quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Oratio

Oratio


Louvor prestado a Deus, em união com a Igreja celeste

Posted: 14 Feb 2012 04:25 AM PST

Na Liturgia das Horas, a Igreja, exercendo "sem cessar" a função sacerdotal de sua Cabeça, oferece a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que glorificam o seu nome.

Esta oração é "a voz da Esposa que fala ao Esposo, e também a oração que o próprio Cristo, unido ao seu Corpo, eleva ao Pai"(SC 84). "Por conseguinte, todos os que desempenham esta função, não somente satisfazem ao ofício da Igreja, mas também participam da honra suprema da Esposa de Cristo, pois estão, em nome da Mãe Igreja, diante do trono de Deus, cantando os louvores divinos" (SC 85).

Mediante o louvor tributado a Deus nas Horas, a Igreja se associa àquele hino de louvor que se canta por todo o sempre nas habitações celestes. Ao mesmo tempo antegoza daquele louvor celeste descrito por João no Apocalipse e que ressoa ininterruptamente diante do trono de Deus e do Cordeiro. Nossa íntima união com a Igreja celeste realiza-se efetivamente quando, "em comum exultação, cantamos os louvores à divina majestade, e todos, redimidos no sangue de Cristo, vindo de toda tribo, língua, povo e nação (cf. Ap 5, 9), congregados numa só Igreja, num só cântico de louvor, engrandecemos ao Deus Uno e Trino" (LG 50)

Esta liturgia celeste foi anunciada pelos profetas como vitória do dia sem noite, da luz sem trevas: "Para ti, o sol não mais será para luzir de dia, nem a luz da lua para iluminar, mas o próprio Senhor será tua luz eterna" (Is 60,19; cf. Ap 21,23.25). "Será um só dia contínuo, só conhecido do Senhor, sem divisão de dia e noite; ao cair da tarde, haverá luz" (Zc 14,7). Contudo, "a era final do mundo já chegou até nós (cf. 1Cor 10,11) e a renovação do mundo foi irrevogavelmente decretada e, de certo modo real, já antecipada no tempo presente" (LG 48). Pela fé, somos de tal maneira instruídos sobre o sentido da nossa vida temporal, que junto com toda a criação, aguardamos a revelação dos filhos de Deus. Na Liturgia das Horas proclamamos essa fé, expressamos e alimentamos essa esperança, e, em certo sentido, já participamos daquela alegria do louvor perene e do dia que não conhece ocaso.

Extraído de da Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas (http://liturgiadashoras.org/instrucao.html)

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]