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Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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Há formas sutilmente autoritárias de silenciar o debate ou esmagá-lo. O mais corriqueiro hoje em dia é afirmar que se está falando em nome da ciência. Ela seria uma espécie de redutor de todas as contendas, anulando quaisquer outros princípios ou realidades, como ética, moral, crença religiosas etc. Diante dela, todo o resto estaria desautorizado. Assim, em questões que nos dividem, conviria convidar esse juiz neutro: o cientista. Sempre? Bem, imaginem a seguinte situação: quem é o melhor poeta moderno, Fernando Pessoa ou Yeats (podem botar um outro qualquer entre as alternativas)? E o melhor escritor brasileiro: Machado de Assis ou Guimarães Rosa? Ah, chamemos os cientistas. Eles saberão responder essas e outras questões. Os cientistas são como os bárbaros daquele célebre poema de Constantino Kafávis: quando eles chegarem, resolverão tudo. Não precisamos ter moral até lá. Os bárbaros a terão por nós.
Seria, claro, ridículo convocar a ciência para definir o melhor poeta moderno ou o melhor romancista brasileiro de todos os tempos, não? A questão é séria e ampla (!) demais para ser respondida por um conjunto de saberes supostamente inequívocos. Já com a vida humana, tudo parece mais fácil. Sim, um tanto constrangido por meu primitivismo, por este meu viés terrivelmente autoritário, atrevendo-me a falar quando deveria, obviamente, silenciar ou ser silenciado, ouso dizer que sou, sim, contrário a que seja o STF a definir a terceira situação em que o aborto seria legalmente permitido — as duas outras são em caso de estupro e de risco de morte da mãe. Não vejo como o tribunal possa acrescentar um dado novo ao Código Penal. Mas digamos que o entendimento seja o de que pode, sim, fazê-lo. A minha restrição não se restringe ao rito legal: é também de princípio.
E é nesse ponto que o debate sempre desanda. Na minha profissão, no meio em que vivo, e dadas as pessoas com as quais me relaciono, chega a ser quase exótico que me diga “católico”. Há até quem diga: “Ah, vai, Reinaldo, não é tanto assim, né?” Eu, de fato, não sei o que é ser católico “tanto assim” ou “tanto assado”. E também não tenho idéia sobre as fantasias das pessoas em relação a isso: será que rezo, que me mortifico, que acendo velas votivas? “Usa cilício (com “c” mesmo)?”, já me perguntaram. Talvez imaginem que minha opinião em relação ao aborto tenha uma dimensão sobrenatural, com toda a cadeia de horrores conseqüentes — segundo imaginam alguns —, caso eu contrarie as “determinações” de minha fé. Bem, tudo isso é bobagem e, como já disse, fantasia.
Incomoda-me e constrange-me, aí sim, a qualidade de alguns argumentos que, acredito, degradam a vida humana, tornando-a não mais do que derivação de escolhas práticas, pragmáticas, segundo as teses influentes da hora. O cristianismo foi mesmo só essa história de horrores escrita pelos iluministas? Olhem, há uma vasta bibliografia indicando que não. E nem vou, neste texto, estender-me sobre o assunto. Eu, de fato, não me sinto à vontade — e suponho que não me sentiria nem que fosse ateu ou agnóstico, mas não tenho como prová-lo, obviamente — para decidir que vida, em que quantidade e em que condições, merece ser vivida. Sinto-me um juiz insuficiente. Outros são mais sábios do que eu. Sentem-se tão certos em sua ciência como estariam em um “budismo qualquer”. Louvo-lhes sabedoria ou ligeireza. Mas é outra a minha natureza.
Quando digo que a minha restrição principal nem é a religiosa, não estou, de modo algum deslegitimando aqueles que protestam e se organizam em nome da sua religião. Salvo engano — e até que não prospere, sei lá, um modelo chinês no Brasil, que tem uma igreja única: o partido —, tais manifestações fazem parte da vivência democrática. E são legitimas.
Quando se debateu a legalização das pesquisas com células-tronco embrionárias, assistimos a um formidável show de intolerância. Dos católicos, que se manifestaram contra? Não! Daqueles que acusavam a ilegitimidade dos protestos católicos, acusados de maximizar a decisão, vendo nela a ante-sala da legalização do aborto. O então relator da questão, ministro Ayres Britto, escreveu com todas as letras: “A vida humana é revestida do atributo da personalidade civil, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral”. E isso contou com a aprovação da maioria do tribunal. Ora, não há aí qualquer ambigüidade, há? O que ainda não foi expulso do útero, segundo o texto, vida humana não é. Não posso assegurar que se vá fazer com isso o horror, mas há aí uma janela inequívoca para ele.
A tendência é que o STF se comporte, nesse caso, como se comportou no das células-tronco. Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Ayres Britto certamente se posicionarão a favor do aborto em caso de anencefalia. É o que se pode deduzir lendo entrevistas que concederam sobre assuntos correlatos. Joaquim Barbosa, consta, também. Tendem a se opor Carlos Alberto Direito, Cezar Peluso, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. O desempate ficaria para duas ministras, Ellen Gracie e Carmen Lúcia, e, eventualmente, para o presidente da Casa, Gilmar Mendes.
Posso ser pessimista — e, no geral, acho uma atitude intelectualmente prudente, embora não moralmente superior ao otimismo —, mas não sou apocalíptico. Os petralhas já começaram a gritar: “Vai perder, vai perder de novo…”, como se fosse um campeonato. Huuummm, não perco nada pessoalmente. Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas.
Na forma como está posto o debate — mais uma vez, vai-se definir o que é “a” vida —, em vez da fraqueza que humaniza, a arrogância que constrange. Mas não é o apocalipse. O humanismo prosperou em meio a adversidades. O cristianismo também. São batalhas de fôlego longo.
Para arrematar
Observo, finalmente, que, mais uma vez, os católicos são acusados — e logo alguém evocará o papa em tom panfletário — de obscurantistas e autoritários porque, dizem, pretenderiam impor a sua religião a um estado leigo etc, etc, etc. Não pretendem nada! Eles apenas dizem o que pensam e expressam um ponto de vista, direito que assiste até mesmo a Federação Nacional dos Fabricantes de Polainas — ou será que aqueles deveriam ter menos prerrogativas do que estes?
E noto ainda: não entendo por que a, vá lá, “nossa” aprovação, em questões como essas, é tão importante. Querem distribuir camisinhas nas escolas. E distribuem. Lamentam que os católicos sejam contra, uma gente que vive mesmo na Idade Média… Querem distribuir pílulas do dia seguinte a meninas, mesmo sem o conhecimento dos pais. E distribuem. E dizem: “Esses católicos são realmente do arco-da-velha” (de fato, do Arco da Velha Lei, ou da Lei da Velha Arca). Querem, e o movimento é este, legalizar o aborto, mas, antes, exigem que os católicos entendam que etc, etc, etc. Oram, façam suas políticas — para tanto, são livres de peias, num estado laico —, e deixem que os católicos se manifestem. Por que é preciso ter a sua anuência?
Às vezes, parece que os próprios defensores de tais práticas só se sentiriam de fato convencidos se, antes, convencessem “os católicos”, por quem nutrem, não obstante, indisfarçável desprezo. Não podendo fazê-lo, então optam por outra forma sutil de censura: tentar ridicularizá-los como seres que rejeitam o aporte da ciência e que advogam um mundo de trevas.
Assim é se lhes parece. E, no entanto, não é.
Por Reinaldo Azevedo
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97 Comentários
Anônimo
-
26/08/2008 às 14:56
” Pr. Cláudio Moreira disse…
Reinaldo:
Sou pastor evangélico da Igreja do Evangelho Quadrangular, e como a imensa maioria dos evangélicos pentecostais, sou contrário ao aborto. Frustra-me, no entanto, que o STF tenha escolhido ouvir sobre o assunto a Igreja Universal do Reino de Deus, ÚNICA igreja evangélica favorável ao aborto em todo o país (talvez no mundo) e, não por acaso, ÚNICA igreja evangélica do país que é majoritariamente lulista. Como dizia Jesus,os demônios não andam sós. Quando encontram uma casa limpa e adornada, convidam outros sete pra habitar nela.
A Igreja Universal está sendo convidada para este debate por causa de um equívoco que é cometido, em grande parte, pelo conjunto da sociedade civil: imaginar que ela seja a MAIOR igreja evangélica. De forma alguma. Ela é, com certeza, a mais midiática, inclusive por conta de alguns métodos pouco ortodoxos. Se o STF quisesse uma opinião verdadeiramente representativa do nosso segmento, deveria ter convidado a Assembléia de Deus, esta sim, a maior e mais antiga igreja evangélica do país, com quase 100 anos de presença na nação.
Por que o Supremo não convida o pastor Silas Malafaia, feroz combatente do aborto (que, inclusive, já usou citações de Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo em pregações que assisti sobre o tema)?
Está se banalizando tudo neste país. Até mesmo o direito à vida.
Lamentável.
10:29 AM”
Parabéns,caro Pastor Cláudio Moreira!!!
Todos os cristão DEVEM estar SEMPRE unidos,nunca separados ou divididos!!!
Subscrevo,TOTALMENTE,o seu comentário!!!
Acompanho e admiro o EXCELENTE,MARAVILHOSO,SENSACIONAL e IMPRESCINDÍVEL trabalho evangelizador do Pastor SILAS MALAFAIA,que citei-o em outro comentário,sobre a questão do CRIME DE ABORTO!!!
KIRK ( Católico CONSERVADOR )
Pr. Cláudio Moreira
-
26/08/2008 às 10:29
Reinaldo:
Sou pastor evangélico da Igreja do Evangelho Quadrangular, e como a imensa maioria dos evangélicos pentecostais, sou contrário ao aborto. Frustra-me, no entanto, que o STF tenha escolhido ouvir sobre o assunto a Igreja Universal do Reino de Deus, ÚNICA igreja evangélica favorável ao aborto em todo o país (talvez no mundo) e, não por acaso, ÚNICA igreja evangélica do país que é majoritariamente lulista. Como dizia Jesus,os demônios não andam sós. Quando encontram uma casa limpa e adornada, convidam outros sete pra habitar nela.
A Igreja Universal está sendo convidada para este debate por causa de um equívoco que é cometido, em grande parte, pelo conjunto da sociedade civil: imaginar que ela seja a MAIOR igreja evangélica. De forma alguma. Ela é, com certeza, a mais midiática, inclusive por conta de alguns métodos pouco ortodoxos. Se o STF quisesse uma opinião verdadeiramente representativa do nosso segmento, deveria ter convidado a Assembléia de Deus, esta sim, a maior e mais antiga igreja evangélica do país, com quase 100 anos de presença na nação.
Por que o Supremo não convida o pastor Silas Malafaia, feroz combatente do aborto (que, inclusive, já usou citações de Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo em pregações que assisti sobre o tema)?
Está se banalizando tudo neste país. Até mesmo o direito à vida.
Lamentável.
Daniela • Brasileira Insone
-
26/08/2008 às 1:25
Disse tudo, Rei:
Eu, de fato, não me sinto à vontade — e suponho que não me sentiria nem que fosse ateu ou agnóstico, mas não tenho como prová-lo, obviamente — para decidir que vida, em que quantidade e em que condições, merece ser vivida. Sinto-me um juiz insuficiente. Outros são mais sábios do que eu. Sentem-se tão certos em sua ciência como estariam em um “budismo qualquer”. Louvo-lhes sabedoria ou ligeireza. Mas é outra a minha natureza.
E também gostei muito do que você escreveu sobre pessimismo.
Roberto Domingos
-
25/08/2008 às 22:18
Peço desculpas ao Sr Hugo Borges e ao ilustre jornalista, pela intromissão, mas ser taxado de mal educado para mim é menos penoso que ser taxado de omisso, urge aqui a necessidade de uma resposta.
Ainda que já tenha sido levantada aqui a questão da “eugenia”…acredito ser bastante esclarecedora esta matéria tirada de uma organização espanhola.
Hoje Anencefalia e Síndrome de Down… Amanhã, qual vida será
qualificada de descartável ??????*
Nove de cada 10 bebês com síndrome de Down são abortados na Espanha
http://www.fundacionvida.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1066&Itemid=2
Nove em cada 10 crianças com síndrome de Down deixar de ter nascido na
Espanha, segundo denúncia Jose Antonio Diez, coordenador geral de ANDOC
(Associação Nacional para a Defesa do direito à objecção de
consciência). Isto significa que a Espanha violou a Convenção das Nações
Unidas sobre Deficiência, recentemente ratificada.
De acordo com Diez, em 94,5% dos casos de diagnóstico pré-natal indica a
presença de síndrome de Down, a criança é abortada. Desta forma, “o
diagnóstico deixa de o ser, para se tornar uma eugenia prática de retirar as
crianças com mais ou menos graves defeitos. Ao médico não vai ter a
liberdade de oferecer alternativas “, e por essa razão, surgiu a consciência
objecção contra diagnóstico pré-natal que não tem cura médica. Este é o caso
de uma ginecóloco de Algeciras, o que trouxe o seu caso de oposição aos
tribunais, Diez explicou.
Os abortos descriminalizados pelo terceiro curso, do artigo 417 º do Código
Penal ( “acreditando que o feto vai nascer com graves deficiências físicas
ou mentais”) deixam de 3% do total, e, assim, no ano passado, foram cerca de
3.000 . Desde 1985 é de aproximadamente 50.000. As tarefas são incluídos na
prática, o SD ou trissomia 21, Trissomia 16 e Trissomia 18, espinha bífida,
anencefalia, microcefalia e malformações cardíacas ou membros cortados. A DS
(Síndrome de Down) é registrada uma em cada 700 gravidezes (15 em 10.000).
Em Espanha, o espanhol Estudo Colaborativo de Genéticas Anormalidades (2004)
já indicou uma incidência inferior a metade: 7,11 em 10.000. 53% dessas
gestações terminou em aborto. Hoje é suposto que passar 90%. Mas não há
estatísticas. Nem mesmo quanto à quantidade de pessoas com SD que vivem no
nosso país. Os últimos dados da Federação das instituições espanholas estão
Síndrome de Down 2002: 32.000 pessoas.
De acordo com a fundação Linha de Cuidados para as Mulheres, o terceiro caso
de aborto envolve a discriminação contra pessoas portadoras de deficiência
incompatíveis com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
adoptada pelas Nações Unidas em Nova Iorque, em 13 de dezembro de 2006.
Espanha assinou a Convenção em 3 de dezembro de 2007, e entrou vigor no
passado mês de Maio e 3. Em seu artigo décimo, “Os Estados Partes reafirmam
o direito inerente à vida de todos os seres humanos e de tomar todas as
medidas necessárias para assegurar o gozo efectivo desse direito por parte
das pessoas com deficiência numa base de igualdade com os outros.”
Acho que aqui fica claro que “aprovar o aborto nessa situação abrem-se as portas para a eugenia!”
Isto não é uma questão futura, mas bastante atual.
A tradução da matéria foi feita de forma automática pelo GOOGLE.
Obrigado.
Tania Varella
-
25/08/2008 às 21:58
O STF VAI DECIDIR SE EH LEGAL OU NAO O ABORTO NESTA CONDICAO ESPECIFICA - NINGUEM SERA OBRIGADO A FAZER UM ABORTO. CONFORME NO CASO DE ESTUPRO. OS ESPECIALISTAS SAO CHAMADOS PARA EXPLICAR AOS GENERALISTAS AS LACUNAS DA PERCEPCAO DE UM OU OUTRO ASSUNTO. SOU MULHER E ACHO QUE TER A PRERROGATIVA DE DECIDIR SOBRE ISTO SEM CAIR NA ILEGALIDADE E MUITO IMPORTANTE. PRINCIPALMENTE EM UM PAIS COMO O NOSSO QUE O ESTADO MAL PROVE AUXILIO AOS DEFICIENTES QUANTO MAIS NESTES CASOS MAIS SERIOS. ACHO MUITO IMPORTANTE DEIXAR DE IGNORAR O ASSUNTO PRINCIPALMENTE PARA AS MULHERES POBRES. A IGREJA NAO VAI CUIDAR DE NINGUEM. SOU CRISTA MAS A IGREJA CATOLICA E MUITO DISTANTE DOS SEUS FIEIS.
André Flandres
-
25/08/2008 às 20:06
Caro Reinaldo, a minha indagação a seguir é sincera e desarmada. Respeito - “valorizo” talvez seja a expressão mais apropriado - muito as tuas opiniões, e o fato de eu ser ateu só costuma reforçar essa estima, porquanto faz com que eu não adira a teus pensamentos por mera conveniência ou preguiça intelectual, como poderia fazer alguém que comunga da mesma fé.
Note que não ignoro que as tuas idéias acerca do assunto não são necessariamente vinculadas ao teu sentimento religioso. Apenas estou ciente que muitas pessoas podem pensar que são, inclusive católicos - ainda que muitos possam não saber exatamente o que isso significa - que acabam “concordando” com o teu pensamento e opiniões sem refletir, mas por pura afinidade religiosa, ainda que superficial.
Portanto, feitas as devidas considerações iniciais, gostaria de compreender melhor a tua restrição ao argumento do uso de embriões que seriam jogados fora de qualquer jeito, o qual consideraste o “hit da imbecilidade”.
Acredito compreender que tem a ver com uma questão de princípio, talvez melhor identificada na dignidade da pessoa humana. Seria uma objeção à um utilitarismo que, generalizado, poderia implicar, v.g., uso de pacientes terminais para diversos fins científicos entre outras aberrações.
Se for essa idéia que está por trás da forte ressalva ao argumento, consigo compreendê-la bem, mormente do ponto de vista moral e axiológico.
Contudo entendo que o argumento pode persistir sólido se contextualizado juridicamente no âmbito de um “tribunal da responsabilidade”, assim entendidos todos os tribunais constitucionais tais como o STF.
Destarte o argumento permaneceria válido sustentável no seio de outra argumentação, mais ampla e estritamente técnico-jurídica, que diz respeito à legalidade e, logo, à constitucionalidade da fertilização “in vitro” que está em pleno vigor no país há cerca de 30 anos.
Sem analisar os méritos morais dessa “legalidade” e “constitucionalidade”, ela vincularia juridicamente o STF a não ignorar o fato de que há “constitucionalmente” no país o descarte de embriões.
Como a questão é de princípio, como já foi bem observado, inclusive pelo autor deste blog, e no caso tanto o descarte quanto o uso dos embriões estariam relacionados à dignidade da vida humana, seria impossível ao STF declarar a inconstitucionalidade de um sem declarar a de outro.
Portanto, eu entendo que esse “hit da imbecilidade” pode, desde que executado e apreciado em determinado contexto, se tornar uma obra erudita, se não da melhor qualidade, no mínimo digna de consideração e reflexão.
Hugo Borges
-
25/08/2008 às 20:05
“Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas.
” (Reinaldo)
Olá Reinaldo,
se resolver voltar ao assunto, gostaria que apontasse o erro de princípio que cita acima.
E, também, como ao aprovar o aborto nessa situação abrem-se as portas para a eugenia? O argumento sobre o futuro em que seja possível a detecção de problemas genéticos me pareceu bastante raso.
O ponto é que a pessoa não irá chegar a viver. Uma doença genética daqui a 20 anos te dá 20 anos de vida, que até onde eu sei todos os juizes do supremo tentariam defender, isso hoje ou no futuro.
Abraços
Hugo
Anônimo
-
25/08/2008 às 18:47
A vida humana vale cada vez menos.
Anônimo
-
25/08/2008 às 17:59
Eu acho lamentável que os representantes da igreja católica não defendam a vida com seriedade. Se os católicos fincassem o pé: batessem os sinos de todas as igrejas do país dobrando ao meio dia e planfetando em todas as missas do crime que a canalha comunista está perpetrando ou intentando, por enquanto, queria ver esse despaupério prosperar. Infelizmente, os falafino da cnbb dão apoio moral ao aborto. São comunistas.
Anônimo
-
25/08/2008 às 17:54
Outra questão que os assassinos de inocentes estão querendo impor, é o veto às opiniões masculinas sobre o aborto (claro, as contra esse crime).
Só que não se trata de ser homem ou mulher, para ser contra o aborto. Trata de sermos HUMANOS, defendermos nossos filhotes, nossa sobrevivência como raça humana. Não é questão de sermos religiosos ou não, de sermos cientificistas(?!) ou não.
Se aprovarmos o massacre de seres humanos indefesos e inocentes, enquanto estiverem hospedados no útero de suas mães, devemos deixar de lado toda hipocrisia e devemos passar a defender a eliminação de todo ser humano que nos desagradar ao convívio, tenha ele um, dois quatro, vinte, cinqüenta ou setenta anos de idade.
E, para evitar desperdício de matéria-prima, vamos aproveitar as sobras dos corpos e fazer ração para alimentar os porcos, as galinhas e as vaquinhas que nos alimentam sem reclamar de seu sacrifício.
Haverá (e já existe) muita proteína animal/humana disponível.
Portanto, em nome da ciência e da necessidade de acabar com a fome no mundo, vamos passar a consumir, direta ou indiretamente, todo esse material humano descartável.
Se a vovozinha de um desses assassinos de inocentes morreu com noventa anos e sua carne está muito velha e dura, vamos aproveitá-la como ração para os porcos. Se os filhos/filhas dos pró-abortos morreram novinhos, vamos fazer belos bifes e hamburgueres de suas carnes novilhas.
Tudo em nome da ciência, que, como se sabe, comprova que a carne humana é muito nutritiva.
Fernanda
-
25/08/2008 às 17:36
Reinaldo,
você é uma prova de que nem tudo está perdido na mídia. Pois os grandes veículos já se posicionaram a favor do aborto (como a própria Veja) e a grande massa é engolida com esse discurso “pós-moderno”. Seu artigo está pegando fogo pela internet - o espaço democrático que temos.
Parabéns pela coragem!
Fernanda
Mírian Macedo
-
25/08/2008 às 17:01
Com a palavra, o Papa Bento XVI: “É preciso garantir um ‘conteúdo comum’ e inviolável, que poderíamos definir como a garantia dos direitos humanos. Os direitos fundamentais não foram criados por legisladores, nem mesmo conferidos aos cidadãos. Ao contrário, existem por direito próprio.(…) Quando falamos de direitos humanos fundamentais e de normas éticas básicas, nos referimos a valores que, mesmo tendo sido “maturados no cristianismo”, não são valores tipicamente cristãos. Como consequência, o fato de algumas dessas verdades também serem ensinadas pela Igreja não diminui a legitimidade civil e a ‘laicidade’ do engajamento daqueles que nelas se reconhecem. Trata-se de valores fundamentais, que não podem ser reduzidos à ‘concepção cristã’(…) A existência de valores que não podem ser modificados por ninguém é a verdadeira garantia de nossa liberdade e da grandeza humana”.
Segundo o historiador italiano Dag Tessore,”nesta perspectiva, Bento XVI fala de uma religio civilis, que é justamente esse conjunto de valores morais que são ao mesmo tempo cristãos e laicos, isto é, numa análise final, humanos e universais”.
Luis Antonio
-
25/08/2008 às 16:52
Reinaldão,
fui favorável às pesquisas com células troncos, conforme os comentários que aqui deixei. Mas, de fato, quando acompanhei as leituras dos votos dos juízes do STF me bateu um pouco de arrependimento, pois verifiquei que os textos estavam eivados de, como você escreveu, estúpida arrogância constrangedora e, mais evidente, anticristianismo. A idéia que se passou é que eram os cristãos que estavam em julgamento, e não a devida cautela e consideração com os destino final dos fetos congelados. Mas, ainda assim, fui favorável às pesquisas. Hoje, ainda que o amor a minha família seja o meu maior princípio, confesso, tenho dúvidas. Pequenas mudanças, a logo prazo, resultam em grandes mudanças, então, me pergunto: que mundo seria esse, da cabeça dessa gente, onde a ciência e todo o seu pragmatismo, teria a última palavra sobre nossas vidas? A história me prova que o fim dessas experiências foram terríveis.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:43
É fácil mudar a opinião de pessoas simpáticas a causa abortista. Vamos colocar nossas crianças sob a tutela do IBAMA até a maioridade, só assim elas terão direito a vida e a proteção do Estado, equiparando nossas criançinhas ao Mico Leão Dourado ou as tartaruguinhas elas estarão a salvo dos predadores de plantão.
Em tempo: amo á vida, amo as crianças, como também amo os animais que não canso de acolher e tratar, animais que provavelmente são descartados por aqueles que que não tem respeito a vida em suas diferentes formas.
Danielle
-
25/08/2008 às 16:36
Como diz sempre meu marido, o papel aceita tudo… tem muita pataquada escrita sobre aborto, e nem estao pensando em democracia e como a Alemanha chegou a ter Hitler e o nazismo (ai como faz falta ler o Hayek)…
sinceramente, tem certas pessoas que deveriam fazer um melhor uso do papel, um uso mais higienico…
Tomé
-
25/08/2008 às 16:30
Um dia a reação a essa petralhada liberal, no sentido comportamental do termo, virá. E virá para valer.
Não pensem esses palhaços que viverão eternamente a surfar na crista da onda, enxovalhando e ridicularizando seus adversários intelectuais, sem receber o devido combate.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:22
Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue. Judeus não misturam leite e carne. Hindus não comem carne de vaca. Católicos acreditam que aborto é um assassinato.
Cada um com seu cada um. Só se pede que não se formulem leis de acordo com as crenças particulares de uma religião.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:15
Rei, veja esta notícia.
É uma denúncia gravíssima!
Massive Brazilian Vaccination Raises Suspicions of Covert Sterilization Program
By Matthew Cullinan Hoffman
August 14, 2008 (LifeSiteNews.com) - The commencement of a massive, mandatory vaccination program in Brazil has raised suspicions among international pro-life activists, who note that the program is similar to others in recent years that have included a hidden sterilizing agent in the vaccines.
Íntegra aqui:
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/aug/08081407.html
++++++++++++++++++++++++++++++++
Em Português aqui:
Vacinação em massa no Brasil levanta suspeitas de programa velado de esterilização
Matthew Cullinan Hoffman
LifeSiteNews.com, 14 de agosto de 2008 — O início de um programa compulsório de vacinação em massa no Brasil está levantando suspeitas entre ativistas pró-vida internacionais, que notam que o programa é semelhante a outros em anos recentes que incluíam um agente esterilizante oculto nas vacinas.
(continua)
Íntegra aqui:
http://noticias-lepanto.blogspot.com/2008/08/vacinao-em-massa-no-brasil-levanta.html
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:11
Será que as mulheres que abortam sabem que têm os seus fetos largados junto com o lixo hospitalar e demais degetos e são incinerados ou jogados no lixão?
Eu creio que não saibam. Por isso esse comentário.
Eita materialismo!
A França, um país extremamente materialista, aprovou essa semana um texto legal permitindo que as mães que o desejem podem registrar os seus fetos abortados como filhos e oferecerem um enterro digno.
Haja fôlego. Mas a luta continua. Sempre. Não desisto nunca por ser cristão e não brasileiro.
Eduardo Araújo
-
25/08/2008 às 16:09
Senhor Furioso, os católicos realmente agem politicamente em questões que lhes afetam. Nisso, els DIZEM o que pensam e procuram ganhar PELO CONVENCIMENTO.
Há algum mal nisso? Certamente, o senhor não enxerga problema algum quando se tentam aprovar (ou seria melhor - não pelo democrático processo legislativo, mas via Supremo Tribunal Federal - atos e pontos de vista de furiosos anti-católicos.
A diferença de fato é imensa, como é imensa a postura intolerante de quem não percebe isso.
Eduardo Araújo
-
25/08/2008 às 15:55
Salomão, às 8:47, diz:
“Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.”
Na pior das hipóteses o que se pode afirmar quanto ao que dizem os cientistas sobre o início da vida humana é que não existe consenso e tampouco justificação téorico ou empírica de qualquer alternativa. Aceitar esse início a partir do começo do desenvolvimento do sistema nervoso é, no fim das contas, tão arbitrário como sustentar que a vida é humana a partir da nidação.
Uma coisa é certa: não é nem um pouco científica a afirmação de que o que se forma após a fecundação são “apenas células como qualquer ser vivo no planeta”. Mas espere aí! Segundo Salomão, o feto antes dos três meses é um ser vivo como qualquer outro do planeta, menos vida humana. É outra espécie, Salomão?
Isso só pode ter vindo da mesma “ciência” que lhe faz afirmar que os fetos de três meses pensam e talvez tenham “uma certa consciência de si”. Deveríamos, pois, deduzir que já seria vida humana. Contudo, com base em Salomão, a “consciência de si” é um critério definidor de vida humana, então os referidos fetos seriam, com base em Salomão, “talvez uma certa vida humana”.
Tao interessante a ciência (?) dos iluminados cientificistas. Vai ver foram tão iluminados que a luz os cegou.
João Paulo Mendes
-
25/08/2008 às 15:55
Prezado Reinaldo Azevedo,
Deixe-me expor uma pequena historinha acerca do aborto:
“Uma mãe chega a um médico dizendo desejar abortar a criança que encontrava-se no seu ventre, já estava formada e não pequena a criança; trazia ela nos braçso outro bebê. O médico ao ouvir o que aquel mãe queria disse-lhe: da-me essa criança que está em seus braços e tiremos sua vida, aí você cuida daquele que irá nascer pois assim não há riscos de acontecer algo de mal com você.Ela de pronto recusou e o médico disse que então não tiraria vida alguma, pois, ambos são seres viventes ainda que um encontre-se no ventre.”
É realmente delicada essa discussão, esperamos que não se permita cometer homicídios de tão indefesos seres.
Joao Paulo
Anônimo
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25/08/2008 às 15:48
Sempre defendi a questão do aborto como um problema de fórum íntimo, em que não caberia nem ao Estado nem à religião se imiscuírem no assunto. Ao Estado, então, caberia fornecer as condições para sustentar a decisão escolhida, de forma neutra: assistência pré-natal, aconselhamento psicológico, leito hospital, licença-saúde, licença-maternidade. À religão, o conforto espiritual para as decisões tomadas.
Tirando esses dois fatores governantes, sobraria o quê? A responsabilidade de cada um por qualquer decisão tomada, sem temer nem a lei divina nem a lei secular, sem juízes nem algozes, num plano ou no outro. Mas também sem condutores dessas ações.
Creio que a falta de terceiros nesse drama (ou seja, sem a tutela proibitiba do Estado ou da religião) é que causa um enorme medo para quem tem opiniões tão peremtórias acerca de um assunto tão delicado. Afinal, em um caso concreto, acontecendo ou com a própria pessoa ou com alguém próxima a ela, a decisão teria que ser de única e exclusiva responsabilidade dos que estão vivenciando o drama. Não haveria desculpas do tipo: faço/não faço porque é proibido pela lei dos homens; ou: faço/não faço porque minha religião não permite.
O drama seria: faço/não faço porque quero/não quero. Porque tenho total consciência de minhas limitações; porque sou um reles ser humano, colocado num mundo imperfeito e que gera imperfeições com as quais não comugo, nem vejo sentido em fazê-las perdurar.
A base da ação exigiria uma capacidade de auto-análise e de coragem que pouquíssimos detêm…
Anônimo
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25/08/2008 às 15:48
Sempre defendi a questão do aborto como um problema de fórum íntimo, em que não caberia nem ao Estado nem à religião se imiscuírem no assunto. Ao Estado, então, caberia fornecer as condições para sustentar a decisão escolhida, de forma neutra: assistência pré-natal, aconselhamento psicológico, leito hospital, licença-saúde, licença-maternidade. À religão, o conforto espiritual para as decisões tomadas.
Tirando esses dois fatores governantes, sobraria o quê? A responsabilidade de cada um por qualquer decisão tomada, sem temer nem a lei divina nem a lei secular, sem juízes nem algozes, num plano ou no outro. Mas também sem condutores dessas ações.
Creio que a falta de terceiros nesse drama (ou seja, sem a tutela proibitiba do Estado ou da religião) é que causa um enorme medo para quem tem opiniões tão peremtórias acerca de um assunto tão delicado. Afinal, em um caso concreto, acontecendo ou com a própria pessoa ou com alguém próxima a ela, a decisão teria que ser de única e exclusiva responsabilidade dos que estão vivenciando o drama. Não haveria desculpas do tipo: faço/não faço porque é proibido pela lei dos homens; ou: faço/não faço porque minha religião não permite.
O drama seria: faço/não faço porque quero/não quero. Porque tenho total consciência de minhas limitações; porque sou um reles ser humano, colocado num mundo imperfeito e que gera imperfeições com as quais não comugo, nem vejo sentido em fazê-las perdurar.
A base da ação exigiria uma capacidade de auto-análise e de coragem que pouquíssimos detêm…
Anônimo
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25/08/2008 às 15:30
Prezado Reinaldo,
Tem um pessoal, e é grande, que pensa em resolver tudo de forma arbitrária e pretensiosamente sábia e absoluta; por assim dizer, detentor da verdade universal, incapaz de perceber a possibilidade de erro.
Como seria maravilhoso se tais homens arrogantes fossem comedidos como Sócrates. Este, como se sabe, não tinha a arrogância de se auferir um conhecimento absoluto sobre a verdade; muito pelo contrário, o heleno, ao ser indicado pelo oráculo de Apolo como o homem mais sábio, ele era o mais sábio por não portar uma pretensa sabedoria absoluta e arbitrária sobre as coisas mais relevantes.
Esses senhores arbitrários precisam se livrar dos preconceitos. Cada coisa que escutam ou dizem é mastigada pela cadeia, dentro deles, de preconceitos e dogmas.Uma tristeza.
Com os melhores cumprimentos,
Garganta.
Anônimo
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25/08/2008 às 15:23
Sou,pessoalmente, contra o aborto.Lendo muitos dos comentários que têm sido feitos, noto que a apaixonada defesa de opiniões discordantes entre si é meramente retórica, perdoem-me. Penso que a opinião masculina tem um valor muito relativo:os homens não serão jamais protagonistas na hora de decisão tão grave; poderão ser apenas atores secundários ou até antagonistas; jamais lhes caberá o ônus que a mulher assume, quer mantendo a gestação, quer interrompendo-a.
Por outro lado, minha opinião tão anti-aborto ocorre aqui, serenamente, em frente ao computador. Ela se manteria se as circunstâncias fossem outras? Eu manteria a imperturbalidade em caso de estupro?!
madi
Anônimo
-
25/08/2008 às 15:06
Reinaldo,
Uma bela defesa em favor da vida. E o que espera o outro lado? A religião sem religiosidade?
CH
Anônimo
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25/08/2008 às 14:58
Uma, presumo, leitora, postou manifestação contrária à manifestação masculina, quando o assunto é aborto. Vou discordar dela. Discutir a vida é um direito de todos, independentemente de sexo. Além disso, esses abortos, em sua maioria, serão feitos em hospitais públicos, financiados com meu dinheiro (impostos). E por último: em caso de gravidez, compete ao Estado proteger a vida. A mulher perde, nesse caso, o direito absoluto sobre o próprio corpo. Resumo: vou continuar me manifestando à favor da vida e contra o mau uso do dinheiro público. Este dinheiro deve ser usado para salvar vidas e não para destruí-las.
Anônimo
-
25/08/2008 às 14:54
Amam tanto as mulheres que defendem o direito de escolha sobre se devem abortar ou não.
Amam tanto as criancinhas que querem matá-las pra elas não crescerem em lares de pais infelizes e despreparados.
Eles só querem a felicidade do povo.
Que comovente.
Estranho tipo de amor. No mínimo estranho.
Nem se compara ao daquele que dizia “Deixem vir a mim as criancinhas”.
Liberem o aborto, durmam em paz. Vocês são mais desenvolvidos.
Abraços,
Mauricio
Sandra
-
25/08/2008 às 14:51
O objetivo de um cientista é testar as teorias científicas até a medula, pô-las contra a parede o tempo inteiro. Não adorá-las. Senão, seriam religião, não ciência.
Anônimo
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25/08/2008 às 14:46
Sou favorável à descriminação do aborto, desde que feito antes da formação do sistema nervoso, e contra o aborto de fetos anencéfalos apenas porque anencéfalos.
A incoerência é apenas aparente.
Antes da formação do sistema nervoso (ou em algum outro momento próximo) aquele conjunto de células não sofre com a destruição. Como não sou religioso e não acredito que o feto tenha alma, meu principal critério é a verificação da ausência, ou não, de sofrimento causado pelo aborto. E se a grávida, nessa fase, quer o aborto, dele não resulta infelicidade para ninguém.
Embora pareça heresia, a verdade é que o respeito absoluto à vida humana não existe, pelo menos no estágio atual da civilização. Se alguém acha legítimo que, em certas circunstâncias, um jovem de 20 anos - que tem mãe, pai, sonhos, dor, medo - seja mandado para morrer na guerra, não deveria considerar monstruoso que, em certas circunstâncias, um amontoado de células que nada sente possa ser destruído.
Minha desaprovação à permissão do aborto de anencéfalos é para os casos em que a gravidez já tenha ultrapassado o tempo adequado. Se nunca se pode excluir a hipótese de êrro médico quanto às exatas condições do feto, é melhor que a gravidez avançada seja levada a termo. Como homem posso estar enganado, mas não vejo porque levar a termo a gravidez aumente tanto o sofrimento da mãe que já sabe que seu filho não sobreviverá.
Anônimo
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25/08/2008 às 14:41
Lendo o debate instalado sobre o tema não consigo deixar de fazer a reflexão dos caipiras do interior:
quem tem tempo vai buscar água longe!
enquanto um bebe anancefálico, casos de exceção, ocupa tão calorosa discussão, milhares de crianças nascidas e vivas não recebem e não receberão 10 minutos da atenção de ninguém.
ah, insensato coração…
Anônimo
-
25/08/2008 às 14:41
Eh lamentavel que ainda se use termos como “direito da mulher sobre o proprio corpo”. Entao a crinca eh como um pedaco do braco? Eh meramente um pedaco do corpo da mae? Sobre seu corpo ela tem todo o direito. Mas a partir do momento que, livre para escolher, escolhe a intimidade com outrem e disso resulta a gravidez que, entao, entenda ter ela dentro de si uma nova vida e nao um pedaco de figado extra! Que o corpo da mulher seja palco de vida e nao de morte. Isso sim eh respeitar o corpo da mulher.
Gláucia Terrestre Maria
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25/08/2008 às 14:37
Já disse e volto a repetir: Deus está no céu e todos nós somos filhos dele. Ninguém veio a Terra sem motivo e sem destino. Ao mesmo que tempo que somos nós mesmos que fazemos nosso próprio caminho, ele é e sempre será o nosso maior investigador. Se não se paga nessa vida pelos erros cometidos, se pagará na outra. Se pode concertar oum dedo, se pode preencher aqui, ou esvaziar ali, mas o que importa serão sempre os nossos sentimentos. Viver se baseando pelas emoções, assim feito criança é um ERRO.Afinal, os PAIS são os pais dos filhos e NUNCA o contrário. Por tanto a escolha é sempre pessoal, intransferível, irrevogável, mas pautada na maior lei de todas que é a da VIDA. Viver é isso! Se nos últimos anos sempre escutei dizerem que sou um mistério e verdadeiramente nunca compreendi, não posso dizer nada além de eu sou eu e você é você. Somos diferentes, temos gostos diferentes, mas podemos experimentar certas coisas por fraqueza, ou por qualquer razão desconhecida, mas o erro é persistir naquilo que não nos faz bem. QUALQUER morte é e SEMPRE será dificil de se superar, mas novas vidas sempre chegam e nos compensam com enorme alegria e vontade de viver. E viva os pou-pourris, bouquet garnis e cheirinhos gostosos. Essa é a essência e o têmpero da vida. Se estou grávida ou não? O que importa? A questão é se amar, como se ama a um filho. Se é necessário ter um filho, para saber o que é o amor, convenhamos que estamos perdidos. Thiago meu lindo, eu TE AMO e espero que entenda MAIS UMA VEZ! Temos que ver mais resultados????rs
guido furioso esbofeteando tudo e a todos
-
25/08/2008 às 14:27
Ei!
Os católicos não “dizem”o que pensam. Eles querem passar leis para proibir atos de quem não aceita agir de acordo com que ELES pensam.
Grande, IMENSA, diferença.
Os católicos agem polticamente.
Leonardo Boff também se sentia compelido a agir politicamente, cheio de Pathos Novatestamenteiro…
Karleno
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25/08/2008 às 14:26
“Quando se trata de fatos, de história, de existência e de testemunhos, os postulados que abusivamente são definidos “científicios valem tanto quanto os postulados teológicos. Cumpre repelir uns e outros. Não porque sejam científicos ou teológicos, mas porque são postulados, convicções apriorísticas.
Nunca se acautelarão bastante as inteligências do uso trapaceiro da palavra “ciência” e de seus derivados, como foi praticado ultrajantemente a partir do século XVIII.
Não há obscurantismo, fanatismo, embuste ou simples idiotia (do remédio para calos ao racismo nazista) que não tenham desfraldado de algum modo a bandeira da “ciência” (R. L. Bruckherger)
Márcio
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25/08/2008 às 14:16
Reinaldo,
não sei se você reparou, mas nas suas afirmações - em que, basicamente, você ataca aqueles que buscam dignidade para as mães que não comungam da fé cristã - não há um argumento lógico sequer em defesa da manutenção da gravidez. Não há porque, suponho, não existem argumentos lógicos quando o pano de fundo é a religião. Você nos acusa (sim, estou aqui incluído) de intolerância. Ora, como assim? Vamos todos participar dos debates, mas com argumentos, com lógica, com aceitação de opiniões contrárias. Como julgar intolerante quem professa tolerância religiosa? Aí está um jogo de palavras, do qual você faz uso, ao menos contraditório, segundo penso. E não se esqueça, Reinaldo. Uma pessoa que defende a Lei e a Constituição, como você faz, não pode, por coerência, desprezá-las quando conveniente. O STF faz um julgamento jurídico, não moral. O Direito é instrumental; visa à conduta humana. Assim, em julgamentos de tal matiz devem ser veiculados argumentos técnicos, coerentes com o Direito. Serve de exemplo o argumento segundo o qual, se o falecimento é constatado a partir da morte encefálica, garantindo-se ao médico o desligamento dos aparelhos sem que corra o risco de ver-se processado por homicídio, não há vida sem atividade cerebral. Ou seja, atividade cerebral é marco objetivo e constatável. Logo, não há vida, para o Direito (frise-se!), se não houver atividade cerebrina. Esse é apenas um dos vários argumentos levados ao STF.
Para discussão.
Abraço.
guido furioso usando desodorante
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25/08/2008 às 14:06
Reinaldo,
o discurso sobre o “autoritarismo da Ciência” pertence à esquerda.
Deixe-o lá, mofando.
Aborto é assassinato!
-
25/08/2008 às 14:05
.
Ah, sou ateu.
Anônimo
-
25/08/2008 às 13:57
Olá Reinaldo,
Eu acho que nesse caso particular a escolha de manter ou não a gravidez deva ser da família.
É sadismo obrigar uma família levar uma gravidez dessas a termo sabendo que após os 9 meses de gestação terão que assistir seu bebê morrer aos poucos ou já nascer morto.
João Marcus
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25/08/2008 às 13:55
É católico? Ótimo, não use tratamentos derivados de pesquisas com células tronco; e não aborte nos casos de anencefalia, estupro ou risco de morte da mãe. Mas não tente impor essa conduta aos outros.
Desculpe-me pela grosseria, mas isso é babaquice pura. Quem está impondo alguma coisa? Por que é que certas pessoas são tão frescas, cheias de não-me-toques? É como o jogador de futebol que, por causa de qualquer toquinho, cai no chão, chora, reclama. Se não quiser contato, não jogue futebol. Se não quiser usar o cérebro, não pense que os outros são obrigados a fazer o mesmo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 13:42
para que chegar as vias de um aborto, quando existem varias opcoes anticoncepcionais muito mais comodas e baratas, sem risco algum?
estao disponiveis desde a pilula até a laqueadura gratuitamente pelo estado, para que o aborto?
esse debate é absurdo, deve sim esconder interesses finaceiros…
Iguinho
-
25/08/2008 às 13:40
“Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas”.
Qual o erro de princípio?
Anônimo
-
25/08/2008 às 13:35
Reinaldo,
Alguns comentarios ignoram que alem de laico o estado eh democratico.
Portanto, as comissoes de notaveis, mais comuns em paises atrasados com elites autoritarias (inclusive a elite intelectual), decidindo se essa ou aquela lei nos torna mais ou menos modernos, aa revelia da opiniao da maioria da populacao, a qual eh vista como massa inculta e incapaz de escolher corretamente o que os notaveis sabem ser o melhor para ela, so escancara o nosso atraso, desnuda a nossa pantomima democratica, ilustra a contradicao profunda entre o que queremos parecer, ou seja, modernos e alinhados com algum pais considerado referencia, e a realidade feia e cruel de sermos considerados pelas nossas elites incapazes de escolher o que eh melhor para nos, ao mesmo tempo em que na imitacao grotesca de democracia e modernidade somos chamados a cada dois anos para escolher os nossos representantes politicos, aqueles que vao decidir sobre tantos aspectos de nossas vidas, algo tao mais abrangente do que aquelas questoes das quais somos sumariamente preteridos em prol das comissoes de notaveis.
Isso deve arrazoar o abismo entre o Estado e a sociedade nas mentes dos nossos nobres jecas que querem se assemelhar aa modernidade por meio da ciencia enquanto mal conseguem esconder seu primitivismo politico. Sao os nossos despotas esclarecidos e sua trupe de filosofos nessa peca teatral grotesca na qual so somos lembrados quando eles querem mostrar ao resto do mundo quao modernos sao. Eh claro que entramos pela porta dos fundos, aparecemos rapidamente para nao envergonha-los perante a seleta audiencia, logo somos encaminhados para a saida, calados, de cabeca baixa, e de novo pela porta dos fundos.
Sandra
-
25/08/2008 às 13:35
Desqualificar o adversário por ser católico não é argumento, é falta de argumento. Mas sou a favor da legalização do aborto nesse caso. E, obviamente, que o bebê tenha assistência médica caso opte por não fazê-lo.
andre-sc
-
25/08/2008 às 13:32
Trabalho em uma unidade de transplante de medula óssea. Esse é um procedimento caríssimo, e que envolve uma infra-estrutura enorme. Muitos de nossos pacientes são portadores de doenças congênitas, que cursam com retardo mental e diversas mal-formações físicas, muitas extremamente graves. Muitas vezes, olhando para essas crianças me ocorrem dois pensamentos incômodos:
Se eu estivesse nessa situação preferiria morrer ou viver?
Vale a pena investir tanto em um ser com tão poucas potencialidades, que nunca vai trazer nenhum benefício a sociedade, que por vezes não alcançará um grau de consciência maior do quê o de um bebê?
Esse pensamentos são frequentes, mas a conclusão a que chego é sempre a mesma.
Não cabe a mim decidir. Não cabe a mim determinar que vida vale a pena ser vivida. Fazer esse tipo de decisão é renunciar à humanidade, é voltar a barbárie de Esparta, onde os inaptos eram sacrificados. Aliás, sempre pergunto aos abortistas: Sabem porque os espartanos matavam as crianças defeituosas logo depois de nascer? E respondo: porque não havia ultrassonografia naquela época, senão identificaram-nas e matariam-nas dentro dos úteros de suas mães.
E não se enganem, em breve teremos tribunais de cientistas que decidirão que vida merece ser vivida.
Não aprenderam nada…
andre-sc
-
25/08/2008 às 13:15
DESAFIO AOS ABORTISTAS!!!
Citem um livro de embriologia que aponte um momento diferente da fecundação como início da vida.
Aborto é assassinato!
-
25/08/2008 às 13:15
.
Deixe ver se entendi: segundo o pessoal pró-aborto, o feto é como um órgão do corpo da mulher?
Pior ainda, um órgão supérfluo, que pode ser amputado sem grande perda?
O feto não faz parte do corpo da mulher, é um ser humano que ela hospeda.
andre-sc
-
25/08/2008 às 13:13
Para o Salomão das 8:47
“Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.”
Embrião de 3 meses com pensamentos? Auto-consciência? Se quer emitir opnião pelo menos estude para não passar vergonha…
Anônimo
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25/08/2008 às 13:11
TIO REI,
E, no entanto, ele (o feto) VIVE!
Que o STF não autorize o holocausto de brasileiros indefesos!
Carlos Emiliano
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25/08/2008 às 13:07
Tio Rei,
Neste assunto, concordo contigo em um ponto. Tudo se resume à fraqueza humana na adversidade. Ora, é muito mais simples abortar um feto anencéfalo para evitar o sofrimento. Se é certo ou errado, acho que quem o faz sabe. Nossas decisões deveriam ser acompanhadas pela nossa própria idéia de bem e mal, nossas escolhas refletiriam isto e deveríamos conviver com isto. Por que tentar convencer religiosos de que os dogmas que sustentam sua religião estão errados em algum ponto? Por que não assumir que querem fazer e o farão? Será que isto não denota um certo receio do “inferno” ou mesmo da certeza de que estão errados?
Sou de opinião que cada um deve fazer suas escolhar e conviver com elas, mas o que parece que se pretende é que seja o estado a justificá-las, dar aos que fizerem tais opções desculpas antecipadas para que não haja um psicodrama futuro.
Se minha esposa ficasse grávida de um feto anencéfalo, eu optaria, com o consentimento dela é claro, e ela não daria, pelo aborto, mas não ficaria tentando justificar minha escolha com a desclassificação da opinião da igreja e dos católicos.
Antonio Carlos
-
25/08/2008 às 12:57
“…“A vida humana é revestida do atributo da personalidade civil, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral”. …”
Isso quer dizer que se eu cometer o hediondo ato de chutar a barriga de uma grávida de 9 meses até ela abortar, só posso ser acusado de lesao corporal (à mãe), uma vez que “aquilo” que ela despejou não é gente, na opinião do Exmo. Sr. Juiz do supremo que transcreveu tamanha besteira na sua sentença????
É isso???
Outra coisa, engano que é bom esclarecer, aqui mesmo no comentário das 7:15, o Nicão fala de falta de atividade cerebral, não sou especialista mas tenho quase certeza que os fetos anencéfilos TEM SIM atividade cerebral, pois sem atividade cerebral mínima, nenhum dos outros orgãos do nosso corpo funcionam, portanto este não seria uma argumento válido.
To certo tio Rei??
Abraço.
Balcão
-
25/08/2008 às 12:39
É um assunto delicado.
A princípio sou pessoalmente contra o aborto por questões religiosas (minha consciência) mas sou a favor da liberdade. Acho que nem a religião e nem o governo, neste caso, não podem opinar na vida particular das pessoas. Temos o nosso livre arbítrio. Se abortar aos olhos das religiões é pecado, que preguem o assunto nas igrejas e nos templos e conscientizem as pessoas que o aborto não é o caminho reto. Assim sendo, fica da consciência de cada ser humano independente da situação, praticar o aborto ou não. Pois façam campanhas publicitárias sistemáticas para a valorização da vida. Acho que é esse o papel da igreja do século XXI, informar, alertar, não mais excluir e privar as pessoas mesmo não aceitando determinadas situações. Vivemos em um mundo de pecadores.
Quando começa a vida???
A ciência tem sua resposta e a religião também tem a sua. Assim como essa opiniões divergentes o seres humanos, um a um, também o são. Estamos tentando definir o que é certo ou errado em algo completamente impossível de se chegar a uma conclusão lógica e que acompanhará a humanidade enquanto existir mulher dando a luz, cientista escrevendo e apagando, padres pregando e ser humano cagando. Precisamos evoluir muito espiritualmente. Sou cristão e pessoalmente sou contra, ficaria em dúvidas no caso do estupro e do feto acéfalo. Sou gente (Não DEUS). Nessa vida quero apenas a minha liberdade. As contas cada um acerta a sua. Resumindo, sou contra mas libera.
Abraço a todos.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:26
Alô Reinaldo.
Sem dar “pau” na Ciência.
Por Favor.
Os científicos entram sómente com os conceitos e informações da situação do =feto=.
Assim que do ponto de vista dos mesmos,existe a tentativa de se definir os limites conhecidos e práticos do mesmo =feto=.
Quanto aos católicos,mussulmanos,protestantes,que se danem.
O =feto=(seria já um feto?)ainda não escolheu sua orientação religiosa.
Com relação aos casos em que a ciência não é chamada;nem precisa;violações,má-formação,etc,a decisão deve ser dada à vítima e sómente a ela.
Cabe lembrar que em casos de violações,se pode evitar antecipadamente qualquer gravidez.
Assim espero.
abraços
elite
-
25/08/2008 às 12:26
BEM, SE OS MOVIMENTOS INTRA-ÚTERO QUE O CHAMADO ANENCÉFALO APRESENTA SÃO SÓ VEGETATIVOS,E PORTANTO NÃO SÃO CONSIDERADOS VIDA, SAIBAM TODOS QUE O ATO SEXUAL, A DEFECAÇÃO, O ATO DE URINAR E GRANDE PARTE DA ALIMENTAÇÃO SÃO TOTALMENTE CONTROLADAS PELO SISTEMA VEGETATIVO…ENTÃO VAMOS PARAR DE COMER, DE TREPAR E DE IR AO BANHEIRO……
SÓ QUEM NUNCA VIU UM FETO DESTES, MESMO NOS POUCOS MINUTOS EM QUE VIVE FORA DO ÚTERO, COM MOVIMENTOS E ATÉ SONS EMITIDOS, PODE ACHAR QUE ELE DEVE SER SUMARIAMENTE MORTO COMO SE FOSSE UM ANIMAL MORTO PELA MATILHA SÓ PORQUE É MAIS FRACO E PODE ATRASAR A TODOS EM UMA EVENTUAL NECESSIDADE DE FUGA…….
ISTO, VAMOS VOLTAR A VIVER EM CAVERNAS……
Aborto é assassinato!
-
25/08/2008 às 12:22
.
Sou ateu e sou contra o aborto.
Assassinato é imoral até para ateus.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:22
Quanto tempo perdido ! Um bando de juizes safados quererem decidir sobre o corpo de uma mulher. Só quem decide são elas ! Os juizes podem fazer suas leis teóricas a vontade. Na vida real, cada mulher tomará sua decisão. A decisaõ é só dela, individualmente. E fará o aborto, ou não. Legal, ou não. Queira os juizes, a sociedade ou os retrógados ultra-conservadores.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:19
Pare com isto Sr. Reinaldo, todos os países desenvolvidos do mundo legalizaram o aborto e isto é muito bom, menos gente nascendo na miséria e ignorância significa mais desenvolvimento e menos petistas no mundo. Forte Abraço Mauro Itália.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:16
Procure no google em imagens “anencéfalo”.
Sou da opinião de que homens não têm que opinar sobre o assunto.
raphael
-
25/08/2008 às 12:12
Para mim, é meio que óbvio que a vida começa na concepção, pois é a partir daquele momento que a pessoa se desenvolve e se torna aquilo que conhecemos como ser humano. Acredito que o grande problema é colocar a mulher como um ser sagrado enquanto está grávida, que aquela vida que se desenvolve dentro de seu útero é produto de uma conjuntura divina, e que nada nem ninguém possa ter direito sobre o que está ali dentro. Afinal, o útero é da mulher, a vida está sendo gerada dentro da mulher. Para mim, é autoritária a proibição do aborto em um sentido que parece tolher o direito da mulher de não gerar aquela vida. Acredito que a opinião baseada em preceitos religiosos deve ser respeitada - até porque vivemos em uma sociedade democrática e pluralista - mas ela não pode é pautar o debate. Se a mulher não quiser seguir preceitos religiosos, não atribuindo à vida uma aura sagrada, é um direito dela. Defendo a primazia do ser humano que abriga esta outra vida. Seria uma ditadura das grávidas? Podemos dizer que sim, mas é uma solução mais justa. É absurdo retirar a prerrogativa de quem está gerando aquela vida e passá-la para o Estado, ou um grupo social ou quem quer que seja. Criar uma pessoa hoje em dia é tarefa das mais árduas, e mesmo que o aborto não seja uma método contraceptivo - e nem deve ser mesmo - este deve ser uma opção da mulher. Cabe ressaltar que sou homem, que minha opinião não vem carregada de nenhum revanchismo sexual. Apenas defendo o direito da mulher de ter um filho ou não na hora que achar adequado, não ficando refem de leis arcaicas ou preceitos religiosos.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:07
Rei, veja esta:
Senadores colombianos piden investigar a presidentes que apoyan a las FARC
Martes, 19 de Agosto de 2008
EFE - Una comisión del Senado colombiano pidió hoy a la Fiscalía y a las altas Cortes “abrir investigación contra mandatarios que apoyan a las FARC para que la Corte Penal Internacional (CPI) haga lo propio”, informaron fuentes parlamentarias.
La iniciativa, de la senadora y ex ministra de Defensa Marta Lucía Ramírez, fue acogida por la comisión II del Senado colombiano.
“Instamos a la Fiscalía General de la Nación para que inicie las investigaciones penales contra los mandatarios y funcionarios extranjeros cuyas pruebas determinen que han apoyado de múltiples maneras a la guerrilla ‘narcoterrorista’ de las FARC”, señaló Ramírez.
Añadió que ese apoyo es brindado “para cometer crímenes de lesa humanidad y de guerra”, y que altos funcionarios “y especialmente los mandatarios vecinos” están “cobijados por un fuero especial gracias a su cargo, que impide judicializarlos en tribunales ordinarios”.
En la solicitud no se citan nombres de gobernantes o de funcionarios de país alguno.
La constancia y solicitud fue firmada por los senadores de ese comité en momentos en que el Gobierno colombiano ha enviado una nota de protesta a Nicaragua por la concesión de asilo político a una presunta guerrillera de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC).
Las fuentes señalaron que la Fiscalía es la única entidad que puede solicitar a la CPI la apertura de una investigación contra mandatarios extranjeros.
Ramírez recordó cómo la semana pasada, el fiscal jefe de la CPI, Luis Moreno Ocampo, dirigió una carta al Gobierno colombiano solicitando información sobre los procedimientos jurídicos contra los políticos sindicados dentro de la “parapolítica” (que investiga nexos de congresistas con paramilitares).
Moreno también pidió información por los posibles efectos que tendría la extradición de paramilitares a Estados Unidos sobre la reparación de las víctimas del conflicto.
Según Ramírez, “si bien dicha comunicación no es una amenaza contra el Gobierno colombiano, sí es un claro indicio de que la Corte ya está analizando el caso de Colombia con el fin de abrir una investigación contra algunos de los protagonistas de nuestro conflicto por la comisión de crímenes de lesa humanidad”.
La legisladora defendió al Gobierno de Álvaro Uribe y señaló que éste “ha liderado un proceso inédito de enfrentar con la fuerza de las armas del Estado a los agentes de violencia y nuestro sistema judicial ha asumido de manera eficiente las investigaciones judiciales”.
http://www.unionradio.com.ve/Noticias/Noticia.aspx?noticiaid=251475
Anônimo
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25/08/2008 às 11:56
Sempre que abrimos à discussão uma matéria que poderá nos afetar de diversos modos, é salutar que participemos do debate da forma mais aberta possível, sem radicalismos, preconceitos e dogmas de qualquer espécie. O debate deve sempre estar assentado nas boas práticas da tolerância. O nosso problema começa aí: todos acham que a possuem em altas doses, assim como outra virtude “facilmente” encontrada nas nossas relações sociais: o bom senso - é difícil achar alguém que admita espontaneamente que seja carente dele. Julguei oportuna toda essa introdução para lembrar a nós todos que , quando colocamos como inevitável a ciência de um lado e a religião de outro na questão do aborto, os resultados dessas discussões dificilmente trarão sabedoria e luz à nossa sociedade.
Túlio
-
25/08/2008 às 11:55
Acho que tem um ponto perdido aí: qualquer que seja a decisão do STF sobr o caso, ela não obrigará ninguém a praticar o aborto. Cada um continuará com suas opções e convicções pessoais.
Anônimo
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25/08/2008 às 11:48
Com certeza se a maioria católica ou evangélica tivesse como deslumbrar as posições deste governo com relação ao aborto, homosexualismo e a corrupção neste paíz não teria votado np PT. Fomos todos enganados, em nenhum momento estes assuntos foram colocados para debate na campanha. Esperava a melhoria da educação, saúde, emprego, o minimo necessário a uma vida digna. E ele nos deu a bolsa esmola e o apoio a tudo que condenamos.
JB
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25/08/2008 às 11:39
Aborto de Anencéfalos
RESUMO
Em nome de pretensos direitos da mulher, “eles” querem que a deficiência física seja punida com pena de morte.
Anônimo
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25/08/2008 às 11:25
Reinaldo, meu primeiro contato com seus textos se deu no excelente “Por que sou tão reacionário”. Demorei para conseguir localizá-lo na internet, cheguei até a lhe pedir que o colocasse num post, mas, finalmente, consegui encontrá-lo. Em um determinado momento você diz: “Não sou católico. Tentei, é verdade. Não consegui. Mas me fascina o senso de disciplina que emana da Santa Sé, embora reconheça a ineficiência de sua pregação.” Pois é, você expressou muito do que eu gostaria de ter dito. No entanto, depois, você começou a se dizer católico. Continuo a admirá-lo e gostaria que você explicasse o que mudou. Um grande abraço.
Anônimo
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25/08/2008 às 11:25
EXCELENTE!!!
SENSACIONAL!!!
Subscrevo,TOTALMENTE,caro Reinaldo!!!
KIRK (Católico conservador)
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:22
A democracia destes libertários e tão linda. Deveriam todos se mudarem para a China, Cuba, Rússia, etc. Muito mais condizente com a realidade destes estúpidos socialistas anarquistas.
Alisson
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25/08/2008 às 11:16
Sinto um certo equívoco no seu texto sobre o aborto. Por que? Caso seja aprovado a lei, irá fazer aborto quem quiser e não quem uma autoridade especial para o caso queira. Se o aborto for legalizado não quer dizer que todas as mulheres abortarão. Isso é uma questão de escolha, de princípios. Muitas mulheres querem ser mães e mesmo as que não tem muitas condições para tal querem ter filhos e não ligam de se sacrificarem um pouco mais. Mas há os casos contrários também.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:09
Ninguém tem nada com o que o rebanho do Bento XVI acha ou deixa de achar. Os católicos podem fazer o que bem entender. E, por isso mesmo, eles não podem interferir na vida de quem não é católico. Simples assim.
É católico? Ótimo, não use tratamentos derivados de pesquisas com células tronco; e não aborte nos casos de anencefalia, estupro ou risco de morte da mãe. Mas não tente impor essa conduta aos outros.
Proselitismo de padre tem hora: a homilia.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:03
Reinaldo, sou radicalmente contra o aborto, mas não por questões religiosas, ou de quaisquer dogmas, ou de argumentos “assim, ou assado”.
No fundo, sou uma hermetista que crê na causa e efeito como conceito indelével, que valida a expansão deste cosmo.
Sou, portanto, absolutamente a favor de qualquer conseqüência.
Nas questões humanas, copular ou não é exercício de livre-arbítrio, mesmo que somente de um dos elementos.
O que se deve discutir é vida, seja ela de que forma for, posto que, ela em si, é causa e efeito.
O quê a ciência considera válido ou não, ou o quê as religiões, ou seitas, consideram divino ou não, acaba sendo uma discussão de causas confusas e de efeitos obscuros.
Grande abraço.
Daisy
GMCJ
-
25/08/2008 às 10:58
Apesar de respeitar as opiniões alheias, o aborto é um assunto que eu sempre evito discutir com quem quer que seja. Sou absolutamente contra. Vejo do lado espiritual, com as consequências que a interrupção da vida, em qualquer circunstância, trará para a evolução da mãe que pratica esse ato. Claro que existe o livre arbítrio, e sobre isso não podemos ter nenhuma influência. Aqueles que defendem essa prática com certeza computarão um débito importante em sua conta pessoal. Cada vez mais respeito a sua coragem e independência. Como já disse, gosto muito de às vezes discordar de pessoas cultas como vc. Aprender é sinal de humildade.
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:57
Se alguém lhe derruba e quebra seu braço, qual atitude tomar, se esse braço vai ficar deformado para o resto de sua vida?
Para aqueles que defendem o aborto, após o estrupo, seria o mesmo que cortar esse braço e jogar fora, pois é algo indesejavel. Seu braço revoltado irá “indagar” que culpa tem pra ser destruído!
Ora, o feto, sendo de qualquer procedência, tem alguma culpa pra ser assassinado?!
Mesmo proveniente de algum acidente, como o estrupo, poderá ser uma pessoa fantástica no futuro.
E quanto aos que não tem seu cerebro completo, temos muitos por aí, já adultos (se não sabem raciocinar é por não ter o cerebro completo ou atrofiado), fazendo muito barulho para que os novos não tenham o direito de viver e como os direitos são iguais, deveriam pensar no mesmo tratamento pra eles próprios.
Ex-petista
-
25/08/2008 às 10:36
Reinaldo,
Manchete da Folha Online hoje:
“Fidel Castro defende atleta cubano que chutou cabeça de juiz em Pequim”
Olha só o coma andante suspeitando de uma conspiração contra o esporte cubano.
Alguém ainda leva a sério essa besta?
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:34
Há uma entrevista interessante do Ives Gandra sobre aborto: http://www.youtube.com/watch?v=x8JEcU1v7FY
abs
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:15
Prezado Reinaldo,
Desculpe mas, PQP!!!!!!!!
Primeiro: não dá para ouvir mais o argumento de que as mulheres têm o direito de fazer o que quiserem com seu corpo!!! Mas que corpo? Querem matar um inocente que, temporariamente, está no útero e acham que o pequenino faz parte do corpo? Como se fosse uma prótese de silicone ou peruca loira!! Outra coisa, usem esse argumento para não usar cinto de segurança. Vamos ver o que o guarda de trânsito vai dizer (ou escrever no talão de multas).
2º O aborto só poderia ser aceito se houvesse reciprocidade, ou seja, se as crianças também pudessem jogar no lixo suas “mamães”.
3º A terceira hipótese para o aborto legal é ser o indigitado pedaço de corpo ser filho de pai ou de mãe petralha, comuna ou assemelhado. O mundo ficaria bem melhor!
Esses e essas anencéfalos que defendem o aborto, com certeza, devem ser contra a pena de morte para crimes contra a vida, né?
Que raiva que dá!!!!
simplesmente maria
-
25/08/2008 às 10:15
Seu texto é admirável e sua argumentação sólida. Acho que você deveria ser convidado para o debate no Supremo.
Vejo como ponto importantíssimo nessa avaliação o comentado pelo Anônimo das 6:59 AM: toda mulher que aborta hoje arrepender-se-á amanhã. O drama de pôr termo a uma vida pesa nas consciências individuais e na consciência coletiva, inevitavelmente. É como a pena de morte: quantos inocentes não receberam aquela injeção nas veias, sendo depois confirmados como inocentes? e no passado quantas pessoas não foram levadas para a fogueira, acusadas de bruxaria e heresia, quando poderiam ter trazido uma contribuição importante para a vida?
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:04
Agencia Estado - 25/8/2008 8:44
Investigação de dirigente do PT preocupa Planalto
A investigação da Polícia Federal que ameaça o secretário de Relações Institucionais do PT, Romênio Pereira, preocupa a cúpula do partido e o Palácio do Planalto. Motivo: a suspeita de que Romênio integra um esquema de desvio de verbas públicas, levantada pelo Ministério Público, atinge o PT em plena campanha eleitoral e põe mais uma vez o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na berlinda, no rastro da Operação João-de-Barro, comandada pela PF.
Pressionado, Romênio pediu afastamento de suas funções na Executiva do PT por 60 dias, mas petistas temem que o caso volte a desgastar o partido e ressuscite a pecha de corrupção que abalou a sigla após o escândalo do mensalão, em 2005. Além disso, as denúncias serviram para atiçar a guerra interna entre correntes do PT. O espinhoso assunto contaminará na quarta-feira a reunião da Executiva, antes marcada apenas para discutir eleições.
Adversários de Romênio no partido afirmam que a acusação causará impacto no Movimento PT. Trata-se de uma ala de centro no mosaico ideológico do petismo, também reforçada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP). Na outra ponta, aliados do secretário licenciado dizem nos bastidores que haverá troco se o antigo Campo Majoritário e a Democracia Socialista engrossarem com Romênio, porque o Movimento PT fará barulho para pedir a punição de dirigentes desses grupos, também citados em suspeitas de irregularidades. Na prática, porém, a direção do partido não quer mexer nesse vespeiro, muito menos na temporada de eleições.
Romênio teve a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e entrou na mira do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, depois que investigação da PF apontou indícios de seu envolvimento com uma quadrilha que fraudava obras públicas em Minas e desviava recursos do PAC. Detalhe: o programa é o xodó da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Pelos cálculos do MP, a cifra desviada chegou a R$ 700 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:48
Eu acho que a maioria catolica no Brasil é so´uma marca-selo- estampa; se fossem catolicos ou verdadeiros evangelicos nao teriam votado no Lula e candidatos comunistas-materialistas.
Se fossem verdadeiros Cristaos, nao aceitariam esses absurdos-abominacoes do governo Lula.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:42
O que tenho a dizer a respeito do aborto de fetos anencefálicos? Que, se minha esposa ficasse grávida de um feto anencefálico, a criança nasceria, viveria, morreria e nós, eu e ela, continuaríamos nossa vida com a consciência tranquila, com a certeza do dever cumprido perante nós mesmos, nossos antepassados e Deus. Fazer o aborto seria carregar um pesado fardo moral/espiritual pelo resto da vida. Hoje, defende-se o aborto de fetos anencefálicos. Amanhã, será a vez do aborto de fetos com síndrome de down. Arrajam argumentos ‘robustos’ para tudo. É por aí Reinaldo…
Mario Arone
-
25/08/2008 às 9:33
Impecável!!!
Mario Arone
JV
-
25/08/2008 às 9:23
O cienticismo, isto é, a crença de que todo conhecimento humano se origina na ciência (e o que não pode ser medido não existe), é um dos 2 pilares do subjetivismo (o outro é o politicismo), causa da insanidade intelectual de nosso tempo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:19
IncomPTentes nu puder.
ESTÃO ROUBANDO O BRASIL!
Coronéis sindicalistas aloprados. XÔ IncomPTentes!
Notícia:
Investimentos foram de R$168 mi, diz Nuzman - Números superam em R$78 milhões os gastos com os Jogos de Atenas. LANCEPRESS! - Durante uma entrevista coletiva, o presindente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman afirmou que o investimento na equipe brasileira para a Olimpíada de Pequim foi de cerca de R$ 168 milhões, que superam em R$78 milhões os gastos com os Jogos de Atenas.
MAS TIVEMOS UM DESEMPENHO PIOR, POIS LÁ (ATENAS)FICAMOS EM 16º E AGORA (CHINA) FICAMOS 23º - HÁ MUITA INCOMPETÊNCIA E NENHUM PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO. O ATLETA QUE SE VIRE. ATÉ PORQUE ELE ATLETA NÃO É SINDICALISTA.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:09
Reinaldo,obviamente eu desprezo os imbecis que tentam usar suas convicções religiosas como “fator de corte” para os seus argumentos(nem se preocupam em entendê-los), mas eu sou a favor do aborto dos anencéfalos, neste pnto ,pelo menos, sou cartesiano:penso logo existo.A capacidade de pensar e de sentir são o definidor da vida humana.E,neste aspecto quem sente é a mãe e não se pode obrigá-la a gerar em seu útero durante nove meses um defunto.
Você pode dizer que este argumento levaria imediatamente ao aborto antes da formação do cérebro(eu,particularmente, sou a favor)mas não é bem verdade pois no caso de um embrião sadio você sempre pode supor que a pontencialidade de tornar-se humano já confere à ele um caráter sagrado.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:08
Pois é, cabe lembrar que a ciência não é exata e inquestionável. Chega a ser ridículo ter que afirmá-lo em pleno século XXI, mas lá vai:
A ciência se estabelece através de acertos e erros. Toda teoria é aceita, apenas até que uma nova surja para refutá-la.
Portanto, para os babacas que acham que a ciência pode definir quem tem o “direito” de viver, ou mesmo onde começa a vida humana, lembrem-se que um dia se acreditou que a Terra era plana e era o centro de nossa galáxia. Claro, temos ainda outras pérolas sensacionais como a supremacia racial ariana e a eugênia (que segundo conta, ainda são levadas à sério pelo regime comunista chinês).
Não sei se sua menção ao budismo foi depreciativa, mas mesmo assim gostaria de deixar claro que mesmo para esta religião o aborto é um pecado. Na verdade, acho que nenhuma religião aceita esta prática, tirando talvez os amáveis costumes indigenas tão idolatrados pelos aloprados do momento.
Recomendo uma leitura muito boa para os curiosos sobre as similariedades entre o cristianismo e o budismo: “O Monge e o Lama - Diálogo Entre Budismo e Cristianismo” da Editora Bertrand.
É curioso como as religiões em si possuem tanto em comum. O problema essencial parece ser apenas um, deveriamos praticar mais o que pregamos. O materialismo e o cinismo precisam parar.
Salomão Cohen
-
25/08/2008 às 8:47
Não acredito que estejam querendo “calar” os católicos. O que eu vejo, Reinaldo, é justamente o contrário. Dizer-se que é a favor do aborto hoje é ser moralmente degradado por uma boa parcela da população.
Dizer que a vida como nós a conhecemos começa na fecundação ou aos 3 meses, quando o sistema nervoso central está se formando, é questão de parâmetro individual. Se você for pela religião, então o zigoto já tem uma
“alma” e portanto se equivale a nós. Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.
Ainda, o debate é sobre opção de aborto. O que se defende é que as pessoas tenham livre arbítrio para decidir. Dependerão de suas escolhas: religião ou ciência?
Religiosos continuarão a ter seus plenos direitos de levar uma gestação de anencéfalo ao termo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 8:24
Gosto de lê-lo. Mas quando o assunto é religião, VOCÊ DÁ SONO.
Bem vindo ao século XV.
Anônimo
-
25/08/2008 às 8:11
Olá Reinaldo>
Entendo sua posição sim, mas você não crê que neste caso(como em outros), a Ciência acaba se tornando um dogma, suprimindo as discussões ?
E assim (em relação ao sujeito e objeto de análise da Ciência)a discussão se retro-alimenta ignorando o dogma religioso.
Anônimo
-
25/08/2008 às 7:45
Reinaldo,
O fetiche com os cientistas eh perigoso. Sao especialistas em suas respectivas areas mas fora delas sao seres falhos e tao morais/imorais quanto qualquer pessoa.
Se as pessoas soubessem das brigas por verbas nos departamentos, dos argumentos usados nos conselhos, dos incontaveis preconceitos proferidos por aqueles que em publico se mostram tao infaliveis, veriam que sao pessoas comuns munidas de excelentes argumentos a favor de seus interesses e crencas. Mas tais interesses e crencas seguem o mesmo padrao de qualquer ser humano comum, somente sao melhor defendidos.
Mas nem tao bem defendidos, ha muito jogo de cena.
Como ja disse, sao especialistas em suas areas e a melhor maneira de ve-los perderem a posse eh analisar a questao por eles apresentada sob um ponto de vista muito especifico ao qual devotaram bastante tempo para remover vulnerabilidades, sob um ponto de vista diferente, mais geral, analisando diversos aspectos e impactos em variados niveis das ideias que defendem, expandindo a questao ate tornar visiveis todos os incentivos e possiveis consequencias sobre a sociedade como um todo em todos os seus aspectos (juridico, social, economico, politico, etc).
A tipica reacao eh retomarem o ponto de vista restrito sobre o qual trabalharam arduamente para torna-lo inatacavel. Reagem como surdos e escolhem debater somente com os que aceitam o ponto de vista restrito por eles considerado como unico contexto valido para a discussao. Qualquer argumento fora disso eh ignorado ou taxado de alguma coisa que signifique ser anti-ciencia, anti-modernidade, etc.
Mais uma coisinha, um grupo de cientistas nao fala pela ciencia pois na academia ha cientistas com os mais variados valores e opinioes, uns discordantes dos outros, todos com excelentes argumentos contra os argumentos dos demais. Voces acham que os mais duros golpes na questao do aquecimento global tem sido dados por empresarios e politicos?
Portanto, cuidado com esse fetichismo todo pois os cientistas sao pessoas moralmente comuns, cuidado com o contexto que eles definem para as discussoes pois eh o contexto que eles escolheram por terem mais chances de vencer a discussao e ao qual se dedicaram bastante tempo para torna-lo quase invulneravel, cuidado com tomar a voz de um grupo de cientistas como a voz da ciencia, isso faz parte do jogo de cena, procure as opinioes de outros cientistas com reputacao internacional, preferencialmente de fora do Brasil, ha muita coisa na Internet.
Em suma, seja critico e se informe, nao seja mais uma ovelha.
Anônimo
-
25/08/2008 às 7:34
É isso mesmo! Excelente. Não havia pensado assim. Muito bom, principalmente o parágrafo abaixo:
“Na forma como está posto o debate — mais uma vez, vai-se definir o que é “a” vida —, em vez da fraqueza que humaniza, a arrogância que constrange. Mas não é o apocalipse. O humanismo prosperou em meio a adversidades. O cristianismo também. São batalhas de fôlego longo.”
Quanto ao STF decidir, qual seria a opção?
MAM
WEIMAR
-
25/08/2008 às 7:20
É preciso ter crença religiosa pra concordar muitas vezes com o Reinaldo, inclusive em vários aspectos da questão sobre aborto? Pergunto e eu mesmo respondo: Não!
É preciso ser contra o aborto, quaisquer que sejam as condições de cada caso concreto, pra concordar em muitos pontos com o Reinaldo? Volto a perguntar e torno a responder: NÃO!
É preciso ser contra o aborto pra reconhecer que vários dos argumentos levantados em favor da sua prática são produtos da estupidez humana? Pergunto por fim e respondo sem titubear: NÃO!
Weimar
Nicão
-
25/08/2008 às 7:15
Reinaldo, todos os teus argumentos contra são aceitáveis, mas, o problema, é que existem outros tantos, aceitáveis também, a favor. Por isso, gosto da “convenção” da falta de atividade cerebral. Se a “convenção” serve para transplante de orgãos, ou para, simplesmente, autorizar o enterro de um corpo - convenção científica aceita pela Igreja, é bom frisar - deve servir para o caso do aborto no caso de anencefalia, e, também, no caso das pesquisas com células-tronco, porque não? Infelizmente, temos que ter certas “convenções” que, de alguma forma, tragam o debate para o campo da razão, e, felizmente, ou infelizmente, sei lá, a ciencia é o caminho mais propício para tratarmos de temas que tendem a ser explosivos, vistos de outra forma - sob a orientação religiosa, por exemplo. É bom lembrar que alguns procedimentos médicos invasivos já foram considerados “coisa do demônio” e, hoje, só não são porque a ciência comprovou a sua utilidade, que passou a ser aceita pela comunidade religiosa e que tornou-se responável pelo aumento da qualidade de vida média. Por isso, ainda, prefiro a discussão científica, que, por mais imperfeita que poossa parecer, trabalha com dados concretos.
Dmss
-
25/08/2008 às 7:03
O materialismo leva sim ao genocídio; são os regimes materialistas que já assassinaram mais de 200 milhões em todo mundo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 6:59
Aqueles favoráveis ao aborto são os mesmos que não concordam que maus empregados sejam demitidos; que culpados sejam punidos; que responsabilidades sejam assumidas, etc. etc. etc.
sei que não é moderno, nem pós moderno, ter preocupações de ordem espiritual (por isso este povo é “tão feliz”!?)mas querer discriminalizar o aborto e macular de mágoa a natureza feminina, pode?
toda mulher que aborta hoje arrepender-se amanhã.
Ninguém atenta impunemente contra a própria natureza. O que se devia era pensar como fazer para evitar a gravidez indesejável.
Responsabilidade e informação são instrumentos úteis e de fácil acesso.
Uma escola estadual do Vale do Paraíba reduziu à zero seus altos índices de gravidez precoce apenas com trabalho de informação dos estudantes através de exercícios de visualização.
Ou seja, é possível outras saídas além daquelas consideradas mais fáceis.
Lenicio
-
25/08/2008 às 6:24
Reinaldo,
Minha posição sobre o aborto é muito clara: eu acho que as mulheres deveriam ser desencorajadas a fazê-lo por razões fúteis, mas não vejo como criminalizar uma atitude da mulher sobre o próprio corpo, ainda que haja outro ser humano a habitá-lo. Eu não faria aborto (obviamente, se eu fosse mulher), mas não acho que deveria ser crime em nenhuma circunstância.
Eu sou ateu, mas essa minha opinião é ainda da época em que eu era católico. Eu acompanho com afinco suas opiniões aqui no blog e acho que temos muito mais afinidades do que discordâncias. Mas uma coisa não me é clara e eu agradeceria muito se você explicasse: a sua opinião sobre a lei atual, que permite o aborto em caso de estupro ou de risco de morte para a mãe.
Um abraço,
Lenicio Carneiro
médico nefrologista
Recife-PE
Sharp Random
-
25/08/2008 às 5:51
O materialismo impor-se como realidade existencial é o verdadeiro obscurantismo pois não existe comprovação científica disso em lugar algum do planeta.
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- 25/08/2008
- às 5:35
- ABORTO E INTOLERÂNCIA
Há formas sutilmente autoritárias de silenciar o debate ou esmagá-lo. O mais corriqueiro hoje em dia é afirmar que se está falando em nome da ciência. Ela seria uma espécie de redutor de todas as contendas, anulando quaisquer outros princípios ou realidades, como ética, moral, crença religiosas etc. Diante dela, todo o resto estaria desautorizado. Assim, em questões que nos dividem, conviria convidar esse juiz neutro: o cientista. Sempre? Bem, imaginem a seguinte situação: quem é o melhor poeta moderno, Fernando Pessoa ou Yeats (podem botar um outro qualquer entre as alternativas)? E o melhor escritor brasileiro: Machado de Assis ou Guimarães Rosa? Ah, chamemos os cientistas. Eles saberão responder essas e outras questões. Os cientistas são como os bárbaros daquele célebre poema de Constantino Kafávis: quando eles chegarem, resolverão tudo. Não precisamos ter moral até lá. Os bárbaros a terão por nós.
Seria, claro, ridículo convocar a ciência para definir o melhor poeta moderno ou o melhor romancista brasileiro de todos os tempos, não? A questão é séria e ampla (!) demais para ser respondida por um conjunto de saberes supostamente inequívocos. Já com a vida humana, tudo parece mais fácil. Sim, um tanto constrangido por meu primitivismo, por este meu viés terrivelmente autoritário, atrevendo-me a falar quando deveria, obviamente, silenciar ou ser silenciado, ouso dizer que sou, sim, contrário a que seja o STF a definir a terceira situação em que o aborto seria legalmente permitido — as duas outras são em caso de estupro e de risco de morte da mãe. Não vejo como o tribunal possa acrescentar um dado novo ao Código Penal. Mas digamos que o entendimento seja o de que pode, sim, fazê-lo. A minha restrição não se restringe ao rito legal: é também de princípio.
E é nesse ponto que o debate sempre desanda. Na minha profissão, no meio em que vivo, e dadas as pessoas com as quais me relaciono, chega a ser quase exótico que me diga “católico”. Há até quem diga: “Ah, vai, Reinaldo, não é tanto assim, né?” Eu, de fato, não sei o que é ser católico “tanto assim” ou “tanto assado”. E também não tenho idéia sobre as fantasias das pessoas em relação a isso: será que rezo, que me mortifico, que acendo velas votivas? “Usa cilício (com “c” mesmo)?”, já me perguntaram. Talvez imaginem que minha opinião em relação ao aborto tenha uma dimensão sobrenatural, com toda a cadeia de horrores conseqüentes — segundo imaginam alguns —, caso eu contrarie as “determinações” de minha fé. Bem, tudo isso é bobagem e, como já disse, fantasia.
Incomoda-me e constrange-me, aí sim, a qualidade de alguns argumentos que, acredito, degradam a vida humana, tornando-a não mais do que derivação de escolhas práticas, pragmáticas, segundo as teses influentes da hora. O cristianismo foi mesmo só essa história de horrores escrita pelos iluministas? Olhem, há uma vasta bibliografia indicando que não. E nem vou, neste texto, estender-me sobre o assunto. Eu, de fato, não me sinto à vontade — e suponho que não me sentiria nem que fosse ateu ou agnóstico, mas não tenho como prová-lo, obviamente — para decidir que vida, em que quantidade e em que condições, merece ser vivida. Sinto-me um juiz insuficiente. Outros são mais sábios do que eu. Sentem-se tão certos em sua ciência como estariam em um “budismo qualquer”. Louvo-lhes sabedoria ou ligeireza. Mas é outra a minha natureza.
Quando digo que a minha restrição principal nem é a religiosa, não estou, de modo algum deslegitimando aqueles que protestam e se organizam em nome da sua religião. Salvo engano — e até que não prospere, sei lá, um modelo chinês no Brasil, que tem uma igreja única: o partido —, tais manifestações fazem parte da vivência democrática. E são legitimas.
Quando se debateu a legalização das pesquisas com células-tronco embrionárias, assistimos a um formidável show de intolerância. Dos católicos, que se manifestaram contra? Não! Daqueles que acusavam a ilegitimidade dos protestos católicos, acusados de maximizar a decisão, vendo nela a ante-sala da legalização do aborto. O então relator da questão, ministro Ayres Britto, escreveu com todas as letras: “A vida humana é revestida do atributo da personalidade civil, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral”. E isso contou com a aprovação da maioria do tribunal. Ora, não há aí qualquer ambigüidade, há? O que ainda não foi expulso do útero, segundo o texto, vida humana não é. Não posso assegurar que se vá fazer com isso o horror, mas há aí uma janela inequívoca para ele.
A tendência é que o STF se comporte, nesse caso, como se comportou no das células-tronco. Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Ayres Britto certamente se posicionarão a favor do aborto em caso de anencefalia. É o que se pode deduzir lendo entrevistas que concederam sobre assuntos correlatos. Joaquim Barbosa, consta, também. Tendem a se opor Carlos Alberto Direito, Cezar Peluso, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. O desempate ficaria para duas ministras, Ellen Gracie e Carmen Lúcia, e, eventualmente, para o presidente da Casa, Gilmar Mendes.
Posso ser pessimista — e, no geral, acho uma atitude intelectualmente prudente, embora não moralmente superior ao otimismo —, mas não sou apocalíptico. Os petralhas já começaram a gritar: “Vai perder, vai perder de novo…”, como se fosse um campeonato. Huuummm, não perco nada pessoalmente. Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas.
Na forma como está posto o debate — mais uma vez, vai-se definir o que é “a” vida —, em vez da fraqueza que humaniza, a arrogância que constrange. Mas não é o apocalipse. O humanismo prosperou em meio a adversidades. O cristianismo também. São batalhas de fôlego longo.
Para arrematar
Observo, finalmente, que, mais uma vez, os católicos são acusados — e logo alguém evocará o papa em tom panfletário — de obscurantistas e autoritários porque, dizem, pretenderiam impor a sua religião a um estado leigo etc, etc, etc. Não pretendem nada! Eles apenas dizem o que pensam e expressam um ponto de vista, direito que assiste até mesmo a Federação Nacional dos Fabricantes de Polainas — ou será que aqueles deveriam ter menos prerrogativas do que estes?
E noto ainda: não entendo por que a, vá lá, “nossa” aprovação, em questões como essas, é tão importante. Querem distribuir camisinhas nas escolas. E distribuem. Lamentam que os católicos sejam contra, uma gente que vive mesmo na Idade Média… Querem distribuir pílulas do dia seguinte a meninas, mesmo sem o conhecimento dos pais. E distribuem. E dizem: “Esses católicos são realmente do arco-da-velha” (de fato, do Arco da Velha Lei, ou da Lei da Velha Arca). Querem, e o movimento é este, legalizar o aborto, mas, antes, exigem que os católicos entendam que etc, etc, etc. Oram, façam suas políticas — para tanto, são livres de peias, num estado laico —, e deixem que os católicos se manifestem. Por que é preciso ter a sua anuência?
Às vezes, parece que os próprios defensores de tais práticas só se sentiriam de fato convencidos se, antes, convencessem “os católicos”, por quem nutrem, não obstante, indisfarçável desprezo. Não podendo fazê-lo, então optam por outra forma sutil de censura: tentar ridicularizá-los como seres que rejeitam o aporte da ciência e que advogam um mundo de trevas.
Assim é se lhes parece. E, no entanto, não é.
Por Reinaldo Azevedo
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97 Comentários
Anônimo
-
26/08/2008 às 14:56
” Pr. Cláudio Moreira disse…
Reinaldo:
Sou pastor evangélico da Igreja do Evangelho Quadrangular, e como a imensa maioria dos evangélicos pentecostais, sou contrário ao aborto. Frustra-me, no entanto, que o STF tenha escolhido ouvir sobre o assunto a Igreja Universal do Reino de Deus, ÚNICA igreja evangélica favorável ao aborto em todo o país (talvez no mundo) e, não por acaso, ÚNICA igreja evangélica do país que é majoritariamente lulista. Como dizia Jesus,os demônios não andam sós. Quando encontram uma casa limpa e adornada, convidam outros sete pra habitar nela.
A Igreja Universal está sendo convidada para este debate por causa de um equívoco que é cometido, em grande parte, pelo conjunto da sociedade civil: imaginar que ela seja a MAIOR igreja evangélica. De forma alguma. Ela é, com certeza, a mais midiática, inclusive por conta de alguns métodos pouco ortodoxos. Se o STF quisesse uma opinião verdadeiramente representativa do nosso segmento, deveria ter convidado a Assembléia de Deus, esta sim, a maior e mais antiga igreja evangélica do país, com quase 100 anos de presença na nação.
Por que o Supremo não convida o pastor Silas Malafaia, feroz combatente do aborto (que, inclusive, já usou citações de Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo em pregações que assisti sobre o tema)?
Está se banalizando tudo neste país. Até mesmo o direito à vida.
Lamentável.
10:29 AM”
Parabéns,caro Pastor Cláudio Moreira!!!
Todos os cristão DEVEM estar SEMPRE unidos,nunca separados ou divididos!!!
Subscrevo,TOTALMENTE,o seu comentário!!!
Acompanho e admiro o EXCELENTE,MARAVILHOSO,SENSACIONAL e IMPRESCINDÍVEL trabalho evangelizador do Pastor SILAS MALAFAIA,que citei-o em outro comentário,sobre a questão do CRIME DE ABORTO!!!
KIRK ( Católico CONSERVADOR )
Pr. Cláudio Moreira
-
26/08/2008 às 10:29
Reinaldo:
Sou pastor evangélico da Igreja do Evangelho Quadrangular, e como a imensa maioria dos evangélicos pentecostais, sou contrário ao aborto. Frustra-me, no entanto, que o STF tenha escolhido ouvir sobre o assunto a Igreja Universal do Reino de Deus, ÚNICA igreja evangélica favorável ao aborto em todo o país (talvez no mundo) e, não por acaso, ÚNICA igreja evangélica do país que é majoritariamente lulista. Como dizia Jesus,os demônios não andam sós. Quando encontram uma casa limpa e adornada, convidam outros sete pra habitar nela.
A Igreja Universal está sendo convidada para este debate por causa de um equívoco que é cometido, em grande parte, pelo conjunto da sociedade civil: imaginar que ela seja a MAIOR igreja evangélica. De forma alguma. Ela é, com certeza, a mais midiática, inclusive por conta de alguns métodos pouco ortodoxos. Se o STF quisesse uma opinião verdadeiramente representativa do nosso segmento, deveria ter convidado a Assembléia de Deus, esta sim, a maior e mais antiga igreja evangélica do país, com quase 100 anos de presença na nação.
Por que o Supremo não convida o pastor Silas Malafaia, feroz combatente do aborto (que, inclusive, já usou citações de Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo em pregações que assisti sobre o tema)?
Está se banalizando tudo neste país. Até mesmo o direito à vida.
Lamentável.
Daniela • Brasileira Insone
-
26/08/2008 às 1:25
Disse tudo, Rei:
Eu, de fato, não me sinto à vontade — e suponho que não me sentiria nem que fosse ateu ou agnóstico, mas não tenho como prová-lo, obviamente — para decidir que vida, em que quantidade e em que condições, merece ser vivida. Sinto-me um juiz insuficiente. Outros são mais sábios do que eu. Sentem-se tão certos em sua ciência como estariam em um “budismo qualquer”. Louvo-lhes sabedoria ou ligeireza. Mas é outra a minha natureza.
E também gostei muito do que você escreveu sobre pessimismo.
Roberto Domingos
-
25/08/2008 às 22:18
Peço desculpas ao Sr Hugo Borges e ao ilustre jornalista, pela intromissão, mas ser taxado de mal educado para mim é menos penoso que ser taxado de omisso, urge aqui a necessidade de uma resposta.
Ainda que já tenha sido levantada aqui a questão da “eugenia”…acredito ser bastante esclarecedora esta matéria tirada de uma organização espanhola.
Hoje Anencefalia e Síndrome de Down… Amanhã, qual vida será
qualificada de descartável ??????*
Nove de cada 10 bebês com síndrome de Down são abortados na Espanha
http://www.fundacionvida.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1066&Itemid=2
Nove em cada 10 crianças com síndrome de Down deixar de ter nascido na
Espanha, segundo denúncia Jose Antonio Diez, coordenador geral de ANDOC
(Associação Nacional para a Defesa do direito à objecção de
consciência). Isto significa que a Espanha violou a Convenção das Nações
Unidas sobre Deficiência, recentemente ratificada.
De acordo com Diez, em 94,5% dos casos de diagnóstico pré-natal indica a
presença de síndrome de Down, a criança é abortada. Desta forma, “o
diagnóstico deixa de o ser, para se tornar uma eugenia prática de retirar as
crianças com mais ou menos graves defeitos. Ao médico não vai ter a
liberdade de oferecer alternativas “, e por essa razão, surgiu a consciência
objecção contra diagnóstico pré-natal que não tem cura médica. Este é o caso
de uma ginecóloco de Algeciras, o que trouxe o seu caso de oposição aos
tribunais, Diez explicou.
Os abortos descriminalizados pelo terceiro curso, do artigo 417 º do Código
Penal ( “acreditando que o feto vai nascer com graves deficiências físicas
ou mentais”) deixam de 3% do total, e, assim, no ano passado, foram cerca de
3.000 . Desde 1985 é de aproximadamente 50.000. As tarefas são incluídos na
prática, o SD ou trissomia 21, Trissomia 16 e Trissomia 18, espinha bífida,
anencefalia, microcefalia e malformações cardíacas ou membros cortados. A DS
(Síndrome de Down) é registrada uma em cada 700 gravidezes (15 em 10.000).
Em Espanha, o espanhol Estudo Colaborativo de Genéticas Anormalidades (2004)
já indicou uma incidência inferior a metade: 7,11 em 10.000. 53% dessas
gestações terminou em aborto. Hoje é suposto que passar 90%. Mas não há
estatísticas. Nem mesmo quanto à quantidade de pessoas com SD que vivem no
nosso país. Os últimos dados da Federação das instituições espanholas estão
Síndrome de Down 2002: 32.000 pessoas.
De acordo com a fundação Linha de Cuidados para as Mulheres, o terceiro caso
de aborto envolve a discriminação contra pessoas portadoras de deficiência
incompatíveis com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
adoptada pelas Nações Unidas em Nova Iorque, em 13 de dezembro de 2006.
Espanha assinou a Convenção em 3 de dezembro de 2007, e entrou vigor no
passado mês de Maio e 3. Em seu artigo décimo, “Os Estados Partes reafirmam
o direito inerente à vida de todos os seres humanos e de tomar todas as
medidas necessárias para assegurar o gozo efectivo desse direito por parte
das pessoas com deficiência numa base de igualdade com os outros.”
Acho que aqui fica claro que “aprovar o aborto nessa situação abrem-se as portas para a eugenia!”
Isto não é uma questão futura, mas bastante atual.
A tradução da matéria foi feita de forma automática pelo GOOGLE.
Obrigado.
Tania Varella
-
25/08/2008 às 21:58
O STF VAI DECIDIR SE EH LEGAL OU NAO O ABORTO NESTA CONDICAO ESPECIFICA - NINGUEM SERA OBRIGADO A FAZER UM ABORTO. CONFORME NO CASO DE ESTUPRO. OS ESPECIALISTAS SAO CHAMADOS PARA EXPLICAR AOS GENERALISTAS AS LACUNAS DA PERCEPCAO DE UM OU OUTRO ASSUNTO. SOU MULHER E ACHO QUE TER A PRERROGATIVA DE DECIDIR SOBRE ISTO SEM CAIR NA ILEGALIDADE E MUITO IMPORTANTE. PRINCIPALMENTE EM UM PAIS COMO O NOSSO QUE O ESTADO MAL PROVE AUXILIO AOS DEFICIENTES QUANTO MAIS NESTES CASOS MAIS SERIOS. ACHO MUITO IMPORTANTE DEIXAR DE IGNORAR O ASSUNTO PRINCIPALMENTE PARA AS MULHERES POBRES. A IGREJA NAO VAI CUIDAR DE NINGUEM. SOU CRISTA MAS A IGREJA CATOLICA E MUITO DISTANTE DOS SEUS FIEIS.
André Flandres
-
25/08/2008 às 20:06
Caro Reinaldo, a minha indagação a seguir é sincera e desarmada. Respeito - “valorizo” talvez seja a expressão mais apropriado - muito as tuas opiniões, e o fato de eu ser ateu só costuma reforçar essa estima, porquanto faz com que eu não adira a teus pensamentos por mera conveniência ou preguiça intelectual, como poderia fazer alguém que comunga da mesma fé.
Note que não ignoro que as tuas idéias acerca do assunto não são necessariamente vinculadas ao teu sentimento religioso. Apenas estou ciente que muitas pessoas podem pensar que são, inclusive católicos - ainda que muitos possam não saber exatamente o que isso significa - que acabam “concordando” com o teu pensamento e opiniões sem refletir, mas por pura afinidade religiosa, ainda que superficial.
Portanto, feitas as devidas considerações iniciais, gostaria de compreender melhor a tua restrição ao argumento do uso de embriões que seriam jogados fora de qualquer jeito, o qual consideraste o “hit da imbecilidade”.
Acredito compreender que tem a ver com uma questão de princípio, talvez melhor identificada na dignidade da pessoa humana. Seria uma objeção à um utilitarismo que, generalizado, poderia implicar, v.g., uso de pacientes terminais para diversos fins científicos entre outras aberrações.
Se for essa idéia que está por trás da forte ressalva ao argumento, consigo compreendê-la bem, mormente do ponto de vista moral e axiológico.
Contudo entendo que o argumento pode persistir sólido se contextualizado juridicamente no âmbito de um “tribunal da responsabilidade”, assim entendidos todos os tribunais constitucionais tais como o STF.
Destarte o argumento permaneceria válido sustentável no seio de outra argumentação, mais ampla e estritamente técnico-jurídica, que diz respeito à legalidade e, logo, à constitucionalidade da fertilização “in vitro” que está em pleno vigor no país há cerca de 30 anos.
Sem analisar os méritos morais dessa “legalidade” e “constitucionalidade”, ela vincularia juridicamente o STF a não ignorar o fato de que há “constitucionalmente” no país o descarte de embriões.
Como a questão é de princípio, como já foi bem observado, inclusive pelo autor deste blog, e no caso tanto o descarte quanto o uso dos embriões estariam relacionados à dignidade da vida humana, seria impossível ao STF declarar a inconstitucionalidade de um sem declarar a de outro.
Portanto, eu entendo que esse “hit da imbecilidade” pode, desde que executado e apreciado em determinado contexto, se tornar uma obra erudita, se não da melhor qualidade, no mínimo digna de consideração e reflexão.
Hugo Borges
-
25/08/2008 às 20:05
“Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas.
” (Reinaldo)
Olá Reinaldo,
se resolver voltar ao assunto, gostaria que apontasse o erro de princípio que cita acima.
E, também, como ao aprovar o aborto nessa situação abrem-se as portas para a eugenia? O argumento sobre o futuro em que seja possível a detecção de problemas genéticos me pareceu bastante raso.
O ponto é que a pessoa não irá chegar a viver. Uma doença genética daqui a 20 anos te dá 20 anos de vida, que até onde eu sei todos os juizes do supremo tentariam defender, isso hoje ou no futuro.
Abraços
Hugo
Anônimo
-
25/08/2008 às 18:47
A vida humana vale cada vez menos.
Anônimo
-
25/08/2008 às 17:59
Eu acho lamentável que os representantes da igreja católica não defendam a vida com seriedade. Se os católicos fincassem o pé: batessem os sinos de todas as igrejas do país dobrando ao meio dia e planfetando em todas as missas do crime que a canalha comunista está perpetrando ou intentando, por enquanto, queria ver esse despaupério prosperar. Infelizmente, os falafino da cnbb dão apoio moral ao aborto. São comunistas.
Anônimo
-
25/08/2008 às 17:54
Outra questão que os assassinos de inocentes estão querendo impor, é o veto às opiniões masculinas sobre o aborto (claro, as contra esse crime).
Só que não se trata de ser homem ou mulher, para ser contra o aborto. Trata de sermos HUMANOS, defendermos nossos filhotes, nossa sobrevivência como raça humana. Não é questão de sermos religiosos ou não, de sermos cientificistas(?!) ou não.
Se aprovarmos o massacre de seres humanos indefesos e inocentes, enquanto estiverem hospedados no útero de suas mães, devemos deixar de lado toda hipocrisia e devemos passar a defender a eliminação de todo ser humano que nos desagradar ao convívio, tenha ele um, dois quatro, vinte, cinqüenta ou setenta anos de idade.
E, para evitar desperdício de matéria-prima, vamos aproveitar as sobras dos corpos e fazer ração para alimentar os porcos, as galinhas e as vaquinhas que nos alimentam sem reclamar de seu sacrifício.
Haverá (e já existe) muita proteína animal/humana disponível.
Portanto, em nome da ciência e da necessidade de acabar com a fome no mundo, vamos passar a consumir, direta ou indiretamente, todo esse material humano descartável.
Se a vovozinha de um desses assassinos de inocentes morreu com noventa anos e sua carne está muito velha e dura, vamos aproveitá-la como ração para os porcos. Se os filhos/filhas dos pró-abortos morreram novinhos, vamos fazer belos bifes e hamburgueres de suas carnes novilhas.
Tudo em nome da ciência, que, como se sabe, comprova que a carne humana é muito nutritiva.
Fernanda
-
25/08/2008 às 17:36
Reinaldo,
você é uma prova de que nem tudo está perdido na mídia. Pois os grandes veículos já se posicionaram a favor do aborto (como a própria Veja) e a grande massa é engolida com esse discurso “pós-moderno”. Seu artigo está pegando fogo pela internet - o espaço democrático que temos.
Parabéns pela coragem!
Fernanda
Mírian Macedo
-
25/08/2008 às 17:01
Com a palavra, o Papa Bento XVI: “É preciso garantir um ‘conteúdo comum’ e inviolável, que poderíamos definir como a garantia dos direitos humanos. Os direitos fundamentais não foram criados por legisladores, nem mesmo conferidos aos cidadãos. Ao contrário, existem por direito próprio.(…) Quando falamos de direitos humanos fundamentais e de normas éticas básicas, nos referimos a valores que, mesmo tendo sido “maturados no cristianismo”, não são valores tipicamente cristãos. Como consequência, o fato de algumas dessas verdades também serem ensinadas pela Igreja não diminui a legitimidade civil e a ‘laicidade’ do engajamento daqueles que nelas se reconhecem. Trata-se de valores fundamentais, que não podem ser reduzidos à ‘concepção cristã’(…) A existência de valores que não podem ser modificados por ninguém é a verdadeira garantia de nossa liberdade e da grandeza humana”.
Segundo o historiador italiano Dag Tessore,”nesta perspectiva, Bento XVI fala de uma religio civilis, que é justamente esse conjunto de valores morais que são ao mesmo tempo cristãos e laicos, isto é, numa análise final, humanos e universais”.
Luis Antonio
-
25/08/2008 às 16:52
Reinaldão,
fui favorável às pesquisas com células troncos, conforme os comentários que aqui deixei. Mas, de fato, quando acompanhei as leituras dos votos dos juízes do STF me bateu um pouco de arrependimento, pois verifiquei que os textos estavam eivados de, como você escreveu, estúpida arrogância constrangedora e, mais evidente, anticristianismo. A idéia que se passou é que eram os cristãos que estavam em julgamento, e não a devida cautela e consideração com os destino final dos fetos congelados. Mas, ainda assim, fui favorável às pesquisas. Hoje, ainda que o amor a minha família seja o meu maior princípio, confesso, tenho dúvidas. Pequenas mudanças, a logo prazo, resultam em grandes mudanças, então, me pergunto: que mundo seria esse, da cabeça dessa gente, onde a ciência e todo o seu pragmatismo, teria a última palavra sobre nossas vidas? A história me prova que o fim dessas experiências foram terríveis.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:43
É fácil mudar a opinião de pessoas simpáticas a causa abortista. Vamos colocar nossas crianças sob a tutela do IBAMA até a maioridade, só assim elas terão direito a vida e a proteção do Estado, equiparando nossas criançinhas ao Mico Leão Dourado ou as tartaruguinhas elas estarão a salvo dos predadores de plantão.
Em tempo: amo á vida, amo as crianças, como também amo os animais que não canso de acolher e tratar, animais que provavelmente são descartados por aqueles que que não tem respeito a vida em suas diferentes formas.
Danielle
-
25/08/2008 às 16:36
Como diz sempre meu marido, o papel aceita tudo… tem muita pataquada escrita sobre aborto, e nem estao pensando em democracia e como a Alemanha chegou a ter Hitler e o nazismo (ai como faz falta ler o Hayek)…
sinceramente, tem certas pessoas que deveriam fazer um melhor uso do papel, um uso mais higienico…
Tomé
-
25/08/2008 às 16:30
Um dia a reação a essa petralhada liberal, no sentido comportamental do termo, virá. E virá para valer.
Não pensem esses palhaços que viverão eternamente a surfar na crista da onda, enxovalhando e ridicularizando seus adversários intelectuais, sem receber o devido combate.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:22
Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue. Judeus não misturam leite e carne. Hindus não comem carne de vaca. Católicos acreditam que aborto é um assassinato.
Cada um com seu cada um. Só se pede que não se formulem leis de acordo com as crenças particulares de uma religião.
Anônimo
-
25/08/2008 às 16:15
Rei, veja esta notícia.
É uma denúncia gravíssima!
Massive Brazilian Vaccination Raises Suspicions of Covert Sterilization Program
By Matthew Cullinan Hoffman
August 14, 2008 (LifeSiteNews.com) - The commencement of a massive, mandatory vaccination program in Brazil has raised suspicions among international pro-life activists, who note that the program is similar to others in recent years that have included a hidden sterilizing agent in the vaccines.
Íntegra aqui:
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/aug/08081407.html
++++++++++++++++++++++++++++++++
Em Português aqui:
Vacinação em massa no Brasil levanta suspeitas de programa velado de esterilização
Matthew Cullinan Hoffman
LifeSiteNews.com, 14 de agosto de 2008 — O início de um programa compulsório de vacinação em massa no Brasil está levantando suspeitas entre ativistas pró-vida internacionais, que notam que o programa é semelhante a outros em anos recentes que incluíam um agente esterilizante oculto nas vacinas.
(continua)
Íntegra aqui:
http://noticias-lepanto.blogspot.com/2008/08/vacinao-em-massa-no-brasil-levanta.html
Anônimo
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25/08/2008 às 16:11
Será que as mulheres que abortam sabem que têm os seus fetos largados junto com o lixo hospitalar e demais degetos e são incinerados ou jogados no lixão?
Eu creio que não saibam. Por isso esse comentário.
Eita materialismo!
A França, um país extremamente materialista, aprovou essa semana um texto legal permitindo que as mães que o desejem podem registrar os seus fetos abortados como filhos e oferecerem um enterro digno.
Haja fôlego. Mas a luta continua. Sempre. Não desisto nunca por ser cristão e não brasileiro.
Eduardo Araújo
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25/08/2008 às 16:09
Senhor Furioso, os católicos realmente agem politicamente em questões que lhes afetam. Nisso, els DIZEM o que pensam e procuram ganhar PELO CONVENCIMENTO.
Há algum mal nisso? Certamente, o senhor não enxerga problema algum quando se tentam aprovar (ou seria melhor - não pelo democrático processo legislativo, mas via Supremo Tribunal Federal - atos e pontos de vista de furiosos anti-católicos.
A diferença de fato é imensa, como é imensa a postura intolerante de quem não percebe isso.
Eduardo Araújo
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25/08/2008 às 15:55
Salomão, às 8:47, diz:
“Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.”
Na pior das hipóteses o que se pode afirmar quanto ao que dizem os cientistas sobre o início da vida humana é que não existe consenso e tampouco justificação téorico ou empírica de qualquer alternativa. Aceitar esse início a partir do começo do desenvolvimento do sistema nervoso é, no fim das contas, tão arbitrário como sustentar que a vida é humana a partir da nidação.
Uma coisa é certa: não é nem um pouco científica a afirmação de que o que se forma após a fecundação são “apenas células como qualquer ser vivo no planeta”. Mas espere aí! Segundo Salomão, o feto antes dos três meses é um ser vivo como qualquer outro do planeta, menos vida humana. É outra espécie, Salomão?
Isso só pode ter vindo da mesma “ciência” que lhe faz afirmar que os fetos de três meses pensam e talvez tenham “uma certa consciência de si”. Deveríamos, pois, deduzir que já seria vida humana. Contudo, com base em Salomão, a “consciência de si” é um critério definidor de vida humana, então os referidos fetos seriam, com base em Salomão, “talvez uma certa vida humana”.
Tao interessante a ciência (?) dos iluminados cientificistas. Vai ver foram tão iluminados que a luz os cegou.
João Paulo Mendes
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25/08/2008 às 15:55
Prezado Reinaldo Azevedo,
Deixe-me expor uma pequena historinha acerca do aborto:
“Uma mãe chega a um médico dizendo desejar abortar a criança que encontrava-se no seu ventre, já estava formada e não pequena a criança; trazia ela nos braçso outro bebê. O médico ao ouvir o que aquel mãe queria disse-lhe: da-me essa criança que está em seus braços e tiremos sua vida, aí você cuida daquele que irá nascer pois assim não há riscos de acontecer algo de mal com você.Ela de pronto recusou e o médico disse que então não tiraria vida alguma, pois, ambos são seres viventes ainda que um encontre-se no ventre.”
É realmente delicada essa discussão, esperamos que não se permita cometer homicídios de tão indefesos seres.
Joao Paulo
Anônimo
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25/08/2008 às 15:48
Sempre defendi a questão do aborto como um problema de fórum íntimo, em que não caberia nem ao Estado nem à religião se imiscuírem no assunto. Ao Estado, então, caberia fornecer as condições para sustentar a decisão escolhida, de forma neutra: assistência pré-natal, aconselhamento psicológico, leito hospital, licença-saúde, licença-maternidade. À religão, o conforto espiritual para as decisões tomadas.
Tirando esses dois fatores governantes, sobraria o quê? A responsabilidade de cada um por qualquer decisão tomada, sem temer nem a lei divina nem a lei secular, sem juízes nem algozes, num plano ou no outro. Mas também sem condutores dessas ações.
Creio que a falta de terceiros nesse drama (ou seja, sem a tutela proibitiba do Estado ou da religião) é que causa um enorme medo para quem tem opiniões tão peremtórias acerca de um assunto tão delicado. Afinal, em um caso concreto, acontecendo ou com a própria pessoa ou com alguém próxima a ela, a decisão teria que ser de única e exclusiva responsabilidade dos que estão vivenciando o drama. Não haveria desculpas do tipo: faço/não faço porque é proibido pela lei dos homens; ou: faço/não faço porque minha religião não permite.
O drama seria: faço/não faço porque quero/não quero. Porque tenho total consciência de minhas limitações; porque sou um reles ser humano, colocado num mundo imperfeito e que gera imperfeições com as quais não comugo, nem vejo sentido em fazê-las perdurar.
A base da ação exigiria uma capacidade de auto-análise e de coragem que pouquíssimos detêm…
Anônimo
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25/08/2008 às 15:48
Sempre defendi a questão do aborto como um problema de fórum íntimo, em que não caberia nem ao Estado nem à religião se imiscuírem no assunto. Ao Estado, então, caberia fornecer as condições para sustentar a decisão escolhida, de forma neutra: assistência pré-natal, aconselhamento psicológico, leito hospital, licença-saúde, licença-maternidade. À religão, o conforto espiritual para as decisões tomadas.
Tirando esses dois fatores governantes, sobraria o quê? A responsabilidade de cada um por qualquer decisão tomada, sem temer nem a lei divina nem a lei secular, sem juízes nem algozes, num plano ou no outro. Mas também sem condutores dessas ações.
Creio que a falta de terceiros nesse drama (ou seja, sem a tutela proibitiba do Estado ou da religião) é que causa um enorme medo para quem tem opiniões tão peremtórias acerca de um assunto tão delicado. Afinal, em um caso concreto, acontecendo ou com a própria pessoa ou com alguém próxima a ela, a decisão teria que ser de única e exclusiva responsabilidade dos que estão vivenciando o drama. Não haveria desculpas do tipo: faço/não faço porque é proibido pela lei dos homens; ou: faço/não faço porque minha religião não permite.
O drama seria: faço/não faço porque quero/não quero. Porque tenho total consciência de minhas limitações; porque sou um reles ser humano, colocado num mundo imperfeito e que gera imperfeições com as quais não comugo, nem vejo sentido em fazê-las perdurar.
A base da ação exigiria uma capacidade de auto-análise e de coragem que pouquíssimos detêm…
Anônimo
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25/08/2008 às 15:30
Prezado Reinaldo,
Tem um pessoal, e é grande, que pensa em resolver tudo de forma arbitrária e pretensiosamente sábia e absoluta; por assim dizer, detentor da verdade universal, incapaz de perceber a possibilidade de erro.
Como seria maravilhoso se tais homens arrogantes fossem comedidos como Sócrates. Este, como se sabe, não tinha a arrogância de se auferir um conhecimento absoluto sobre a verdade; muito pelo contrário, o heleno, ao ser indicado pelo oráculo de Apolo como o homem mais sábio, ele era o mais sábio por não portar uma pretensa sabedoria absoluta e arbitrária sobre as coisas mais relevantes.
Esses senhores arbitrários precisam se livrar dos preconceitos. Cada coisa que escutam ou dizem é mastigada pela cadeia, dentro deles, de preconceitos e dogmas.Uma tristeza.
Com os melhores cumprimentos,
Garganta.
Anônimo
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25/08/2008 às 15:23
Sou,pessoalmente, contra o aborto.Lendo muitos dos comentários que têm sido feitos, noto que a apaixonada defesa de opiniões discordantes entre si é meramente retórica, perdoem-me. Penso que a opinião masculina tem um valor muito relativo:os homens não serão jamais protagonistas na hora de decisão tão grave; poderão ser apenas atores secundários ou até antagonistas; jamais lhes caberá o ônus que a mulher assume, quer mantendo a gestação, quer interrompendo-a.
Por outro lado, minha opinião tão anti-aborto ocorre aqui, serenamente, em frente ao computador. Ela se manteria se as circunstâncias fossem outras? Eu manteria a imperturbalidade em caso de estupro?!
madi
Anônimo
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25/08/2008 às 15:06
Reinaldo,
Uma bela defesa em favor da vida. E o que espera o outro lado? A religião sem religiosidade?
CH
Anônimo
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25/08/2008 às 14:58
Uma, presumo, leitora, postou manifestação contrária à manifestação masculina, quando o assunto é aborto. Vou discordar dela. Discutir a vida é um direito de todos, independentemente de sexo. Além disso, esses abortos, em sua maioria, serão feitos em hospitais públicos, financiados com meu dinheiro (impostos). E por último: em caso de gravidez, compete ao Estado proteger a vida. A mulher perde, nesse caso, o direito absoluto sobre o próprio corpo. Resumo: vou continuar me manifestando à favor da vida e contra o mau uso do dinheiro público. Este dinheiro deve ser usado para salvar vidas e não para destruí-las.
Anônimo
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25/08/2008 às 14:54
Amam tanto as mulheres que defendem o direito de escolha sobre se devem abortar ou não.
Amam tanto as criancinhas que querem matá-las pra elas não crescerem em lares de pais infelizes e despreparados.
Eles só querem a felicidade do povo.
Que comovente.
Estranho tipo de amor. No mínimo estranho.
Nem se compara ao daquele que dizia “Deixem vir a mim as criancinhas”.
Liberem o aborto, durmam em paz. Vocês são mais desenvolvidos.
Abraços,
Mauricio
Sandra
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25/08/2008 às 14:51
O objetivo de um cientista é testar as teorias científicas até a medula, pô-las contra a parede o tempo inteiro. Não adorá-las. Senão, seriam religião, não ciência.
Anônimo
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25/08/2008 às 14:46
Sou favorável à descriminação do aborto, desde que feito antes da formação do sistema nervoso, e contra o aborto de fetos anencéfalos apenas porque anencéfalos.
A incoerência é apenas aparente.
Antes da formação do sistema nervoso (ou em algum outro momento próximo) aquele conjunto de células não sofre com a destruição. Como não sou religioso e não acredito que o feto tenha alma, meu principal critério é a verificação da ausência, ou não, de sofrimento causado pelo aborto. E se a grávida, nessa fase, quer o aborto, dele não resulta infelicidade para ninguém.
Embora pareça heresia, a verdade é que o respeito absoluto à vida humana não existe, pelo menos no estágio atual da civilização. Se alguém acha legítimo que, em certas circunstâncias, um jovem de 20 anos - que tem mãe, pai, sonhos, dor, medo - seja mandado para morrer na guerra, não deveria considerar monstruoso que, em certas circunstâncias, um amontoado de células que nada sente possa ser destruído.
Minha desaprovação à permissão do aborto de anencéfalos é para os casos em que a gravidez já tenha ultrapassado o tempo adequado. Se nunca se pode excluir a hipótese de êrro médico quanto às exatas condições do feto, é melhor que a gravidez avançada seja levada a termo. Como homem posso estar enganado, mas não vejo porque levar a termo a gravidez aumente tanto o sofrimento da mãe que já sabe que seu filho não sobreviverá.
Anônimo
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25/08/2008 às 14:41
Lendo o debate instalado sobre o tema não consigo deixar de fazer a reflexão dos caipiras do interior:
quem tem tempo vai buscar água longe!
enquanto um bebe anancefálico, casos de exceção, ocupa tão calorosa discussão, milhares de crianças nascidas e vivas não recebem e não receberão 10 minutos da atenção de ninguém.
ah, insensato coração…
Anônimo
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25/08/2008 às 14:41
Eh lamentavel que ainda se use termos como “direito da mulher sobre o proprio corpo”. Entao a crinca eh como um pedaco do braco? Eh meramente um pedaco do corpo da mae? Sobre seu corpo ela tem todo o direito. Mas a partir do momento que, livre para escolher, escolhe a intimidade com outrem e disso resulta a gravidez que, entao, entenda ter ela dentro de si uma nova vida e nao um pedaco de figado extra! Que o corpo da mulher seja palco de vida e nao de morte. Isso sim eh respeitar o corpo da mulher.
Gláucia Terrestre Maria
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25/08/2008 às 14:37
Já disse e volto a repetir: Deus está no céu e todos nós somos filhos dele. Ninguém veio a Terra sem motivo e sem destino. Ao mesmo que tempo que somos nós mesmos que fazemos nosso próprio caminho, ele é e sempre será o nosso maior investigador. Se não se paga nessa vida pelos erros cometidos, se pagará na outra. Se pode concertar oum dedo, se pode preencher aqui, ou esvaziar ali, mas o que importa serão sempre os nossos sentimentos. Viver se baseando pelas emoções, assim feito criança é um ERRO.Afinal, os PAIS são os pais dos filhos e NUNCA o contrário. Por tanto a escolha é sempre pessoal, intransferível, irrevogável, mas pautada na maior lei de todas que é a da VIDA. Viver é isso! Se nos últimos anos sempre escutei dizerem que sou um mistério e verdadeiramente nunca compreendi, não posso dizer nada além de eu sou eu e você é você. Somos diferentes, temos gostos diferentes, mas podemos experimentar certas coisas por fraqueza, ou por qualquer razão desconhecida, mas o erro é persistir naquilo que não nos faz bem. QUALQUER morte é e SEMPRE será dificil de se superar, mas novas vidas sempre chegam e nos compensam com enorme alegria e vontade de viver. E viva os pou-pourris, bouquet garnis e cheirinhos gostosos. Essa é a essência e o têmpero da vida. Se estou grávida ou não? O que importa? A questão é se amar, como se ama a um filho. Se é necessário ter um filho, para saber o que é o amor, convenhamos que estamos perdidos. Thiago meu lindo, eu TE AMO e espero que entenda MAIS UMA VEZ! Temos que ver mais resultados????rs
guido furioso esbofeteando tudo e a todos
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25/08/2008 às 14:27
Ei!
Os católicos não “dizem”o que pensam. Eles querem passar leis para proibir atos de quem não aceita agir de acordo com que ELES pensam.
Grande, IMENSA, diferença.
Os católicos agem polticamente.
Leonardo Boff também se sentia compelido a agir politicamente, cheio de Pathos Novatestamenteiro…
Karleno
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25/08/2008 às 14:26
“Quando se trata de fatos, de história, de existência e de testemunhos, os postulados que abusivamente são definidos “científicios valem tanto quanto os postulados teológicos. Cumpre repelir uns e outros. Não porque sejam científicos ou teológicos, mas porque são postulados, convicções apriorísticas.
Nunca se acautelarão bastante as inteligências do uso trapaceiro da palavra “ciência” e de seus derivados, como foi praticado ultrajantemente a partir do século XVIII.
Não há obscurantismo, fanatismo, embuste ou simples idiotia (do remédio para calos ao racismo nazista) que não tenham desfraldado de algum modo a bandeira da “ciência” (R. L. Bruckherger)
Márcio
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25/08/2008 às 14:16
Reinaldo,
não sei se você reparou, mas nas suas afirmações - em que, basicamente, você ataca aqueles que buscam dignidade para as mães que não comungam da fé cristã - não há um argumento lógico sequer em defesa da manutenção da gravidez. Não há porque, suponho, não existem argumentos lógicos quando o pano de fundo é a religião. Você nos acusa (sim, estou aqui incluído) de intolerância. Ora, como assim? Vamos todos participar dos debates, mas com argumentos, com lógica, com aceitação de opiniões contrárias. Como julgar intolerante quem professa tolerância religiosa? Aí está um jogo de palavras, do qual você faz uso, ao menos contraditório, segundo penso. E não se esqueça, Reinaldo. Uma pessoa que defende a Lei e a Constituição, como você faz, não pode, por coerência, desprezá-las quando conveniente. O STF faz um julgamento jurídico, não moral. O Direito é instrumental; visa à conduta humana. Assim, em julgamentos de tal matiz devem ser veiculados argumentos técnicos, coerentes com o Direito. Serve de exemplo o argumento segundo o qual, se o falecimento é constatado a partir da morte encefálica, garantindo-se ao médico o desligamento dos aparelhos sem que corra o risco de ver-se processado por homicídio, não há vida sem atividade cerebral. Ou seja, atividade cerebral é marco objetivo e constatável. Logo, não há vida, para o Direito (frise-se!), se não houver atividade cerebrina. Esse é apenas um dos vários argumentos levados ao STF.
Para discussão.
Abraço.
guido furioso usando desodorante
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25/08/2008 às 14:06
Reinaldo,
o discurso sobre o “autoritarismo da Ciência” pertence à esquerda.
Deixe-o lá, mofando.
Aborto é assassinato!
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25/08/2008 às 14:05
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Ah, sou ateu.
Anônimo
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25/08/2008 às 13:57
Olá Reinaldo,
Eu acho que nesse caso particular a escolha de manter ou não a gravidez deva ser da família.
É sadismo obrigar uma família levar uma gravidez dessas a termo sabendo que após os 9 meses de gestação terão que assistir seu bebê morrer aos poucos ou já nascer morto.
João Marcus
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25/08/2008 às 13:55
É católico? Ótimo, não use tratamentos derivados de pesquisas com células tronco; e não aborte nos casos de anencefalia, estupro ou risco de morte da mãe. Mas não tente impor essa conduta aos outros.
Desculpe-me pela grosseria, mas isso é babaquice pura. Quem está impondo alguma coisa? Por que é que certas pessoas são tão frescas, cheias de não-me-toques? É como o jogador de futebol que, por causa de qualquer toquinho, cai no chão, chora, reclama. Se não quiser contato, não jogue futebol. Se não quiser usar o cérebro, não pense que os outros são obrigados a fazer o mesmo.
Anônimo
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25/08/2008 às 13:42
para que chegar as vias de um aborto, quando existem varias opcoes anticoncepcionais muito mais comodas e baratas, sem risco algum?
estao disponiveis desde a pilula até a laqueadura gratuitamente pelo estado, para que o aborto?
esse debate é absurdo, deve sim esconder interesses finaceiros…
Iguinho
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25/08/2008 às 13:40
“Se o argumento principal que defende o aborto dos chamados fetos anencéfalos buscasse realmente preservar a mãe — ou, mais amplamente, a família — de um roteiro de sofrimento certo, eu poderia até apontar um erro de princípio, mas compreenderia a questão no âmbito de nossas (as humanas) inevitáveis fraquezas”.
Qual o erro de princípio?
Anônimo
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25/08/2008 às 13:35
Reinaldo,
Alguns comentarios ignoram que alem de laico o estado eh democratico.
Portanto, as comissoes de notaveis, mais comuns em paises atrasados com elites autoritarias (inclusive a elite intelectual), decidindo se essa ou aquela lei nos torna mais ou menos modernos, aa revelia da opiniao da maioria da populacao, a qual eh vista como massa inculta e incapaz de escolher corretamente o que os notaveis sabem ser o melhor para ela, so escancara o nosso atraso, desnuda a nossa pantomima democratica, ilustra a contradicao profunda entre o que queremos parecer, ou seja, modernos e alinhados com algum pais considerado referencia, e a realidade feia e cruel de sermos considerados pelas nossas elites incapazes de escolher o que eh melhor para nos, ao mesmo tempo em que na imitacao grotesca de democracia e modernidade somos chamados a cada dois anos para escolher os nossos representantes politicos, aqueles que vao decidir sobre tantos aspectos de nossas vidas, algo tao mais abrangente do que aquelas questoes das quais somos sumariamente preteridos em prol das comissoes de notaveis.
Isso deve arrazoar o abismo entre o Estado e a sociedade nas mentes dos nossos nobres jecas que querem se assemelhar aa modernidade por meio da ciencia enquanto mal conseguem esconder seu primitivismo politico. Sao os nossos despotas esclarecidos e sua trupe de filosofos nessa peca teatral grotesca na qual so somos lembrados quando eles querem mostrar ao resto do mundo quao modernos sao. Eh claro que entramos pela porta dos fundos, aparecemos rapidamente para nao envergonha-los perante a seleta audiencia, logo somos encaminhados para a saida, calados, de cabeca baixa, e de novo pela porta dos fundos.
Sandra
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25/08/2008 às 13:35
Desqualificar o adversário por ser católico não é argumento, é falta de argumento. Mas sou a favor da legalização do aborto nesse caso. E, obviamente, que o bebê tenha assistência médica caso opte por não fazê-lo.
andre-sc
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25/08/2008 às 13:32
Trabalho em uma unidade de transplante de medula óssea. Esse é um procedimento caríssimo, e que envolve uma infra-estrutura enorme. Muitos de nossos pacientes são portadores de doenças congênitas, que cursam com retardo mental e diversas mal-formações físicas, muitas extremamente graves. Muitas vezes, olhando para essas crianças me ocorrem dois pensamentos incômodos:
Se eu estivesse nessa situação preferiria morrer ou viver?
Vale a pena investir tanto em um ser com tão poucas potencialidades, que nunca vai trazer nenhum benefício a sociedade, que por vezes não alcançará um grau de consciência maior do quê o de um bebê?
Esse pensamentos são frequentes, mas a conclusão a que chego é sempre a mesma.
Não cabe a mim decidir. Não cabe a mim determinar que vida vale a pena ser vivida. Fazer esse tipo de decisão é renunciar à humanidade, é voltar a barbárie de Esparta, onde os inaptos eram sacrificados. Aliás, sempre pergunto aos abortistas: Sabem porque os espartanos matavam as crianças defeituosas logo depois de nascer? E respondo: porque não havia ultrassonografia naquela época, senão identificaram-nas e matariam-nas dentro dos úteros de suas mães.
E não se enganem, em breve teremos tribunais de cientistas que decidirão que vida merece ser vivida.
Não aprenderam nada…
andre-sc
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25/08/2008 às 13:15
DESAFIO AOS ABORTISTAS!!!
Citem um livro de embriologia que aponte um momento diferente da fecundação como início da vida.
Aborto é assassinato!
-
25/08/2008 às 13:15
.
Deixe ver se entendi: segundo o pessoal pró-aborto, o feto é como um órgão do corpo da mulher?
Pior ainda, um órgão supérfluo, que pode ser amputado sem grande perda?
O feto não faz parte do corpo da mulher, é um ser humano que ela hospeda.
andre-sc
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25/08/2008 às 13:13
Para o Salomão das 8:47
“Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.”
Embrião de 3 meses com pensamentos? Auto-consciência? Se quer emitir opnião pelo menos estude para não passar vergonha…
Anônimo
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25/08/2008 às 13:11
TIO REI,
E, no entanto, ele (o feto) VIVE!
Que o STF não autorize o holocausto de brasileiros indefesos!
Carlos Emiliano
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25/08/2008 às 13:07
Tio Rei,
Neste assunto, concordo contigo em um ponto. Tudo se resume à fraqueza humana na adversidade. Ora, é muito mais simples abortar um feto anencéfalo para evitar o sofrimento. Se é certo ou errado, acho que quem o faz sabe. Nossas decisões deveriam ser acompanhadas pela nossa própria idéia de bem e mal, nossas escolhas refletiriam isto e deveríamos conviver com isto. Por que tentar convencer religiosos de que os dogmas que sustentam sua religião estão errados em algum ponto? Por que não assumir que querem fazer e o farão? Será que isto não denota um certo receio do “inferno” ou mesmo da certeza de que estão errados?
Sou de opinião que cada um deve fazer suas escolhar e conviver com elas, mas o que parece que se pretende é que seja o estado a justificá-las, dar aos que fizerem tais opções desculpas antecipadas para que não haja um psicodrama futuro.
Se minha esposa ficasse grávida de um feto anencéfalo, eu optaria, com o consentimento dela é claro, e ela não daria, pelo aborto, mas não ficaria tentando justificar minha escolha com a desclassificação da opinião da igreja e dos católicos.
Antonio Carlos
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25/08/2008 às 12:57
“…“A vida humana é revestida do atributo da personalidade civil, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral”. …”
Isso quer dizer que se eu cometer o hediondo ato de chutar a barriga de uma grávida de 9 meses até ela abortar, só posso ser acusado de lesao corporal (à mãe), uma vez que “aquilo” que ela despejou não é gente, na opinião do Exmo. Sr. Juiz do supremo que transcreveu tamanha besteira na sua sentença????
É isso???
Outra coisa, engano que é bom esclarecer, aqui mesmo no comentário das 7:15, o Nicão fala de falta de atividade cerebral, não sou especialista mas tenho quase certeza que os fetos anencéfilos TEM SIM atividade cerebral, pois sem atividade cerebral mínima, nenhum dos outros orgãos do nosso corpo funcionam, portanto este não seria uma argumento válido.
To certo tio Rei??
Abraço.
Balcão
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25/08/2008 às 12:39
É um assunto delicado.
A princípio sou pessoalmente contra o aborto por questões religiosas (minha consciência) mas sou a favor da liberdade. Acho que nem a religião e nem o governo, neste caso, não podem opinar na vida particular das pessoas. Temos o nosso livre arbítrio. Se abortar aos olhos das religiões é pecado, que preguem o assunto nas igrejas e nos templos e conscientizem as pessoas que o aborto não é o caminho reto. Assim sendo, fica da consciência de cada ser humano independente da situação, praticar o aborto ou não. Pois façam campanhas publicitárias sistemáticas para a valorização da vida. Acho que é esse o papel da igreja do século XXI, informar, alertar, não mais excluir e privar as pessoas mesmo não aceitando determinadas situações. Vivemos em um mundo de pecadores.
Quando começa a vida???
A ciência tem sua resposta e a religião também tem a sua. Assim como essa opiniões divergentes o seres humanos, um a um, também o são. Estamos tentando definir o que é certo ou errado em algo completamente impossível de se chegar a uma conclusão lógica e que acompanhará a humanidade enquanto existir mulher dando a luz, cientista escrevendo e apagando, padres pregando e ser humano cagando. Precisamos evoluir muito espiritualmente. Sou cristão e pessoalmente sou contra, ficaria em dúvidas no caso do estupro e do feto acéfalo. Sou gente (Não DEUS). Nessa vida quero apenas a minha liberdade. As contas cada um acerta a sua. Resumindo, sou contra mas libera.
Abraço a todos.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:26
Alô Reinaldo.
Sem dar “pau” na Ciência.
Por Favor.
Os científicos entram sómente com os conceitos e informações da situação do =feto=.
Assim que do ponto de vista dos mesmos,existe a tentativa de se definir os limites conhecidos e práticos do mesmo =feto=.
Quanto aos católicos,mussulmanos,protestantes,que se danem.
O =feto=(seria já um feto?)ainda não escolheu sua orientação religiosa.
Com relação aos casos em que a ciência não é chamada;nem precisa;violações,má-formação,etc,a decisão deve ser dada à vítima e sómente a ela.
Cabe lembrar que em casos de violações,se pode evitar antecipadamente qualquer gravidez.
Assim espero.
abraços
elite
-
25/08/2008 às 12:26
BEM, SE OS MOVIMENTOS INTRA-ÚTERO QUE O CHAMADO ANENCÉFALO APRESENTA SÃO SÓ VEGETATIVOS,E PORTANTO NÃO SÃO CONSIDERADOS VIDA, SAIBAM TODOS QUE O ATO SEXUAL, A DEFECAÇÃO, O ATO DE URINAR E GRANDE PARTE DA ALIMENTAÇÃO SÃO TOTALMENTE CONTROLADAS PELO SISTEMA VEGETATIVO…ENTÃO VAMOS PARAR DE COMER, DE TREPAR E DE IR AO BANHEIRO……
SÓ QUEM NUNCA VIU UM FETO DESTES, MESMO NOS POUCOS MINUTOS EM QUE VIVE FORA DO ÚTERO, COM MOVIMENTOS E ATÉ SONS EMITIDOS, PODE ACHAR QUE ELE DEVE SER SUMARIAMENTE MORTO COMO SE FOSSE UM ANIMAL MORTO PELA MATILHA SÓ PORQUE É MAIS FRACO E PODE ATRASAR A TODOS EM UMA EVENTUAL NECESSIDADE DE FUGA…….
ISTO, VAMOS VOLTAR A VIVER EM CAVERNAS……
Aborto é assassinato!
-
25/08/2008 às 12:22
.
Sou ateu e sou contra o aborto.
Assassinato é imoral até para ateus.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:22
Quanto tempo perdido ! Um bando de juizes safados quererem decidir sobre o corpo de uma mulher. Só quem decide são elas ! Os juizes podem fazer suas leis teóricas a vontade. Na vida real, cada mulher tomará sua decisão. A decisaõ é só dela, individualmente. E fará o aborto, ou não. Legal, ou não. Queira os juizes, a sociedade ou os retrógados ultra-conservadores.
Anônimo
-
25/08/2008 às 12:19
Pare com isto Sr. Reinaldo, todos os países desenvolvidos do mundo legalizaram o aborto e isto é muito bom, menos gente nascendo na miséria e ignorância significa mais desenvolvimento e menos petistas no mundo. Forte Abraço Mauro Itália.
Anônimo
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25/08/2008 às 12:16
Procure no google em imagens “anencéfalo”.
Sou da opinião de que homens não têm que opinar sobre o assunto.
raphael
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25/08/2008 às 12:12
Para mim, é meio que óbvio que a vida começa na concepção, pois é a partir daquele momento que a pessoa se desenvolve e se torna aquilo que conhecemos como ser humano. Acredito que o grande problema é colocar a mulher como um ser sagrado enquanto está grávida, que aquela vida que se desenvolve dentro de seu útero é produto de uma conjuntura divina, e que nada nem ninguém possa ter direito sobre o que está ali dentro. Afinal, o útero é da mulher, a vida está sendo gerada dentro da mulher. Para mim, é autoritária a proibição do aborto em um sentido que parece tolher o direito da mulher de não gerar aquela vida. Acredito que a opinião baseada em preceitos religiosos deve ser respeitada - até porque vivemos em uma sociedade democrática e pluralista - mas ela não pode é pautar o debate. Se a mulher não quiser seguir preceitos religiosos, não atribuindo à vida uma aura sagrada, é um direito dela. Defendo a primazia do ser humano que abriga esta outra vida. Seria uma ditadura das grávidas? Podemos dizer que sim, mas é uma solução mais justa. É absurdo retirar a prerrogativa de quem está gerando aquela vida e passá-la para o Estado, ou um grupo social ou quem quer que seja. Criar uma pessoa hoje em dia é tarefa das mais árduas, e mesmo que o aborto não seja uma método contraceptivo - e nem deve ser mesmo - este deve ser uma opção da mulher. Cabe ressaltar que sou homem, que minha opinião não vem carregada de nenhum revanchismo sexual. Apenas defendo o direito da mulher de ter um filho ou não na hora que achar adequado, não ficando refem de leis arcaicas ou preceitos religiosos.
Anônimo
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25/08/2008 às 12:07
Rei, veja esta:
Senadores colombianos piden investigar a presidentes que apoyan a las FARC
Martes, 19 de Agosto de 2008
EFE - Una comisión del Senado colombiano pidió hoy a la Fiscalía y a las altas Cortes “abrir investigación contra mandatarios que apoyan a las FARC para que la Corte Penal Internacional (CPI) haga lo propio”, informaron fuentes parlamentarias.
La iniciativa, de la senadora y ex ministra de Defensa Marta Lucía Ramírez, fue acogida por la comisión II del Senado colombiano.
“Instamos a la Fiscalía General de la Nación para que inicie las investigaciones penales contra los mandatarios y funcionarios extranjeros cuyas pruebas determinen que han apoyado de múltiples maneras a la guerrilla ‘narcoterrorista’ de las FARC”, señaló Ramírez.
Añadió que ese apoyo es brindado “para cometer crímenes de lesa humanidad y de guerra”, y que altos funcionarios “y especialmente los mandatarios vecinos” están “cobijados por un fuero especial gracias a su cargo, que impide judicializarlos en tribunales ordinarios”.
En la solicitud no se citan nombres de gobernantes o de funcionarios de país alguno.
La constancia y solicitud fue firmada por los senadores de ese comité en momentos en que el Gobierno colombiano ha enviado una nota de protesta a Nicaragua por la concesión de asilo político a una presunta guerrillera de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC).
Las fuentes señalaron que la Fiscalía es la única entidad que puede solicitar a la CPI la apertura de una investigación contra mandatarios extranjeros.
Ramírez recordó cómo la semana pasada, el fiscal jefe de la CPI, Luis Moreno Ocampo, dirigió una carta al Gobierno colombiano solicitando información sobre los procedimientos jurídicos contra los políticos sindicados dentro de la “parapolítica” (que investiga nexos de congresistas con paramilitares).
Moreno también pidió información por los posibles efectos que tendría la extradición de paramilitares a Estados Unidos sobre la reparación de las víctimas del conflicto.
Según Ramírez, “si bien dicha comunicación no es una amenaza contra el Gobierno colombiano, sí es un claro indicio de que la Corte ya está analizando el caso de Colombia con el fin de abrir una investigación contra algunos de los protagonistas de nuestro conflicto por la comisión de crímenes de lesa humanidad”.
La legisladora defendió al Gobierno de Álvaro Uribe y señaló que éste “ha liderado un proceso inédito de enfrentar con la fuerza de las armas del Estado a los agentes de violencia y nuestro sistema judicial ha asumido de manera eficiente las investigaciones judiciales”.
http://www.unionradio.com.ve/Noticias/Noticia.aspx?noticiaid=251475
Anônimo
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25/08/2008 às 11:56
Sempre que abrimos à discussão uma matéria que poderá nos afetar de diversos modos, é salutar que participemos do debate da forma mais aberta possível, sem radicalismos, preconceitos e dogmas de qualquer espécie. O debate deve sempre estar assentado nas boas práticas da tolerância. O nosso problema começa aí: todos acham que a possuem em altas doses, assim como outra virtude “facilmente” encontrada nas nossas relações sociais: o bom senso - é difícil achar alguém que admita espontaneamente que seja carente dele. Julguei oportuna toda essa introdução para lembrar a nós todos que , quando colocamos como inevitável a ciência de um lado e a religião de outro na questão do aborto, os resultados dessas discussões dificilmente trarão sabedoria e luz à nossa sociedade.
Túlio
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25/08/2008 às 11:55
Acho que tem um ponto perdido aí: qualquer que seja a decisão do STF sobr o caso, ela não obrigará ninguém a praticar o aborto. Cada um continuará com suas opções e convicções pessoais.
Anônimo
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25/08/2008 às 11:48
Com certeza se a maioria católica ou evangélica tivesse como deslumbrar as posições deste governo com relação ao aborto, homosexualismo e a corrupção neste paíz não teria votado np PT. Fomos todos enganados, em nenhum momento estes assuntos foram colocados para debate na campanha. Esperava a melhoria da educação, saúde, emprego, o minimo necessário a uma vida digna. E ele nos deu a bolsa esmola e o apoio a tudo que condenamos.
JB
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25/08/2008 às 11:39
Aborto de Anencéfalos
RESUMO
Em nome de pretensos direitos da mulher, “eles” querem que a deficiência física seja punida com pena de morte.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:25
Reinaldo, meu primeiro contato com seus textos se deu no excelente “Por que sou tão reacionário”. Demorei para conseguir localizá-lo na internet, cheguei até a lhe pedir que o colocasse num post, mas, finalmente, consegui encontrá-lo. Em um determinado momento você diz: “Não sou católico. Tentei, é verdade. Não consegui. Mas me fascina o senso de disciplina que emana da Santa Sé, embora reconheça a ineficiência de sua pregação.” Pois é, você expressou muito do que eu gostaria de ter dito. No entanto, depois, você começou a se dizer católico. Continuo a admirá-lo e gostaria que você explicasse o que mudou. Um grande abraço.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:25
EXCELENTE!!!
SENSACIONAL!!!
Subscrevo,TOTALMENTE,caro Reinaldo!!!
KIRK (Católico conservador)
Anônimo
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25/08/2008 às 11:22
A democracia destes libertários e tão linda. Deveriam todos se mudarem para a China, Cuba, Rússia, etc. Muito mais condizente com a realidade destes estúpidos socialistas anarquistas.
Alisson
-
25/08/2008 às 11:16
Sinto um certo equívoco no seu texto sobre o aborto. Por que? Caso seja aprovado a lei, irá fazer aborto quem quiser e não quem uma autoridade especial para o caso queira. Se o aborto for legalizado não quer dizer que todas as mulheres abortarão. Isso é uma questão de escolha, de princípios. Muitas mulheres querem ser mães e mesmo as que não tem muitas condições para tal querem ter filhos e não ligam de se sacrificarem um pouco mais. Mas há os casos contrários também.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:09
Ninguém tem nada com o que o rebanho do Bento XVI acha ou deixa de achar. Os católicos podem fazer o que bem entender. E, por isso mesmo, eles não podem interferir na vida de quem não é católico. Simples assim.
É católico? Ótimo, não use tratamentos derivados de pesquisas com células tronco; e não aborte nos casos de anencefalia, estupro ou risco de morte da mãe. Mas não tente impor essa conduta aos outros.
Proselitismo de padre tem hora: a homilia.
Anônimo
-
25/08/2008 às 11:03
Reinaldo, sou radicalmente contra o aborto, mas não por questões religiosas, ou de quaisquer dogmas, ou de argumentos “assim, ou assado”.
No fundo, sou uma hermetista que crê na causa e efeito como conceito indelével, que valida a expansão deste cosmo.
Sou, portanto, absolutamente a favor de qualquer conseqüência.
Nas questões humanas, copular ou não é exercício de livre-arbítrio, mesmo que somente de um dos elementos.
O que se deve discutir é vida, seja ela de que forma for, posto que, ela em si, é causa e efeito.
O quê a ciência considera válido ou não, ou o quê as religiões, ou seitas, consideram divino ou não, acaba sendo uma discussão de causas confusas e de efeitos obscuros.
Grande abraço.
Daisy
GMCJ
-
25/08/2008 às 10:58
Apesar de respeitar as opiniões alheias, o aborto é um assunto que eu sempre evito discutir com quem quer que seja. Sou absolutamente contra. Vejo do lado espiritual, com as consequências que a interrupção da vida, em qualquer circunstância, trará para a evolução da mãe que pratica esse ato. Claro que existe o livre arbítrio, e sobre isso não podemos ter nenhuma influência. Aqueles que defendem essa prática com certeza computarão um débito importante em sua conta pessoal. Cada vez mais respeito a sua coragem e independência. Como já disse, gosto muito de às vezes discordar de pessoas cultas como vc. Aprender é sinal de humildade.
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:57
Se alguém lhe derruba e quebra seu braço, qual atitude tomar, se esse braço vai ficar deformado para o resto de sua vida?
Para aqueles que defendem o aborto, após o estrupo, seria o mesmo que cortar esse braço e jogar fora, pois é algo indesejavel. Seu braço revoltado irá “indagar” que culpa tem pra ser destruído!
Ora, o feto, sendo de qualquer procedência, tem alguma culpa pra ser assassinado?!
Mesmo proveniente de algum acidente, como o estrupo, poderá ser uma pessoa fantástica no futuro.
E quanto aos que não tem seu cerebro completo, temos muitos por aí, já adultos (se não sabem raciocinar é por não ter o cerebro completo ou atrofiado), fazendo muito barulho para que os novos não tenham o direito de viver e como os direitos são iguais, deveriam pensar no mesmo tratamento pra eles próprios.
Ex-petista
-
25/08/2008 às 10:36
Reinaldo,
Manchete da Folha Online hoje:
“Fidel Castro defende atleta cubano que chutou cabeça de juiz em Pequim”
Olha só o coma andante suspeitando de uma conspiração contra o esporte cubano.
Alguém ainda leva a sério essa besta?
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:34
Há uma entrevista interessante do Ives Gandra sobre aborto: http://www.youtube.com/watch?v=x8JEcU1v7FY
abs
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:15
Prezado Reinaldo,
Desculpe mas, PQP!!!!!!!!
Primeiro: não dá para ouvir mais o argumento de que as mulheres têm o direito de fazer o que quiserem com seu corpo!!! Mas que corpo? Querem matar um inocente que, temporariamente, está no útero e acham que o pequenino faz parte do corpo? Como se fosse uma prótese de silicone ou peruca loira!! Outra coisa, usem esse argumento para não usar cinto de segurança. Vamos ver o que o guarda de trânsito vai dizer (ou escrever no talão de multas).
2º O aborto só poderia ser aceito se houvesse reciprocidade, ou seja, se as crianças também pudessem jogar no lixo suas “mamães”.
3º A terceira hipótese para o aborto legal é ser o indigitado pedaço de corpo ser filho de pai ou de mãe petralha, comuna ou assemelhado. O mundo ficaria bem melhor!
Esses e essas anencéfalos que defendem o aborto, com certeza, devem ser contra a pena de morte para crimes contra a vida, né?
Que raiva que dá!!!!
simplesmente maria
-
25/08/2008 às 10:15
Seu texto é admirável e sua argumentação sólida. Acho que você deveria ser convidado para o debate no Supremo.
Vejo como ponto importantíssimo nessa avaliação o comentado pelo Anônimo das 6:59 AM: toda mulher que aborta hoje arrepender-se-á amanhã. O drama de pôr termo a uma vida pesa nas consciências individuais e na consciência coletiva, inevitavelmente. É como a pena de morte: quantos inocentes não receberam aquela injeção nas veias, sendo depois confirmados como inocentes? e no passado quantas pessoas não foram levadas para a fogueira, acusadas de bruxaria e heresia, quando poderiam ter trazido uma contribuição importante para a vida?
Anônimo
-
25/08/2008 às 10:04
Agencia Estado - 25/8/2008 8:44
Investigação de dirigente do PT preocupa Planalto
A investigação da Polícia Federal que ameaça o secretário de Relações Institucionais do PT, Romênio Pereira, preocupa a cúpula do partido e o Palácio do Planalto. Motivo: a suspeita de que Romênio integra um esquema de desvio de verbas públicas, levantada pelo Ministério Público, atinge o PT em plena campanha eleitoral e põe mais uma vez o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na berlinda, no rastro da Operação João-de-Barro, comandada pela PF.
Pressionado, Romênio pediu afastamento de suas funções na Executiva do PT por 60 dias, mas petistas temem que o caso volte a desgastar o partido e ressuscite a pecha de corrupção que abalou a sigla após o escândalo do mensalão, em 2005. Além disso, as denúncias serviram para atiçar a guerra interna entre correntes do PT. O espinhoso assunto contaminará na quarta-feira a reunião da Executiva, antes marcada apenas para discutir eleições.
Adversários de Romênio no partido afirmam que a acusação causará impacto no Movimento PT. Trata-se de uma ala de centro no mosaico ideológico do petismo, também reforçada pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP). Na outra ponta, aliados do secretário licenciado dizem nos bastidores que haverá troco se o antigo Campo Majoritário e a Democracia Socialista engrossarem com Romênio, porque o Movimento PT fará barulho para pedir a punição de dirigentes desses grupos, também citados em suspeitas de irregularidades. Na prática, porém, a direção do partido não quer mexer nesse vespeiro, muito menos na temporada de eleições.
Romênio teve a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e entrou na mira do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, depois que investigação da PF apontou indícios de seu envolvimento com uma quadrilha que fraudava obras públicas em Minas e desviava recursos do PAC. Detalhe: o programa é o xodó da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Pelos cálculos do MP, a cifra desviada chegou a R$ 700 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:48
Eu acho que a maioria catolica no Brasil é so´uma marca-selo- estampa; se fossem catolicos ou verdadeiros evangelicos nao teriam votado no Lula e candidatos comunistas-materialistas.
Se fossem verdadeiros Cristaos, nao aceitariam esses absurdos-abominacoes do governo Lula.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:42
O que tenho a dizer a respeito do aborto de fetos anencefálicos? Que, se minha esposa ficasse grávida de um feto anencefálico, a criança nasceria, viveria, morreria e nós, eu e ela, continuaríamos nossa vida com a consciência tranquila, com a certeza do dever cumprido perante nós mesmos, nossos antepassados e Deus. Fazer o aborto seria carregar um pesado fardo moral/espiritual pelo resto da vida. Hoje, defende-se o aborto de fetos anencefálicos. Amanhã, será a vez do aborto de fetos com síndrome de down. Arrajam argumentos ‘robustos’ para tudo. É por aí Reinaldo…
Mario Arone
-
25/08/2008 às 9:33
Impecável!!!
Mario Arone
JV
-
25/08/2008 às 9:23
O cienticismo, isto é, a crença de que todo conhecimento humano se origina na ciência (e o que não pode ser medido não existe), é um dos 2 pilares do subjetivismo (o outro é o politicismo), causa da insanidade intelectual de nosso tempo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:19
IncomPTentes nu puder.
ESTÃO ROUBANDO O BRASIL!
Coronéis sindicalistas aloprados. XÔ IncomPTentes!
Notícia:
Investimentos foram de R$168 mi, diz Nuzman - Números superam em R$78 milhões os gastos com os Jogos de Atenas. LANCEPRESS! - Durante uma entrevista coletiva, o presindente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman afirmou que o investimento na equipe brasileira para a Olimpíada de Pequim foi de cerca de R$ 168 milhões, que superam em R$78 milhões os gastos com os Jogos de Atenas.
MAS TIVEMOS UM DESEMPENHO PIOR, POIS LÁ (ATENAS)FICAMOS EM 16º E AGORA (CHINA) FICAMOS 23º - HÁ MUITA INCOMPETÊNCIA E NENHUM PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO. O ATLETA QUE SE VIRE. ATÉ PORQUE ELE ATLETA NÃO É SINDICALISTA.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:09
Reinaldo,obviamente eu desprezo os imbecis que tentam usar suas convicções religiosas como “fator de corte” para os seus argumentos(nem se preocupam em entendê-los), mas eu sou a favor do aborto dos anencéfalos, neste pnto ,pelo menos, sou cartesiano:penso logo existo.A capacidade de pensar e de sentir são o definidor da vida humana.E,neste aspecto quem sente é a mãe e não se pode obrigá-la a gerar em seu útero durante nove meses um defunto.
Você pode dizer que este argumento levaria imediatamente ao aborto antes da formação do cérebro(eu,particularmente, sou a favor)mas não é bem verdade pois no caso de um embrião sadio você sempre pode supor que a pontencialidade de tornar-se humano já confere à ele um caráter sagrado.
Anônimo
-
25/08/2008 às 9:08
Pois é, cabe lembrar que a ciência não é exata e inquestionável. Chega a ser ridículo ter que afirmá-lo em pleno século XXI, mas lá vai:
A ciência se estabelece através de acertos e erros. Toda teoria é aceita, apenas até que uma nova surja para refutá-la.
Portanto, para os babacas que acham que a ciência pode definir quem tem o “direito” de viver, ou mesmo onde começa a vida humana, lembrem-se que um dia se acreditou que a Terra era plana e era o centro de nossa galáxia. Claro, temos ainda outras pérolas sensacionais como a supremacia racial ariana e a eugênia (que segundo conta, ainda são levadas à sério pelo regime comunista chinês).
Não sei se sua menção ao budismo foi depreciativa, mas mesmo assim gostaria de deixar claro que mesmo para esta religião o aborto é um pecado. Na verdade, acho que nenhuma religião aceita esta prática, tirando talvez os amáveis costumes indigenas tão idolatrados pelos aloprados do momento.
Recomendo uma leitura muito boa para os curiosos sobre as similariedades entre o cristianismo e o budismo: “O Monge e o Lama - Diálogo Entre Budismo e Cristianismo” da Editora Bertrand.
É curioso como as religiões em si possuem tanto em comum. O problema essencial parece ser apenas um, deveriamos praticar mais o que pregamos. O materialismo e o cinismo precisam parar.
Salomão Cohen
-
25/08/2008 às 8:47
Não acredito que estejam querendo “calar” os católicos. O que eu vejo, Reinaldo, é justamente o contrário. Dizer-se que é a favor do aborto hoje é ser moralmente degradado por uma boa parcela da população.
Dizer que a vida como nós a conhecemos começa na fecundação ou aos 3 meses, quando o sistema nervoso central está se formando, é questão de parâmetro individual. Se você for pela religião, então o zigoto já tem uma
“alma” e portanto se equivale a nós. Se a pessoa vai pela ciência, então sabe-se que é aos 3 meses de gestação que o feto começa a ter o que chamamos de vida humana, com pensamentos, proto-coordenação motora, e talvez uma certa consciência de si. Antes disso são apenas células, como qalquer ser vivo no planeta, sem consciência de si.
Ainda, o debate é sobre opção de aborto. O que se defende é que as pessoas tenham livre arbítrio para decidir. Dependerão de suas escolhas: religião ou ciência?
Religiosos continuarão a ter seus plenos direitos de levar uma gestação de anencéfalo ao termo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 8:24
Gosto de lê-lo. Mas quando o assunto é religião, VOCÊ DÁ SONO.
Bem vindo ao século XV.
Anônimo
-
25/08/2008 às 8:11
Olá Reinaldo>
Entendo sua posição sim, mas você não crê que neste caso(como em outros), a Ciência acaba se tornando um dogma, suprimindo as discussões ?
E assim (em relação ao sujeito e objeto de análise da Ciência)a discussão se retro-alimenta ignorando o dogma religioso.
Anônimo
-
25/08/2008 às 7:45
Reinaldo,
O fetiche com os cientistas eh perigoso. Sao especialistas em suas respectivas areas mas fora delas sao seres falhos e tao morais/imorais quanto qualquer pessoa.
Se as pessoas soubessem das brigas por verbas nos departamentos, dos argumentos usados nos conselhos, dos incontaveis preconceitos proferidos por aqueles que em publico se mostram tao infaliveis, veriam que sao pessoas comuns munidas de excelentes argumentos a favor de seus interesses e crencas. Mas tais interesses e crencas seguem o mesmo padrao de qualquer ser humano comum, somente sao melhor defendidos.
Mas nem tao bem defendidos, ha muito jogo de cena.
Como ja disse, sao especialistas em suas areas e a melhor maneira de ve-los perderem a posse eh analisar a questao por eles apresentada sob um ponto de vista muito especifico ao qual devotaram bastante tempo para remover vulnerabilidades, sob um ponto de vista diferente, mais geral, analisando diversos aspectos e impactos em variados niveis das ideias que defendem, expandindo a questao ate tornar visiveis todos os incentivos e possiveis consequencias sobre a sociedade como um todo em todos os seus aspectos (juridico, social, economico, politico, etc).
A tipica reacao eh retomarem o ponto de vista restrito sobre o qual trabalharam arduamente para torna-lo inatacavel. Reagem como surdos e escolhem debater somente com os que aceitam o ponto de vista restrito por eles considerado como unico contexto valido para a discussao. Qualquer argumento fora disso eh ignorado ou taxado de alguma coisa que signifique ser anti-ciencia, anti-modernidade, etc.
Mais uma coisinha, um grupo de cientistas nao fala pela ciencia pois na academia ha cientistas com os mais variados valores e opinioes, uns discordantes dos outros, todos com excelentes argumentos contra os argumentos dos demais. Voces acham que os mais duros golpes na questao do aquecimento global tem sido dados por empresarios e politicos?
Portanto, cuidado com esse fetichismo todo pois os cientistas sao pessoas moralmente comuns, cuidado com o contexto que eles definem para as discussoes pois eh o contexto que eles escolheram por terem mais chances de vencer a discussao e ao qual se dedicaram bastante tempo para torna-lo quase invulneravel, cuidado com tomar a voz de um grupo de cientistas como a voz da ciencia, isso faz parte do jogo de cena, procure as opinioes de outros cientistas com reputacao internacional, preferencialmente de fora do Brasil, ha muita coisa na Internet.
Em suma, seja critico e se informe, nao seja mais uma ovelha.
Anônimo
-
25/08/2008 às 7:34
É isso mesmo! Excelente. Não havia pensado assim. Muito bom, principalmente o parágrafo abaixo:
“Na forma como está posto o debate — mais uma vez, vai-se definir o que é “a” vida —, em vez da fraqueza que humaniza, a arrogância que constrange. Mas não é o apocalipse. O humanismo prosperou em meio a adversidades. O cristianismo também. São batalhas de fôlego longo.”
Quanto ao STF decidir, qual seria a opção?
MAM
WEIMAR
-
25/08/2008 às 7:20
É preciso ter crença religiosa pra concordar muitas vezes com o Reinaldo, inclusive em vários aspectos da questão sobre aborto? Pergunto e eu mesmo respondo: Não!
É preciso ser contra o aborto, quaisquer que sejam as condições de cada caso concreto, pra concordar em muitos pontos com o Reinaldo? Volto a perguntar e torno a responder: NÃO!
É preciso ser contra o aborto pra reconhecer que vários dos argumentos levantados em favor da sua prática são produtos da estupidez humana? Pergunto por fim e respondo sem titubear: NÃO!
Weimar
Nicão
-
25/08/2008 às 7:15
Reinaldo, todos os teus argumentos contra são aceitáveis, mas, o problema, é que existem outros tantos, aceitáveis também, a favor. Por isso, gosto da “convenção” da falta de atividade cerebral. Se a “convenção” serve para transplante de orgãos, ou para, simplesmente, autorizar o enterro de um corpo - convenção científica aceita pela Igreja, é bom frisar - deve servir para o caso do aborto no caso de anencefalia, e, também, no caso das pesquisas com células-tronco, porque não? Infelizmente, temos que ter certas “convenções” que, de alguma forma, tragam o debate para o campo da razão, e, felizmente, ou infelizmente, sei lá, a ciencia é o caminho mais propício para tratarmos de temas que tendem a ser explosivos, vistos de outra forma - sob a orientação religiosa, por exemplo. É bom lembrar que alguns procedimentos médicos invasivos já foram considerados “coisa do demônio” e, hoje, só não são porque a ciência comprovou a sua utilidade, que passou a ser aceita pela comunidade religiosa e que tornou-se responável pelo aumento da qualidade de vida média. Por isso, ainda, prefiro a discussão científica, que, por mais imperfeita que poossa parecer, trabalha com dados concretos.
Dmss
-
25/08/2008 às 7:03
O materialismo leva sim ao genocídio; são os regimes materialistas que já assassinaram mais de 200 milhões em todo mundo.
Anônimo
-
25/08/2008 às 6:59
Aqueles favoráveis ao aborto são os mesmos que não concordam que maus empregados sejam demitidos; que culpados sejam punidos; que responsabilidades sejam assumidas, etc. etc. etc.
sei que não é moderno, nem pós moderno, ter preocupações de ordem espiritual (por isso este povo é “tão feliz”!?)mas querer discriminalizar o aborto e macular de mágoa a natureza feminina, pode?
toda mulher que aborta hoje arrepender-se amanhã.
Ninguém atenta impunemente contra a própria natureza. O que se devia era pensar como fazer para evitar a gravidez indesejável.
Responsabilidade e informação são instrumentos úteis e de fácil acesso.
Uma escola estadual do Vale do Paraíba reduziu à zero seus altos índices de gravidez precoce apenas com trabalho de informação dos estudantes através de exercícios de visualização.
Ou seja, é possível outras saídas além daquelas consideradas mais fáceis.
Lenicio
-
25/08/2008 às 6:24
Reinaldo,
Minha posição sobre o aborto é muito clara: eu acho que as mulheres deveriam ser desencorajadas a fazê-lo por razões fúteis, mas não vejo como criminalizar uma atitude da mulher sobre o próprio corpo, ainda que haja outro ser humano a habitá-lo. Eu não faria aborto (obviamente, se eu fosse mulher), mas não acho que deveria ser crime em nenhuma circunstância.
Eu sou ateu, mas essa minha opinião é ainda da época em que eu era católico. Eu acompanho com afinco suas opiniões aqui no blog e acho que temos muito mais afinidades do que discordâncias. Mas uma coisa não me é clara e eu agradeceria muito se você explicasse: a sua opinião sobre a lei atual, que permite o aborto em caso de estupro ou de risco de morte para a mãe.
Um abraço,
Lenicio Carneiro
médico nefrologista
Recife-PE
Sharp Random
-
25/08/2008 às 5:51
O materialismo impor-se como realidade existencial é o verdadeiro obscurantismo pois não existe comprovação científica disso em lugar algum do planeta.
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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]