quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

[Catolicos a Caminho] Resumo 4613

JESUS FALA ATRAVÉS DE SUA IGREJA

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1.

  IGREJA CATÓLICA (038) AUTORIDADE DA IGREJA  Som !

Enviado por: "John A. Nascimento" nascimentoja@shaw.ca   johnstarca03

Ter, 7 de Fev de 2012 9:52 pm





IGREJA CATÓLICA

(038) AUTORIDADE DA IGREJA !

O poder da Igreja de auto-govemo, provém da sua Fundação, por Cristo, e dos ensinamentos de Cristo.

Assim o declara o Catecismo da Igreja Católica :

874. - O princípio do ministério na Igreja é o próprio Cristo. Foi Ele quem a instituiu e lhe deu autoridade e missão, orientação e finalidade

Cristo, Nosso S.enhor, para apascentar e aumentar continuamente o povo de Deus, instituiu na sua Igreja vários ministérios, para bem de todo o Corpo. Com efeito, os ministros que detêm o poder sagrado estão ao serviço dos seus irmãos, para que todos quantos pertencem ao povo de Deus (...) alcancem a salvação. (LG 18).

Na prática, a Autoridade da Igreja, reside na cooperação de todos os membros para a total santificação em Cristo.

Uma vez que a Igreja é uma Sociedade, à sua Autoridade corresponde uma subordinação.

Uns possuem os ministérios e os outros são os ministeriados, ou, como diz S. Paulo, há uma fusão de autoridade e de humildade.

A Autoridade da Igreja, em virtude de ela ser uma Sociedade, não pode ser usurpada por outros, por exemplo, pelo Estado, uma vez que a finalidade da Igreja é a de santificar a todos.

A Autoridade da Igreja, na pessoa dos seus responsáveis, os que exercem os ministérios, deve ser exercida num corpo de seguidores que são os fiéis cristãos.

Assim os constituídos em autoridade dentro da hierarquia da Igreja, exercem o seu ministério em humilde cooperação, sentindo que a sua responsabilidade consiste em proclamar a Palavra, Cristo, a todo o povo.

É através desta Autoridade que existe uma harmonia orgânica, não apenas na sua missão espiritual de ensinar, mas também na obrigação de manter a firmeza da estrutura humana que provém, primeiro de Cristo, e depois, dos Apóstolos.

O Concílio Vaticano II estabeleceu, sobre a Autoridade dentro da Igreja, o seguinte :

- "Só há um Espírito que, de acordo com a Sua própria riqueza e a necessidade dos ministérios, distribui os seus diferentes dons para o bem da Igreja". (cf. 1 Cor. 12,1-11).

Entre esses dons destacam-se as graças concedidas aos Apóstolos. À sua Autoridade, o próprio Espirito sujeitou até aqueles que receberam carismas, (cf. 1 Cor. 14).(LG 7).

SUPREMA AUTORIDADE DA IGREJA

Para que cada Igreja Particular seja uma Igreja completa, isto é, para que haja nela a presença da Igreja Universal com todos os seus elementos e assim seja constituída pelo modelo da Igreja Universal, deve estar presente nela, como elemento próprio, a Suprema Autoridade da Igreja.

O Colégio Episcopal com a sua cabeça, o Sumo Pontífice, e nunca separada dele.

A primazia do Bispo de Roma e o Colégio Episcopal são elementos próprios da Igreja Universal, que não são derivados da particularidade das Igrejas, mas são, todavia, interiores a cada uma delas.

Consequentemente, nós devemos ver o ministério do sucessor de Pedro, não apenas como um serviço global que se estende a cada Igreja Particular a partir do exterior, mas como pertencendo efetivamente à essência interior de cada Igreja Particular.

Além disso, o ministério da Primazia envolve, na essência, um verdadeiro poder episcopal pleno e universal, mas também imediato, sobre todos, pastores ou fiéis.

O ministério do Sucessor de Pedro, como qualquer coisa interior a cada Igreja Particular é a expressão necessária daquela interioridade fundamental mútua entre a Igreja Universal e a Igreja Particular.

PRIMAZIA DO PAPA

Uma das finalidades históricas do Vaticano II foi a de esclarecer e finalmente responder à questão da Primazia do papa na Igreja.

Este assunto já tinha sido começado no Vaticano I (1869-1890).

O poder primacial do papa como sucessor de S. Pedro é :

1- Primazia de jurisdição.

2- Poder jurisdicional ordinário, isto é, um poder em conexão com o próprio ofício primacial como elemento essencial e constitutivo.

3- Poder jurisdicional ordinário imediato, pois que lhe foi dado por Cristo e o deve exercer sobre todos os fiéis.

4- Poder jurisdicional ordinário imediato episcopal, isto é, que inclui as mesmas funções dos bispos.

5- Poder jurisdicional ordinário imediato episcopal e pleno, isto é, não um poder eclesiástico mas incluído na primazia.

6- Poder jurisdicional ordinário imediato episcopal pleno e universal, isto é, sem limite de tempo, de lugar, de pessoa ou sujeito.

7- Poder jurisdicional ordinário imediato episcopal pleno universal e supremo, isto é, não há autoridade maior na Igreja, nem mesmo um concílio ecuménico.

João Paulo II reiterou o caráter de unidade do primado de Pedro e dos seus sucessores sobre toda a Igreja.

Que Pedro tenha sucessores no primado sobre toda a Igreja é algo instituído por Cristo e, portanto, de direito divino :

"Trata-se de um elemento essencial na estrutura orgânica e hierárquica da Igreja, que não está nas mãos do homem mudar".

O Concílio Vaticano II repetiu o ensinamento do Concílio Vaticano I, dando maior realce aos laços entre o primado dos sucessores de Pedro e a colegialidade dos Apóstolos, "sem debilitar por isso a definição do primado, justificado desde a mais antiga tradição cristã", recordou o papa.

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

882. - O Papa, bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, "é princípio perpétuo e visível, e fundamento da unidade que liga, entre si, tanto os bispos como a multidão dos fiéis"(LG 23). "Em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma igreja um poder pleno, supremo e universal, que pode sempre livremente exercer". (LG 22).

A autoridade da Igreja supõe e assenta numa verdadeira Hierarquia.

HIERARQUIA

Palavra de origem grega, que significa regra santa.

Esta palavra tem sido usada desde os primeiros séculos da Igreja para descrever o corpo ordenado do clero que cuida dos fiéis com espiritual desvelo, governa a Igreja e guia-a na sua missão através do mundo.

Podemos considerar duas espécies de hierarquia :

* Hierarquia em razão das ordens sacras, de que fazem parte, o Papa, os bispos, os presbíteros e os diáconos.

Através das Ordens Sacras, a sua finalidade é a administração dos sacramentos, o ensino, a pastoral e o ministério da Igreja.

* Hierarquia em razão da jurisdição de que fazem parte o Papa e os bispos em virtude da sua Instituição feita pelo próprio Cristo, para a pastoral e governo dos fiéis.

A Hierarquia da Igreja tem uma base na Sagrada Escritura que assenta na escolha dos Apóstolos feita por Cristo, constituindo assim um colégio, e na escolha de Pedro, entre um deles, para ser a cabeça :

- "Jesus enviou estes doze. Depois de lhes ter dado as seguintes instruções..." (Mt. 10,1/42).

- "Elegeu doze para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios..." (Mc. 3,13-19).

- "Quando nasceu o dia, convocou os discípulos, e escolheu doze entre eles aos quais deu o nome de Apóstolos..."(Lc.6,13-16).

A escolha de Pedro :

- "Depois da refeição, Jesus perguntou a Simão Pedro : "Simão, filho de João. Tu amas-Me mais do que estes ?(...) Apascenta as minhas ovelhas..." (Jo. 21,15-17).

Jesus encarregou-os de fazerem de todo o povo Seus discípulos e deu aos Apóstolos autoridade para santificar, ensinar e governar :

- "Foi-Me dado todo o poder o Céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado".(Mt.28,18).

- "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura..." (Mc. 16,15).

- "A paz seja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também eu vos envio a vós..." (Jo. 20,21).

Foi conferido aos Apóstolos um poder especial do Espírito Santo :

- "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos". (Jo. 20,22)

- "Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, até aos confins do mundo". (Act.1,8).

Os Apóstolos comunicaram a outros os seus poderes pela imposição das mãos :

- "Não descuides o dom espiritual que recebeste e que te foi concedido por uma intervenção profética, com a imposição das mãos dos presbíteros".(1 Tim. 4,14).

- "Por isso exorto-te a que reanimes o dom que Deus te fez pela imposição das minhas mãos". (2 Tim. 1,6).

E estes dons passaram através de todas as idades até nós.

Sobre a hierarquia, diz-nos o Concílio Vaticano II no seu Decreto sobre o Apostolado dos leigos :

- "Compete à Hierarquia fomentar o apostolado dos leigos, fornecer os princípios e os auxílios espirituais, ordenar para bem comum da Igreja o exercício do mesmo apostolado, e vigiar para que se conservem a doutrina e a ordem". ("AA 24).

E o Decreto sobre a actividade missionária da Igreja diz :

- "O Senhor Jesus, logo desde o princípio "chamou a Si alguns a quem Ele quis, e escolheu doze para andarem com Ele e para os mandar a pregar". (Mc.3,13). Os Apóstolos foram assim, a semente do novo Israel e ao mesmo tempo a origem da sagrada Hierarquia". (AG. 5). (cf. CIC 877).

John

Nascimento

2.

Escuta da Palavra e Meditação - 8/2/2012 - Onde há o amor, Deu

Enviado por: "Família Arruda" xisto@xistonet.com   xisto_19982000

Ter, 7 de Fev de 2012 9:52 pm




VERDADE (VER)

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 7,14-23

"Jesus chamou outra vez a multidão e disse:
- Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura. [Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.]
Quando Jesus se afastou da multidão e entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram o que queria dizer essa comparação. Então ele disse:
- Vocês são como os outros; não entendem nada! Aquilo que entra pela boca da pessoa não pode fazê-la ficar impura, porque não vai para o coração, mas para o estômago, e depois sai do corpo.
Com isso Jesus quis dizer que todos os tipos de alimento podem ser comidos.
Ele continuou:
- O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras."

CAMINHO (JULGAR)
(O que o texto diz para mim, hoje?)

Meditação:

Os escribas e fariseus vindos de Jerusalém haviam entrado em conflito com Jesus porque seus discípulos comiam com mãos impuras, isto é, não praticavam as abluções rituais. Então Jesus dirige-se à multidão e aos discípulos explicando: não é o que está fora que torna a pessoa impura, mas sim o que sai da pessoa.

O choque se dá no dualismo "sagrado" e "profano", criado pelas religiões e muito presente na tradição do judaísmo. O mundo não se divide em duas zonas: uma, sagrada, onde se encontra tudo que goza do favor de Deus; e outra, profana, da qual Deus está ausente.

Jesus vem afirmar a bondade fundamental da criação e o amor universal de Deus. Não é o espaço exterior que define a presença de Deus, mas sim nossas ações.

A passagem evangélica revela um elemento fundamental para a vida de todo cristão: o importante não é o comportamento religioso exterior, manifestado em rituais e normas, mas sim o que habita no coração do ser humano. O que importa é ter boa vontade, consciência e o coração desejoso de fazer o bem.

Hoje, Marcos nos mostra que o processo de contaminação pela impureza era uma questão grave! E ultrapassava toda a imaginação dos escribas e fariseus. Eles temiam tornarem-se impuros pelo contato físico com coisas e pessoas. Assim conduzidos pelo pensamento tão equivocado estavam impedidos de perceber os verdadeiros agentes de contaminação.

Era urgente que Jesus apontasse para eles onde estavam e em que consistiam os elementos contaminadores. Desta maneira, para Jesus o que contamina o homem não está fora de si. Mas sim está radicado no mais intimo do coração humano.

Infelizmente, não é fácil se precaver quando não se tem um coração puro. Dai provêm às impurezas que incapacitam o ser humano para um relacionamento adequado com Deus.

É relativamente fácil segregar-se das coisas e pessoas tidas como transmissoras de impureza. Pelo contrário, é extremamente difícil manter a devida distância do que saí de dentro da pessoa e tem o poder de contaminar.

Vigilância e discernimento são duas atitudes imprescindíveis. Sem elas, a hipocrisia apodera-se da ação humana. Não raro, a pessoa fiel às regras de purificação acaba sendo a mesma que nutre maus pensamentos contra o próximo.

O discípulo do Reino previne-se contra esta falta de autenticidade. Dele se exige, em primeiro lugar, a purificação das motivações de sua ação.

Seu agir deve brotar de um coração puro, sem dolo nem má-fé e buscar unicamente o bem do próximo. Esta é a pureza requerida por Deus. A outra se reduz à mera questão de higiene, sem a menor relevância.

Portanto, e como dizia no ontem, só se é verdadeiro discípulo, quando trazemos e nutrimos no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus.

A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros.

Jesus pede dos seus discípulos esta construção e esta conquista. O de fora se sustenta autenticamente a partir do que está no fundo do coração. Manter as aparências e enganar é hipocrisia.

O discípulo de Jesus não pode descarrilar e viver na superficialidade, nas coisas externas. Isto só é possível na medida em que o discípulo compreende que o impuro não é o entra nele vindo de fora, explicou Jesus chamando para perto de si à multidão.

Impuro é o que sai do interior. Ele recorda em linguagem bem direta que o que sai do interior é que é impuro: as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Jesus conclui: "Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.".

É fácil colocar capas, roupas e cores que indicam outras coisas, até nobres. O que vale é verificar o fundo do coração, diante de Deus e da própria consciência.

Deus, não se engana. Ele, mais do que qualquer outro, mesmo a própria pessoa, conhece o mais escondido do coração. Ao discípulo só resta uma alternativa.

Passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que resgata, nos recria, nos perdoa e nos reconcilia com Deus. Outra opção de que devemos a todo custo fugir é hipócrita. Isto é, a condição de um povo que 'louva com os lábios, mas o coração está longe de Deus'

"A mais longa jornada é a jornada interior", escreveu Dag Hammerskjold. Como isto é verdade! Jesus entendeu as condições do coração humano. O que é em nossos corações pode realmente nos fazer necessitar uma cirurgia espiritual do coração.

De nossos corações vêm os maus pensamentos, imoralidade sexual, crimes, violência, cobiça, más intenções, fraudes e muito mais. Corramos ao cirurgião de todos os tempos para que Ele faça um novo transplante do nosso coração.

Tire-nos o de pedra e nos dê o coração de carne! Tire-me o coração velho e me revista do teu sempre novo, capaz de amar e perdoar até os meus inimigos e perseguidores.

Capaz de compreender, acolher, dialogar e, sobretudo a não olhar somente pelo exterior, mas sim para o meu interior, preocupando-me com a sua purificação continua.

JESUS, MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO, FAZEI O MEU CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO. FAZEI-ME VIVER O AMOR E A RECONCILIAÇÃO!

Reflexão Apostólica:

Ontem refletimos da quantidade de justificativas que damos ao invés de ouvirmos ou assumirmos nossas falhas e esse evangelho de hoje trás uma dura e profunda conclusão do que começamos a conversar ontem: reconhecer nossa covardia!

Vamos reler o evangelho de hoje para podermos conceber a natureza e o poder da exortação de suas palavras. Notaremos que elas resumem aquilo que mais tentamos ocultar: QUE TEMOS MUITA "CULPA NO CARTÓRIO" SOBRE NOSSOS ATOS. "(…) Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências.".

A vontade de prevalecer sobre as situações que provocamos ou que não temos domínio coloca-nos de frente com um profundo dilema: AMADURECER E RECONHECER OU JUSTIFICAR E PROCURAR ALGUÉM QUE RECEBA A CULPA. É dessa covardia que falo

Nenhum de nós têm tratamento diferente perante o Pai e tão pouco, são marcadas por ele por seus erros, mas sim pela vontade insistente que querer entender sua vontade.

Preocupamos-nos demais com coisas que às vezes são tão passageiras nos esquecendo assim daquilo que pode durar para sempre como os gestos. Rezamos, louvamos, fazemos novenas e preces, mas de fato pedimos nessas preces a coisa certa?

Muitas vezes nossos louvores e suplicas conseguem tocar ao céu e ai de fato somos agraciados por Ele com um milagre, uma cura, uma benção (…), mas o que muda em mim como pessoa após tão profundo contato com o Senhor?

Sentamos, ajoelhamos, nos prostramos obstinados a trazer o Senhor à nossa causa, mas não o convidamos a ficar em nossa companhia.

Como estava escrito ontem: "(…) Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus"

Ano passado discutíamos numa reunião a o quanto as pessoas perderam ou abandonaram pelo caminho a essência da Quaresma, do santo, do sagrado.

Valorizamos o quanto conseguimos ficar sem comer carne, mas não o quanto estou disposto a mudar. As pessoas cada vez menos se entregam a compromissos (principalmente de mudança pessoal) e sim a realizações de objetivos pessoais, que geralmente não passam de necessidades pequenas.

Vejo e acompanho pessoas indo em "igrejas" que prometem a salvação e milagres extraordinários pagando valores que variam de R$ 50,00 a R$ 100,00 para que alguém reze por ele e consiga pagar uma dívida impagável no banco.

Pagam para ver "milagres" sem compromisso e sem fé. Buscam um deus comercial de realizações de quimera e que "ama" fazer suas ações ao vivo pela TV. O mais chato é que muitos desejam copiar esses modelos em seus grupos, movimentos e em suas vidas…

Milagres extraordinários custam a acontecer talvez por nos tornamos iguais aos fariseus e aos discípulos: justificativas e covardias

Padre Joãozinho muito sabiamente afirma sobre algumas situações não dá para "lutar com as mesmas armas"; nosso trabalho de evangelizador não é comercio ou uma lojinha de shopping que "vence" a "concorrência" por promoções melhores e longos pagamentos. Jesus nunca disse que seria fácil a vida dos seus seguidores. O convite era ser pescador de homens e não comerciantes da graça.

Para que tudo isso mude eu preciso mudar minha concepção sobre as pessoas. Preciso assumir meus erros e de fato corrigi-los. Preciso buscar a santidade de pensamentos principalmente quanto aos pré-julgamentos que afastam meu irmão da graça de Deus.

Peçamos a Jesus que purifique nossos corações de qualquer impureza, dos pensamentos ruins... Que Ele nos dê um coração puro, um coração novo que saiba amar, perdoar, acolher. Um coração que não critica, que não julgue e não persegue. Peçamos um coração justo, que respeite o próximo, que saiba dialogar e compreender os necessitados, os excluídos. Peçamos um coração humilde, misericordioso e agradável a Deus.

VIDA (CELEBRAR)
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)

Oração: Senhor Deus, cria em nosso coração a pureza verdadeira, que nos permite estar em tua presença, seguros de que nossa vida te agrada. Limpa-me no mais íntimo do meu ser, no meu coração, de modo que eu possa mostrar-me puro no trato com meu semelhante.

VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)

Propósito: Abraçar o bem que está dentro de nós e prestar mais atenção naquilo que sai do nosso coração.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]