De: EAQ <noreply@evzo.org>
Data: 12 de abril de 2012 06:53
Assunto: Este é o dia que o Senhor fez
Para: acrv.catolico@gmail.com
Naquele belo poema que ouvimos na vigília pascal, o autor do livro do Génesis recorda-nos a obra da Criação e acaba-o contemplando: «Assim foram terminados os céus e a terra… No sétimo dia, Deus repousou de todo o trabalho por Ele realizado» (Gn 2, 1-2). É o shabbat, o dia do Senhor, o dia em que, segundo a antiga Lei, ninguém deveria trabalhar, «nem tu, nem os teus filhos e filhas, nem o teu escravo ou escravo… nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas» (Dt 5,14). Todos somos chamados a parar, diante das maravilhas da obra do Senhor Deus.
E eis que Deus decide fazer novas todas as coisas (cf. Is 65,17). Na sua bondade infinita, na sua misericórdia, perante o homem infiel e esmagado pelos seus pecados, Deus decide enviar o Seu Filho, o Verbo eterno, Jesus, Filho do homem e Filho de Deus, encarnado, morto e ressuscitado por nós e para nossa salvação. É um novo "primeiro dia", em que Deus diz outra vez «Faça-se luz!» (Gn 1,3), não a luz que destruiu o caos inicial mas a luz sem fim, a luz que brilhará para sempre (cf. Ap 21,23). É a nova Criação que se inicia.
«Este é o dia que o Senhor fez», diz o Salmo 118 (Sl 118-117,24) que cantamos ao longo de toda a semana pascal. Contudo, nesta nova Criação, nós não somos apenas a mais bela manifestação do poder do Criador («Deus viu que era muito bom», Gn 1,31), mas fazemos parte do projeto. «Corpo de Cristo» (1 Co 12,27), «mortos e ressuscitados» com Cristo (cf. Rm 6,4), somos também atores desta salvação universal.
A liturgia oferece-nos cinquenta dias "dos nossos" para contemplarmos este "dia do Senhor", para meditarmos e vivermos esta pertença – cinquenta dias de Páscoa! Animemo-nos uns aos outros para encontrarmos a nossa resposta pessoal a viver este apelo de anunciarmos a luz da Ressurreição, de nos tornarmos caminho de paz e de salvação para todos os homens e mulheres «por Deus amados» (cf. Lc 2,14).
Com os votos de um tempo pascal muito fecundo,
a equipa de Evangelizo em língua portuguesa
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1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. | ||
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]