quarta-feira, 14 de março de 2012

Enc: [MUNDO CATÓLICO] LITURGIA DA PALAVRA .4o DOMINGO DA QUARESMA - B - Som !

 
Paz e bem!
AUGUSTO CÉSAR RIBEIRO VIEIRA
Teresópolis - RJ
"Verdadeiramente és admirável, ó Verbo de Deus, no Espírito Santo, fazendo com que ele se infunda de tal modo na alma, que ela se una a Deus, conheça a Deus, e em nada se alegre fora de Deus" (Sta. Maria Madalena de Pazzi)

----- Mensagem encaminhada -----
De: "nascimentoja@shaw.ca" <nascimentoja@shaw.ca>
Para: Undisclosed-Recipient@yahoo.com
Enviadas: Segunda-feira, 12 de Março de 2012 19:23
Assunto: [MUNDO CATÓLICO] LITURGIA DA PALAVRA .4o DOMINGO DA QUARESMA - B - Som !



 

É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.
            4º DOMINGO  DA QUARESMA - ANO  B !
                
             Nicodemos foi de noite falar com Jesus...
 
             A Liturgia da Palavra deste 4º Domingo da Quaresma – B, vem recordar-nos  que Deus é fiel à Sua Aliança, apesar das muitas infidelidades do seu Povo, que muitas vezes foi castigado por ter adorado outros deuses.
            Estamos lembrados, por exemplo, da adoração do bezerro de oiro enquanto Moisés estava no cimo do Monte.
            Estamos lembrados também do Exílio da Babilónia e de tantas outras provações dos filhos de Israel pelas suas infidelidades, mas sempre Deus lhes foi dando oportunidades de se converterem, porque Deus sempre foi fiel à sua Aliança com o seu Povo.
            Na presente economia da salvação, é pelo Baptismo que nos tornamos filhos de Deus.
            O Baptismo é, portanto, o nosso segundo nascimento, no seio da Família de Deus, a Igreja.
            Mergulhados nas trevas do pecado, mediante a água baptismal que, com o seu profundo simbolismo, nos recorda outras maravilhas da História da Salvação, como a passagem do Mar Vermelho, nós passamos realmente, das trevas da morte à luz da vida sobrenatural.
            Começamos assim a viver como «filhos de Deus», cheios duma vida nova, vida indelevelmente marcada pelo Espírito Santo.
            A 1ª Leitura do Livro das Crónicas diz-nos que, surdo aos incessantes apelos dos profetas, o Povo eleito, voltando as costas ao Deus verdadeiro, caíra nos cultos pagãos; desprezando o próximo, entregava-se à opressão e à injustiça.
            Com todas as suas infidelidades, foi assim preparando o exílio da Babilónia.
            - "O rei dos Caldeus deportou para a Babilónia os que tinham escapado ao fio da espada".(1ª Leitura).
             Nessa trágica situação, todavia, Deus não esqueceu nem abandonou o seu Povo.
            Deus é incansavelmente fiel à Sua Aliança.
            Esteve presente nas aflições do seu Povo, para o ajudar a levantar-se, preparando-o dessa maneira, para uma Aliança mais válida, mais verdadeira e mais duradoura.
            Ciro será o Seu instrumento na realização dos Seus planos de salvação.
            O Salmo Responsorial proclama a Aliança do Senhor :
            - "Se eu de ti me não lembrar, Jerusalém, fique presa a minha língua !"
            Na 2ª Leitura, S. Paulo lembra aos Efésios, e hoje também a todo o Seu povo, a Igreja, que Deus continua a ser fiel à Sua Aliança, uma Nova Aliança na Sua Igreja.
            - "Deus é rico em misericórdia, pelo grande amor que nos consagrou, a nós que estávamos mortos devido às nossas faltas, restituiu-nos à vida em união com Cristo ; e é de graça que estais salvos !"(2ª Leitura).
            É que a situação espiritual do homem, após o pecado, é bem semelhante à do Povo de Deus, no exílio da Babilónia.
            Também nós, longe de Deus, conhecemos a dolorosa e irremediável condição de escravos do mal.
            Mas Cristo veio em nosso socorro, abrindo-nos, pelo Baptismo, que é uma nova criação, a maravilhosa obra do Seu amor.
            Aceitar este dom de Deus, que é Jesus Cristo, aderir a Ele pela fé e pelo Baptismo, é a maneira de o homem corresponder ao amor infinito de Deus.
            O Evangelho é de S. João, e apresenta-nos o diálogo de Nicodemos com Jesus que, evocando Moisés do Antigo Testamento, lhe diz que é preciso crer no Filho Único de Deus.
            - "Deus amou de tal maneiro o mundo que entregou o Seu Filho único para que todo aquele que acreditar n'Ele não se perca, mas tenha a vida eterna".(Evangelho).
             Nicodemos procura Jesus, movido por curiosidade intelectual, sem desejar comprometer-se muito.
            Mas Jesus, em vez de dar explicações teológicas, começa por o introduzir no Mistério da Salvação, anunciando-lhe que o caminho para o Reino de Deus é o «novo nascimento», dado ao homem à custa de um preço muito alto, isto é, a elevação, a entronização de Jesus na Cruz.
            Com efeito, na Cruz, Jesus mostrou todo o Seu amor filial ao Pai; na Cruz, o Pai mostrou toda a Sua benevolência pelos homens.
             Assim, aqueles que dirigem o seu olhar para o Filho de Deus, entregue por nós à morte na Cruz, serão recebidos como verdadeiros filhos pelo Pai.
            Na verdade, os protagonistas e as testemunhas de um acontecimento têm em geral grande dificuldade em discernir nele os elementos significativos, e ficam cegos quando deveriam captar fielmente o sentido dos acontecimentos e orientá-los.
            Também hoje há quem lamente a destruição do templo – das instituições cristãs -, e não saiba ver o valor profundo dessa situação, susceptível de uma leitura amarga e saudosista ou aberta e cheia de esperança.
            Se a Igreja não goza mais de privilégios e atenções, se caminhamos para uma situação de "diáspora", é o momento da fidelidade interior (talvez obscura), do apoio que vem não mais de uma sociedade cristã, mas de pequenas comunidades que encontraram a sua força na meditação da palavra de Deus.
            É uma esperança lúcida e penosa numa nova primavera da Igreja, cujo tempo e cujas modalidades estão nas mãos de Deus.
            O desaparecimento de um regime de cristandade não pode ser considerado um abandono de Deus.
            Enquanto exige uma decisão de fé mais pessoal e livre, permite afastar-se criticamente da opinião e da mentalidade comum do ambiente social, e tomar, em relação a ele, uma posição crítica que pode exprimir uma maior fidelidade a Deus.
O declínio da cristandade e de uma certa manifestação de fé não significa o desaparecimento da fé salvífica e nem sempre um afastamento de Deus.
Pode ser simplesmente o desaparecimento de certos pressupostos que não se podem identificar com a essência da fé.
Essa nova situação em que vivemos é um convite de Deus a uma fé mais madura, responsável e consciente da entrega a Ele.
Deus está sempre à procura do homem, perseguindo-o.
"Tu me caças como um leão", exclamava Job no seu tormento.
É como se Deus não quisesse permanecer sozinho e tivesse escolhido o homem para o ajudar.
"Adão, onde estás?", chamava Deus ao primeiro homem, que se escondia entre as árvores do paraíso terrestre depois do pecado.
Esse chamamento nunca mais cessou na floresta da história.
Deus permanece fiel ao homem, busca-o em todas as suas fugas, porque o ama como só Deus pode amar, com a força e a ternura de um Pai que é movido por um amor infinito.
Hoje como ontem, o problema do homem consiste em fugir desse Deus que o busca.
É o homem que se esconde, que procura uma escusa ou uma oportunidade, e Deus não se cansa de o procurar e de o seguir.
            Mas como o amor não se impõe pela força, a Cruz será o sinal de salvação e «sinal de contradição», o caminho para a realização do plano da História da Salvação.
                        ..................................................
            Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :
            710. – O esquecimento da Lei e a infidelidade à Aliança levam à morte, é o Exílio, aparentemente um fracasso das promessas, mas na realidade a fidelidade misteriosa de Deus salvador e o princípio duma restauração prometida, segundo o Espírito. Era preciso que o povo de Deus sofresse esta purificação. O Exílio já traz a sombra da cruz, no desígnio de Deus; e o resto dos pobres que regressa do Exílio é uma das figuras mais transparentes da Igreja.
            769. - «A Igreja(...) só na glória celeste alcançará a sua realização acabada»(LG48), quando do regresso glorioso de Cristo. Até lá, «a Igreja avança na sua peregrinação através das perseguições do mundo e das consolações de Deus».(Santo Agostinho, Cidade de Deus XVIII, 51; cf. LG 8). Vivendo na Terra, ela tem consciência de viver no Exílio, longe do Senhor, suspira pelo advento do Reino em plenitude, «e espera e deseja  juntar-se ao seu Rei na glória»(LG 5). A consumação da Igreja – e através dela, do mundo – na glória não se fará sem grandes provações. Só então é que «todos os justos, depois de Adão, desde o justo Abel até ao último eleito, se reunirão em Igreja universal junto do Pai»(LG 2).
 
                                 
                              Destruído o templo e Jerusalém... Israel foi para o Cativeiro da Babilónia.
 
 


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]