Mensagens neste resumo (2 Mensagens)
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- Escuta da Palavra e Meditação - 10/2/2012 - "Abra-se!" De: Família Arruda
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- HISTÓRIA DA SALVAÇÃO - 6o DOMINGO COMUM - B Som ! De: John A. Nascimento
Mensagens
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Escuta da Palavra e Meditação - 10/2/2012 - "Abra-se!"
Enviado por: "Família Arruda" xisto@xistonet.com xisto_19982000
Qui, 9 de Fev de 2012 6:51 pm
VERDADE (VER)
Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 7,31-37
"Jesus saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galiléia. Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem:
- "Efatá!" (Isto quer dizer: "Abra-se!")
E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam:
- Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem!"
CAMINHO (JULGAR)
(O que o texto diz para mim, hoje?)
Meditação:
Depois da narrativa de ontem em que Jesus liberta a filha da mulher siro-fenícia de um espírito impuro, Marcos apresenta a cura de um surdo que falava com dificuldade.
A narrativa, bem característica deste evangelista, prima pelos detalhes dos gestos de Jesus. Marcos menciona o uso da saliva nesta passagem e em outra na qual é aplicada aos olhos de um cego.
O sentido da narrativa está expresso na proclamação final. Jesus vem para libertar as pessoas das amarras da exclusão. Vem para que todos ouçam e falem, que tenham consciência e reivindiquem e lutem por seus direitos.
O evangelista Marcos faz questão de mostrar a aceitação de Jesus pelos moradores dos territórios gentílicos. Em Jesus, toda a humanidade é assumida na condição divina.
É o universalismo da salvação, a comunhão de amor com Deus oferecida a todos, não se restringindo a grupos que se consideram "eleitos".
A cura do surdo-mudo teve um valor emblemático no ministério de Jesus. Sua dupla deficiência o mantinha fechado em seu mundo e o impossibilitava de se comunicar e deixar transbordar a vida trazida dentro de si. Além disso, era vítima do preconceito que via na sua limitação física um castigo por causa de eventuais pecados do passado. A marginalização social, portanto, agravava ainda mais sua situação.
A ordem peremptória dada por Jesus - Abre-te - assumiu uma ampla dimensão. Ela possibilitou ao deficiente poder expressar-se e comunicar-se normalmente.
Uma barreira era posta abaixo e sua riqueza interior podia agora ser partilhada. Porém, não foi menos importante terem caído as barreiras sociais e serem eliminados os preconceitos que padecia. Doravante, sua condição de ser humano podia se expressar de maneira plena.
Este milagre de Jesus evocou antigas profecias, segundo as quais o Messias esperado faria os mudos falarem e os surdos ouvirem.
Quantos não são surdos, mas não conseguem ouvir? Quantos ouvem e não conseguem falar? A surdez e a mudez do homem eram símbolos da opressão vivida naquele tempo.
A pessoa surda se isola, se converte em uma ilha e perde a capacidade de contato com os demais, porque termina confinada em seu próprio mundo.
A proposta de Jesus é tomar o caminho contrario, isto é, romper o isolamento e abrir-se aos demais, ainda que em meio às limitações. A palavra aramaica "effatá" representa essa experiência de abertura e de escuta do outro por meios que transcendem a audição física.
Jesus afasta-se da multidão! Por quê? Era preciso que o homem tivesse um encontro pessoal e único com a pessoa de Jesus. Um encontro marcado pelo milagre da vida que liberta e, conseqüentemente, ele pudesse se colocar no mundo, interagir e ser reintegrado na sociedade ouvindo e testemunhando a Verdade.
Notemos que o homem não vai sozinho até Jesus, mas levam-no até Ele. E, isso exprime a importância da participação dos amigos, da comunidade e do seu meio na vida daquele que não sabia da existência de Jesus.
Alguém precisou dar o primeiro passo para que o milagre acontecesse! Alguém ouviu a verdade e se colocou a serviço do outro.
Você está atento ao que está acontecendo ao seu redor? Está ouvindo e, conseqüentemente, testemunhando também? Já está a caminho?
Hoje podemos reler essa experiência do evangelho ao reconhecer o estrondoso ritmo da sociedade de consumo que não nos deixa tempo para nós mesmos, para a espiritualidade e para Deus. Já não escutamos nem nossa própria voz.
Precisamos da mão de Jesus que sintonize nossos ouvidos com a onda da sabedoria do evangelho e desate nossa língua para proclamar sua mensagem no meio do ruído cotidiano.
É preciso deixar que Jesus desobstrua os ouvidos para escutar a voz de Deus, aí onde antes somente habitavam as vozes do consumo e do egoísmo.
Nossa língua pode deixar de repetir os clichês publicitários para começar a comunicar uma voz de consolo, esperança e reconciliação. Vamos baixar o volume da televisão e vamos subir o volume da vida e, sobretudo, da palavra de Deus.
Reflexão Apostólica:
Parece ser um dos procedimentos ou técnicas mais usadas pela pedagogia de Jesus: Retirar a pessoa do campo visual das pessoas.
É preciso notar que esse afastamento não a retira do convívio em sociedade, da comunidade, do grupo, mas a traz, nem que seja por um breve momento, a ter um contato com Jesus um pouco mais próximo e reservado.
Quantas pessoas conhecemos que também andam por ai desmotivadas, cansadas, desgastadas, desesperançosas, ( ) que a surdez, não física, mas da compreensão, já não as permite que ouçam conselhos, direcionamentos ou ânimo.
Sim! O cansaço físico, aliados ao mental, pode tornar alguém muito forte na fé, ficar surdo. Esse processo é muito comum e peculiar a todo ser humano. Alguns o chamam de desmotivação; outros preferem chamar de "branco mental', mas a igreja os chama de tibieza e acídia.
Quem lida com pessoas, projetos e ações, sejam elas inseridas ou não dentro de um contexto pastoral, sendo assim o trabalho, a família, o estudo também se incluem, não esta livre de momentos de "branco" espiritual.
As grandes quedas não ocorrem durante as tempestades, mas nos períodos de calmaria. Um tempo tranqüilo que engana e nos faz "baixar a guarda".
Como não estamos imunes a esse tormento é importante aceitar esse convite que o Senhor nos faz de sair de vista, mas não de abandoná-lo.
Se pudéssemos tornar isso mais concreto, seria sentar no banco aquele que por anos coordenou; ser mais um, no entanto sabendo que ainda é e será único; reinventar a motivação, buscar novos desafios ou tornar os mesmos novamente novos.
É tentar ser novamente namorada(o) do seu marido (esposa); é se interessar pelas conversas complicadas dos jovens; é partilhar o problema com que se confia. É permitir-se novamente ser novo, abrir-se ao amor de Deus que insiste em dizer: "Efatá!" (Isto quer dizer: "Abra-se!").
O Senhor sabe a hora e o quanto suporta cada um. Ele sabe dar e reconhecer o repouso dos justos, mas mesmos desanimados, perseguidos ou desmotivados, Ele propõe que nos abramos ainda mais.
Esse estágio momentâneo de fragilidade nos permite se aproximar Dele e por Ele sermos cuidados. Quem nunca sucumbiu ao fundo do poço e da lá quando saiu, apareceu ainda mais forte?
A quaresma, que se aproxima, é um momento de refletir nossa própria situação de cristão, como pais e mães, como filhos e filhas.
Nesse período somos convidados a aceitar, com Jesus, o caminho, por vezes solitário e doloroso do calvário, para ver ao final, que a Glória da ressurreição vale tamanho empenho.
VIDA (CELEBRAR)
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
Oração: Espírito de plenitude, que eu siga o exemplo de Jesus e faça bem todas as coisas, não me contentando com a mediocridade e a displicência no agir. Senhor Jesus, abre meu coração e minha mente, para que eu possa realizar plenamente minha vocação de discípulo do Reino.
VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
Propósito: Abrir a boca e revelara angustia guardada no coração. Abrir os ouvidos para ouvir o (a) esposo (a) e os filhos. Contar-lhes seu trauma, sua frustração, sua dor, sua amargura esvazie-se do pote de fel guardado no beco mais escuro da sua alma, derramando-o para fora de você. Deslacrar-se desses sentimentos ruins. Fazer um bom Dever de Sentar-se.
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HISTÓRIA DA SALVAÇÃO - 6o DOMINGO COMUM - B Som !
Enviado por: "John A. Nascimento" nascimentoja@shaw.ca johnstarca03
Qui, 9 de Fev de 2012 9:23 pm
HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(088) 6º DOMINGO COMUM B
Tocados por Jesus
Os leprosos eram excluídos da sociedade.
Os tabus não desapareceram da nossa cultura, apesar de nos considerarmos mais evoluídos e dotados de mais conhecimentos.
Também não desapareceram os párias e os intocáveis.
Doentes do SIDA, ex-presidiários, toxicodependetes, pobres sem abrigo, reformados e idosos, integramn o lote dos excluídos da nossa civilização, ao lado de muitos outros que não queremos "tocar".
Jesus desafia, com o Seu comportamento, a pseudo "correcção" esta maneira de entender os factos.
À partida, para Ele, nada nem ninguém era intocável e por isso, ignorando o interdito legal, não hesita em "tocar" o leproso.
Mais, deixa-Se "tocar" por todos os doentes e marginais do seu tempo e põe em causa instituições sagradas como o sábado, os preceitos legais (não a Lei), o fariseísmo.
Mas não o faz por desprezo.
A sua intenção era questionar essas realidades e aprofundar o seu significado.
Olhando para tudo com os olhos de Deus Pai, inclui tudo e todos no seu projecto libertador e, desse modo, quebra os interditos e abate as fronteiras.
Assim atinge e "toca" toda a nossa realidade, purificando-a e elevando-a, para que tudo seja reconduzido ao Pai.
Ninguém é excluído, porque o simples facto de existir, já é sinal de orientação para o Reino e inclusão nos desígnios de Deus.
Os nossos sofrimentos e misérias, assumidos por Jesus, convertem-se na restauração de um mundo novo, para o qual tudo e todos podem ser orientados, desde que se deixem transfigurar pelo olhar luminoso do Pai que os purifica e regenera com seu Espírito.
Mas esta regeneração não pertence apenas a Deus, porque Jesus deixou a sua recomendação, como caminho certo :
- "No entanto, vai mostrar-te ao sacerdote e oferece, pela tua cura, o que Moisés ordenou, para lhe servir de prova".
Na presente economia da salvação que Cristo nos mereceu, ficou o caminho aberto por onde todos devemos caminhar.
Cristo concedeu à Sua Igreja o poder de perdoar a lepra do pecado, no Sacramento da Reconciliação, pelo qual o pecador arrependido é "tocado" pela força do mesmo Sacramento, e fica limpo do pecado.
Todos devemos admitir que somos fracos e pecadores, que ofendemos a Deus muitas vezes, de muitas maneiras e com diferentes gravidades, e que, portanto, também temos necessidade do arrependimento e do perdão sem o que, não é possível ficarmos integrados no Plano da História da Salvação.
John
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]