domingo, 4 de março de 2012

[ZP120304] O mundo visto de Roma

Campanha anual de doações 2012 - Em busca dos 3.600...

O valor que ZENIT em língua portuguesa precisa arrecadar de 90.000 dólares (160.000 Reais ou 70.000 Euros aproximadamente), partilhado entre os 45.000 leitores particulares, corresponde a uma doação de 2 dólar (aproximadamente 3,55 Reais ou 1,55 Euro) para cada leitor!

Já sabemos que na prática é impossível receber 3,55 Reais ou 1,55 Euro de cada um dos 45.000 leitores. Mas talvez seja possível receber 25 dólares (44 Reais ou 19 Euros) de 3.600 benfeitores!
Você poderia fazer parte desse "grupo dos 3.600 benfeitores" que, com sua generosidade, irá beneficiar todos os leitores de ZENIT?
Como já fizeram muitos dos leitores que enviaram sua doação, você poderia doar os 44 Reais ou 19 Euros, em nome de três ou quatro missionários a mais?

Por favor, pense!
Envie sua doação hoje mesmo!
É muito simples. Para doar, acesse: http://www.zenit.org/portuguese/doacao.html

Muito obrigado!


ZENIT

O mundo visto de Roma

Portugues semanal - 4 de março de 2012

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Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

Brasil

Homens e Mulheres de Fé

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Especial: Jornada Mundial da Juventude

Santa Sé

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ANÙNCIOS


Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


Depois de 25 anos a Jornada voltará para o continente latino-americano
Coletiva de imprensa realizada pelo Cardeal Stanislaw Rylko e Dom Orani Tempesta

BRASILIA, sexta-feira, 2 de março de 2012 (ZENIT.org).- Na manhã desta sexta-feira, 2 de março, na sede do Comitê Organizador da JMJ Rio 2013 aconteceu uma Coletiva de Imprensa realizada por Sua Excelência Dom Orani Tempesta, arcebisto do Rio de Janeiro, e pelo Cardeal Stalislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), finalizando assim o última da visita dos membros do PCL ao Rio de Janeiro.

Durante a semana os membros do PCL puderam se encontrar com as comissões do Comitê Organizador Local (COL) e com as autoridades eclesiásticas e civis que estão à cargo do evento.

No final do mês de março, o Comitê Organizador Local (COL) estará em Roma para um encontro de três dias com representantes das Conferências Episcopais e de Movimentos ligados à JMJ de mais de 80 países – segundo informou nota enviada pela assessoria de imprensa do comitê. Disse o Cardeal Rylko que nessa ocasião farão um balanço geral da JMJ de Madri e depois “iremos lançar a nível internacional esse caminho de preparação para a Jornada do Rio”, concluia o Cardeal.

Uma réplica do Cristo Redentor, de 3 metros de altura, será dada de presente para o Papa Bento XVI – conforme disse Dom Orani – no dia 1º de Abril. “Sugerimos ao PCL levarmos uma réplica do Cristo Redentor para que fosse contemplado na praça de São Pedro esse evento de comunicação para a JMJ”.

Não se sabe ainda quais lugares sediarão o evento. “Dom Orani afirmou que ainda há várias questões a serem discutidas entre a Arquidiocese do Rio, PCL, Prefeitura, Governo do Estado e Assessoria do Papa”- diz a nota da Assessoria de imprensa da JMJ - e “informou também que um enviado do Vaticano virá novamente ao Rio para analisar os lugares sugeridos e, no início do segundo semestre, deverão ser anunciados os locais escolhidos”.

Afirma a nota que “o Cardeal Rylko constatou que o estado dos trabalhos estão bastante avançados e ficou particularmente impressionado com alguns aspectos específicos deste intenso trabalho”.

Também, leva no coração o entusiasmo e a alegria, a responsabilidade e profissionalismo, dos principais autores de todo esse projeto: os jovens, destacando que “os jovens brasileiros, não somente são consumidores do evento, mas sujeitos ativos que o preparam, que o criam em certo sentido”.

Depois de 25 anos a Jornada voltará para o continente latino-americano, lembrou o Cardeal Rylko – sendo que a última vez foi em 1987, em Buenos Aires, Argentina. “Segundo o Cardeal a Jornada do Rio “dará um novo impulso missionário e de alegria na fé a todo o continente latino-americano”.

O cardeal afirmou que “o ponto culminante da nossa estadia aqui no Rio de Janeiro foi exatamente ontem quando graças à sua Excelência, o arcebispo do Rio de Janeiro, pudemos realizar a Eucaristia no Cristo Redentor no Corcovado”.

A nota da assessoria de imprensa da JMJ conclui dizendo que “O Cardeal ficou impressionado com a comunhão entre as autoridades civis e representantes da COL e da Igreja e ressaltou que ambos chegam a uma conclusão comum: o investimento no jovem é o melhor investimento que se pode fazer para o futuro do Brasil, o futuro da Igreja e o futuro do mundo.

Thacio Siqueira

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Brasil


Novo bispo auxiliar para o Rio de Janeiro
Bento XVI acolhe a solicitação de Dom Orani

Cidade do Vaticano, quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) –O Santo Padre nomeou o reverendo padre Luiz Henrique da Silva Brito, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (área: 1.261; população: 6.158.000; católicos:3,737,000; sacerdotes: 602; religiosos: 1.044; diáconos permanentes 124), Brasil. 

***

O Santo Padre acolheu a solicitação do Arcebispo Dom Orani João Tempesta de poder contar com a colaboração de mais um Bispo Auxiliar; conforme notícia do site da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

O bispo eleito nasceu em 1967 em São Gonçalo (Brasil) e depois da formação no Rio de Janeiro, em Teologia, pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese, e em Direito Canônico, pelo Instituto Superior de Direito Canônico, concluiu em 2005 o mestrado em Teologia Moral, pela Pontifícia Università della Croce, em Roma; foi ordenado presbítero em 14 de dezembro de 1991.

Em 1992 ele foi administrador da Paróquia "São Sebastião", na diocese de Campos; de1993 a2003 foi pároco da paróquia "Santo Antonio de Pádua"; de 2006-2010 foi pároco da paróquia "Santa Helena"; pároco da Paróquia São Benedito, desde 30 de junho de 2010.

Foi Reitor, Diretor Espiritual do Seminário Diocesano "Maria Imaculada" e pároco da paróquia "São Benedito". Na arquidiocese de Niterói, tem desempenhado o papel de defensor do vínculo no Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese e professor de Teologia Moral no Seminário Arquidiocesano.

Monsenhor Luiz Henrique da Silva Brito disse que: “existem grandes desafios evangelizadores em uma metrópole tão grande quanto o Rio de Janeiro, contudo, aqui quero doar-me totalmente em estreita comunhão com o caríssimo Dom Orani, Bispos Auxiliares e presbíteros, para que o amor de Deus seja conhecido por todos”; informou a Arquidiocese.

Sua ordenação episcopal será no dia 12 de maio de 2012, sábado, às 8h30, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro

Maria Emília Marega

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Homens e Mulheres de Fé


Carmelita brasileira rumo ao Altares
Biografia da Serva de Deus Madre Tereza Margarida "Nossa Mãe"

BRASILIA, sábado 03 de março de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos para os nossos leitores uma breve biografia da Serva de Deus Madre Tereza Margarida, cujo Processo de Canonização começará oficialmente amanhã, retirada do site oficial da Diocese de Campanha, MG.

Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza, nasceu em 24 de dezembro de 1915 na cidade de Borda da Mata, no estado de Minas Gerais, no Brasil, a quinta filha de Francisco Marques da Costa Júnior e D. Mariana Resende Costa. Foi batizada na igreja de Nossa Senhora do Carmo em 10 de fevereiro de 1916.

Lendo as obras de Santa Teresinha e Beata Elisabeth da Trindade, durante um retiro espiritual, nasceu sua vocação para a vida de clausura.

Ingressou primeiramente no Carmelo de Mogi das Cruzes/SP, no 29 de maio de 1937.

Ao receber o hábito de noviça escolheu o nome de Tereza Margarida do Coração de Maria. Emitiu os votos solenes no dia 2 de fevereiro de 1942.

O Carmelo de Mogi das Cruzes era úmido demais, o que prejudicava a saúde das irmãs. A comunidade transferiu-se, então, para um novo Carmelo especialmente construído em Aparecida/SP, Carmelo Santa Teresinha.

Depois de algum tempo, diversos bispos pediram ao Carmelo de Aparecida a fundação de um novo Carmelo em suas dioceses. Entre estes estava o pedido insistente do Mons. João Rabelo de Mesquita, Vigário Geral da Diocese de Campanha. Irmã Tereza Margarida foi indicada e proposta para tal missão.

O mosteiro tornou-se cada vez mais um ponto de referência para os fiéis da região. Muitos procuravam a Nossa Mãe para pedir conselhos, orientação espiritual e ajuda. Logo as pessoas, como sinal de veneração e afeto começaram a chamá-la de Nossa Mãe.

Após um período de doença, adormeceu no Senhor, no dia 14 de novembro de 2005.

O carisma que a tornou conhecida na cidade, na diocese, e muito confiável ao povo de Deus, foi a sua capacidade de ouvir e aconselhar.

Devido à fama de santidade e de graças alcançadas por sua intercessão, o Bispo da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho, de acordo com a Comunidade do Carmelo São José, introduziu em Roma o pedido para abertura do Processo de Beatificação, cujo Postulador é o Dr. Paolo Vilotta.

Chegando a resposta afirmativa de Roma, o Tribunal Eclesiástico foi constituído.

Pedimos comunicar todas as graças alcançadas pela intercessão de “Nossa Mãe” ao seguinte endereço:

Carmelo São José

Rua Amazonas, 40 - Bairro Santa Inês

Cep.: 37.190-000 - Três Pontas/MG

E-mail: carmelo3pontas@tpnet.psi.br

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Próxima Santa Brasileira: Serva de Deus Madre Tereza Margarida "Nossa Mãe"
Entrevista com o postulador da Causa que explica todo o Processo.

Por Thácio Siqueira

BRASILIA, sábado, 3 de março de 2012 (ZENIT.org) – Amanhã, domingo, 4 de março, no Carmelo da cidade deTrês Pontas, MG, será a abertura oficial do Processo de Canonização de mais uma Santa brasileira, religiosa e fundadora do Carmelo da cidade, Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, popularmente conhecida como “Nossa Mãe”.

É a terceira candidata aos altares da diocese de Campanha que já tem introduzido outros dois processos de Canonização: o do Servo de Deus Francisco de Paula Victor, sacerdote e o da Venerável Serva de Deus Francisca Paula de Jesus, “Nhá Chica”, leiga.

A cerimônia Oficial de Abertura do Processo começará às 14h, com a translação e reconhecimento dos restos mortais de Madre Tereza, com uma procissão saindo do Carmelo São José em direção à igreja Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda.

Sua Excelência Dom Diamantino Prata de Carvalho celebrará a Santa Missa Solene, durante a qual se terá a Abertura do Processo. Depois da missa, em procissão, os restos mortais de Nossa Mãe serão levados até uma Capela especialmente construída ao lado do Carmelo.

Zenit entrou em contato com o postulador da Causa dos Santos, Dr. Paolo Vilotta, responsável pelo Processo de “Nossa Mãe”. Numa entrevista telefônica fizemos algumas perguntas que podem ajudar a esclarecer um pouco mais do que se trata esse Processo, como se organiza, quais são as etapas, etc, para que a Serva de Deus Madre Tereza Margarida, “Nossa Mãe”, chegue aos altares de toda a Igreja Universal.

Dr. Paolo Vilotta, o senhor poderia se apresentar um pouquinho e dizer-nos como é que o senhor, italiano, postulador da Causa dos Santos, veio parar em Três Pontas, MG?

Dr. Paolo Vilotta: Começo do início... cursei os estudos humanísticos, sou graduado em filosofia  e em letras em Roma e praticamente sempre colaborei com o padre Paolo Lombardo que era o Postulador a pouco tempo atrás. Comecei tudo sendo colaborador dele. E agora já faz quase dois anos que eu sou postulador. Atualmente tenho 25 causas aqui no Brasil.

E o que é um Postulador da Causa dos Santos?

Dr. Paolo Vilotta: O postulador é aquele que representa o Atores de uma causa. Os Atores são aqueles que a promovem. Portanto pode ser uma diocese, pode ser uma associação de fiéis que começam a levar adiante todo o trabalho processual de um candidato. Por exemplo aqui, para a “Nossa Mãe”, o Ator é o Carmelo e o postulador é quem coordena os trabalhos.

A fase diocesana, a fase da documentação, é necessário que seja bem feita por causa do trabalho que será feito depois em Roma. Isso é muito importante: se se faz um bom trabalho na parte diocesana, de investigação, se a comissão histórica trabalha bem, etc, quando chegar a Roma, que é a fase mais delicada, será mais fácil.

Neste sentido o Postulador na fase diocesana representa o Autor diante do bispo, e na fase Romana o representa diante da Santa Sé, especificamente diante da Congregação da Causa dos Santos ou de diversos dicastérios, depende de onde há necessidade.

O senhor é um advogado civil?

Dr. Paolo Vilotta: Não sou um advogado civil. Tenho a função de advogado na Causa dos Santos diante dos dicastérios da Cúria Romana.

Então, o Senhor não é um eclesiástico?

Dr. Paolo Vilotta: Não. Sou um leigo e trabalho para a Santa Sé.

E o que significa ser advogado? É o que popularmente, no passado, se chamava de “advogado do diabo”?

Dr. Paolo Vilotta: Na verdade, essa figura é o Promotor da Fé. Era aquele que ia encontrar os erros da causa. E o postulador é justo aquele que deve justificar a causa, deve confrontar-se com o Promotor da Fé. Portanto, eu sou aquele que está do “lado dos bons”.

E vindo para a história que nos interessa hoje, a da Madre Tereza Margarida, “Nossa Mãe”, qual tem sido o motivo da abertura do processo de canonização?

Dr. Paolo Vilotta: Em primeiro lugar, a Serva de Deus, “Nossa Mãe”, já tinha em vida uma grandíssima fama de santidade. Praticamente ela morreu em odor de santidade, e muitas pessoas já a tinham como santa naquele momento. Algo assim como víamos com João Paulo II na televisão, salvando as proporções, do “Santo Já”.

Na sua vida ela tem se distinguido como uma grande Mãe espiritual para muitas pessoas externas que vinham aqui para uma benção, para serem escutadas, ou para falar com ela, e ao mesmo tempo se distinguiu como uma grandíssima freira no interior do Carmelo.

E isso fez que, seja o bispo Dom Diamantino, que é da diocese que compete o caso, e naturalmente todas as irmãs do Carmelo pensassem rapidamente em começar a tramitação canônica processual.

Portanto, o primeiro motivo para começar o processo, a coisa fundamental, de toda pessoa, é a fama de santidade que goza uma pessoa.

E qual é a virtude principal, ou as virtudes principais de Madre Tereza Margarida?

Dr. Paolo Vilotta: O inquérito diocesano vai apurar justamente isso. E quando se fala sempre de processo de beatificação, de repente se poderia corrigir e dizer processo sobre as virtudes, que de fato é o modo correto como é chamado: Inquérito Diocesano sobre as virtudes.

E é isso: do testemunho de todas as irmãs, dos documentos processuais que surgirão, artigos, etc, se apurará se realmente viveu as virtudes teologais e cardeais num grau heróico, fora do comum. E este é o motivo do Inquérito Diocesano.

Eu pessoalmente, ainda que o Processo só começará oficialmente domingo, e infelizmente eu não a tenha conhecido pessoalmente, me admiro com a sua paciência, esse ser freira de clausura e ao mesmo tempo ser aberta a todos. E todos aqueles que a conheceram tinham essa impressão dela. E isso é realmente muito importante.

E já existe algum milagre?

Dr. Paolo Vilotta: Falam de muitas graças, mas ainda não de milagres. Que eu saiba não. Mas, espero que sim. De fato, já existem muitas pessoas que pedem a sua intercessão e muitos que se referem a algumas graças recebidas. Mas, ainda não se tem falado de um caso extraordinário, excepcional.

E não há necessidade de um milagre em algumas das etapas do Processo?

Dr. Paolo Vilotta: Depois do Processo diocesano, desse Inquérito diocesano, sairão à luz as virtudes vividas de maneira heróica e isto levará à veneração, que é o que está acontecendo com o Padre Victor de Três Pontas também, e do qual também sou o Postulador. Depois que se declara a vivência das virtudes heróicas, então é quando podemos chamá-lo de “Venerável”. E o mesmo poderá acontecer com “Nossa Mãe”.

Mas, para a beatificação é necessário um milagre. E nesse caso se faz um outro Processo que se chama Super Miro (sobre um Presumível Milagre), mais ou menos semelhante ao Processo feito sobre as Virtudes. Mas, aqui tem detalhes um pouco diferentes, por exemplo, precisa-se de um especialista médico ou só um técnico, depende da natureza do milagre, e depois de um tribunal da diocese e etc, quem recolhe a documentação... é um processo menor, centrado só no milagre. Depois disso pode-se decretar a beatificação. Naturalmente depois de um processo muito comprido de estudo também na sede Romana no Vaticano.

E como é que nós, brasileiros, podemos contribuir no Processo de Canonização de uma Santa Brasileira?

Dr. Paolo Vilotta: Em primeiro lugar, iniciar um Processo já é dar voz a tantos brasileiros. Há alguns dias atras organizamos um encontro com todos os autores das causas da postulação que eu represento, que são praticamente a metade dos Processos de Beatificação do Brasil. E um dos pontos principais é justo o de reforçar, com uma voz comum, a santidade brasileira, pois até agora isso não tem sido feito, permanecendo só nos santos que já existem. E isso é também um modo de fazê-los conhecido em todo o mundo.

Por exemplo, na Itália, há um exército de santos, mas é porque já tem uma cultura disso, desse buscar os próprios santos. E, na minha opinião, isso deve crescer mais ainda no povo brasileiro. Mas, penso que estão caminhando para isso.

E quantos são os santos que estão em processo de canonização no Brasil?

Dr. Paolo Vilotta: São uns 55 ou 60 no máximo, em diversas etapas: quem está iniciando o Processo, quem já é Beato, ou quem Venerável.

Ou seja, têm vários. Devemos contribuir, também no pouco, citá-los nas homilias, por exemplo, um sacerdote que cita como exemplo um santo local será a coisa mais bonita e importante para o povo brasileiro.

A família da Madre Tereza Margarida “Nossa Mãe” foi importante na vocação Carmelita da Serva de Deus?

Dr. Paolo Vilotta: Sim, foi muito importante porque lhe deram a base do conhecimento Cristão. Isso é fundamental em todos os percursos, no geral, ainda que nem sempre também. Mas, no caso de “Nossa Mãe” sim.

Ela teve um irmão bispo. Qual foi o papel desse irmão na sua vida?

Dr. Paolo Vilotta: Essa será a parte mais importante desse primeiro trabalho, neste caso da Comissão histórica, que apurará se o seu irmão teve ou não teve uma importância... Portanto, não tenho como responder muito porque justamente estamos começando a parte de inquérito, de investigação.

Qual é a virtude que uma Carmelita, freira de cláusura, pode propor para leigos brasileiros?

Dr. Paolo Vilotta: Nesse caso eu posso dizer somente a minha pequeníssima opinião, portanto, não é nada oficial, porque depois desse estudo poderá aparecer algo mais concreto.

No pouco que eu vi, a sua grandíssima paciência, mas sobretudo humildade, e a capacidade de acolher a todos ainda sendo uma freira de clausura. Ela foi uma freira de clausura que até mesmo impressionou esse mundo das irmãs de clausura. Era aberta para o exterior, mas com muito respeito pela ordem Carmelita, não foi uma reformadora... mas, tinha muito nela dessa humanidade, fortemente marcada para o mundo externo, para com os outros.

E essa santidade, essa fama de santidade, estava muito divulgada fora do mosteiro, fora da clausura. E isso é um dado que deve fazer-nos refletir muito também sobre a sua espiritualidade dirigida para o mundo todo. A sua oração interior, a sua clausura era totalmente dirigida a todos.

Um dado que prova isso, por exemplo, é ela ter fundado um Carmelo...

Dr. Paolo Vilotta: Sim. De fato, esse Carmelo está caracterizado também por isso, por esta particularidade de abertura.

Aqui no Brasil, qual é a pessoa concreta que chefia esse Processo?

Graças a Deus os meios de comunicação são muito rápidos, skype, telefono, email... Mas, esse mesmo encontro, tido semanas atras, formou oficialmente uma equipe de pessoas um pouco dispersas, falo nos casos dos quais eu sou o postulador. E isso nos levará à criação de um novo site, um jornal, uma revista onde se possa publicar notas biográficas e mater as paróquias, as dioceses, atualizadas na situação dos Processos.

Aproveito e faço a divulgação da nossa página www.postulazionecausesanti.it onde se encontrarão os candidatos dos quais eu sou o Postulador.

E para lembrar, no domingo, além da Abertura Oficial do Processo se terá a translação do Corpo de “Nossa Mãe”, que é outra coisa cultura que só agora está nascendo no Brasil, coisa que não existia antes, a veneração da relíquia, a exoneração do candidato à Santidade, e isso é algo muito importante e bonito. 

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Cultura


O espaço e Deus: narração de um astronauta
Roberto Vittori e Antonino Zichichi se encontram com estudantes em Roma

ROMA, segunda-feira, 27 de fevereiro, 2012 (ZENIT.org) – Descubrir o universo, os planetas, as estrelas, as nebulosas, os buracos negros, como uma criação única de Deus e entender que também nós estamos no cosmo como parte integrante e operante. Este foi o objetivo do encontro que aconteceu na noita de quinta-feira, 23 de fevereiro, no Teatro Argentina em Roma, promovido pelo Departamento diocesano da Pastoral Universitária, pelos estudantes universitários da capital em colaboração com o Ministério da Educação da Universidade e da Pesquisa.

"O espaço - explicou para a platéia o astronauta Roberto Vittori, entre os convidados do evento - é, certamente ciência e tecnologia, mas é também imaginação e arte. Eu tive a sorte de poder fazer três vezes a experiência dos vôos, duas com os russos e uma com o último vôo do Shuttle. Todas são aventuras muito especiais. O homem faz coisas que humanamente não poderia fazer: subir a bordo de um foguete, esperar pela contagem regressiva, a ignição dos motores e entrar no espaço. Este é um privilégio incrível, o de olhar para a terra de fora. Para mim, desde a primeira vez, foi uma sensação muito forte, porque a beleza da vista da Terra pela Estação Espacial, é algo indescritível, este incrível "planeta azul" envia realmente uma forte mensagem de esperança. "

E Vittori também traçou a emoção dos preparativos para o vôo, da chegada à estação espacial, do treinamento que dura vários dias, até chegar ao fatídico dia do lançamento. "O caminho que fazemos antes de chegar na contagem regressiva, que pré-anuncia o lançamento no espaço, é realmente muito bonito e muito emocionante, que te leva, literalmente, fora do mundo. É difícil escolher uma emoção que tenha me impressionado particularmente, mas se eu tivesse que escolher uma, posso dizer que a coisa mais bela é a aterrizagem, o retorno à Terra, reencontrar os próprios entes queridos e descobrir que homens somos e homens permanecemos".

E o coronel Vittori em maio passado, foi um dos astronautas protagonistas da histórica conexão entre Bento XVI e a Estação Espacial Internacional. "O Santo Padre - disse – foi absolutamente capaz de superar a barreira do cientista e da tecnologia para entrar no interior dos nossos corações. Foi certamente um evento histórico. De fato foi a primeira vez que aconteceu uma oportunidade como esta. Para todos nós, aqueles momentos, suas palavras de encorajamento e de esperança, permanecerão para sempre nas nossas memórias como um dos momentos-fundamentais da missão espacial. "

Junto com o coronel Vittori estava também o professor Antonio Viviani, cientista renomado a nível mundial que em 1994 e 1996, conduziu dois experimentos fundamentais a bordo do Space Shuttle Columbia, no Centro de Vôo Espacial Marshall da NASA.

"Além da óbvia tensão que te acompanha até o fim do experimento – explicou particularmente emocionado aos jovens que escutavam fascinados – que no meu caso durou cerca de 7 horas, durante os breves intervalos que eu podia afastar o pensamento de comandos, telas , gravadores de vídeo, fones de ouvido, microfones e outras coisas, me voltava para o Senhor pedindo-lhe para sustentar-me até o fim e que tudo ocorresse  da melhor forma, porque estavam céticos quanto ao sucesso da empreitada. Era 1996, e para mim era a primeira vez que realizava minha experiência, justo no 25 º aniversário do lançamento da Apollo 11 que levou, pela primeira vez, o homem à Lua. Talvez por isso repensava na mensagem que o Papa Paulo VI enviou aos astronautas da Apollo 11 com palavras que lembravam o trabalho humano à luz da grandeza humana e da bondade de Deus. No final do experimento onde tudo foi bem sucedido, os dois astronautas Don Thomas e Leroy Chiao na Columbia quiseram falar comigo, e enquanto ouvia as suas vozes, não podia fazer outra coisa que pensar na grandeza do criado e de Deus, bem quando eles me diziam com muito carinho: "Antonio, enjoy your lunch”, isto é, Antonio, um bom almoço."

No encontro também estava presente o cientista Antonino Zichichi, que explicou aos meninos a nova teoria da relação espaço-tempo relação em 43 dimensões. "O estudo do espaço levou-nos a entender qual é a lógica que rege o mundo: hoje, temos a certeza de que o espaço-tempo em 4 dimensões não é mais suficiente para descrever a lógica Daquele que fez o mundo. De acordo com o que conseguimos entender, na base da nossa existência material há um espaço-tempo com 43 dimensões. Portanto, se é verdadeiro o que nós pensamos, somos filhos do “super-mundo”, o que significa uma lógica rigorosa que nasce, não observando o espaço, não observando as estrelas, mas estudando as pedras que foram feitas pela mesma Pessoa que fez as estrelas. Portanto, nada é fruto do acaso, mas há um Autor supremo por acima de tudo".

O evento foi concluído por Monsenhor Lorenzo Leuzzi, eleito Bispo Auxiliar de Roma e responsável pela Pastoral Universitária, que convidou os jovens a serem cristão inteligentes, a superarem a ignorância e a conhecer a realidde por meio do estudo e da pesquisa, pois só assim será possível para eles, encontrar o verdadeiro rosto de Deus.

Marina Tomarro

[Tradução Thácio Siqueira]

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Familia e Vida


O Matrimônio: uma promessa para sempre
Este é o tema que deu inicio ao ciclo Diálogo na catedral, na Basílica de São João em Latrão

ROMA, sexta-feira, 02 de março de 2012(ZENIT.org) – Educar os jovens a partir do amor, mas não um sentimento genérico, e sim aquele conjugal, onde existe a promessa “para sempre”. Este é o tema que deu inicio ao ciclo “Diálogo na catedral”, na Basílica de São João em Latrão.

“Neste novo ciclo – explicou o vigário Agostino Vallini aos presentes - quisemos colocar uma atenção particular ao tema da educação das futuras gerações, respondendo assim ao convite que muitas vezes nos fez Bento XVI. A vida não é fácil, frequentemente os jovens são obrigados a enfrentar momentos difíceis, mas apesar disso, é sobretudo uma aventura apaixonante, e nós damos apenas algumas sugestões para caminhar na via justa”.

Muitas vezes são estas dificuldades que levam os jovens a serem hesitantes na escolha pelo casamento. “Hoje – explicou Eugenia Scambini, docente da Universidade Católica Del Sacro Cuore em Milão, uma das relatoras do encontro - a extensão dos estudos, o difícil inserimento no mundo do trabalho, a dificuldade de encontrar um lar tendem a adiar o tempo de escolha pelo casamento, e a considerá-lo não apenas como uma escolha arriscada, mas, mais grave, se é um risco que vale a pena correr”.

Assim, torna-se urgente educar os jovens para a importância do valor do vínculo conjugal para efeitos de auto-realização, onde a passagem da paixão ao amor, certamente envolve uma transformação seja do aspecto afetivo como do compromisso, mas também de abertura a uma nova vida. E sobre a ação dos pais na educação dos filhos, explicou: "Os filhos para crescer, precisam não apenas de ter um bom pai e uma boa mãe, mas também de  ver uma boa ligação entre o pai e a mãe . O filho é fruto do  amor deles e este é o primeiro berço psiquico que dá consistência ao homenzinho que vem à luz e que, a fim de desenvolver-se adequadamente  necessita de  laços confiáveis".

Citando o Papa Bento XVI, a psicóloga recordou que a tarefa do casal não é segurar a criança em seus desejos, mas tirá-la de si mesma para introduzi-la na realidade, porque os pais são mediadores das gerações. "O casal - concluiu - está ao centro da passagem entre as gerações, pois é chamado a transmitir e transformar, inovando-o,  o patrimonio material, afetivo e moral das gerações anteriores e entregando-o para as sucessivas".

Outro protagonista da noite foi o teólogo Padre Marco Ivan Rupnik que enfatizou as contradições da sociedade contemporânea, que propõe modelos egoístas de efêmera  felicidade, onde em primeiro lugar vem o bem-estar individual enquanto a do casal ocupa o segundo lugar .

"Mas ninguém é feliz sozinho! - ele disse -. Se não há amor, não pode haver a beleza que vem deste  e que permanece além da morte. O amor é um vórtice que transforma e transfigura, só ele pode nos fazer viver eternamente! O amor conjugal cresce do amor recebido  no batismo, ou seja, de Cristo, por isso falamos de sacralidade do matrimônio. Os filhos, se conseguem participar desta união dos pais, toda a sua vida vai tomar um caminho diverso. Mas não devemos esquecer que o sacramento  verdadeiro é o amor entre os cônjuges, depois é claro estão os filhos e então a família, pois naquele sentimento da origem, está a eternidade que nos aproxima de Deus”.

A próxima rodada dos Diálogos na Catedral, é quinta-feira, 15 de março sobre o tema Educar para a Vida Eterna: utopia ou  profecia?. Palestrantes da noite: Remo Bodei, professor da Universidade de Pisa, e Joaquín Navarro-Valls, diretor da Assessoria de Imprensa do Vaticano até 2006, e Presidente do Advisory Board do Campus Bio-médico de Roma.

Marina Tomarro

(Tradução: MEM)

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Especial: Jornada Mundial da Juventude


Jorndada Mundial da Juventude: Grande aventura da fé
Visita da delegação do Pontifício Conselho para os Leigos ao Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) - Durante toda a tarde de hoje, 27 de fevereiro, os responsáveis pelos setores que compõem o Comitê Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 estiveram reunidos com a delegação do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL).

***

O Comitê Organizador local e a Delegação do Pontifício Conselho para os leigos estão reunidos para apresentar o andamento dos trabalhos de preparação para a JMJ 2013.

 Na chegada o Cardeal Rylko, presidente do PCL, falou que o Papa Bento XVI acompanha de perto os preparativos da JMJ e espera o engajamento de todos os jovens. “A JMJ é uma aventura da fé onde o protagonista principal é o Espírito Santo. Ele é nossa força!", afirmou ele.

Entre as atividades previstas estão um encontro com o governador do Rio, Sérgio Cabral e com o prefeito da cidade, Eduardo Paes e outro com os responsáveis por movimentos e novas comunidades.

A delegação do PCL visitará alguns locais cotados para receber as cerimônias com a presença do Papa Bento XVI durante a JMJ Rio2013, que acontecerá de23 a28 de julho de 2013.

O cardeal Rilko presidirá uma missa no dia 1° de março, data em a cidade maravilhosa comemorará seus 447 anos de fundação, no Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor do Corcovado. À noite haverá o Encontro da Juventude, na Igreja de Santa`Ana, no centro da cidade; infomrou a assessoria de imprensa da JMJ Rio 2013.

Maria Emília Marega

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Santa Sé


Os Exercícios Espirituais na Cúria: comunhão na Igreja e comunhão com Deus
O cardeal Laurent Monsengwo Pasinya explica a primeira carta de São João

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Conforme relatado pela Rádio Vaticano é a comunhão com Deus, desenvolvido na Primeira Carta de São João, o que constitui o "fio" espiritual do conteúdo dos exercícios espirituais da Quaresma no Vaticano.

Duas vezes por dia, de domingo à tarde até a manhã do sábado, 3 de março, o Papa Bento XVI e os membros da Cúria Romana se reunem na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, para seguir as três meditações diárias oferecidas pelo pregador dos exercícios, o cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo).

Como de costume, nesta semana de exercícios, todos os compromissos do papa são suspendidos, incluindo a Audiência Geral da quarta-feira.

Ainda de acordo com a Rádio Vaticano, única emissora autorizada para gravar os exercícios, o cardeal Monsegwo teria explicado que é a comunhão com Deus, da qual a Igreja obtém “misericórdia” e uma "orientação amorosa":

Entrevistado por Alessandro De Carolis da Rádio Vaticano, o arcebispo de Kinshasa, declarou que "São João reserva muita atenção à comunhão na Igreja, seja a comunhão dos fiéis com os Apóstolos, que dos fiéis com Deus e dos Apóstolos com Deus".

"É um tema interessante que vale sempre – comentou o cardeal – porque dentro desta questão falamos de todos os problemas que a igreja primitiva encontrou e que nós hoje podemos encontrar".

O Cardeal Monsengwo Pasinya se refere à ruptura da comunhão na Igreja: a ruptura da comunhão por falta de fé, a ruptura da comunhão por falta de caridade, a ruptura da fé, porque não se segue o ensinamento dos Apóstolos.

A este respeito, o arcebispo observou que "no início da Igreja haviam pessoas que não acreditavam em Jesus, como ainda hoje há pessoas que não acreditam em Jesus: não crêem que Jesus seja o Messias, não crêem que Jesus tenha se encarnado".

Então João começou a entrar em contato com aqueles que não acreditavam que Jesus tinha vindo e dizia: “estavam entre nós, mas sairam”

Segundo o cardeal, "ainda hoje temos dessas comunidades que estavam conosco e que sairam: todas essas pequenas comunidades que são chamadas por nós de “igrejas do despertar", ou ainda os fundamentalistas, etc. Toda essa realidade é afetada pelo texto de São João".

"Quem, no final - acrescentou o cardeal - começa a falar da fé em Jesus Cristo, da comunhão com Deus e, por sua vez, define os critérios para estar em comunhão com Deus. Portanto, hoje mesmo estamos interessados em rever estas coisas”.

Quando perguntado sobre como as palavras da epístola de São João estão interligadas com os temas da Quaresma, o arcebispo de Kinshasa respondeu: "A Quaresma é praticamente andar no deserto com Jesus para estar mais perto de Deus. Onde o Senhor venceu o diabo, também nós devemos vencer. Onde Israel no deserto, foi vencido pelo diabo, nós também devemos evitar ser derrotados pelo diabo. Portanto, esta é a razão de ser da Quaresma: o fato que nos ajuda a viver mais intensamente a comunhão com Deus. A Comunhão com Deus, então, está no coração da Quaresma, quando no texto da carta diz: "Vocês têm vencido graças à unção do Espírito, graças à Palavra de Deus que vocês receberam no batismo".

Perguntado por um jornalista sobre a mensagem para a Quaresma deste ano, onde o Papa Bento XVI foca muito no aspecto da caridade concreta, o cardeal Monsengwo Pasinya concluiu: "O apelo do Papa, por nós, é profundamente real: quando se está na África e se vê aquela pobreza, aquela miséria, veem-se aquelas guerras, todo o caos que há, não se pode deixar de pensar nisso. Por isso,  nós certamente recebemos a mensagem do Papa: porque se adequa à nossa realidade "

[Tradução Thácio Siqueira]

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Família: lugar de transmissão da fé
Sínodo dos Bispos em vista da XII Assembléia Geral

ROMA, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012(ZENIT.org) – O tema da XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá nos dias 7 a28 de outubro de 2012, se exprime na fórmula A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.

O tema escolhido para este ano, na história dos Sínodos teve, de certa maneira, um precedente na II Assembléia Geral Ordinária celebrada do dia 27 de setembro a 26 de outubro de 1947 sobre A evangelização no mundo moderno. Recordou o Secretário Geral do Sínodo dos bispos, Mons. Nikola Eterovic, na intervenção inicial da sétima reunião do XIII Conselho Ordinário da Secretária Geral, realizado dia 16 de fevereiro.

De acordo com nota da Assessoria de Imprensa da Santa Sé, se trata “não simplesmente de uma coincidência cronológica ou temática, mas sim de um sinal de continuidade da solicitação da Igreja na predicação do Evangelho”.

Por este motivo, prossegue o comunicado, nesta encontram-se “preciosas sugestões também pela sua missão no mundo de hoje na Exortação Apostólica “Evangelii nuntiandi sucessiva à III Assembléia”. O Secretário Geral evidenciou os laços estreitos que ligam ao Concílio Vaticano e os textos conciliares presentes na forma de citação no documento pós-sinodal.

O objetivo primordial para hoje proposto ao Conselho foi o exame do esboço do Instrumentum Laboris da próxima XIII Assembléia Geral Ordinária, cujo texto foi transmitido aos Membros em suas sedes.

Tal fato permitiu que se concentrassem os trabalhos no dia 16 de fevereiro, dado que os Cardeais, Membros do Conselho Ordinário, precisaram participar do Consistório do dia 17 passado.

“Houve uma troca de reflexões antes da Assembléia Plenária, depois  nos grupos em inglês e italiano, cujas respectivas conclusões foram posteriormente confrontadas na sucessiva e conclusiva discussão plenária”, prossegue a nota da Santa Sé.

Os esboços que mais chamaram a atenção foram aquelas sobre “a estrutura literária geral do texto e os complementos incluindo temas como a identidade dos destinatários da nova evangelização, a identidade do cristão na sua relação com o Evangelho e com Jesus Cristo, que é o próprio Evangelho”.

Particularmente rico foi o debate sobre a primazia da fé no presente momento histórico marcado pela crise da fé, que é também uma crise de transmissão da própria fé.

Depois, foi falado sobre a “infecundidade da evangelização atual”, também com a presença de certas influencias da cultura atual que torna particularmente difícil a transmissão da fé e representa um desafio para os cristãos e para a Igreja.

A este propósito, a indicação do Ano da Fé “será uma ocasião propicia para aprofundar o dom da fé recebido pelo Senhor para vivê-lo e transmiti-lo aos outros”, cita o comunicado.

A família foi indicada como lugar originário da transmissão da fé, “onde a fé é comunicada aos jovens que, na experiência da família aprendem tanto o conteúdo como a prática da fé cristã”.

“A obra insubstituível da família - acrescenta a nota – é prolongada pela catequese desenvolvida nas instituições eclesiais, sobretudo através da liturgia com os sacramentos e a homilia, ou mesmo dando espaço as missões paroquiais, a piedade popular, aos movimentos, as comunidades eclesiais”.

O secretário geral agradeceu os Membros do Conselho eleitos na XII Assembléia Geral Ordinária pelos trabalhos a favor da colegialidade episcopal e pela indispensável colaboração com a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, em vista do serviço prestado ao ministério do Santo Padre Bento XVI.

A oração do Ângelus concluiu os trabalhos com a invocação da Virgem Maria, Mãe da Igreja, Estrela da Evangelização, para que os trabalhos do próximo Sínodo se desenvolvam frutuosamente na memória do Concilio Vaticano II e na fidelidade ao Evangelho para a transmissão da fé.

Entre os membros da Cúria Romana que participaram do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral, estavam: Card. Francis Arinze, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; Card. Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Pontificio Conselho da Justiça e da Paz; Card. Marc Ouellet, P.S.S., Prefeito da Congregação para os Bispos; Card. Walter Kasper, Presidente emerito do Pontificio Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; Card. Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontificio Conselho da Cultura.

(tradução:MEM)

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Mundo


Recursos para defender o direito à objecção de consciência
Na Europa como nos Estados Unidos, o princípio é violado por muitos

ROMA, sexta-feira 2 de março, 2012 (ZENIT.org)  - É preciso um compromisso renovado dos leigos e católicos para defender os direitos fundamentais da pessoa. É a exortação a emergir do Congresso A objeção de consciência como um direito humano, realizado em Roma, dia 29 de fevereiro, e promovido pelo Centro Studi Tocqueville-Acton, pela Fundação Novae Terrae e pela editora Rubbettino.


Mesmo tendo sido a Europa e a América a formular e sustentar o direito à objecção de consciência, em defesa da liberdade e da dignidade humana, é nestes dois continentes que estão ocorrendo perigosos ataques a liberdades e aos direitos fundamentais.

Apesar do resultado do julgamento de Nuremberg  reconhecendo o direito à objecção de consciência, em muitas partes da Europa e dos Estados Unidos,as  instituições e as legislações estão tentando negar esse direito a médicos, farmacêuticos, agentes de saúde que se opõe à interrupção voluntária da gravidez.

Neste contexto, o Exmo. Luca Volontè, líder do PPE para o Conselho da Europa, relatou uma impressionante série de violações também da liberdade religiosa.

Ele lembrou o caso de uma instituição na Grã-Bretanha, que cuida de crianças carentes. Este instituto corre o risco de ser liquidado porque os gerentes e líderes se opõem a dar crianças em adoção para casais homossexuais.

O Exmo. Volontè  enfatizou que nem tudo está perdido, de fato, há sinais de que é possível reverter os ataques em declarações de direito.

Neste sentido, ele recordou a batalha pela defesa da liberdade de consciência, realizada no Conselho da Europa no outono de 2010.

Foi discutido sobre a proposta de introduzir restrições e proibições de "objeção de consciência" no campo da medicina. Em particular,  limites estreitíssimos para médicos e uma proibição absoluta para os paramédicos e hospitais à frente dos pedidos de aborto e da eutanásia.

Se a proposta tivesse sido aprovada, a liberdade de consciência teria sido limitada em toda a Europa.

Em vez disso, uma grande aliança reverteu a situação. Apoiado pelos Populares Democratas Cristãos, acompanhado por uma extensa rede de ONGs e da atenção de muitas igrejas, a católica, mas também a ortodoxa de Moscou, a Batista, a Evangélica e algumas igrejas Luterana, a resolução aprovada reafirma fortemente a centralidade e o dever dos Estados em reconhecer e promover a liberdade e a objecção de consciência.

"Então - disse o Exmo. Volonte - não é perdida a batalha cultural para reafirmar os direitos inalienáveis ​​e fundamentais ", mas é necessário" reconstruir, passo a passo, a cultura da vida, se queremos a prospectiva dos Pais fundadores da Europa, de assumir o bem-estar das gerações futuras ".

Ao apresentar o debate, o professor. Flavio Felice da Pontifícia Universidade Lateranense citou o discurso para o Bundestag do Papa Bento XVI, para reiterar a necessidade de trazer Deus para a vida dos homens.

"A razão humana - disse o docente da Laterananse - não pode renunciar a verdade sobre o homem" e se tal princípio não for  salvaguardado, "a nossa dignidade e liberdade correm o risco de se tornarem vítimas”.

Em seu discurso, o professor. Francesco D'Agostino, da Universidade de Roma Tor Vergata focou a tensão entre ética e política que, historicamente, sempre viu a última prevalecer. Ele, então, alertou contra a tentativa, mais urgente, que visa privar o direito à objecção de consciência.

O prof. Robert Royal, presidente da Faith and Reason Institute em Washington apresentou suas reflexões sobre o ataque da administração Obama não só aos direitos da consciência, mas também à liberdade religiosa, tal como estabelecida na primeira emenda da Constituição americana.

O acadêmico explicou como Obama está fazendo coisas nunca vistas antes na história americana, não respeitando a liberdade dos cidadãos e impondo formas de tributação obrigatórias, como o seguro de saúde que paga até mesmo as práticas de aborto e as substâncias  abortivas.

Na conferência, também interveio Sra. Paola Binetti e Eugenia Roccella.

Binetti pediu uma reflexão sobre a dificuldade de políticos católicos diante das leis que violam os direitos da pessoa  e contribuem  para a desagregação da família.

A este respeito, foi recentemente criticada a disposição que reduz o tempo para um divórcio.

Roccella falou de procedimentos que não passam no Parlamento e vão em direção a incentivar políticas penalizando a família natural, como a capacidade de usar o sobrenome dos pais não naturais para filhos de famílias separadas.

Antonio Gaspari

(tradução:MEM)

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Perú: alunos da Católica pedem para as autoridades dizerem SIM à Santa Sé
Denunciam campanha de manipulação contra a Igreja

LIMA, sexta-feira 2 de março de 2012 (ZENIT.org).- Um grande grupo de estudandes da Pontifícia Universidade Católica do Perú (PUCP) solicitaram às autoridades da Universidade a aceitação do pedido da Santa Sé de adequar os estatutos de acordo com a Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae e desta forma entrar em comunhão com Roma, garantindo a identidade católica da instituição.

Para Juan Tello Mendoza – informa a Secretaria de Comunicação da Arquidiocese de Lima -, estudante de Direito da PUCP e presidente do Grupo Universitário Riva Aguero, o pedido da Santa Sé é perfeitamente compatível com a leis peruanas.

Outro estudante, Cayetano, revelou que nos últimos anos, no interior da PUCP, os estudantes receberam constantes comunicados que falavam que a Igreja ia tirar-lhes a autonomia, denunciando assim uma campanha de manipulação contra a Igreja feita no interior da Universidade.

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Descoberto evangelho apócrifo do Egito na Inglaterra
Pelo professor da Universidade de Navarra Juan Chapa

PAMPLONA, quarta-feira 29 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org). - O decano da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra e professor de Novo Testamento da mesma universidade, Juan Chapa, encontrou na Inglaterra um novo evangelho apócrifo, texto que pelo seu conteúdo ou forma assemelha-se aos quatro evangelhos incluídos no Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João.

O fragmento pertence à coleção de papiros de Oxirrinco, Egito, preservado e publicado na Universidade de Oxford, sob o patrocínio da Egypt Exploration Society de Londres e British Academy.

O texto, recém-descoberto e publicado, mede sete centímetros de comprimento por sete de largura e é escrito de ambos os lados com restos de vinte e duas linhas. De um lado, o documento inclui algumas palavras de Jesus dirigidas a seus discípulos que, como explicou Chapa, são "uma chamada para o seguimento radical, com uma alusão à Jerusalém e ao Reino".  No outro lado, narra-se parte de um "exorcismo" realizado por Jesus que, como indica Chapa, não encontra paralelo exato nos quatro evangelhos canônicos e que, mais do que um novo exorcismo, parece uma síntese dos já conhecidos pelo outros evangelhos e "testemunha a importância que teve entre os primeiros cristãos esta atividade de Jesus".

De acordo com este especialista em papiros, que colabora há anos com o projeto de edição de papiros da coleção britânica, ainda é incerto a dimensão dessa descoberta, mas assegurou que "fornecerá novas luzes para entender melhor o cristianismo dos primeiros dois séculos e o que liam e pensavam os primeiros cristãos do Egito, e também sobre a formação dos Evangelhos". “Destaca especialmente pela sua antiguidade – diz Chapa -, porque foi escrito por volta do ano 200. São poucos os manuscritos preservados dessa época, e ainda menos, testemunhas dos evangelhos apócrifos".

Nesse sentido, observou que, dos dois primeiros séculos, temos "um pouco mais de uma dezena de manuscritos" dos quatro evangelhos canônicos e apenas quatro de evangelhos apócrifos: do Evangelho de Tomé, do chamado Egerton Gospel - um Evangelho desconhecido que só se conhece por este manuscrito – e de outros dois que alguns atribuem ao Evangelho de Pedro.

Os quatro evangelhos incluídos no Novo Testamento são aqueles que a Igreja transmitiu como testemunho autêntico procedente da época apostólica e os outros livros do mesmo gênero perderam por não acrescentar nada novo ao que já continha naqueles quatro, ou porque foram elaborados a partir deles, a fim de difundir alguma doutrina particular, às vezes até em desacordo com a encontrada nos evangelhos canônicos.

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Progressos nas Relações Vietnam-Vaticano
Concluído o terceiro encontro do grupo de trabalho conjunto das duas representações diplomáticas

ROMA, terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- Como foi combinado na ocasião do segundo encontro do Grupo de Trabalhos Conjuntos Vietnam-Santa Sé, dos dias 27 a 28 de Fevereiro realiza-se o terceiro encontro do grupo em Hà Nôi, conforme referido numa nota da Sala de imprensa Vaticana.

Da parte vietnamita está presente Bui Thanh Son, Vice-ministro dos Assuntos Exteriores, e chefiando a delegação da Santa Sé, Mons. Ettore Balestrero, Sub-Secretário para as Relações com os Estados.

A Delegação vietnamita sublinhou que o Estado do Vietnam “sempre atou e tem melhorado continuamente a política de respeito e de garantia da liberdade de credo e de religião com o povo”.

A Delegação da Santa Sé expressou o seu “apreço” pela atenção reservada pelas Autoridades civís às atividades da Igreja Católica, especialmente no ano de 2010, durante a celebração do ano jubilar, e em ocasião das visitas pastorais do enviado Especial não residente, o Arcebispo Leopoldo Girelli.

Ambas as partes estabeleceram facilitar o trabalho do Arcebispo Girelli, “para que ele possa desenvolver melhor a sua missão”.

As duas partes concordaram de encontrar-se novamente no Vaticano para o quarto encontro do grupo de trabalho conjunto Vietnam-Santa Sé. As datas do encontro serão estabelecidas trâmite canais diplomáticos.

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Entrevistas


Santo Elias, o Doutor de Israel
Entrevista com o Dr. Rafael Vitola Brodbek, autor do livro

BRASILIA, quinta-feira, 01 de março de 2012 (ZENIT.org).- Zenit entrevistou hoje o autor de um livro que foi publicado recentemente no Brasil “Santo Elias, o Doutor de Israel”, escrito pelo Dr. Rafael Vitola Brodbeck. Livro pequeno, com poucas páginas, mas que trata da vida de um dos grandes personagens do Antigo Testamento, trazendo-o para os nossos dias.

O Dr. Rafael Vitola Brodbeck, 34 anos, é delegado de Polícia no Rio Grande do Sul. É casado com a advogada Aline Rocha Taddei Brodbeck, e com ela é pai da Maria Antônia (dois anos) e do Bento (três meses). O Dr. Brodbeck é autor dos livros jurídicos "Inquérito policial. Instrumento de Defesa e Garantia dos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana" (Ed. Núria Fabris, 2011), "Lei de Drogas Anotada" (Ed. Verbo Jurídico, a ser lançado em 2012). Após muitos artigos e estudos publicados, desde os anos 90, sobre temas teológicos, canônicos, litúrgicos, apologéticos, e ter feito parte da equipe de escritores e debatedores do site Veritatis Splendor - www.veritatis.com.br, o Dr. Brodbeck lançou seu primeiro livro religioso, sobre a vida do profeta Elias.

O Dr. Rafael Brodbeck é também diretor do Salvem a Liturgia - www.salvemaliturgia.com e desde 1998 é membro do Movimento Regnum Christi, ligado aos Legionários de Cristo.

Por que um livro sobre o Santo Elias? O que foi que levou o senhor a fazer esse estudo?

Dr. Rafael Brodbeck: Sempre fui devoto dos santos carmelitanos. Frequentei, por anos, as Missas no Carmelo de Pelotas. Santo Elias, o profeta do Antigo Testamento que é considerado o inspirador da Ordem Carmelita, é, pois, uma grande figura a admirar.

Por outro lado, sua vida se me apresenta fascinante.

 Na sua opinião, qual é a virtude principal que o Santo Elias propõe para os cristãos?

Dr. Rafael Brodbeck: Difícil apresentar uma virtude apenas do profeta. A dependência de Deus, a inabalável fé no Senhor mesmo quando todos os demais se entregavam aos falsos deuses, e a coragem de pregar a verdade, custe o que custar, são virtudes que fazem falta nos dias de hoje.

Não nos esqueçamos, ademais, que Santo Elias, é o iniciador do caminho monástico e sua "escola de profetas" em Israel é considerada o protótipo dos monastérios.

Elias é também um modelo de devoção mariana: a ele, como se vê no meu livro, foi dado predizer o grande privilégio da Imaculada Conceição da Mãe do Salvador que viria muitos anos depois de seu ministério profético.

O prefácio do seu livro foi escrito por Dom Athanasius Shneider, bispo auxiliar de Karanda, Cazaquistão. Por que um prefácio de um bispo de tão longe da nossa cultura brasileira?

Dr. Rafael Brodbeck: D. Athanasius é Bispo no Cazaquistão e, na época em que escreveu o prefácio, era auxiliar de Karaganda. Hoje é auxiliar de outra circunscrição eclesiástica, também naquele país, a Arquidiocese de Maria Santíssima in Astana.

Todavia, Sua Excelência não é "de tão longe de nossa cultura": ele morou no Brasil! É padre religioso da Ordem de Santa Cruz, e viveu como membro desse instituto religioso no seu convento em Anápolis, Goiás. Aliás, o então Bispo de Anápolis, D. Manuel Pestana Filho, é que o ordenou sacerdote em 1990. O Pe. Athanasius, ORC, dava aulas no instituto teológico de sua Ordem em Goiás. Quando foi sagrado Bispo e designado ao Cazaquistão, continuou mantendo contato com os brasileiros e eventualmente ministrava cursos por aqui.

Minha amizade com ele se dá por conta de seu apoio ao nosso apostolado em defesa da liturgia bem celebrada e conforme as rubricas, o Salvem a Liturgia - www.salvemaliturgia.com

Um outro Bispo, desta vez até mesmo nascido no Brasil, também dá sua recomendação por escrito à obra e ela consta no livro. Trata-se de D. Fernando Arêas Rifan, da Administração Apostólica São João Maria Vianney, dedicada à promoção do rito romano antigo ou tradicional, também conhecido por "forma extraordinária do rito romano".

 O que o leitor pode encontrar no seu livro?

Dr. Rafael Brodbeck: Um relato simples, suscinto, direto, mas bastante profundo da vida de um santo com o qual não estamos acostumados a nos deparar: um profeta do Antigo Testamento, alguém que se santificou na época em que o povo judaico ansiava pelo Messias. E também dicas para transformar a admiração por Elias, que pode nascer da leitura do livro (ou se já a temos por acompanhar a narrativa bíblica) em algo bem concreto e prático para a nossa vida cristã.

O livro pode ser comprado diretamente pelo site www.ecclesiae.com.br , e em livrarias católicas e seculares do Brasil, como a Livraria Cultura, nos diversos shoppings centers espalhados pelo país, como no seu site de internet.

Por Thacio Siqueira

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Os Santuários são Oásis da Igreja, para o mundo que carece de sentido.
Entrevista com o reitor do Santuáro Nacional de Aparecida, Pe. Darci J. Nicioli, CSsR (segunda parte)

BRASILIA, quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- O reitor do Santuário Nacional de Aparecida, pe. Darci José Nicioli CSsR, concedeu ao zenit uma entrevista exclusiva sobre o trabalho evangelizador realizado no Maior Santuário Mariano do mundo.

Publicamos hoje a segunda parte da entrevista. Para a primeira parte podem clicar nesse link.

***

Muitos brasileiros passam pelo Santuário de Aparecida a cada fim de semana. Como é o trabalho sacramental no santuário: missas, confissões?

Pe. Darci J. Nicioli: Lex orandi, Lex credenti: evangelizamos pela liturgia, pelo anúncio explícito da Palavra de Deus e pela religiosidade popular. No Santuário o peregrino sempre encontra acolhida, particularmente na Eucaristia e no Sacramento da Reconciliação. São 6 Missas diárias durante a semana e 7 Missas aos sábados e domingos. Também as celebrações de bênçãos e os exercícios da religiosidade popular, como terços e procissões. O trabalho exigente e humanamente compensador é o atendimento das confissões, onde é grande a presença de peregrinos e exige dedicação extremada dos presbíteros. São atendidos milhares de penitentes a cada dia no Santuário Nacional, com catequese de preparação, celebração penitencial e acolhimento pessoal e individual. Também é expressivo o número de batizados, pois os devotos fazem promessa de batizar seus filhos e afilhados.

Ser reitor do maior santuário mariano do mundo traz consigo uma grande responsabilidade. Como o senhor afronta a sua missão a cada dia?

Pe. Darci J. Nicioli: O reitor funciona como o maestro de uma grande sinfônica. Ninguém faz nada sozinho e trabalhar em equipe é fundamental. O planejamento pastoral é realizado em comissões e as ações são subdivididas por setores. A atual comunidade religiosa conta com 33 membros, entre presbíteros e leigos consagrados. São quase 800 os voluntários nos vários ministérios: ministério extraordinário da eucaristia, ministério do anúncio da Palavra e ministério da Acolhida. Além desses, são mais de 1300 os colaboradores/funcionários. Essa grande equipe, bem organizada e dirigida, realiza o acolhimento dos peregrinos, celebra e testemunha a misericórdia de Deus, pelas mãos carinhosas da Senhora Aparecida.

Qual é a ligação dos Redentoristas com o Santuário Nacional de Aparecida?

Pe. Darci J. Nicioli: Os Missionários Redentoristas vieram para Aparecida em 1894, há 118 anos, provenientes da Baviera (Alemanha). Logo pegaram o espírito religioso do Povo brasileiro. Fundaram em 1900 um Jornal “O Santuário de Aparecida”, que ainda hoje é impresso. Há 60 anos fundaram a Radio Aparecida e, há 6 anos, a TV Aparecida. Difundiram e tornaram nacionalmente conhecida a devoção à Aparecida. Construíram este Santuário e fortaleceram através das Missões Populares essa devoção e, em contra partida, o Santuário nos deu identidade, pois somos conhecidos como os Missionários de Nossa Senhora Aparecida. O jeito simples do missionário, a palavra vibrante e fácil de ser entendida, estilo próprio do redentorista, caiu na graça do povo. Posso afirmar que o Redentorista e o Santuário de Aparecida se identificam, mutuamente.

Aparecida é referência da Igreja a nível mundial, foi sede de grandes encontros da Igreja Latinoamericana e também lugar de peregrinação dos Papas. Como manter uma estrutura deste tamanho? Como os nossos leitores podem ajudar o Santuário Nacional de Aparecida?

Pe. Darci J. Nicioli: O Santuário Nacional sempre foi mantido pela doação dos fiéis devotos de Nossa Senhora Aparecida. Há 10 anos foi iniciada a CAMPANHA DOS DEVOTOS, fundamental para as obras evangelizadoras que se realizam através dos Mass Média; para as obras de construção e manutenção da grande Basílica; e para as obras sociais do Santuário Nacional (Santa Casa de Misericórida; Projeto Musical para crianças e jovens; Asilo Nossa Senhora Aparecia; Casa do Pequeno, com creche e cursos profissionalizantes). Também fazemos investimentos para garantir a sustentabilidade do Santuário, no presente e no futuro.

Quem ajuda a pregação tem merecimento de pregador. Portanto, convidamos a todos para participar da CAMPANHA DOS DEVOTOS. A colaboração é sempre espontânea e pode ser realizada através de Boleto bancário, que acompanha a Revista de Aparecida ou por débito automático. Para fazer o cadastro: através do nosso Portal www.A12.com; pelo telefone 0 300 2 101210 ou enviando carta ao Santuário Nacional, no endereço: CAMPANHA DOS DEVOTOS - Avenida Dr. Julio Prestes S/N – 12.570-000 APARECIDA SP

Sejam sempre bem-vindos à Casa da Mãe Aparecida!

Por Thácio Siqueira


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Os Santuários são Oásis da Igreja, para o mundo que carece de sentido.
Entrevista com o reitor do Santuáro Nacional de Aparecida, Pe. Darci J. Nicioli, CSsR (primeira parte)

BRASILIA, terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- O reitor do Santuário Nacional de Aparecida, pe. Darci José Nicioli CSsR, concedeu ao zenit uma entrevista exclusiva sobre o trabalho evangelizador realizado no Maior Santuário Mariano do mundo.

Pe. Darci José Nicioli, Missionário Redentorista, assumiu a Reitoria do Santuário Nacional no início de 2009. Nasceu no dia 01 de maio de 1959, na cidade de Jacutinga (MG). Em 1986 foi ordenado sacerdote em sua cidade natal. Neste mesmo ano foi para Roma, onde estudou Teologia Dogmática, no Pontifício Ateneo Santo Anselmo de Roma, conquistando o título de mestre em teologia.

No Brasil exerceu diversos serviços na Província Redentorista de São Paulo: Diretor de Seminário (1989-1996), Vigário Paroquial (1989-1996), Conselheiro Provincial (1996-2002), Professor de Teologia Dogmática-Sacramentaria – ITESP/SP e PUCCAMP (1989-1996). Padre Darci já foi Ecônomo do Santuário Nacional de Aparecida entre os anos de 1997 e 2005. Nos últimos três anos residiu em Roma, ocupando a função de Reitor da Casa Geral dos Missionários Redentoristas e do Santuário Internacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em dezembro de 2008 foi nomeado Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Agradecendo a disponibilidade do Pe. Darci para responder as nossas perguntas, publicamos hoje a primeira parte da entrevista. A segunda parte será publicada amanhã.

***

É difícil evangelizar no Brasil, o maior país católico do mundo? Qual é o papel do Santuário de Aparecida nesse contexto evangelizador?

Pe. Darci J. Nicioli: O Brasil, por sua extensão territorial, pode ser considerado um continente. Podemos também afirmar que são vários “Brasis” num único Brasil, apesar da unidade lingüística, a língua portuguesa.

No Nordeste predomina a cultura afro-brasileira, onde é forte a presença do negro e a miscigenação entre colonizadores, africanos escravizados e os povos primitivos daquela região. Já no Sul temos a presença dos imigrantes europeus: alemães, italianos, polacos... No Norte do País predomina a cultura indígena e a grande Amazônia.

No Sudeste  e Centro-Oeste temos o caldo cultural de tudo isso, pois reúne brasileiros de todas as regiões, que migraram para os grandes centros industriais. Nesse contexto amplo fazem-se presentes muitas manifestações religiosas: cristãs (católicos, protestantes históricos, neo pentecostais),animistas,  religiões afro brasileiras, neo orientais. Na pós modernidade também os neo ateus e os ditos indiferentes a Deus.

Cerca de 68% professam a religião católica (120 milhões) e 10% desses freqüentam regularmente a Igreja. Por outro lado, impressiona a capilaridade da Igreja católica, presente em todo o território nacional e atuante em milhares de comunidades e paróquias.  Destaque positivo é a expressiva atuação dos leigos na Igreja e o nascimento das novas comunidades e Institutos de vida consagrada.

A ação decidida da Igreja Católica promove uma evangelização abrangente, que busca resgatar a pessoa por inteiro, corpo e espírito. Testemunho dessa postura histórica da Igreja no Brasil é sua combatividade na conquista da democracia, na formação da consciência cidadã, patrocinada por ações como a Campanha da Fraternidade, a Pastoral da Criança, as instituições filantrópicas de cuidado aos jovens e aos idosos, as instituições de cura e prevenção etc. A atual conquista da Igreja foi a participação na aprovação da chamada “Lei da Ficha Limpa”, fundamental para coibir a corrupção do sistema eleitoral e iniciar a moralização da política.

Ad intra os desafios são a formação do clero e a falta de sacerdotes; o crescimento das seitas neo pentecostais; a evangelização através dos Mass Medias e novas Mídias; pastoral com a juventude e acolhimento dos casais de segunda união... Muitos são os desafios!

O Santuário de Aparecida é a casa da Mãe de Deus e nossa, onde bate o coração católico do povo brasileiro. O serviço missionário desenvolvido no Santuário, pelos Missionários Redentoristas, em comunhão com a Igreja arquidiocesana, está condensado no slogan: “Acolher bem também é evangelizar”. Através da atenção, do anúncio e da escuta, procura-se conduzir os peregrinos a uma fé madura e a uma escolha preferencial por Cristo.  Esse processo de evangelização tem como inspiração a mediação de Maria, sob o título de Aparecida.  

Pela sua experiência, qual é o efeito evangelizador do Santuário de Aparecida?

Pe. Darci J. Nicioli: Os Santuários são Oásis da Igreja, para o mundo que carece de sentido.

A evangelização no Santuário Nacional de Aparecida atinge:

a)      Os cristãos que participam de uma comunidade e vêm reforçar a fé e renovar a esperança.

b)      Os cristãos que não participam regularmente de uma comunidade e buscam apoio na fé e referência para manterem-se na Igreja católica.

c)       Os cristãos egressos das seitas ou desiludidos  em suas experiências religiosas, que buscam reorganizar sua vida de fé

d)      Os novos cristãos sem base doutrinal, a procura de um sentido para a vida

e)      Os indiferentes e “turistas da fé”, cansados do materialismo, hedonismo, do consumismo...

Quais são os instrumentos que acompanham o santuário na sua missão: editora, rádio, televisão ?

Pe. Darci J. Nicioli: Recebemos anualmente quase 11 milhões de peregrinos, que usam de todos os meios: a pé, de carro e ônibus, a cavalo, de moto e bicicleta, de caminhão e até helicóptero. Porém, através dos Mass Media, falamos cotidianamente com 60 milhões de telespectadores e radiouvintes. Temos uma revista, de edição mensal, com tiragem de 730 mil exemplares. Outra revista para crianças, com quase 100 mil exemplares/mês. Também o portal A12.com, com média de visitas individuais/mês: 86.121; Média Page views/mês: 24.282.466, com permanência no site de 6 minutos.  Internet e Redes sociais (Twitter; Orkut; Facebook; Blogs; Flickr; YouTube; plataforma IOS, com conteúdos de Radio e TV distribuídos ao vivo para iPHONE e iPAD. A TV Aparecia está presente em todo o território nacional pelas parabólica; TV aberta VHF e UHF em 17 Estados, 15 Capitais e 170 municípios. Também TV a cabo. A Radio Aparecida tem programação diária, 24 h/dia, em AM, FM e OC. Também via satélite e Web.

O Santuário Nacional de Aparecida quer evangelizar por todos os meios, evangelizar “por sobre os telhados”.

Por Thácio Siqueira

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Espiritualidade


Sinceridade de coração
Os valores da Quaresma

MADRI, sexta-feira 02 de março de 2012 (ZENIT.org). - Oferecemos aos nossos leitores a colaboração regular de Dom Juan del Rio Martin, Arcebispo militar da Espanha. Neste caso veremos os valores que devemos cultivar de forma especial nesta Quaresma.

*****

+ Juan del Río Martín

As chamadas coloquialmente "virtudes domésticas" são aqueles valores que muitas vezes damos por suposto e que em outras situações estão bem marginalizados. No entanto, sem eles a convivência familiar, social e religiosa faz-se impossível. Bento XVI em muitas ocasiões insistiu sobre a necessidade da sinceridade na vida cristã, porque “a conversão só é possível a partir da sinceridade, do exame de consciência sincero e arrependido". Por esta razão, neste tempo de Quaresma é necessário que nos examinemos sobre como estamos na sinceridade, sem a qual não damos confiança aos outros, não criamos uma atmosfera de cordialidade e familiaridade ao nosso redor.

Dizemos que uma pessoa é sincera quando tem apreço pela verdade e suas ações estão marcadas pelo amor (cf. Rm 12,9). Não é por acaso que numa sociedade onde se valoriza o "esplendor da verdade" e a mesma caridade tenha sido reificada, a sinceridade com Deus, consigo mesmo e com os outros, seja um “bem escasso”. Parece prevalecer mais a mentira, o fingimento, a artificialidade etc., do que a retidão de intenção no que pensamos, falamos, e fazemos, de tal modo que como diria Maughm: “nos tempos de hipocrisia qualquer sinceridade parece cinismo". Mas a necessidade dos mentirosos é acreditar que aquilo que é falado em segredo não será descoberto (cf. Lc 12, 2-3), e aí temos o ditado popular: "é mais rápido pegar um mentiroso que um aleijado”. Assim, terminada as férias das vaidades deste mundo passageiro, só ficará da pessoa a sua clareza simples e suas obras edificadas no amor.

Agora, conseguir um coração sincero supõe: renúncia à mentira e à meias verdades; a constância no esforço diário para manter a verdade na caridade; e a prudência que nos livra de confundir a sinceridade com a ingenuidade inconsciente. A sinceridade consigo mesmo se baseia no conhecimento das qualidade e defeitos de cada um. Isto motiva um duplo sentimento, por um lado de gratidão pelos dons recebidos do Altíssimo, por outro, de aceitação e superação dos defeitos próprios da natureza humana e daqueles que procedem dos erros pessoais. O saber colocar-se diante do próprio espelho, sem extremismos de qualquer tipo, exige uma boa dose de humildade.

Para a pessoa que crê, a sinceridade com Deus está na tomada de consciência da sua dependência radical com Aquele que lhe deu o ser e o sustenta. Da mesma forma, o incrédulo, se quiser ser sincero consigo mesmo, terá que se perguntar alguma vez: "O que você tem que não tenha recebido?, Por que te glorias, como se não tivesse recebido?" (1 Cor 4, 7). Há todo um mundo que nos precede e do qual não podemos prescindir, por isso também somos seres dependentes dos outros, quanto à vida, ambiente, cultura e muitas outras coisas que nos são dadas. Se aceitarmos essa dependência direta e indireta, chegaremos a ser sinceros com Deus, com os outros e nos teremos encontrado conosco mesmos.

A sinceridade tem um rosto que reflete simplicidade, naturalidade, franqueza. A pessoa sincera não se emaranha nem se complica por dentro, não busca o espetacular no exterior, mas faz do momento comum algo fora do comum tocado pela bondade do seu coração. O contrário disso é a afetação, o glamour, a arrogância, a jactância que tanto nos separa dos outros e cria um vazio existencial envolvente.

A raiz da insinceridade está na soberba. Àquele que acredita que pode conseguir tudo pelas suas muitas qualidades e esforços, terá a grande dificuldade de reconhecer o mistério na sua vida e ao mesmo tempo descobrir os pontos positivos que os outros têm. Essa cegueira faz com que ele perca objetividade diante da sua própria história, a culpa dos seus defeitos sempre serão dos outros, não será capaz de submeter-se à verdade, de valorizar o amor e a amizade. Por isso, o soberbo tentará tirar o lugar de Deus, ignorar seus companheiros e seus lábios não dirão nem sequer uma palavra veraz.

[Tradução Thácio Siqueira]

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Análise


Inglaterra: a guerra da religião
O matrimônio homossexual, a proibição de rezar e o cartão religioso

ROMA, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org). - "Não podemos permitir que este ato de vandalismo cultural e teológico aconteça”. Com estas palavras, o ex-arcebispo de Canterbury, Lord Carey, descreveu a sua oposição ao projeto do primeiro-ministro britânico de legalizar o "matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo.

Lord Carey é uma das pessoas que está por detrás da recém-formada Coalition for Marriage (Coalizão para o Casamento), que lançou uma campanha de protesto contra a legalização do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, conforme relatado segunda-feira, 20 de fevereiro pelo The Telegraph.

A Igreja Católica cumprimentou favoravelmente a a criação desta coalizão. "O matrimônio é uma instituição social fundamental e nem o Estado e nem a Igreja têm o direito de redefinir o significado”, disse o arcebispo de Southwark, monsenhor Peter Smith, presidente do Departamento de Responsabilidade Cristã e Cidadania da Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales.

"Junto com a Igreja da Inglaterra e da nova Coalition for Marriage, vamos incentivar as pessoas a assinarem a petição, registrando a sua oposição à mudança da lei sobre o matrimônio”, acrescentou o prelado num comunicado de imprensa do 20 de fevereiro.

O debate promete ser muito aquecido. "Lord Carey fica do lado errado, não só da história, mas da moralidade, da compaixão e da razão", disse um editorial publicado nesta terça-feira, 21 de fevereiro no jornal The Independent.

A oração nos conselhos municipais

A mudança nas leis do matrimônio não é a única polêmica neste momento. A Alta Corte declarou recentemente que o Conselho comunal de Bideford (Devon) agiu ilegalmente quando permitiu orar nas reuniões.

O processo, que começou em 2010, foi lançado pela National Secular Society, depois de uma queixa apresentada por um membro ateu do Conselho, Bone Clive, segundo relatos, do dia 10 de fevereiro, da BBC.

De acordo com o julgamento do juiz Ouseley, as orações podem ser ditas se os conselheiros nao forem formalmente convidados a participar.

"A marginalização do cristianismo significa esvaziar o nosso sistema de valores e a nossa cultura, e isso me preocupa mais do que qualquer outra coisa," disse Lord Carey em um artigo publicado dia 11 de Fevereiro pelo jornal The Times.

O concílio Municipal anunciou, portanto, que vai recorrer à decisão e que nesse interim teria mantido o momento de oração antes do início das suas reuniões, conforme relatado pela BBC dia 16 de Fevereiro.

O nível de tensão sobre o tema da religião é tão alto na Grã-Bretanha que a rainha Elizabeth II fez uma rara declaração pública sobre a questão.

"O conceito da nossa Igreja estabelecida vem ocasionalmente mal interpretado, e acredito que, geralmente subestimado", disse a Rainha, segundo referido pelo Times do 15 de fevereiro.

Em um discurso pronunciado na residência em Londres do Arcebispo de Canterbury, Lambeth Palace, a rainha tinha se dirigido aos chefes de nove credos diferentes, isto é, cristãos, bahá'ís, budistas, hindus, jainistas, judeus, muçulmanos, sikhs e zoroastrianos, declarando: "As nossas religiões nos oferecem uma guia básica de como vivemos nossas vidas e da maneira como tratamos uns aos outros."

Há uma longa história de controvérsias e batalhas legais nos últimos anos. A hostilidade contra os cristãos tem sido objeto de um relatório publicado em janeiro pela Media Premier.

Do Report on the Marginalisation of Christianity in British Public Life 2007-2011 (Relatório sobre a marginalização do cristianismo na organização da vida pública britânica 2007-2011) emerge, de fato, que um número significativo de cristãos sentem um forte preconceito contra os cristãos e contra os cristãos na vida pública.

O relatório criticou a maneira como a mídia cobriu os processos judiciais sobre a discriminação dos cristãos e da investigação emerge, além do mais, a existência de um número injustificável de representações negativas dos cristãos nas novelas e nos programas televisivos.

No que diz respeito à maneira como os juízes interpretam as normas sobre a igualdade e sobre a anti-discriminação Media Premier faz notar que "quando se trata dos direitos em concorrência entre os diferentes grupos, os direitos dos cristãos parecem ser 'sacrificados no altar do politicamente correto".

Cartão Católico

Como reação a tudo isso, a Igreja Católica está distribuindo um milhão de cartões religiosos ou "faith cards” (cartão de fé) nos meses de fevereiro e março.

Trata-se de uma idéia do Departamento para a Evangelização e a Catequese da Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales. De acordo com um comunicado de imprensa do 31 de janeiro, são do tamanho de um cartão de crédito e têm um espaço onde o proprietário pode assinar uma declaração clara, dizendo que o portador é católico, bem como uma lista de seis coisas que os católicos estão chamados a fazer.

Há também a frase que diz "em caso de emergência, por favor, ligue para um sacerdote católico."

"O cartão religioso para os católicos tem como objetivo oferecer um lembrete diário do que significa ser um seguidor de Jesus Cristo", disse monsenhor Kieran Conry, presidente do Departamento para a Evangelização e a Catequese.

Diante da crítica da mídia, um desenvolvimento positivo é a transmissão de uma mini-série televisiva em três episódios sobre os católicos, que começou dia 23 de fevereiro no canal 4 da televisão pública, BBC Four.

Um comunicado de imprensa dos bispos da Inglaterra e de Gales informou que o primeiro episódio está dedicado aos seminaristas e os outros dois oferecem uma visão sobre a vida de algumas crianças e mulheres.

Justamente sobre os seminaristas, então, há algumas notícias positivas, de acordo com o referido pelo The Independent do 19 de Fevereiro. Para o padre Christopher Jamison, diretor do Departamento Nacional  para as Vocações em Londres, o número atingiu o fundo do poço em 2001 com apenas 26 candidatos que entraram nos seminários da Inglaterra e de Gales. Em 2010, entretanto, o número mais que duplicou para 56.

Uma boa notícia que estávamos esperando!

Por Pe. John Flynn, LC

[Tradução Thácio Siqueira]

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Angelus


O papa pede orações pelos exercícios espirituais da Cúria Romana
Até 3 de março, suspensas todas as audiências de Bento XVI

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - No ângelus deste domingo (26), o papa Bento XVI pediu as orações de toda a Igreja "pela semana de exercícios espirituais que começarei hoje à noite [ontem, domingo] com os meus colaboradores da Cúria Romana".

As meditações abordarão a comunhão do cristão com Deus "e a nossa comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo" (1 Jo 1,3). O pregador será o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa.

Os exercícios espirituais começaram às 18h de ontem na capela Redemptoris Mater, do Palácio Apostólico Vaticano, e terminarão no próximo sábado, 3 de março.

O programa para os exercícios é o seguinte:

Domingo, 26 de fevereiro, 18h: exposição eucarística, vésperas, meditação introdutória, adoração e bênção eucarística.

Nos dias seguintes: 9h: celebração das laudes e meditação. 10h15: celebração da terceira hora e meditação. 17h: meditação. 17h45: celebração das vésperas, adoração e bênção eucarística.

Sábado, 3 de março, 9h: celebração das laudes e meditação conclusiva.

Durante a semana dos exercícios espirituais, como é de costume, serão suspensas as audiências do Santo Padre, inclusive a audiência geral da quarta-feira em 29 de fevereiro.

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Testemunho


Pregador da Casa Pontifícia agradece e parabeniza a agência Zenit
Nota do Padre Raniero Cantalamessa

BRASILIA, segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- Padre Raniero Cantalamessa, pregador da casa pontifícia, enviou hoje uma nota para o ZENIT. Nela agradece o seu trabalho e oferece a sua benção. Publicamos o texto integral:

***

Caro Diretor, desejo agradecê-lo e parabenizá-lo pelo grande apostolado feito pelo Zenit.

Por causa da minha pregação ao redor do mundo encontro-me, em todos os lugares, com pessoas que se alimentam espiritualmente do seu serviço diário e se sentem parte viva da Igreja graças aos artigos que vocês publicam.

É admirável o esforço e o amor com o qual vocês se aproximam das várias problemáticas religiosas e dos acontecimentos da Igreja Universal!

Eu, particularmente, também quero agradecer a vocês pelo trabalho de tradução e de publicação das pregações que realizo para a Casa Pontifícia. São muito pedidas e posso satisfazer os fiéis de várias línguas, graças à colaboração de vocês.

O Senhor lhes abençoe e lhes conceda continuar sempre com mais entusiasmo esta obra de evangelização!

Pe. Raniero Cantalamessa

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]