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    domingo, 12 de fevereiro de 2012

    [ZP120212] O mundo visto de Roma

    ZENIT PRECISA DE VOCÊ! Campanha de doações 2012

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    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 12 de fevereiro de 2012

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    JMJ Rio2013: um coração que bate por você
    Divulgada a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

    RIO DE JANEIRO, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) - A divulgação da logomarca oficial da JMJ RIO 2013: um coração que bate por você, aconteceu nesta terça-feira, 7 de fevereiro, no auditório do Edifício João Paulo II (Glória), no Rio de Janeiro.

    ***

    No lançamento da logo, além do presidente, o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e dos vice-presidentes do Comitê Organizador Local (COL), Dom Paulo Cezar Costa e Dom Antonio Dias Duarte, estavam os responsáveis pelos setores que compõem o Comitê, informou a Assessoria de Imprensa do Evento.

    Entre as autoridades compareceram o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo de Aparecida, Cardeal Dom Raymundo Damasceno e o atual Secretário da Congregação para os Bispos, em Roma, Dom Lorenzo Baldisseri.

    Participaram também cerca de cem bispos que estão reunidos no Centro de Estudos do Sumaré para o 21º Curso para Bispos, promovido pela Arquidiocese do Rio.

    O Governador do Rio, Sergio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, além de secretários estaduais e municipais, políticos e demais autoridades civis também marcaram presença. 

    Na ocasião, Dom Orani anunciou o vencedor do concurso da logomarca, Gustavo Huguenin, 25, natural da cidade de Cantagalo, região Serrana do Rio. “Quero aqui expressar minha eterna gratidão a Deus pela realização deste sonho, um dia impensável e agora tão real. Sou extremamente feliz por ser um jovem que pode proclamar para todo o mundo a alegria de fazer parte da Santa Igreja Católica”, declarou Gustavo Huguenin.

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse a cidade vai se mobilizar para realizar a maior JMJ da história. “Será um encontro de amor, de paz, fé e valores cristãos”, afirmou Paes.

    Para o governador do Rio de Janeiro, esse é um momento de virada do Rio. “Depois que o Cristo se tornou uma das sete maravilhas do mundo, o Rio passou a ser mais ousado. E é esse evento que vai consolidar essa cidade pacificada. Vai ser o evento dos eventos e vamos fazer de tudo para ser a JMJ mais extraordinária de todas”, afirmou Cabral.

    O arcebispo do Rio ressaltou que a logomarca traz as florestas, o mar, o Pão de Açúcar e todas as maravilhas do Rio. “Todos nós estamos como essa marca. Aqui, há um coração batendo forte e dizendo: venham ter essa experiência com Deus”, assegurou.

    No momento da apresentação da logo, o Cristo Redentor foi iluminado com as cores verde e amarelo, em referência ao país sede da próxima JMJ.

    www.rio2013.com/pt

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    Cultura


    Clássicos dos Pais da Igreja para a Nova Evangelização
    "A doutrina dos doze apóstolos" revivida pela Editora Studio Dominicana

    ROMA, sábado, 11 fevereiro, 2012 (ZENIT.org) -. Existem muitas semelhanças entre o nosso tempo e o período histórico que viu o declínio do Império Romano.

    Em seu discurso à Cúria em 2010, o Papa Bento XVI disse: "Vivemos a crise que passou o Império Romano".

    Este foi o contexto da escolha da Editora Studio Dominicano (http://www.esd-domenicani.it/sito/home.asp) e das Edições San Clemente (http://www.istitutosanclemente.it/) para a publicação dos textos dos Padres da Igreja, segundo análise das edições Sources Chrétiennes, foi providencial.

    A nova evangelização, de fato, tem necessidade de repropor as razões originárias do cristianismo, a mesma que levou à conversão do mundo pagão.

    "A Doutrina dos Doze Apóstolos" (Didache), por exemplo, é um dos textos mais evocativos da Antiguidade cristã.

    Um manual catequético, litúrgico e disciplinar, que remonta à Igreja primitiva, e ocupa um espaço intermediário entre o Novo Testamento e os Padres Apostólicos.

    O Stúdio Domenicano reeditou em uma edição incluindo o texto em grego, com introdução e texto analítico de Willy Rordorf, professor honorário da Faculdade de Teologia da Universidade de Neuchatel.

    A versão italiana é uma tradução do livro publicado por Sources Chretiennes (Les Editions du Cerf: La doctrine dês douze apotres”

    "A Doutrina dos doze apóstolos" (mais conhecida como Didache), por exemplo, é um texto muito antigo, escrito antes dos Evangelhos redigidos talvez na Síria entre 50-60 d.C.

    O texto fornece informações valiosas sobre as comunidades cristãs primitivas. Trata-se da formação dos catecúmenos e dos missionários; da escolha dos bispos e diáconos; das relações internas das jovens e pequenas Igrejas; da importância do trabalho realizado com seriedade e compromisso; da responsabilidade dada e solicitada a assembléia de fiéis.
    .
    Importantíssimas são as passagens relativas ao batismo, a eucaristia - que tinha uma forma muito diferente da atual - e o ágape fraterno, que na época antecedia a Eucaristia.

    O autor é desconhecido. O texto completo só foi descoberto no final de 1800, um manuscrito encontrado em Jerusalém. Mas a ópera já era conhecida por causa das citações que fizeram os Padres da Igreja; um sinal de que esta, desde os primeiros séculos, já era muito popular pela sua autoridade.

    O bispo egípcio Santo Atanásio de Alexandria (295 AC - 373) é, de maneira particular, um testemunho da veneração que a Igreja antiga tinha pela Didaché.

    A versão original é atualmente representada exclusivamente por uma única testemunha, Hierosolymitanus 54, da Biblioteca do Patriarcado Ortodoxo de Jerusalém.

    O livro da ESD conta que "tinha sido perdido até a memória deste precioso manuscrito quando, em 1873, o Metropolitan Filoteo Bryennios teve a sorte de encontra-lo na Biblioteca do hospital do Santo Sepulcro, em Constantinopla, onde estava antes de ser levado para Jerusalém”.

    Aproveitando a sua descoberta, a Filoteo Bryennios publicou em 1883 a edição princeps da Didache. Desde então, as críticas não perderam mais o interesse neste texto, que anteriormente era conhecido apenas pela tradição indireta e por citações patrística.

    Sem resolver todos os problemas colocados pela vida da Igreja primitiva, a Didache explica como as primeiras comunidades de cristãos celebravam o mistério de Cristo.

    O trabalho consiste de quatro partes de tamanhos diferentes: uma parte catequética e moral do ensinamento judaico-cristã das Duas vias, a Via da Vida e a Via da Morte (cap. 1-6); uma parte litúrgica que se refere especificamente ao batismo, ao jejum, a oração e a Eucaristia (cap.7-10); uma parte que fornece informações valiosas sobre a estrutura das primeiras comunidades cristãs (cap.11-15) e uma parte sobre a escatologia que é a conclusão do livro em sua redação atual (cap. 16).

    Assim como aparece no manuscrito de Jerusalém, a Didache parece desprovida de uma unidade literária. Esta na verdade compreende várias partes de tamanhos desiguais, que pertencem a diferentes gêneros.

    Cada parte do livro tem uma estrutura especial que pressupõe diversas origens. Não parece haver um único autor, embora pareça que um editor colocou as mãos na obra por último, antes que tivesse a forma que tem no Hierosolymitanus 54.

    Embora vários estudos não tenham identificado os vários autores da Didache; é certo que eles desfrutaram de grande autoridade nas comunidades cristãs às quais se dirigiam, e que esperavam ser ouvidos e seguidos em seus ensinamentos.

    No que diz respeito à importância do texto o editor escreveu: “A Didache contém antigas orações eucarísticas que são para nós um tesouro inestimável.

    Embora inspiradas pela tradição judaica, e mantendo-se muito próximo a esta, as orações expressam de modo característico a realização da salvação na pessoa de Jesus e a expectativa da parusia de Cristo ressuscitado.

    Estes proclamam que a parusia não é característica apenas do fim dos tempos, mas é realizada na sinaxe eucarística. 

    As perspectivas desta concepção escatológica, são destacadas com vigor e revelam a amplitude da riqueza teológica da instituição da Eucaristia”.


    Por Antonio Gaspari
    (Tradução:MEM)

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    Familia e Vida


    O aborto destrói as pessoas
    Abortos crescem junto com as leis que o liberalizam

    ROMA, segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Em 19 de janeiro, foi publicado no site da revista médica Lancet um artigo com os números do aborto no mundo entre 1995 e 2008. Os autores do texto declaram: "As leis restritivas ao aborto não estão associados a menores taxas de aborto". Não surpreende que a publicação tenha sido imediatamente adotada por vários grupos pró-aborto para apoiar a liberalização da prática em todas as nações.

    A base das tentativas de liberalização é o assim chamado “aborto seguro”, para o qual a legalização completa seria um elemento essencial, embora não exaustivo. Trata-se de esforços para convencer os governos, particularmente os da América do Sul, de que uma possível descriminalização do aborto só poderia resultar em progresso, porque impediria as complicações dos aborto clandestinos sem elevar o número de abortos realizados.

    Mas podemos perguntar se essa leitura é respeitosa da realidade ou apenas uma representação conveniente para uma perspectiva muito ideológica.

    Um elemento de reflexão vem da constatação de quem são os autores: membros do Instituto Guttmacher, que é uma formidável máquina de propaganda do aborto, historicamente ligada à maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos, a Planned Parenthood. O Instituto Guttmacher faz parte do lobby pró-aborto, que pede das instituições internacionais o reconhecimento da interrupção voluntária da gravidez como parte dos chamados “direitos reprodutivos”.

    Os autores afirmam que processaram os dados de seu estudo a partir de uma variedade de fontes: outros estudos publicados, relatórios ocasionais, pareceres de peritos. Como uma tal miscelânea possa ter embasado as estimativas referidas no artigo é um mistério obscuro, que dista muito da transparência de métodos que deveria permitir a verificabilidade e a reprodutibilidade do método científico de Galileu. Já de outra coisa temos mais conhecimento: do enorme grau de variabilidade e de incerteza que sustenta todos os métodos usados para estimar os abortos clandestinos.

    Basta comparar as estimativas do número de abortos antes da legalização em alguns países ocidentais.

    Para a Itália, Grandolfo fornece o número de 350.000 abortos antes da legalização, enquanto Figà Talamanca dá estimativas que, com base em vários modelos matemáticos, vão de 220.000 até 3.640.000, enquanto o professor Colombo apresenta como dado mais provável o de 100.000 abortos por ano.

    Na França, a agência nacional de estatística, Ined, avalia que, antes da lei do aborto, o número era de 250.000. Já Thierry Lefevre fala de 55.000 a 90.000. Na Inglaterra, citavam-se 100.000 abortos antes da abortion act de 1967, ao passo que outras publicações científicas estimavam o número entre 15.000 e 31.000.

    Não pode ser subestimado, ainda, o testemunho direto do norte-americano Dr. Nathanson, fundador da NARAL (Associação Nacional para a Revogação das Leis de Aborto), convertido à causa pró-vida e ao catolicismo. Ele comprova que houve um exagero proposital na quantidade alegada de abortos nos Estados Unidos, como técnica para criar a impressão de que o aborto era muito difundido no país e precisava ser legalizado.

    Resta uma consideração a ser feita sobre o uso de dados brutos a respeito de fatores paralelos, que podem modificar os próprios dados sobre o aborto em si. O mundo “pró-escolha” (favorável ao aborto) utiliza, por exemplo, todos os possíveis co-fatores a fim de tentar diminuir a probabilidade de que os problemas psicológicos nas mulheres que fizeram abortos se devam ao próprio fato de terem abortado.

    Eles argumentam que a causa de tais problemas não é o aborto em si, mas toda uma série de fatores que predispõem as mulheres com problemas de saúde mental a abortarem com mais probabilidade. É de se perguntar por que os especialistas que publicaram o estudo na Lancet não corrigiram os dados sobre o aborto com base nos vários fatores que influenciam o recurso a essa prática: renda, religião, raça, fertilidade, escolaridade, para citar apenas alguns.

    De uma coisa podemos estar certos: legalizar o aborto é aceitar que o número de abortos vai aumentar. Isto não é uma tese, mas um fato demonstrado na Itália, na Romênia, nos Estados Unidos, no Peru. E mostra claramente que lutar por leis restritivas significa lutar pela vida.

    Renzo Puccetti, professor na Faculdade de Bioética do Ateneu Regina Apostolorum

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    A evolução da realidade do aborto em Portugal
    Estudo apresentado pela Federação Portuguesa pela Vida

    LISBOA, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Após cinco anos de legalização do aborto em Portugal, a Federação Portuguesa Pela Vida apresentou hoje, em Lisboa, um estudo sobre a evolução da realidade do aborto em Portugal.

     *** 

    O Engº Francisco Vilhena da Cunha, responsável pelo Gabinete de Estudos da FPV, apresentou um estudo sobre a realidade legal do aborto em Portugal, a partir dos números oficiais da Direção Geral de Saúde.

    A Federação Portuguesa pela Vida (FPV), foi fundada em 2002, é uma Instituição que reúne em vínculo federativo Associações e Fundações que tenham por objeto e finalidade a defesa da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural, a promoção da dignidade da Pessoa Humana e o apoio à Família e à Maternidade.

    As principais conclusões destacadas foram : Desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”; a reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições; as complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010 (facto que não acontecia desde 1987); a intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos; desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos); desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País. Desde 2010 que esse gap não é compensado pela emigração.

    Os dados do aborto fornecidos pela Direção Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007.

    Após a apresentação do estudo sobre a realidade legal do aborto, houve uma mesa redonda com Grupos Parlamentares da Assembléia da República, moderada pela Dra. Isilda Pegado, presidente da FPV.

    Por Maria Emília Marega

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    Santa Sé


    Contra o abuso não basta a "tolerância zero", serve a prevenção
    Padre Lombardi comenta a iniciativa da Universidade Gregoriana

    ROMA, segunda-feira, 06 de janeiro de 2012(ZENIT.org) – O Simpósio que acontece de 6 a 9 de fevereiro com o tema Em direção à cura e à renovação, além do rigor em relação aos crimes de abuso contra menores cometidos por ministros da Igreja, procura identificar um percurso que possa ajudar as vítimas e também criar condições para evitar que pecados similares se repitam no futuro.

    *** 

    Não se trata simplesmente de um congresso, pois prosseguirá com a criação de um centro que continuará o trabalho e que permitirá manter contato, também on-line, para aprofundar e receber o apoio necessário.

    Destacou, sexta-feira passada no edifício Frascara da Pontifícia Universidade Gregoriana, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe Federico Lombardi,S.I., durante entrevista concedida ao ZENIT após a apresentação do evento à imprensa.

    O que mudou depois da carta circular da Congregação para a doutrina da fé de 2011?

    Padre Lombardi: Muitas conferências episcopais formaram comissões para preparar estas diretrizes que a circular solicita. E o encontro acontece nesta fase onde as conferências episcopais, após terem recebido a circular, estão trabalhando para colocar em prática o que foi solicitado, ou seja, a formulação de suas diretrizes.

    O que quer dizer formular diretrizes?

    Padre Lombardi: Formular diretrizes quer dizer fazer um documento, e também colocá-loem prática. Será útil tudo aquilo que é troca de experiência. E a criação do centro continuará o trabalho deste simpósio e permitirá manter contato e aprofundar, aprender e ter toda a documentação sobre as experiências que outros países fazem.

    O que quer dizer?

    Padre Lombardi: Quer dizer, um procedimento, um caminhar ativamente na Igreja para progredir mais na capacidade de enfrentar e superar estes problemas. Seja na escuta das vítimas, na compreensão de seu sofrimento, na ajuda pela sua cura, ou, na prevenção para que este tipo de problema não seja mais criado.

    Então um título para o simpósio como “tolerância zero” não teria comunicado a idéia...

    Padre Lombardi: “Tolerância zero” me parece um título muito limitado porque quer dizer somente rigor e severidade. A severidade é justa, não precisa ser indulgente em relação aos delitos e os crimes graves. Mas aqui se fala principalmente de um caminho positivo, capaz de remediar de qualquer maneira os danos feitos e depois evitar que outros sejam criados.

    Quer dizer então não apenas regras rígidas?

    Padre Lombardi: Não se trata apenas de dar regras rígidas, se trata de entender o que vive as pessoas envolvidas e como podem enfrentar as coisas em um organismo vivo, em uma entidade viva como a Igreja, inserida em um organismo vivo como é a sociedade. Na verdade, desejamos que os problemas que continuam a surgir todos os dias, sejam tratados da melhor forma.

    Haverá também uma cerimônia penitencial?

    Padre Lombardi: Acontecerão duas cerimônias durante o simpósio: a primeira, penitencial, na terça-feira, onde haverá o pedido de perdão, de reconciliação, presidida pelo cardeal Marc Oullet, prefeito da Congregação dos Bispos. A outra, será a celebração eucarística, presidida pelo cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a evangelização dos povos.

    Esta plataforma de ajuda será tipo um “número verde”?

    Padre Lombardi: Não, os centros de escuta serão construídos localmente. A Igreja, nos projetos e linhas de ação nos diversos países, deve ter centros de escuta e pessoas prontas para escutar os problemas das vítimas. Não, está em um nível superior, de e-learning, quer dizer cursos de aprofundamento mais especializado, centros de documentação para coleta de experiências e ainda documentação científica, à disposição de quem trabalha neste campo profissionalmente ou pastoralmente.

    Como nasceu esta importante iniciativa e como foi coligada à Gregoriana?

    Padre Lombardi: A iniciativa nasceu da própria Gregoriana como proposta de serviço à Igreja. É uma Universidade pontifícia e então vive a serviço da Igreja.

    Um grande centro acadêmico onde se encontram também as competências para organizar este tipo de iniciativa, que requer competências de caráter teológico, moral, jurídico, canônico, pastoral e psicológico.

    O Instituto de psicologia da Gregoriana administrou a organização da iniciativa, e continuará administrando este centro especializado após o simpósio. A Gregoriana também tem uma grande experiência de serviço à Igreja, aos bispos e ao clero, então é muito natural que acolha uma iniciativa deste gênero.

     (tradução:MEM)

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    Cardeal Levada: escutar as vítimas e compreender o sofrimento
    O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no Simpósio Internacional "Rumo à cura e a renovação"

    ROMA, terça - feira, 7 fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - "Não há lugar no sacerdócio e na vida religiosa para aqueles que poderiam prejudicar os jovens". Estas palavras, proferidas em 2002 pelo beato João Paulo II no seu discurso aos cardeais americanos, lembram aos sacerdotes e aos religiosos, que é uma traição violar a confiança de quem é confiado aos seus cuidados, especialmente quando tal violação destrói a vida de uma criança.

    Na sua apresentação intitulada O abuso sexual de menores. Uma resposta multifacetada para o desafio, no âmbito do Simpósio Internacional sobre "abusos sexuais de crianças na Igreja" reservado aos bispos e superiores religiosos, o cardeal William Joseph Levada descreveu brevemente o papel do seu dicastério ao enfrentar a cura pastoral das vítimas, a proteção dos jovens, e a formação adequada do clero.

    "Embora a responsabilidade primária da Congregação seja a aplicação de regras justas na disciplina do clero culpado", disse o cardeal, "necessariamente tem abraçado e feito própria a visão global de como melhor ajudar na cura das vítimas, de promover programas destinados a proteger crianças e jovens, de exortar os bispo a fornecer a formação de comunidades de fé responsáveis pela sua juventude, e de trabalhar com outros Dicastérios da Santa Sé e com as Conferências Episcopais no garantir a formação adequada aos sacerdotes de hoje, e aos sacerdotes do futuro, nos vários aspectos conexos às questões dos abusos sexuais aos menores".

    Seguir o exemplo do Papa

    Para as vítimas de abusos sexuais de menores, é imperativo que o cuidado pastoral que recebem, demonstre um respeito genuíno pelo seu sofrimento, disse o cardeal. "Uma primeira necessidade [para as vítimas] é aquela de serem ouvidas – continuou Levada -. Saber que a Igreja escuta as suas histórias de abusos, que a Igreja entende a gravidade do que elas sofreram, que quer acompanhá-las no longo caminho de cura, e que tomou ou está disposta a tomar medidas eficazes para garantir que outras crianças estejam protegidas de tais abusos."

    O cardeal incentivou sacerdotes e bispos a seguirem o exemplo de Bento XVI que, durante as suas visitas pastorais em todo o mundo, ouviu as palavras das vítimas de abusos sexuais de menores. "Acho que é difícil superestimar a importância desse exemplo para nós bispos, e para nós sacerdotes, colocando-nos à disposição das vítimas nesse importante momento da sua cura e reconciliação. Afinal, foi das mãos de um representante "ungido" da Igreja que sofreram este abuso. Não surpreende, portanto, que nos seja dito o quanto seja importante para eles que a Igreja, de novo, por meio dos seus representantes, possa ouvi-los, reconhecendo o seu sofrimento, e ajuda-los a ver o rosto da verdadeira compaixão e amor de Cristo."

    A formação de sacerdotes e religiosos

    O Cardeal recomendou aos bispos e superiores maiores das ordens religiosas para serem escrupulosamente conscientes da "necessidade de exercitar um controle ainda maior ao aceitar candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa, e oferecer programas de formação que proporcionem a necessária fundamental formação humana, incluindo a adequada formação na sexualidade humana. "

    Cooperação com as autoridades civis

    O cardeal Levada destacou também o quanto é importante que as autoridades eclesiásticas afrontem casos de abusos como crimes contra o Estado e contra o direito canônico. “Certamente não menos importante que qualquer outra coisa - disse Levada - a colaboração da Igreja com as autoridades civis, nesses casos, reconhece a verdade fundamental. O abuso sexual de menores não é apenas um crime em direito canônico, mas também é um crime que viola as leis penais na maioria das jurisdições civis. (...) A Igreja tem o dever de cooperar com os requisitos da lei civil relativas à comunicação de tais crimes às autoridades competentes. "

    O objetivo do simpósio é o de informar os bispos católicos e os superiores religiosos sobre os recursos disponíveis para resolver esta crise de forma eficaz. Nas suas considerações finais, o cardeal Levada expressou sua esperança de que o simpósio possa ser "um modelo para estudos futuros que possam ajudar a todos nós a afrontar aquilo que devemos fazer como Igreja” e também “uma fonte de competência e de esperança para aqueles que buscam eliminar a chaga dos abusos sexuais de crianças por parte da sociedade no geral".

    Ann Schneible

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Nunca mais abusos de crianças!
    Homilia do Cardeal Ouellet, durante a vigília penitencial organizada como parte do simpósio "Rumo à cura e renovação"

    ROMA, quarta-feira, 8 de fevereiro, 2012 (ZENIT.org). - "É intolerável que o abuso de crianças possa ocorrer dentro da Igreja! Nunca mais! "Foi o que declarou o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, na homilia da vigília penitencial, realizada ontem à noite na igreja de Santo Inácio, em Roma.

    O evento foi organizado como parte do congresso internacional sobre a pedofilia, que acontece até amanhã na Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG). Abaixo reproduzimos a tradução da homilia, do cardeal canadense.

                                                        ***

    Queridos irmãos bispos e sacerdotes, caros irmãos e irmãs em Cristo,

    no contexto da reflexão que estamos fazendo durante o simpósio Rumo à cura e renovação, lembramos que estamos aqui nesta noite não somente como crentes, mas também como penitentes.

    A tragédia do abuso sexual de menores cometida por cristãos, especialmente quando cometida por membros do clero, é fonte de grande vergonha e é um escândalo enorme. Trata-se de um pecado contra o qual o próprio Jesus disse: "Melhor lhe fora ser lançado ao mar com uma pedra de moinho enfiada no pescoço do que escandalizar um só destes pequeninos” (Lc 17,2). O abuso é, de fato, um crime que causa uma experiência de morte para os inocentes, que só Deus pode realmente ressuscitar para uma nova vida com a força do Espírito Santo. Assim, com profunda convicção e consciência do que fazemos agora, voltamo-nos para o Senhor e lhe imploramos.

    Este ato de purificação compromete toda a Igreja e cada um de nós - bispos, superiores religiosos, educadores, todos os cristãos - que sofre pelo que aconteceu. Pedimos que o Espírito de Deus, que cura e renova radicalmente todas as coisas, desça sobre nós. Como membros da Igreja, devemos ter a coragem de pedir humildemente perdão a Deus, e também o perdão dos seus "pequeninos" que foram feridos; devemos permanecer perto deles no seu caminho de sofrimento, tentando de todas as formas possíveis cuidar e curar suas feridas, segundo o exemplo do Bom Samaritano. O primeiro passo nessa direção é ouví-los atentamente e acreditar nas suas histórias dolorosas.

    O caminho de renovação para a Igreja, que vai continuar a educar as pessoas e a estabelecer as suas próprias estruturas para ajudar a prevenir de crimes semelhantes, deve incluir o sentimento do "nunca mais". Como disse o Beato João Paulo II: "Não há lugar no sacerdócio e na vida religiosa para aqueles que desejam prejudicar os jovens". (Discurso aos Cardeais dos Estados Unidos, 23 de Abril 2002, n º 3.). É intolerável que o abuso de crianças possa ocorrer dentro da Igreja! Nunca mais!

    Com tristeza, vemos muito bem, que o abuso sexual de crianças está em toda parte na sociedade moderna. A nossa profunda esperança é que o compromisso da Igreja ao afrontar este terrível flagelo vai incentivar a renovação em outras comunidades e instâncias  da sociedade atingidas por esta tragédia.

    Nesta nova jornada, nós cristãos devemos estar cientes de que só a fé pode oferecer uma obra autêntica de renovação na Igreja: a fé entendida como pessoal, como uma relação de amor verdadeiro e vivificante com Jesus Cristo. Conscientes das nossas próprias lacunas de fé viva, pedimos ao Senhor Jesus para renovar a nós mesmos e cada um de nós e de guiar-nos pela sua agonia na cruz para a alegria da Ressurreição.

    Às vezes a violência foi cometida por pessoas profundamente perturbadas ou de outras que também foram abusadas. Foi necessário tomar medidas contra eles e os impedir de continuarem qualquer forma de ministério, do qual obviamente não eram dignos. Isso nem sempre foi feito corretamente, e mais uma vez pedimos desculpas às vítimas.

    Tendo aprendido desta terrível e humilhante experiência, os Pastores da Igreja têm o grave dever de ser responsáveis pelo discernimento e pela aceitação dos candidatos que querem servir na Igreja, especialmente aqueles que aspiram ao ministério ordenado.

    Ainda abalados por esses tristes acontecimentos, esperamos que esta Vigília litúrgica nos ajude a ver estes terríveis pecados, que ocorreram no Povo de Deus à luz da história da salvação, uma história que percorremos juntos nesta noite. É uma história que fala da nossa miséria, das nossas repetidas culpas, mas especialmente da misericórdia infinita de Deus, da qual sempre temos necessidade.

    Nos confiamos também inteiramente à poderosa intercessão do Filho de Deus que "se despojou" (Fil 2,7) no mistério da Encarnação e da Redenção, que tomou sobre si toda forma de mal, até mesmo este mal, destruindo o seu poder de modo que não tenha a última palavra.

    O Cristo ressuscitado, na verdade, é a garantia e a promessa de que a vida triunfa sobre a morte. Ele é capaz de trazer salvação a todos.

    Continuando a nossa vigília de oração, oramos, com as palavras do Papa Bento XVI, para uma apreciação mais profunda das nossas respectivas vocações, de modo a redescobrir as raízes da nossa fé em Jesus Cristo e beber abundantemente da água viva que Ele nos oferece através da Igreja (cf. Carta pastoral aos católicos da Irlanda).

    Que o Espírito Santo, que é Senhor e dá a vida, na sua obra no mundo, possa sempre descer sobre nós e ajudar-nos por meio das orações da Beata Virgem Maria, Mãe da Igreja, cuja potente intercessão nos sustenta e nos acompanha para sermos dóceis e receptivos no amor divino. Amém.

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Visitas de cortesia aos novos Cardeais no Sábado 18 de Fevereiro
    O Departamento das Celebrações Litúrgicas anunciou o programa do Consistório

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de fevereiro, 2012 (ZENIT.org) - O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, anunciou o programa completo para o Consistório do 18-19 de fevereiro.

    No 18 de Fevereiro, às 10h30, na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI terá o Consistório Ordinário Público para a criação de vinte e dois novos cardeais, a imposição do barrete, a entrega do anel e a atribuição do Título ou Diaconia.

    Ao final do rito o Santo Padre realizará um Consistório Ordinário Público para a canonização dos Beatos: Giacomo Berthieu, sacerdote professo da Companhia de Jesus, mártir; Pedro Calungsod, leigo catequista, mártir; Giovanni Battista Piamarta, sacerdote, fundador das Congregações Sagrada Família de Nazaré e Humildes Servas do Senhor; Maria do Monte Carmelo, fundadora da Congregação das Irmãs Concepcionistas Missionárias da educação; Maria Anna Cope, religiosa professa da Congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco de Syracuse (Nova York), Caterina Tekakwitha, leiga; Anna Schäffer, leiga.

    Das 16h30 às 18h30 no próximo sábado, na Sala Paulo VI e em algumas salas do Palácio Apostólico, os novos cardeais receberão aqueles que desejam fazer visitas de cortesia nos seguintes locais:

    No átrio da Sala Paulo VI: O cardeal João Braz de Aviz; o cardeal Edwin Frederick O'Brien; o cardeal George Alencherry; o cardeal Lucian Muresan; o cardeal Julien Ries; o cardeal Prosper Grech, OSA.

    Na Sala Paulo VI: Cardeal Francesco Coccopalmerio; Cardeal Thomas Christopher Collins; Cardeal Dominik Duka, OP; cardeal Willem Jacobus Eijk; o Cardeal Giuseppe Betori; o cardeal Timothy Michael Dolan; o cardeal Rainer Maria Woelki; o cardeal John Tong Hon.

    Na Sala Regia do Palácio Apostólico: Cardeal Fernando Filoni; Cardeal Manuel Monteiro de Castro; Cardeal Giuseppe Bertello.

    Na Galeria Lapidaria: Cardeal Santos Abril y Castelló, Cardeal Antonio Maria Vegliò.

    Na Sala Ducale: Cardeal Domenico Calcagno e Cardeal Giuseppe Versaldi.

    Domingo, 19 de fevereiro, solenidade da Cátedra de São Pedro Apóstolo, às 9h30, na Basílica Vaticana, o Santo Padre presidirá a celebração eucarística com os novos Cardeais.

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    O cardeal Monsengwo pregará os exercícios espirituais para a Cúria Romana
    O tema deste ano será "A comunhão do cristão com Deus"

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de fevereiro, 2012 (ZENIT.org) - Vai ser um Africano, o cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, que pregará os próximos exercícios espirituais para os membros da Cúria Romana, em preparação para a Páscoa.

    O tema será a comunhão do cristão com Deus e vem da Primeira Carta de São João: "E a nossa comunhão é com o Pai e com o Seu Filho, Jesus Cristo" (1 Jo 1,3).

    Os exercícios espirituais iniciarão no domingo, 26 de fevereiro, às 18h, com a Exposição Eucarística, a celebração das Vésperas, a meditação, a adoração e a bênção eucarística.

    Nos dias seguintes, nas manhãs, terão as celebrações das Laudes e da Hora Média, enquanto que na tarde terão as Vésperas, a adoração e a bênção eucarística. Sábado, 3 de março, às 9 horas, terá a meditação final.

    É a terceira vez que um prelado Africano prega no Vaticano. Antes de Monsengwo, os exercícios espirituais quaresmais foram dados em 1984, pelo Cardeal Alexandre do Nascimento, arcebispo de Lubango, na Angola, e em 2009, pelo cardeal nigeriano Francis Arinze, prefeito emérito da Congregação Romana para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos .

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    "Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!"
    Mensagem do Papa Bento XVI para o XX Dia Mundial do Doente

    CIDADE DO VATICANO, sábado, 11 de fevereiro de 2011(ZENIT.org) - Apresentamos na íntegra a mensagem do Papa Bento XVI para o XX Dia Mundial do Doente 2012.

    ***

    Amados irmãos e irmãs

    Por ocasião do Dia Mundial do Doente, que celebraremos no próximo dia 11 de Fevereiro de 2012, memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos lugares de cura ou recebem os cuidados das famílias, enquanto manifesto a cada um deles a solicitude e o afecto da parte de toda a Igreja. No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo da frágil e doente, o cristão expressa um aspecto importante do seu testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo, que se debruçou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para os curar.

    1. Neste ano, que constitui a preparação mais próxima para o solene Dia Mundial do Doente, que será celebrado na Alemanha no dia 11 de Fevereiro de 2013 e que meditará sobre a emblemática figura evangélica do bom samaritano (cf. Lc 10, 29-37), gostaria de chamar a atenção para os «Sacramentos de cura», ou seja, o Sacramento da Penitência e da Reconciliação, e o Sacramento da Unção dos Enfermos, que encontram o seu cumprimento natural na Comunhão Eucarística.

    O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de são Lucas (cf. Lc 17, 11-19), de maneira particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (v. 19), ajudam a tomar consciência acerca da importância da fé para aqueles que, angustiados pelo sofrimento e pela enfermidade, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele, podem experimentar realmente que quantos acreditam nunca estão sozinhos! Com efeito, no seu Filho Deus não nos abandona às nossas angústias e sofrimentos, mas está próximo de nós, ajuda-nos a suportá-los e deseja curar profundamente o nosso coração (cf. Mc 2, 1-12).

    A fé daquele único leproso que, vendo-se purificado, cheio de admiração e de alegria, contrariamente aos demais, vai imediatamente até Jesus para lhe manifestar o próprio reconhecimento, deixa entrever que a saúde readquirida é sinal de algo mais precioso do que a simples cura física, pois constitui um sinal da salvação que Deus nos concede através de Cristo; ela encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou! Quem, no seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, está convicto de que o Seu amor nunca o abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da Sua obra salvífica, jamais desfalece. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela deste modo a importância que o homem, na sua integridade de alma e corpo, reveste para o Senhor. De resto, cada Sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, «nos toca por meio de realidades materiais... que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). «Aqui, torna-se visível a unidade entre criação e redenção. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro» (Homilia, Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).

    A tarefa principal da Igreja é, sem dúvida, o anúncio do Reino de Deus, «mas precisamente este mesmo anúncio deve revelar-se um processo de cura: “...tratar os corações torturados” (Is 61, 1)» (Ibidem), em conformidade com a função confiada por Jesus aos seus discípulos (cf. Lc 9, 1-2; Mt10, 1.5-14; e Mc 6, 7-13). Por conseguinte, o binómio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma ajuda-nos a compreender melhor os «Sacramentos de cura».

    2. Il Sacramento da Penitência esteve com frequência no centro da reflexão dos Pastores da Igreja, precisamente devido à sua grande importância no caminho da vida cristã, uma vez que «toda a eficácia da Penitência consiste em restituir-nos à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.468). Dando continuidade ao anúncio de perdão e de reconciliação feito ressoar por Jesus, a Igreja não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Ela faz seu o apelo do apóstolo Paulo: «Em nome de Cristo... sejamos embaixadores: através de nós, é o próprio Deus quem exorta. Suplicamo-vos, em nome de Jesus Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Ao longo da sua vida, Jesus anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para incutir esperança também na obscuridade mais profunda do sofrimento e do pecado, para conceder a vida eterna; deste modo, no Sacramento da Penitência, na «medicina da confissão», a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Reconciliatio et paenitentia, 31).

    Deus, «rico de misericórdia» (Ef 2, 4), como o pai da parábola evangélica (cf. Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas espera por eles, procura-os e alcança-os onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e na divisão, chamando-os a reunir-se ao redor da sua mesa, na alegria da festa do perdão e da reconciliação. O momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de se abandonar ao desânimo e ao desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para voltar a si mesmo e, como o filho pródigo da parábola, reconsiderar a própria vida, reconhecendo os próprios erros e fracassos, sentindo a saudade do abraço do Pai e repercorrendo o caminho rumo à sua Casa. No seu grande amor, Ele vigia sempre e de qualquer modo sobre a nossa existência, e espera-nos para oferecer a cada um dos filhos que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.

    3. Da leitura dos Evangelhos sobressai claramente o modo como Jesus sempre demonstrou uma atenção particular para com os enfermos. Ele não só convidou os seus discípulos a curar as feridas dos mesmos (cf. Mt 10, 8; Lc 9, 2; 10, 9), mas também instituiu para eles um Sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A Carta de Tiago dá testemunho da presença deste gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (cf. 5, 14-16): mediante a Unção dos Enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, a Igreja inteira recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim de que alivie as suas penas e os salve, aliás, exorta-os a unir-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir deste modo para o bem do Povo de Deus.

    Tal Sacramento leva-nos a contemplar o dúplice mistério do Monte das oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante do caminho que lhe fora indicado pelo Pai, a senda da Paixão, do supremo gesto de amor, e aceitou-a. Naquela hora de provação, Ele é o mediador, «transportando em si mesmo, assumindo em si próprio o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-os em clamor a Deus, levando-os diante dos olhos e até às mãos de Deus, e assim conduzindo-os realmente até ao momento da Redenção» (Lectio divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de Fevereiro de 2010). Mas «o Horto das Oliveiras é... inclusive o lugar a partir do qual Ele subiu ao Pai, tornando-se assim o lugar da Redenção... Este dúplice mistério do Monte das Oliveiras também está sempre “activo” no óleo sacramental da Igreja... sinal da bondade de Deus que nos toca» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). Na Unção dos Enfermos, a matéria sacramental do óleo é-nos oferecida por assim dizer, «como medicamento de Deus... que agora nos torna seguros da sua bondade e deve revigorar-nos e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5, 14)» (Ibid.).

    Este Sacramento merece hoje uma maior consideração, quer na reflexão teológica, quer na obra pastoral em favor dos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não só quando o doente está no fim da própria vida (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1.514), a Unção dos Enfermos não deve ser considerada como que «um sacramento menor» em relação aos demais. A atenção e a cura pastoral pelos enfermos, se por um lado é sinal da ternura de Deus por aqueles que se encontram no sofrimento, por outro traz benefício espiritual também aos sacerdotes e a toda a comunidade cristã, na consciência de que o que fazemos aos mais pequeninos, é ao próprio Jesus que o fazemos (cf. Mt25, 40).

    4. A propósito dos «Sacramentos de cura», santo Agostinho afirma: «Deus cura todas as tuas enfermidades. Portanto, não temas: todas as tuas enfermidades serão curadas... Tu só deves permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos» (Exposição sobre o Salmo 102, 5: PL36, 1319-1320). Trata-se de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o doente a conformar-se cada vez mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Juntamente com estes dois Sacramentos, gostaria de sublinhar também a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença ela contribui, de maneira singular, para realizar tal transformação, associando aquele que se alimenta do Corpo e do Sangue de Jesus, à oferenda que Ele fez de si mesmo ao Pai, para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial, e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção para garantir a possibilidade de se aproximarem com frequência da Comunhão sacramental àqueles que, por motivos de saúde ou de idade, não podem acorrer aos lugares de culto. Deste modo, a estes irmãos e irmãs é oferecida a possibilidade de revigorar a relação com Cristo crucificado e ressuscitado, participando com a sua vida oferecida por amor a Cristo, na missão da própria Igreja. Nesta perspectiva, é importante que os sacerdotes que exercem a sua obra delicada nos hospitais, nas casas de cura e nas habitações dos doentes se sintam verdadeiros «“ministros dos enfermos”, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve alcançar cada homem assinalado pelo sofrimento» (Mensagem para o XVIII Dia Mundial do Doente, 22 de Novembro de 2009).

    A conformação com o Mistério pascal de Cristo, realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, adquire um significado totalmente particular, quando e Eucaristia é administrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam de modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Com efeito a Eucaristia, principalmente como viático, é — segundo a definição de santo Inácio de Antioquia — «remédio de imortalidade, antídoto contra a morte» (Carta aos Efésios, 20: PG 5, 661), sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.

    5. O tema desta Mensagem para o XX Dia Mundial do Doente: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!», visa também o próximo «Ano da Fé», que terá início a 11 de Outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os seus conteúdos e para a testemunhar na vida de todos os dias (cf. Carta Apostólica Porta fidei, 11 de Outubro de 2011). Desejo encorajar os doente e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a permanecerem cada vez mais disponíveis à sua celebração para os enfermos. Segundo o exemplo do Bom Pastor e como guias do rebanho que lhes foi confiado, os presbíteros sejam repletos de alegria, atentos aos mais frágeis, aos simples, aos pecadores, manifestando a misericórdia infinita de Deus com as palavras tranquilizadoras da esperança (cf. Santo Agostinho, Carta 95, I: PL 33, 351-352).

    Àqueles que trabalham no mundo da saúde, assim como às famílias que nos seus próprios entes queridos veem a Face sofredora do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e o da Igreja a fim de que, na competência profissional e no silêncio, muitas vezes inclusive sem mencionar o nome de Cristo, manifestam-no concretamente (cf. Homilia na Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).

    A Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, elevemos o nosso olhar confiante e a nossa prece; a sua compaixão materna, vivida ao lado do Filho agonizante na Cruz, acompanhe e sustenha a fé e a esperança de cada pessoa enferma e sofredora ao longo do caminho de cura das feridas do corpo e do espírito.

    A todos asseguro a minha recordação orante, enquanto concedo a cada um uma especial Bênção Apostólica.

    Vaticano, 20 de Novembro de 2011, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

    BENEDICTUS PP XVI

    © Copyright 2011 - Libreria Editrice Vaticana

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    Espírito da Liturgia


    A liturgia, obra da Trindade/1: Deus Pai (CIC 1077-1083)
    Rubrica de teologia litúrgica aos cuidados do Pe. Mauro Gagliardi

    Nicola Bux *

    Sem a mediação do Filho não teríamos conhecido o Pai e não teríamos recebido o Espírito que nos permite reconhecer o Filho como Senhor e adorar nele o Pai. O Pai quis fazer-nos capazes de tudo isso, ou seja, de adotar-nos como filhos, antes da criação do mundo (cf. CIC 1077). A capacidade de obrar como indivíduos e como membros de um povo escolhido e consagrado chama-se "liturgia": com razão definida obra do mistério das três Pessoas. A ação trinitária, então, é o protótipo da ação sagrada ou litúrgica. Mas, tendo em conta o ativismo eclesiástico e litúrgico que levou a adotar termos como "ator" e "operador" até mesmo na sagrada liturgia, devemos definir, para que não restem dúvidas, a natureza dessa ação. A ação Sagrada da liturgia é essencialmente uma "bênção", termo conhecido por todos, mas não no seu verdadeiro significado. Temos a explicação nesse seguinte artigo do Catecismo que convém citar integralmente: "Abençoar é uma ação divina que dá a vida e da qual o Pai é a fonte. A sua bênção é, ao mesmo tempo, palavra e dom («bene-dictio», «eu-logia»). Aplicada ao homem, tal palavra significará a adoração e a entrega ao seu Criador, em ação de graças."(CIC, 1078).

    Portanto, a liturgia é bênção de Deus, palavra e dom, e adoração humana, ou seja, ação de graças (eucaristia) e oferecimento. Não está toda a Santa Missa nesta definição? Ninguém pode deixar de definir assim a sagrada liturgia, ou seja, sacramento. A adoração não é outra coisa que a mesma liturgia. Qualquer tentativa de separar as duas coisas vai contra a fé e a verdade católica.

    Não se sustenta hoje que o homem adora a Deus com todo o seu ser? Quer dizer com a alma e com o corpo. Por isso, na Bíblia toda "obra de Deus é bênção" (cf. CIC, 1079-1081) é a dimensão cósmica que inerva a Sagrada Escritura, do Gênesis ao Apocalipse, e também a liturgia. Se abençoar quer dizer adorar, a benção ou adoração na Escritura está documentada pela prostração e pelo dobrar os joelhos fisicamente e metafisicamente o coração. Só o diabo não se ajoelha, porque - dizem os Padres do deserto – não tem os joelhos. Assim, São Paulo vê diante de Jesus a consonância entre história sagrada e o cosmos: todo joelho se dobre, no céu, na terra e debaixo da terra. Conseqüência concreta: o gesto do ajoelhar-se deve voltar a ter a primariedade no rito da Missa, no desenvolvimento, inspiração e sabor da música sacra, nos objetos sagrados: uma igreja sem genuflexórios não é uma igreja católica. Por que prostrar-se? Porque a bênção divina se manifesta especialmente com  “a presença de Deus no templo” (CIC, 1081): diante da Sua presença, o primeiro e fundamental gesto é a adoração. Não se diga que o templo foi abolido, enquanto que Jesus o purificou substituindo-o com o seu corpo no qual habita corporalmente a divindade: dessa forma, a presença divina é então aquela do Corpo de Cristo e coincide maximamente com o Santíssimo Sacramento. Note-se que, até agora, temos falado sobre coisas reveladas pelo próprio Senhor na Sagrada Escritura. No livro Introdução ao Espírito da Liturgia, Joseph Ratzinger mostrou o quanto prejudicou a reforma litúrgica ter cortado a ligação entre templo judaico e igreja cristã: o vemos hoje nas novas igrejas, justo enquanto a nível ecumênico se dialoga com os judeus. Se o corpo de Cristo é constituido pelo edifício espiritual dos seus membros (cf. 1 Pd 2,5), deve-se que onde a Igreja se reúne para os Mistérios nasce um "espaço santo".

    Então, pode-se entender o que o Catecismo diz claramente: "Na liturgia da Igreja, a bênção divina é plenamente revelada e comunicada: o Pai é reconhecido e adorado como a Fonte e o Fim de todas as bênçãos da criação e da salvação; no seu Verbo – encarnado, morto e ressuscitado por nós –, Ele nos cumula das suas bênçãos e, por Ele, derrama nos nossos corações o Dom que encerra todos os dons: o Espírito Santo" (CIC, 1082). Dessa forma define-se a dupla dimensão da Liturgia da Igreja: por um lado é benção do Pai com a adoração, o louvor e a ação de graças; por outro, oferecimento de si mesmo e dos próprios dons ao Pai e imploração do Espírito para que abunde em todo o mundo. Mas tudo passa pela mediação sacerdotal, ou seja, pela oferta e " pela comunhão na morte e ressurreição de Cristo-Sacerdote e pelo poder do Espírito " (CIC, 1083).

    Se a ressurreição de Cristo não tivesse acontecido historicamente e não tivesse originalmente "enchido" a história dando-lhe a direção final, os sacramentos não teriam nenhuma eficácia e se prejudicaria a finalidade pela qual eles são administrados: a nossa ressurreição no fim da vida e da história da humanidade. A uma abordagem exegética demitizante segue normalmente uma teologia reduzida a simbolismo; mas o pensamento católico, com o Apóstolo, fala do "poder da sua ressurreição": às aparições do ressuscitado, não só seguiu o querigma e a fé dos discípulos, mas a emanação do poder da ressurreição nos sacramentos. Assim, a verdade da ressurreição corporal de Cristo é determinante para a eficácia dos sacramentos, o seu impacto real sobre a transformação do ser humano.

    O mistério pascal, justo porque tem visto passar o Filho da morte para a vida, assim vê passar os filhos de Deus. Por isso chama-se pascal, por essa passagem acontecida graças ao sacrifício do Filho de Deus. Eis porque o Sacrifício eucarístico é o centro de gravidade de todos os sacramentos (cf. CIC, 1113), como a Páscoa é o centro do ano litúrgico.

    O plano divino da salvação é um só: trazer os homens e as coisas, as do céu e as da terra sob o senhorio de Cristo. A obra prima das três Pessoas tem como objetivo reconduzir o ser humano à sua natureza originária para que seja restaurada nele aquela imagem que foi desfigurada pelo pecado.

    [Tradução Thácio Siqueira]

    * Padre Nicola Bux é professor de Liturgia oriental em Bari e Consultor das Congregações para a Doutrina da Fé, para as Causas dos Santos, para o Culto divino e a Disciplina dos Sacramentos; e também para  e do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

    *

    Quem quiser fazer perguntas ou enviar sua opinião sobre os temas tocados na rubrica do Pe. Mauro Gagliardi pode escrever para: liturgia.zenit@zenit.org

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    Mundo


    Acender pelo menos uma vela, em vez de amaldiçoar a escuridão
    Novo arcebispo de Karachi

    ROMA, 06 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) -. O diretor chefe da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre no Reino Unido (AIN-UK) mostrou a sua satisfação pela promoção de um experiente bispo do Paquistão, que é reconhecido como uma voz autorizada para melhorar as relações interreligiosas.

    Depois de que Bento XVI promoveu no dia 25 de janeiro o bispo de Faisalabad, Joseph Coutts, para a arquidiocese de Karachi, no sul do país, o diretor nacional de AIN-UK, Neville Kyrke-Smith, elogiou tal escolha: "Nos alegra a nomeação do Bispo Coutts à Arquidiocese de Karachi. Seu trabalho incansável na promoção da justiça e da paz entre cristãos e muçulmanos, lhe ajudará a enfrentar os enormes desafios da sua nova função."

    Kyrke-Smith explicou que o escritório de AIN-UK tem trabalhado em estreita colaboração com o novo arcebispo de Karachi: "Ajuda à Igreja que Sofre do Reino Unido teve estreitas relações com o bispo Coutts, que tem sido um grande amigo do trabalho de caridade nos últimos anos e inaugurou nosso escritório na Escócia em 2009. "

    "No ano passado trabalhamos com ele na nossa campanha para pressionar o governo paquistanês para revisar as leis sobre a blasfêmia, cujo abuso tem causado tanto sofrimento aos nossos irmãos e irmãs cristãos no país, assim como a membros de outras minorias religiosas. Desejamos-lhe toda sorte de bênçãos e sucesso na sua mudança para Karachi, para ser um pastor e padre da comunidade cristã ", disse ele.

    O bispo de 66 anos tem estado na vanguarda do diálogo inter-religioso com os muçulmanos em uma tentativa de trazer estabilidade para a pequena comunidade cristã, que é frequentemente perseguida no Paquistão.

    Segundo as leis contra a blasfêmia do país, as minorias religiosas podem enfrentar prisão perpétua ou a morte por insultar o profeta muçulmano Maomé, ou profanar o Alcorão, leis que têm sido usadas ​​como pretexto para ataques contra os cristãos e outros grupos.

    Em declarações a AIN no início de 2011, Dom Joseph Coutts, disse: "O desafio se torna mais difícil para ser mensageiros da paz e do amor em uma situação onde há muito preconceito, violência e ódio. No entanto, este é o desafio que temos que assumir: amar sem esperar nada em troca, atuar sem perder a esperança, acender pelo menos uma vela, em vez de amaldiçoar a escuridão".

    O arcebispo atual tem um antigo relacionamento com a Arquidiocese de Karachi, pois recebeu a formação sacerdotal no Seminário de Cristo Rei, na década de 1970. Atualmente é presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Paquistão, e diretor da Cáritas Paquistão.

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    África: destruir a família é destruir a sociedade
    Colóquio em Cotonou

    ROMA, segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) -. "Destruir a família é destruir a sociedade, disse o cardeal arcebispo de Kinshasa Laurent Monsengwo Pasinya no simpósio organizado em Cotonou, Benin, do 24 ao 26 de janeiro, em colaboração com o Pontifício Instituto João Paulo II para o estudo sobre o matrimônio e a família.

    O simpósio marcou o décimo aniversário da Federação Africana de Ação Familiar (FAAF). A cerimônia de encerramento foi presidida pelo Cardeal Robert Sarah originário da Guinéa Konacry, e presidente do Pontifício Conselho Cor Unum.

    Dany Sauvage presidente da FAAF explicou ao Zenit que a reunião de Cotonou foi organizada por ocasião deste aniversário: "Algumas personalidades da Igreja vieram para celebrar” com os membros da FAAF.

    A FAAF diz ele, "federa umas 20 associações de ação familiar africana, espalhadas por 19 países do nosso continente, que trabalham na área."

    Quanto à missão da Federação, Sauvage acrescentou que "a FAAF considera que a plenitude integral do homem se realiza pela família, santuário da vida e do amor": "Sua missão é desenvolver as habilidades das suas associações membro. Essas educam os jovens à vida a ao amor, promovem os valores conjugais e familiares, e ensinam uma maternidade/paternidade responsável de acordo com o plano de Deus para o casal e para a família. "

    Destruir a família é destruir a sociedade

    Por sua parte, o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, que presidiu a reunião, afirma que o lugar da FAAF na África "é muito importante." Na verdade, diz ele, "a família há trinta anos experimentou profundas transformações indo sempre no sentido de uma destruição progressiva da célula familiar. Para muitos, a estabilidade matrimonial não é um ideal".

    Afirma o papel social da família nestes termos: "Toda sociedade necessita da família, célula primária. A Igreja também. Sabemos que a família nasce de um matrimônio indissolúvel e fiel, é o lugar de encontro com Deus para os esposos".

    Sublinha a gravidade desta postura para a sociedade. A partir do momento em que nós fugimos do matrimônio e da família, esta dimensão do mistério inerente à economia divina, todos os desvios são possíveis: a violência, abusos conjugais, paternidade e maternidade irresponsáveis. Destruir a família é destrui a sociedade; destruir a família é destruir a Igreja. O matrimônio e a família são o maior presente que Deus fez à humanidade para sejam verdadeiramente à sua imagem.

    "Os atores do FAAF no meu país e nos outros países africanos procuram ensinar no lugar a boa notícia da Igreja sobre a sexualidade, evangelizam o amor humano ", destaca o arcebispo.

    Uma obra de longa duração

    Outro dos participantes do simpósio foi o arcebispo de Varsóvia-Praga, o arcebispo Henryk Hoser, ex-missionário, que trabalhou 21 anos na Ruanda, onde participou do lançamento da Associação  Familiar da Ruanda e se tornou co-fundador da FAAF.

    Monsenhor Hoser destacou que "a ação da FAAF está enraizada em um trabalho a longo prazo dos nossos predecessores na ação familiar", antes de lembrar o compromisso de vários pioneiros e comunicou a sua alegria porque "a FAAF cresceu atingindo sua maturidade: um verdadeiro presente de Deus!"

    O secretário do Conselho Pontifício para a Família, monsenhor Jean Laffitte, participou desta reunião para trazer uma mensagem de encorajamento aos participantes: "Desde sempre a Igreja se interessou pela família, o beato João Paulo II deu-nos uma herança maravilhosa sobre o tema da família. O nosso Papa, Bento XVI, continua contribuindo na sua encíclica Deus Caritas Est, um ponto importante sobre o Amor Divino, sobre eros e ágape. O Eros só se entende quando a união entre o corpo e o espírito esteja totalmente cumprida. Aqui está uma verdadeira maturidade do Eros, uma purificação. Eros e ágape não podem ser dissociados, isto é verdade no homem, porque misteriosamente é verdade para Deus. O matrimónio fundado no amor exclusivo e definitivo, aberto à transmissão da vida torna-se o ícone do relacionamento de Deus com seu povo, e vice-versa, a medida com a qual Deus ama torna-se a medida do amor humano " .

    Monsenhor Laffitte concluiu: "Estou impressionado com as pessoas aqui presentes, que trabalham para que os casais que encontram possam concretamente inscrever seu amor humano no plano divino".

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    A formação dos seminaristas, a melhor inversão para as Dioceses
    Semana para reitores e formadores na Universidade da Santa Cruz

    ROMA, terça-feira, 07 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) -. Uma semana de estudo e debate para os formadores de seminários, por tanto eclesiásticos com experiência no setor, para melhor responder aos desafios atuais, realiza-se até o dia 10 de fevereiro na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, a poucos passos da Piazza Navona, em Roma.

    Não é um congresso onde os palestrantes vão para ensinar, mas sim um think tank (literalmente em Inglês, um tanque ou depósito de pensamentos) sobre como investir nos sacerdotes que nos seminários serão formadores, pois é o melhor investimento que as dioceses podem fazer.

    Foi o que disse ao ZENIT o professor e sacerdote Philip Goyert, vice-diretor do Centro para a formação sacerdotal, do instituto dessa universidade, após a inauguração da semana de estudo intitulada "O ministério da direção nos seminários."

    A primeira edição realizou-se no passado e teve como tema a direção espiritual. Agora trata sobre o papel do governo. Participam uns 60 eclesiásticos e a abertura do evento contou com a presença do Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica.

    "A Santa Sé - disse o vice-diretor Goyert - teve o bonito gesto de enviar o Cardeal Prefeito da Educação Católica, para abrir esta semana."

    São, portanto, continuou, "quatro dias além da quarta-feira, quando seremos recebidos pelo Santo Padre, enquanto os outros dias estão estruturados com duas paletras debate.

    Não é exatamente um congresso, mas uma semana de estudo, um think tank. Vieram pessoas com experiência neste campo, que exercem agora ou que trabalharam nele". Trata-se, portanto, "de refletir sobre como tem que ser estruturado o governo do seminário para enfrentar os desafios atuais, onde não falta um secularismo até mesmo agressivo, e para encontrar propostas adequadas.

    O vice-diretor do Centro de formação sacerdotal indicou ainda que o objetivo não é mudar a estrutura do seminário, mas refletir sobre como formar os formadores, porque "esta é a chave de tudo: quem são os formadores, o que devem fazer e como o reitor tem que gerenciar a equipe de formadores."

    Porém, na gestão do seminário há um problema fundamental: “É o de encontrar formadores adequados, porque o clero não é tão abundante, em particular na Europa, e embora seja necessário que as paróquias tenham os sacerdotes melhor preparados, o melhor investimento é o seminário."

    "Devemos, portanto, investir tempo nos sacerdotes que depois ocuparão diversos cargos no seminário como formadores. Este é o melhor investimento que a diocese pode fazer", concluiu.

    Esta semana de estudo é um programa inovador deste tipo?

    "Esta é a segunda - indica o vice-diretor - porque a primeira foi no ano passado e tratou sobre a direção espiritual e temos no programa mais quatro, sobre a formação no geral e os quatro aspectos clássicos da formação: a espiritual, doutrinal, humana e pastoral."

    O padre Goyret acabou admitindo: "É inovação no que diz respeito à metodologia, sobre a qual temos investido muito tempo. Estamos também pensando em fazer uma maestria para formadores de seminários que provavelmente seria iniciada dentro de dois anos e também atividades locais. De fato, várias conferências episcopais pediram para fazer uma experiência semelhante, embora às vezes, mais fácil do que mandá-los todos aqui, é preparar um grupo para ir a seus países. "

    As Iniciativas além disso não faltam e estão no programa, indica, “atividades mais locais, como seminários sobre a confissão. Neste ano já tivemos um e no segundo semestre haverá outro sogre ars praedicandi. No ano passado foi a ars celebrandi, embora estas sejam atividades de entidade um pouco menor."

    Os limites existem: para quem não participou "é difícil recuperar parte do que foi dito, devido à metodologia, uma vez que não é um congresso no qual ensinamos e outros vêm para aprender, mas um think tank em que todos ajudam com as suas contribuições. Portanto, não se escrevem as atas. Mas, no ano passado acabamos disponibilizando os textos das palestras em formato pdf. O objetivo é o debate no qual o think tank cumpre a sua função".

    H. Sergio Mora

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    A arte da iluminura bizantina
    Seminário com a perita Anna Zacharova

    ROMA, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Prossegue a série de seminários de aprofundamento que a escola iconográfica de Seriate, na Itália, oferece aos interessados ​​na história e no significado do ícone.

    No sábado 3 de março acontecerá o seminário de um dia intitulado A arte da iluminura em Bizâncio, ministrado por Anna Zacharova, professora de história da arte na Universidade Estatal de Moscou e de arte bizantina no Instituto Estatal de Crítica da Arte.

    Zacharova, aluna de Olga Popova e bizantinóloga de renome mundial, é conhecida pelas suas publicações e apresentações em várias universidades europeias.

    O tema escolhido é um importante aspecto da herança cultural bizantina e eslava. A iluminura, também conhecida como miniatura, representa uma fonte iconográfica de primordial importância para o estudo da pintura icônica, e estilisticamente é uma excelente ferramenta para a compreensão da construção composicional da pintura monumental.

    O seminário será dividido em duas aulas, com projeção de material iconográfico. Seguirão conversas livres com os participantes, para esclarecimentos e informações adicionais sobre os tópicos discutidos.

    O programa oferece:

    1) Códices com iluminuras protobizantinos (séc. V-VIII).
    2) Códices com iluminuras da dinastia Macedônia (segunda metade do séc. IX à primeira metade do séc. XI);
    3) Códices com iluminuras da dinastia Comnena (segunda metade do séc. XI ao séc. XII).
    4) Códices com iluminuras da dinastia Paleóloga (segunda metade do séc. XIII à primeira metade do séc. XV).

    Para mais informações: scuolaseriate@russiacristiana.org.

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    Jerusalém: o patriarca Twal visita Kehilla
    O Conselho das instituições religiosas da Terra Santa condena a profanação do mosteiro grego- ortodoxo

    ROMA, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) – Domingo passado, 5 de fevereiro, pela primeira vez desde que se tornou patriarca latino de Jerusalém, monsenhor Fouad Twal visitou kehilla, que é a comunidade católica de língua hebraica da Cidade Santa, anunciou o site do patriarcado (http://www.lpj.org) (6 de fevereiro).

    O Patriarca celebrou uma missa na capela de São Simeão e Santa Ana, que abriga a comunidade católica de língua hebraica. Nesta ocasião, o bispo também consagrou o novo altar da capela.

    Twal, que já tinha visitado a comunidade no 2007, quando ainda era bispo coadjutor do Patriarcado, foi convidado para celebrar a Missa para a Festa da Apresentação de Jesus no Templo, que é também a festa da casa paroquial. Como explica o site do patriarcado, Simeão e Ana esperavam de fato o Messias e o reconheceram na criança levada ao Templo por Maria e José.

    O novo altar, construído pelos mestres carpinteiros Yona e Stas, foi financiado pela família suíça, Frick. A Missa presidida pelo patriarca foi celebrada em francês e árabe, enquanto os fiéis responderam seja em árabe que em hebraico.

    Entre os concelebrantes estava também o vigário do Patriarcado de Jerusalém para os católicos de língua hebraica, padre David Neuhaus, SI, e o vice-chanceler do Patriarcado, Padre Marcelo Gallardo, I.V.E. À solene cerimônia participaram cerca de 120 fiéis, um número maior que o de cadeiras da capela, como destacou o site do patriarcado.

    Na sua homilia, proferida em francês e traduzida para o hebraico, mons. Twal ofereceu uma meditação sobre Simeão e Ana, duas figuras apresentadas pelo evangelista Lucas (2,25 a 38), e também falou dos recentes acontecimentos na vida da Igreja, incluindo o Sínodo para o Oriente Médio do 2010 e o Sínodo sobre a Nova Evangelização, que se realizará no próximo mês de Outubro em Roma.

    Também em Jerusalém, o Conselho das Instituições Religiosas da Terra Santa condenou num comunicado "os atos de profanação e pichação no mosteiro grego-ortodoxa de Jerusalém", acontecidos na noite da segunda-feira 6 de fevereiro.

    No comunicado, disponível no site do Patriarcado de Jerusalém (07 de fevereiro), o organismo rejeita qualquer instrumentalização dos lugares santos. "O Conselho – está escrito – convida as pessoas de todas as religiões, cristãos, judeus e muçulmanos a respeitarem todos os lugares santos e os recintos das três religiões, e deplora fortemente o comportamento dos extremistas que exploram ou envolvem os Locais sagrados num conflito político e  territorial."

    O apelo foi assinado em nome do Grande Rabinado de Israel, do Ministério do Waqf (Fundações Pias) e dos Assuntos Religiosos da Autoridade Palestina, e dos chefes das igrejas locais na Terra Santa.

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Panamá: monsenhor Lacunza, mediador entre o governo e os indígenas
    No conflito da exploração dos seus territórios ancestrais

    MADRI, quinta-feira 09 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org). - O governo do Panamá propôs manter a mediação do Presidente da Conferência Episcopal, o agostiniano recoleto José Luis Lacunza, no conflito com os índios pela defesa das suas terras ancestrais.

    Conforme relatado pela Ordem Agostiniana Recoleta, uma pessoa morreu e outras 46 ficaram feridas nos confrontos do dia 5 de fevereiro entre a polícia e indígenas, muito próximo à missão agostiniana recoleta de Bocas del Toro.

    O conflito em curso entre o governo e a etnia Ngäbe Buglé, surgiu porque estes últimos exigem garantias legais para proibir nas suas terras ancestrais, além da mineração, a exploração dos recursos hídricos.

    O chanceler panamenho Roberto Henríquez assegurava, aos meios de comunicação, que o Executivo esteja aberto a um diálogo com os indígenas – liderados pela cacica Silvia Carrera e o líder Rogelio Montezuma – e que propõe que se mantenha a mediação do Presidente da Conferência Episcopal do Panamá, o agostiniano recoleto José Luis Lacunza.

    Porém, esclareceu que não pôde comunicar-se com o bispo porque ele permanece na área do conflito, cerca de 400 Km a oeste da capital panamenha, onde, por razões de “"segurança de Estado", as comunicações móveis foram suspensas por vários dias por ordem do governo.

    O presidente da Coordenação pela Defesa dos Recursos Naturais e Direitos do Povo Ngäbe Buglé, Rogelio Montezuma, pediu o fim da "repressão e da perseguição" à qual, segundo ele, as autoridades submetem os membros da Coordenação, e também a libertação "imediata" de todos os detidos durante os confrontos entre índios e a polícia.

    Embora os protestos tenham sido fragmentados por diferentes partes do país, o chanceler Henríquez disse que o governo "de nenhuma maneira" vai tolerar o bloqueio das vias de comunicação, como aconteceu durante seis dias entre San Félix, na província de Chiriqui, e Viguí, na província de Veraguas.

    [Tradução Thácio Siqueira]

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    Entrevistas


    Lourdes mostra que Deus é promessa de vida
    Dom Jacques Perrier fala da Jornada Mundial dos Doentes 2012

    ROMA, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - A festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, neste sábado, 11 de fevereiro, coincide com a Jornada Mundial dos Enfermos. Zenit entrevistou Dom Jacques Perrier, bispo de Tarbes-Lourdes, sobre a ocasião.

    João Paulo II quis que a Jornada Mundial dos Enfermos coincidisse com a festa de Nossa Senhora de Lourdes. Por que Lourdes e por que esta Jornada?
    Dom Perrier: Obviamente, a criação do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde e a Jornada Mundial dos Enfermos surgiram da experiência pessoal de João Paulo II. O Santo Padre levou um longo tempo antes de retornar às atividades normais depois do atentado de 13 de maio de 1981, cujas consequências ficaram para sempre. Mas não é a única razão. João Paulo II estava convencido de que a oração e o oferecimento dos doentes tiveram um papel importante na santificação da Igreja e da evangelização. O título da sua carta apostólica Salvifici doloris é tão revelador do seu pensamento quanto provocador pela sua opinião. Em relação à escolha de Lourdes, que é conhecida pelas suas curas, ela mostra que Deus é a promessa de vida, que o desejo de curar é perfeitamente legítimo e que as atividades do pessoal de enfermagem devem ser apreciadas e apoiadas pela Igreja. Bernadette se tornou freira e foi uma excelente enfermeira, apesar da sua pouca formação inicial.

    Em Lourdes, quais são as características da jornada?
    Dom Perrier: O curioso é que, em 11 de fevereiro, os doentes em Lourdes são muito poucos. No inverno [europeu], os accueils [pontos de recepção] não ficam abertos. Então são os doentes e as pessoas com deficiências físicas da própria Lourdes que representam todos aqueles que vêm nos meses posteriores.

    Este ano, a mensagem de Bento XVI insiste nos sacramentos da cura: pode nos falar mais sobre isto?

    Dom Perrier: Desde o Concílio Vaticano II e da reforma litúrgica que ele começou, a Igreja não fala mais de "extrema unção", com aquela carga "fúnebre" que essas palavras envolviam na mentalidade comum. Mas é um erro definir a unção dos enfermos como o "sacramento dos doentes", como se fosse o único sacramento adequado à situação deles: a reconciliação e a eucaristia também são. A eucaristia não é o penhor da vida eterna? "Quem come deste pão viverá para sempre".

    Existe um tipo de doença particularmente difícil de acompanhar: a doença mental. O senhor recomenda os sacramentos também para essas doenças?
    Dom Perrier: Sim. Por que esses doentes deveriam ser excluídos? A doença psíquica e a graça do sacramento não estão no mesmo nível. Mas o ser humano é unificado. As interações são possíveis. Mas os sacramentos de cura espiritual não eximem dos cuidados médicos, tanto físicos quanto psíquicos.

    Lourdes não é só a gruta, tem os hospitais e os capelães. Quais são os desafios que os capelães hospitalares estão enfrentando hoje?
    Dom Perrier:O principal desafio da nossa cultura atual é dar sentido ao sofrimento, que os avanços da medicina têm reduzido, mas não eliminado. O sofrimento é multifacetado, não é só físico. O processo que leva ao oferecimento de si mesmo é um caminho árduo. O papa João Paulo II falou disso humildemente em Lourdes no dia 15 de agosto de 1983. É uma verdadeira jornada de conversão: a oração da comunidade cristã e da comunhão dos santos deve ser solicitada.

    Anita Bourdin

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    Análise


    O desafio do sofrimento segundo o pensar de Viktor Frankl
    Sofrer num "contexto válido" e sofrer "por causa de" algo ou alguém

    ROMA, quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) – Por ocasião da Jornada Mundial dos Enfermos, é particularmente significativo repropor o pensamento do psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl, fundador da logoterapia e da análise existencial, considerada a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, focada na procura do sentido da vida e nas atitudes a serem assumidas perante situações de sofrimento.

    É indicativo um episódio que Viktor Frankl narrou muitas vezes aos seus ouvintes. Um homem encontra na rua o médico de família, que lhe pergunta sobre o seu estado de saúde. Imediatamente, o médico percebe que o paciente demonstra alguma dificuldade para ouvir. "Provavelmente, você está bebendo demais. Pare de beber e se sentirá melhor", aconselha. Alguns meses mais tarde, os dois se encontram novamente na rua e, para saber do estado atual de saúde do paciente, o médico levanta a voz, mas o homem responde: "Não há necessidade de gritar, doutor. Eu escuto perfeitamente". "Certamente você parou de beber, não é? Continue nesse tratamento". Depois de mais um tempo, eles se encontram pela terceira vez. E, novamente, o médico precisa levantar a voz para se fazer ouvir. "Provavelmente, você começou a beber de novo", diz ao paciente. E este lhe explica: "Veja, doutor. Antes eu bebia e a minha audição era ruim. Depois, parei de beber e estava me sentindo melhor. Mas o que eu sentia não era tão bom quanto o uísque".

    Frankl comenta: "Na ausência de um sentido da vida, cuja realização o teria feito feliz, ele tentou chegar a um sentimento de felicidade eludindo toda realização de significado, apoiando-se num elemento bioquímico. O sentimento de felicidade, que normalmente nunca é proposto como o fim da aspiração humana, mas parece ser uma manifestação lateral do ter-alcançado-o-próprio-escopo, um "efeito" secundário, se deixa ‘perseguir’, e isso foi possibilitado justamente pelo álcool etílico" (Frankl, 2005, pág. 17).

    Para Frankl, ser homem significa ser fundamentalmente orientado para algo que nos transcende, para algo que está além e acima de nós, algo que nos atrai profundamente. Só aquele que crê na sua "vontade de significação" pode construir uma hierarquia de valores capaz de atribuir ao prazer e ao poder, à auto-afirmação e à satisfação dos próprios instintos o seu verdadeiro lugar, que é o de ser produtos secundários, efeitos de uma realização do sentido da própria existência.

    Hoje é um verdadeiro desafio falar de procura de sentido, porque se é imediatamente reconduzido à capacidade radical do homem de descobrir os significados das situações individuais que abarrotam a vida cotidiana, de tomar decisões que correspondam ao seu dever-ser, de descobrir as possibilidades que estão inseridas na sua existência única.

    Se a vida do homem é sempre específica, por referir-se a um ser singular, concreto, individual, a sua tarefa não pode ser algo geral, válida para todos e para qualquer um, permanente em qualquer momento, mas varia de homem para homem, porque corresponde à singularidade e à individualidade de cada um.

     Ao mesmo tempo, no entanto, a tarefa varia de situação para situação, porque a singularidade das situações traz consigo uma caracterização diferente, com exigências e condições próprias, nunca repetíveis. E o homem deve observar atentamente, portanto, a situação em que se encontra, e que não apresenta nenhum desencontro com o que acontece consigo mesmo ou com outros, agora ou anteriormente.

    Com a voz da consciência, o homem é capaz de perceber qual é o sentido que está escondido por trás de uma situação e assim agir em conformidade e com responsabilidade. "Numa época em que parece que os dez mandamentos estão perdendo a sua validade incondicional para muitos homens, o homem deve aprender a perceber os dez mil mandamentos que surgem das dez mil situações únicas que enchem a sua vida" (Frankl, 1992, págs. 29-30). Isto significa que somos constantemente interpelados pela realidade, pelas situações em que nos encontramos e que nos pedem uma resposta. É por isso que John F. Kennedy, em 20 de janeiro de 1961, no discurso de posse como presidente dos Estados Unidos da América, disse aos seus compatriotas: "Não perguntem o que o seu país pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pelo seu país" (citado em Dallek, 2004, pág. 366). E, quase como complemento, Frankl aconselhava aos seus ouvintes norte-americanos: "Depois de ter construído a Estátua da Liberdade na costa leste, seria de se construir a estátua da responsabilidade na costa oeste" (Frankl, 2010, pág. 63).

    Em nossa era científica, o progresso humano é calculado com dados que podem ser facilmente medidos, inseridos no computador e analisados. No entanto, as respostas do computador indicam apenas como o homem se comporta na média e em amostras de grupos, mas nunca como ele deveria se comportar em situações específicas. "A nossa vida não é regulada em cada cruzamento por uma luz vermelha que manda parar, nem por uma luz verde que manda seguir em frente. Nós vivemos em uma era de luz amarela intermitente, que deixa para cada indivíduo o peso da decisão" (Fabry, 1970, pág. 80). Viver, basicamente, significa ter a responsabilidade de "responder" exatamente aos problemas vitais, de cumprir as tarefas que a vida coloca para cada indivíduo, de atender às necessidades do momento.

    As tarefas que o homem é chamado a realizar têm um sentido tríplice: o trabalho, o amor e o sofrimento. Se no trabalho o homem pode se expressar imprimindo a sua marca pessoal à realidade, e se no amor ele pode viver as mais fortes e íntimas experiências, é no sofrimento que ele manifesta a sua grandeza, pois só no sofrimento ele se acha tragicamente confrontado consigo mesmo, com a sua capacidade não só de trabalhar e de desfrutar, mas também de sofrer.

    O homem tem o direito à vida, à alegria, ao trabalho, à paz. Mas também tem um direito fundamental que ninguém pode lhe arrebatar, por nenhum preço: o direito de sofrer a sua própria dor, de inundar de significado uma vida aparentemente destruída, economicamente sem sucesso. O sofrimento "não é simplesmente uma possibilidade qualquer, mas a possibilidade de realizar o valor supremo, a oportunidade de dar plenitude ao significado mais profundo da vida" (Frankl, 2001, pág. 190).

    Este sentido brilha na atitude que o homem assume diante de um destino de dor, diante das forças adversas, diante de situações irreparáveis. É por isso que o imperador austríaco Francisco José II, em 1784, quis que à entrada do Hospital Policlínico de Viena fosse escrita a frase latina Saluti et solatio aegrorum. Quem cuida da saúde física e mental de outro também é chamado a ajudá-lo a suportar com aceitação e compreensão os sofrimentos inevitáveis que a vida lhe reserva e a recuperar não apenas a capacidade de trabalhar e desfrutar, mas também a de sofrer.

    Eugenio Fizzotti

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    Angelus


    "O amor de Deus é mais forte do que qualquer mal"
    As palavras de Bento XVI durante o Ângelus deste VI Domingo do Tempo Comum

    CIDADE DO VATICANO, 12 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) – Às 12 horas de hoje, o Santo Padre Bento XVI, da janela de seu escritório no Palácio Apostólico recitou o Ângelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Apresentamos a seguir na íntegra as suas palavras.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs!

    Domingo passado vimos que Jesus, na sua vida pública, curou muitos doentes, revelndo que Deus quer para o homem a vida, a vida em plenitude. O Evangelho deste domingo (Mar 1, 40-45) nos mostra Jesus em contato com a doença considerada naquele tempo, a mais grave, a ponto de render a pessoa “impura” e de excluí-la das relações sociais: falamos da lepra. Uma legislação especial (cfr Lv13-14) reservava aos sacerdotes a tarefa de declarar a pessoa leprosa, ou seja, impura; e da mesma maneira cabia ao sacerdote constatar a cura e readmitir o doente curado na vida normal.

    Enquanto Jesus andava a predicar pelos vilarejos da Galileia, um leproso lhe veio ao encontro e lhe disse: “Se queres, tens o poder de curar-me!”.  Jesus não foge do contato com aquele homem, ao contrário, impulsionado por uma íntima participação à sua condição, estende a mão e o toca – superando a proibição legal – e lhe diz: “Eu quero: fica curado!”. Naquele gesto e naquelas palavras de Cristo está toda a história da salvação. Está encarnada a vontade de Deus de curar-nos, de purificar-nos do mal que desfigura e que arruína as nossas relações. Naquele contato entre as mãos de Jesus e o leproso é abatida toda barreira entre Deus e a impuridade humana, entre o sagrado e o seu oposto, não para negar o mal e a sua força negativa, mas para demonstrar que o amor de Deus é mais forte do que qualquer mal, mesmo aquele mais contagioso e horrível. Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades, se fez “leproso” para que nós fôssemos purificados.

    Um esplêndido comentário existencial deste Evangelho é a célebre experiência de São Francisco de Assis, que ele reassume no início de seu Testamento: “O Senhor disse a mim, frei Francisco, para começar a fazer penitência assim: quando estava no pecado, me parecia algo muito amargo ver os leprosos; o Senhor mesmo me conduziu entre eles e usou com eles misericórdia. E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo foi transformando-se em docilidade de alma e de corpo . E então, sai do mundo”. Naqueles leprosos, que Francisco encontrou enquanto ainda estava “no pecado”, estava presente Jesus; e quando Francisco se aproximou de um deles, vencendo a própria aversão, o abraçou, Jesus o curou da sua lepra, isto é do seu orgulho, e o converteu ao amor de Deus. Eis a vitória de Cristo, que é a nossa cura profunda e a nossa ressurreição a vida nova!

    Queridos amigos, dirijamo-nos em oração à Virgem Maria, que ontem celebramos fazendo memória de sua aparição em Lourdes. À Santa Bernadete, Nossa Senhora entregou uma mensagem sempre atual: o convite à oração e à penitencia. Através de sua Mãe é sempre Jesus que vem ao nosso encontro, para liberar-nos de toda doença do corpo e da alma. Deixemo-nos tocar e purificar por Ele, e usemos misericórdia para com nossos irmãos!

    (Após o Ângelus)

    Queridos irmãos e irmãs!

    Acompanho com muita apreensão os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria. Nos últimos dias estes provocaram muitas vítimas. Recordo em orações as vítimas, dentre elas algumas crianças, os feridos e todos os que sofrem as consequências de um conflito sempre mais preocupante. Também renovo um premente apelo ao fim da violência e do derramamento de sangue. Enfim, convido a todos – e, sobretudo as Autoridades políticas da Síria- a privilegiar as vias do diálogo, da reconciliação e do compromisso pela paz. É urgente responder as legitimas aspirações dos diversos componentes das Nações, como também da comunidade internacional, preocupada com o bem comum de toda a sociedade e da Região.

    (E por fim saudou aos peregrinos em diversas línguas)

    Aujourd’hui, chers frères et sœurs francophones, la Parole de Dieu nous invite à agir comme des hommes et des femmes libres. À la suite de Saint Paul les chrétiens sont invités à promouvoir la liberté et la charité. Jésus, par sa vie, sa souffrance, sa mort et sa Résurrection est venu purifier l’homme tout entier afin de le rendre libre. Il est venu nous ouvrir à la Vie. Chacun de nous est invité à proclamer les merveilles de Dieu et à répandre la Bonne-Nouvelle. Puissions-nous avec la Vierge Marie rendre gloire à notre Dieu, par toute notre vie et en toute liberté ! Bon dimanche et bonne semaine à tous !

    I am pleased to welcome all of you to Saint Peter’s Square on this cold morning, especially the students and staff of Sion-Manning School from London. At Mass today, the Gospel tells us of how our Lord willingly cured a leper. May we not be afraid to go to Jesus, beg him to heal our sinfulness, and bring us safely to eternal life. God bless you and your loved ones!

    Mit Freude grüße ich alle Pilger und Besucher deutscher Sprache. Im Evangelium des heutigen Sonntags haben wir gehört, wie Jesus mit den Worten „Werde rein!" einen Aussätzigen heilt. Die Unreinheit isoliert den Kranken von den Menschen. Er wird sogar unfähig, Gottesdienst zu feiern, mit Gott in Beziehung zu treten. Christus führt den Kranken ins Leben und in die Gemeinschaft zurück. Er lädt auch uns ein, aus der Gemeinschaft mit ihm Boten des Friedens und der Hoffnung für unsere Mitmenschen zu werden. Der Herr segne euch und eure Familien.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española, en particular a los fieles de la diócesis de Coria-Cáceres, así como a las Hermanas de los Pobres de San Pedro Claver. Hoy la liturgia nos hace ver cómo la súplica confiada conmueve el corazón del Señor, que manifiesta su deseo de sanarnos, purificarnos y reconciliarnos con Él y con los hombres. Exhorto a todos a imitar la fe del leproso del Evangelio, buscando a Jesús en la oración y los Sacramentos con humildad y contrición, para alcanzar la limpieza de corazón, y poder así proclamar su grandeza con la propia vida. Muchas gracias.

    Radosno pozdravljam i blagoslivljam sve hrvatske hodočasnike! Vaše hodočašće u Rim i posjet grobovima apostola neka učvrsti vašu vjeru kako biste oduševljeno svjedočili kršćansku nadu i ljubili blinje. Hvaljen Isus i Marija!

    Szeretettel köszöntöm a magyar zarándokokat, különösen is a kiskunfélegyházai Constantinum Intézmény csoportját. A keresztény szellemben történő nevelés nagy adomány, egyben kötelezettség is, hogy tanúságtételünkkel átadjuk a hitet.

    Srdečne pozdravujem pútnikov zo Slovenska, osobitne z Bratislavy a okolia. Bratia a sestry, prajem vám poehnaný pobyt vo Večnom meste, kde vydali svedectvo Kristovi toľkí mučeníci. S láskou ehnám vás i vaše rodiny. Pochválený buď Jeiš Kristus!

    Serdecznie pozdrawiam wszystkich Polaków. „Jeśli zechcesz możesz mnie oczyścić"…, „Chcę, bądź oczyszczony" Mk 1, 40-41) – oto dialog Chrystusa z trędowatym z dzisiejszej Ewangelii. Jest on obrazem czułości, z jaką Bóg pochyla się nad człowiekiem, tak często bezradnym wobec cierpienia, bólu, agresji zła. Tylko On może wyzwolić nas z trądu grzechów i zagubienia w życiu. Zawsze ufajmy w Jego moc i miłosierdzie. On jest Zbawicielem świata. Z serca wam wszystkim błogosławię.

    Rivolgo infine un cordiale saluto ai pellegrini di lingua italiana, in particolare alla comunità del Seminario Vescovile di Patti, in Sicilia. A tutti auguro una buona domenica e una buona settimana!

    Tradução:MEM

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    Audiência de quarta-feira


    A oração de Jesus não é o grito de um desesperado
    As palavras de Bento XVI na Audiência Geral desta quarta-feira

    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) -Apresentamos as palavras do Papa Bento XVI aos fiéis e peregrinos reunidos na Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs,


    Pregado na cruz, Jesus lança este grito: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» No momento extremo da sua rejeição pelos homens, Ele reza, deixando transparecer tanto a solidão do seu coração como a certeza da presença do Pai, a quem reafirma plena adesão aos seus desígnios de salvação da humanidade. Mas, como é possível que Deus não intervenha para libertar o seu Filho desta prova terrível? É importante compreender que a oração de Jesus não é o grito de um desesperado, que se sente abandonado. Mas, ao rezar um salmo de Israel - as palavras referidas são o início do salmo 22, Jesus toma sobre Si o sofrimento do seu povo e de todos os homens oprimidos pelo mal e leva-o até ao próprio coração de Deus, seguro de que o seu grito será atendido na ressurreição. Enfim Jesus vive o seu sofrimento em comunhão connosco e por nós; é um sofrimento que brota do amor e, por isso, já contém em si a redenção, a vitória do amor.

    * * *

    Saúdo os fiéis da arquidiocese de Porto Alegre e restantes peregrinos de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Com a sua ressurreição, Cristo abriu a estrada para além da morte; temos a estrada desimpedida até ao Céu. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Pai celeste, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Sobre vós e vossas famílias, desça a sua Bênção generosa.

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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