento que transforma radicalmente os que crêem nEle e lhes dá acesso a uma vida incorruptível e imortal", disse o Santo Padre.

Os subsídios para a Semana de oração foram preparados por um grupo polonês. A este respeito, o Papa recordou a "longa história de lutas corajosas" que tem caracterizado a história da Polónia, um país que em muitas circunstâncias, tem "demonstrado grande determinação, animado pela fé".

Mérito do povo polaco foi ter percebido uma "dimensão espiritual" no seu desejo de liberdade, entendendo que "a verdadeira vitória só pode acontecer se acompanhada por uma profunda transformação interior."

Alcançar a unidade de todos os cristãos pode acontecer "se nos permitimos transformar na imagem de Cristo", cuja "vida nova" é a "verdadeira vitória". Ciente de sua fraqueza, os crentes acolherão esta unidade como um “dom” que, como destacava o Beato João Paulo II, “se torna um grande compromisso”.

"O tempo que dedicaremos à oração para a plena comunhão dos discípulos de Cristo nos permitirá entender mais profundamente como seremos transformados pela sua vitória, pelo poder da sua ressurreição", continuou o Santo Padre.

Antes de passar para a recitação do Angelus, Bento XVI fez um convite para a próxima quarta-feira para a solene celebração das Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, que também estarão presentes representantes de outras Igrejas e Comunidades cristãs. Será o último evento da semana de oração.

Após o Angelus, o Papa recordou que, em vários países do Extremo Oriente estão celebrando o Ano Novo Lunar. "Na atual situação mundial de crise económica e social desejo a todos aqueles povos que o ano novo seja realmente marcado pela justiça e pela paz, traga alívio aos sofredores, e especialmente os jovens, com seu entusiasmo e sua movimentação ideal, possam oferecer uma nova esperança para o mundo ", desejou o Santo Padre.

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"A unidade visível de todos os cristãos é sempre um trabalho que vem do alto"
As palavras do Santo Padre durante sua oração do Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 22 de janeiro, 2012 (ZENIT.org) .- Publicamos as palavras ditas hoje, III Domingo do Tempo Comum, durante a recitação da oração do Angelus pelo Papa Bento XVI aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

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Queridos irmãos e irmãs!

Este domingo cai em meio a Semana de oração pela unidade dos cristãos, que se celebra de 18 a 25 de janeiro.Convido cordialmente todos a unirem-se à oração que Jesus dirigiu na vigília de Sua paixão: “Que todos sejam uma coisa só, para que o mundo creia” (Jo 17,21). 

Este ano, em particular, a nossa meditação na Semana de oração pela unidade faz referência a uma passagem da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, da qual se formula o tema: Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor (cfr 1 Cor 15,51-58). 

Somos chamados a contemplar a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte, isto é, sua ressurreição, como um evento que transforma radicalmente aqueles que crêem Nele e se abrem o acesso a uma vida incorruptível e imortal. Reconhecer e acolher a força transformadora da fé em Jesus Cristo sustenta os cristãos também na busca da plena unidade entre eles.

Este ano, os subsídios para a Semana de oração pela unidade dos cristãos foram preparados por um grupo polonês. De fato, a Polônia conheceu uma longa história de lutas corajosas contra várias adversidades e mostrou repetidamente grande determinação, animada pela fé.

Por isso, as palavras que formam o tema, que lhes falei anteriormente, têm uma ressonância e é particularmente incisiva para a Polônia. No decorrer dos séculos, os cristãos poloneses constituíram espontaneamente uma dimensão espiritual em seu desejo pela liberdade e perceberam que a verdadeira vitória pode ser alcançada somente se acompanhada por uma profunda transformação interior.

Estes nos recordam que nossa busca por unidade pode ser conduzida de maneira realista se a mudança vier, antes de tudo, de nós mesmos, se deixamos Deus agir, se nos deixamos transformar pela imagem de Cristo, se entramos na vida nova em Cristo, que é verdadeira vitória. 

A unidade visível de todos os cristãos é sempre obra que vem do alto, de Deus, obra que pede a humildade de reconhecer nossa fraqueza e de acolher o dom. Porém, vale usar uma expressão que o próprio Beato João Paulo II usava: cada dom se torna também um empenho. A unidade que vem de Deus exige, portanto, o nosso empenho cotidiano de nos abrir uns aos outros na caridade.

Há muitas décadas, a Semana de oração pela unidade dos cristãos constitui um elemento central na atividade ecumênica da Igreja. O tempo que dedicaremos à oração para a plena comunhão dos discípulos de Cristo nos permitirá compreender mais profundamente como seremos transformados por Sua vitória, pela potência de Sua ressurreição.

Na próxima quarta-feira, como é de costume, concluiremos a Semana de oração com a solene celebração das Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo, na Basílica de São Paulo fora dos muros, na qual serão presentes também representantes das outras Igrejas e Comunidades cristãs. Muitos são esperados a este encontro litúrgico para renovarmos juntos nossa oração ao Senhor, fonte de toda unidade. Confiamos, desde já, com segurança filial, à intercessão da Beata Virgem Maria, Mãe da Igreja.

(CN)

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Audiência de quarta-feira


O desejo de unidade que anima os cristãos
A catequese de Bento XVI dá inicio a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de Janeiro de 2012(ZENIT.org) A Audiência Geral de hoje, inaugura a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano tem como tema “Todos seremos transformados pela Vitória de Jesus Cristo, Nosso Senhor (1Cor 15, 51-58).

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Bento XVI iniciou sua catequese explicando que a Semana de Oração é celebrada todos os anos, pelos cristãos de todas as Igrejas e Comunidades eclesiais, para evocar o “extraordinário dom” pelo qual Jesus Cristo mesmo pede durante a Última Ceia : “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. (João 17:21).

Este costume, recordou o Santo Padre, teve inicio em 1908 pelo anglicano Paul Wilson, fundador de uma comunidade, e posteriormente integrada pela Igreja de Roma. A iniciativa foi abençoada  pelo papa Pio X, enquanto seu sucessor, Bento XV, em 1916, promoveu a celebração com o Breve Romanorum Pontificorum.

Este empenho espiritual que se inicia hoje “aumenta a nossa consciência sobre o fato de que a unidade que queremos não poderá acontecer somente por nossos esforços, mas será, sobretudo, um dom recebido do alto, algo para invocarmos sempre”, acrescentou Bento XVI.

Os subsídios para a Semana de Oração deste ano foram propostos por representantes católicos e pelo Conselho Ecumênico Polonês. A documentação foi revisada por um comitê composto por membros do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas.

Este trabalho realizado “em conjunto, em duas etapas” – comentou o Santo Padre – “é um sinal do desejo pela unidade que anima os cristãos e da consciência que a oração é a primeira via para alcançar a plena comunhão, porque unidos em direção ao Senhor, andamos em direção a unidade.”

O tema central sobre o poder transformador da fé de Cristo foi escolhido “particularmente à luz da importância desta para a nossa oração em favor da unidade visível da Igreja, Corpo de Cristo”. Esta reflexão foi inspirada pelas palavras de São Paulo que em Coríntios recorda a vitoria de Cristo sobre o pecado e a morte.

A escolha do grupo ecumênico polonês foi feita devido à “história particular” da Polônia, país que “conheceu períodos de convivência democrática e liberdade religiosa, como no século XVI”, destacou o Papa.

A terra polonesa foi marcada nos últimos séculos “por invasões e derrotas, mas também pela constante luta contra a opressão e pela sede de liberdade”, observou Bento XVI. Isto levou o grupo ecumênico a aprofundar os conceitos de “vitória” e de “derrota”.

A vitória de Cristo, de fato, “não passa pelo poder e pela potência”. A sua vitória é “através do amor sofredor, por meio do serviço recíproco, da ajuda, da nova esperança e do conforto concreto doado aos últimos, aos esquecidos, aos excluídos”. Nós mesmos podemos participar desta vitória cristã “nos deixarmos transformar por Deus, se operamos uma conversão de nossas vidas”.

Para realizar a plena unidade dos cristãos, prosseguiu Bento XVI, “é necessário abri-se uns aos outros, acolhendo todos os elementos de unidade que Deus conservou para nós e sempre, novamente nos doa; é preciso sentir a urgência de testemunhar ao homem do nosso tempo o Deus vivente, que se fez conhecer em Cristo”.

A responsabilidade ecumênica, resgatado também pelo Concilio vaticano II, é “uma responsabilidade de toda a Igreja e de todos os batizados, que devem fazer crescer a comunhão parcial já existente entre os cristãos até a plena comunhão na verdade e na caridade”, lembrou o Santo Padre. É, dentre outros, um compromisso que não se limita à Semana de Oração, mas “deve se tornar parte integrante de nossas orações”.

A falta de unidade entre os cristãos observou o Pontífice, pode se tornar um grave obstáculo para o anúncio do Evangelho “ porque coloca em perigo nossa credibilidade”. No que diz respeito “às verdades fundamentais da fé, nos unimos mais do que nos dividimos, e prosseguiu, “as divisões restantes resguardam também a várias questões particulares e éticas”, e suscitam “confusão e desconfiança”.

E conclui citando o beato João Paulo II, “que em sua Encíclica Ut unum sint fala do dano causado ao testemunho cristão e ao anúncio do Evangelho de Jesus Cristo e dá uma resposta comum à sede espiritual dos nossos tempos”.

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Ao final, o Santo Padre dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de língua portuguesa:

Amados peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os brasileiros vindos de São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, exortando-vos a perseverar na oração, nesta Semana pela Unidade, para que possa crescer entre os cristãos o testemunho comum, a solidariedade e a colaboração! E que Deus vos abençoe!

Maria Emília Marega

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Testemunho


O Fundamentalismo Ateu
Uma reflexão sobre o valor das religiões, por Ives Gandra Martins

SÃO PAULO, 18 de janeiro de 2012(ZENIT.org) - Oferecemos aos nossos leitores, um interessante artigo que nos enviou *Ives Gandra da Silva Martins, advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; uma reflexão sobre o valor das religiões.

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O FUNDAMENTALISMO ATEU

Voltávamos,Francisco Rezeke eu, de uma posse acadêmica em Belo Horizonte, quando ele utilizou a expressão “fundamentalismo ateu” para referir-se ao ataque orquestrado aos valores das grandes religiões que vivemos na atualidade.

Lembro-me de conversa telefônica que tive com o meu saudoso e querido amigo Octávio Frias, quando discutíamos um editorial que estava para ser publicado, sobre Encíclica do Papa João Paulo II, do qual discordava quanto a alguns temas. Argumentei que a Encíclica era destinada aos católicos e que quem não o era, não deveria se preocupar. Com sua inteligência, perspicácia e bom senso Frias manteve o editorial, mas acrescentou a observação de que o Papa, embora cuidando de temas universais, dirigia-se, fundamentalmente, aos que tinham a fé cristã.

Quando fui sustentar, pela CNBB, perante a Suprema Corte, a inconstitucionalidade da destruição de embriões para fins de pesquisa científica - pois são seres humanos, já que a vida começa na concepção -, antes da sustentação fui hostilizado, a pretexto de que a Igreja Católica seria contrária a Ciência e que iria falar de religião e não de Ciência e de Direito. Fui obrigado a começar a sustentação informando que a Academia de Ciências do Vaticano tinha, na ocasião, 29 Prêmios Nobel, enquanto o Brasil até hoje não tem nenhum, razão pela qual só falaria de Ciência e de Direito. Mostrei todo o apoio emprestado pela Academia às experiências com células tronco adultas, que estavam sendo bem sucedidas, enquanto havia um fracasso absoluto nas experiências com células tronco embrionárias. E, de lá para cá, o sucesso com as experiências, utilizando células tronco adultas, continua cada vez mais espetacular. Já as pesquisas com células embrionárias permanecem no seu estágio “embrionário”.

Trago estas reminiscências, de velho advogado provinciano, para demonstrar minha permanente surpresa com todos aqueles que, sem acreditarem em Deus, sentem necessidade de atacar permanentemente os que acreditam nos valores próprios das grandes religiões, que como diz Toynbee,em seu “Estudoda História”, terminaram por conformar as grandes civilizações. Por outro lado, Thomas E. Woods Jr., em seu livro “Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental” demonstra que, além dos fantásticos avanços na Ciência realizados por sacerdotes cientistas, a Igreja ofereceu ao mundo moderno o seu maior instrumento de cultura e educação, ou seja, a Universidade.

Aos que direcionam esta guerra atéia contra aqueles que vivenciam a fé cristã e cumprem seu papel, nas mais variadas atividades, buscando a construção de um mundo melhor, creio que a expressão do ex-juiz da Corte de Haia é adequada. Só não se assemelham aos “fundamentalistas” do Próximo Oriente, porque não há terroristas entre eles.

Num Estado, o respeito às crenças e aos valores de todos os segmentos da sociedade é a prova de maturidade democrática, como, aliás, o constituinte colocou, no artigo 3º, inciso IV, da C.F, ao proibir qualquer espécie de discriminação.

*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, é advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; acadêmico das: Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Academia Cristã de Letras e Academia de Letras da Faculdade de Direito da USP; Professor Emérito das universidades Mackenzie, CIEE/O, ECEME e Superior de Guerra - ESG; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa da Universidade de Craiova (Romênia) e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal). 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]