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De: Família Arruda <xisto@xistonet.com>
Data: 30 de março de 2012 23:12:01 BRT
Para: <Undisclosed-Recipient:;>
Assunto: [MUNDO CATÓLICO] Escuta da Palavra e Meditação - 1º/4/2012 - O plano para matar Jesus
Responder A: MundoCatolico@yahoogrupos.com.br
VERDADE (VER)Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 14,1-15,22-26
"Faltavam dois dias para a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um jeito de prender Jesus em segredo e matá-lo. Eles diziam:- Não vamos fazer isso durante a festa, para não haver uma revolta no meio do povo. Jesus estava no povoado de Betânia, sentado à mesa na casa de Simão, o Leproso. Então uma mulher chegou com um frasco feito de alabastro, cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o gargalo do frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus. Alguns que estavam ali ficaram zangados e disseram uns aos outros: - Que desperdício! Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de trezentas moedas de prata, que poderiam ser dadas aos pobres. Eles criticavam a mulher com dureza, mas Jesus disse: - Deixem esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com vocês. Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela fez, e ela será lembrada. Judas Iscariotes, que era um dos doze discípulos, foi falar com os chefes dos sacerdotes para combinar como entregaria Jesus a eles. Quando ouviram o que ele disse, eles ficaram muito contentes e prometeram dar dinheiro a ele. Assim Judas começou a procurar uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que os judeus matavam carneirinhos para comemorarem a Páscoa, os discípulos perguntaram a Jesus: - Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Quando anoiteceu, Jesus chegou com os doze discípulos. Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: - Peguem; isto é o meu corpo. Em seguida, pegou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois passou o cálice aos discípulos, e todos beberam do vinho. Então Jesus disse: - Isto é o meu sangue, que é derramado em favor de muitos, o sangue que garante a aliança feita por Deus com o seu povo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus."CAMINHO (JULGAR)
(O que o texto diz para mim, hoje?)Meditação:Domingo de Ramos ou Domingo da Paixão é uma festa cristã que comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. É costume em muitos países celebrar o Domingo de Ramos com uma Missa especial antes da bênção de folhas de palmeira, ou em alguns outros países, ramos de oliveira.A bênção ocorre geralmente fora da igreja, que inclui também a leitura do Evangelho que narra como Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento e como as pessoas o saudaram com folhas de palmeiras.
Isso é seguido por uma procissão na igreja com ondulação constante das folhas de palma e galhos abençoado. Incluído na Missa do Domingo de Ramos é a leitura da Paixão e da seqüência de eventos do sofrimento de captura de Jesus, e da morte.A proximidade da Paixão não significa o fim do projeto de Deus, mas o início de uma nova etapa, com o ministério e o testemunho dos discípulos de Jesus. O dom da comunicação e do amor supera as sombras da morte. A alegria de viver, de servir, de partilhar, de solidarizar-se com os irmãos alimenta a chama da vida e tem o sabor de eternidade.
Pelo grande destaque dado às memórias da Paixão, nos quatro evangelhos, pode-se pensar que elas teriam se constituído nas primeiras tradições veiculadas sobre Jesus, surgidas entre as primitivas comunidades cristãs.
O evangelho de Marcos, bem como o de Mateus e o de João, introduz as narrativas da Paixão com duas narrativas de ceias. Uma primeira ceia na qual Jesus é ungido por uma mulher e, outra, a última ceia, com os discípulos. A imagem da refeição, do banquete, é tradicional como representativa da comunhão do povo com Deus.
O Evangelho de hoje é longo porque narra toda a paixão de Jesus. Por isto, as homilias deverão ser mais breves, no entanto, enfocar o conjunto da paixão e seu significado.
Também na sexta-feira santa se lerá a paixão de Jesus, porém segundo São João. E durante toda semana, o fundo litúrgico-espiritual será o seguinte: paixão e morte de Jesus: caminho para a ressurreição.
É o momento apropriado para se apresentar alguns critérios críticos a respeito da interpretação da paixão de Jesus e seu significa de conjunto.
No evangelho de hoje, temos o relato da paixão segundo Marcos. A partir daí se podem sublinhar algumas características do projeto de Jesus que condicionam o contexto de sua paixão, morte e ressurreição, como conseqüências de um processo de vida e consagração realizado pelo Filho de Deus.
O Evangelho da Paixão e da Morte de Jesus é a própria proclamação de sua opção messiânica que se afirma pela via da humilhação, através do isolamento e do silêncio.
De fato, Marcos chama a atenção para o progressivo abandono que os discípulos fazem de Jesus, que já havia perdido a audiência das multidões.
Em primeiro lugar, trata-se da causa dos pobres e excluídos. A própria origem de Jesus, camponês pobre, galileu, nunca convenceu aos poderosos e dificilmente a muitos de sua própria condição; mas os que se foram identificando com ele entenderam que Deus se revela nos pobres.
O segundo elemento tem a ver com o talento profético da pregação de Jesus. Desde seus primeiros dias em Nazaré, começou a ser sinal de contradição e a confrontar-se por fatos e palavras com as autoridades civis e religiosas. Assim sendo, o profético não está limitado à confrontação com o poder estabelecido, mas a uma mudança na lógica da autoridade.
O terceiro elemento é a fidelidade de Jesus ao Pai. Na Quaresma (que terminamos há pouco) fizemos uma caminhada pelo evangelho de João, que em repetidas ocasiões se referiu à unidade entre Jesus e o Pai que o tinha enviado, confiou-lhe uma missão e que se conheciam mutuamente.
Este é um tempo oportuno para renovar nosso compromisso batismal, que nos habilita como missionários ao serviço da vida e exige de nós ser profetas de hoje.Reflexão Apostólica:
A Semana Santa não é o único momento em que devemos nos referir à significação da salvação operada por Cristo, pois esta é a referência central da fé.
Quantas lições nos deixam esse domingo de Ramos!O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o seu Reino de fato não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. Para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la.A muitos ele decepcionou; pensavam que ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador, merece a cruz por nos ter iludido. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado.
O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e conseqüentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um cristianismo "light", adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.
O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor.
Ele nos arranca das comodidades, das facilidades, para nos colocar diante Daquele que veio ao mundo para salvar este mundo.
Existe um defeito que diminui a eficácia das meditações que fazemos. Este defeito consiste em meditar os fatos da vida de Jesus Cristo e não aplicá-los ao que sucede em nós ou em torno de nós.
Assim, por exemplo, a nós espanta a versatilidade e ingratidão dos judeus que assistiram a entrada de Jesus em Jerusalém.
Nós os censuramos porque proclamaram com a mais solene recepção o reconhecimento da honra que se deveria ter ao Divino Salvador e, pouco depois, O crucificaram com um ódio tal que a muitos chega a parecer inexplicável.
Essa ingratidão, essa versatilidade para mudanças de opinião e atitudes não existiram apenas nos homens dos tempos de Nosso Senhor!
A atitude das pessoas contemporâneas de Jesus, festejando sua entrada em Jerusalém e depois abandonando-O à mercê de seus algozes, assemelha-se a muitas atitudes que tomamos.
Muitas vezes louvamos a Cristo e nos enchemos de boas intenções para seguir os seus ensinamentos, porém, ao primeiro obstáculo, nos deixamos levar pelo desânimo, ou pelo egoísmo, ou pela falta de solidariedade e, mais uma vez, por esse desamor, alimentamos o sofrimento de Jesus.
Ainda hoje, no coração de quantos fiéis, tem Jesus que suportar essas alternativas, essas mudanças que balançam entre adorações e vitupérios, entre virtude e pecado?
Estas atitudes contraditórias e defectivas não se passam apenas no interior de alma de cada homem, de modo discreto, no fundo das consciências.
Em quantos lugares essas alternações se passam e Jesus Nosso Senhor tem sido sucessivamente glorificado e ultrajado, em curtos intervalos espaços de tempo?
É pura perda de tempo nos horrorizarmos exclusivamente com a perfídia, fraude e traição daqueles que estavam presente na entrada de Jesus em Jerusalém.
Para nossa salvação será útil refletirmos também em nossas fraudes e defeitos. Com os olhos postos na bondade de Deus, poderemos conseguir a emenda e o perdão para nossas próprias perfídias.
Existe uma grande analogia entre a atitude daqueles que crucificaram o Redentor e nossa situação quando caímos em pecado mortal.
Não é verdade que, muitas vezes, depois de termos glorificado a Jesus ardentemente, caímos em pecado e O crucificamos em nosso coração?
O pecado é um ultraje feito a Deus. Quem peca expulsa Deus de seu coração, rompe as relações filiais entre criatura e Criador, repudia Sua graça.
É certo que Nosso Senhor é muito ultrajado em nossos dias. Não pelo brilho de nossas virtudes, mas pela sinceridade de nossa humildade nós poderemos ter atitudes daquelas almas que reparam, junto ao trono de Deus, os ultrajes que a cada hora são praticados contra Ele. As lições do Domingo de Ramos nos convidam a isso.
VIDA (CELEBRAR)
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)Oração: Ó Deus, nosso Pai, dai-nos o dom de saber encontrar no hoje de nossa história o sentido profundo de nossa missão cristã, para que nos comprometamos com tudo o que implica o seguimento de Jesus Cristo na sociedade na qual nos cabe viver e construir vosso Reino. Senhor Jesus, como o oficial romano, confesso a tua condição de Filho de Deus crucificado. Que eu compreenda o verdadeiro sentido de tua paixão.VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)Propósito: Compreender o verdadeiro sentido da paixão de Cristo.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]