quarta-feira, 25 de abril de 2012

Restituição instantânea da perna do coxo de Calandra







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  • Restituição instantânea da perna do coxo de Calandra

Nossa Senhora do Pilar
Zaragoza - Espanha

Pode, porventura, uma perna amputada e enterrada por 2 anos e meio, em pleno contato com a terra, ser reimplantada ao corpo? Foi o que miraculosamente aconteceu. Este acontecimento extraordinário, sobrenatural, foi estudado exaustivamente, com todo o rigor científico, por Messori no seu livro "O grande milagre".
Entre as dez e onze da noite do dia 29 de março de 1640, enquanto Miguel Juan Pellicer (camponês de 23 anos), dormia em sua casa foi-lhe "reimplantada" - repentina e definitivamente - a sua perna direita. A perna, feita em pedaços pela roda de um carro e posteriormente gangrenada, foi-lhe amputada no fim de outubro de 1637 (2 anos e 5 meses antes da impressionante "restituição"), no hospital público de Zaragoza.
Cirurgiões e enfermeiros realizaram sucessivamente a cauterização do toco da perna com um ferro em brasa. O processo e a investigação foram abertos 68 dias depois e se prolongaram por muitos meses, sendo presidido pelo Arcebispo de Zaragoza, assistido por nove juizes, com dezenas de testemunhos e um rigoroso respeito às normas prescritas pelo Direito Canônico.
A sentença do processo declarou que a perna reimplantada de maneira tão repentina era a mesma que fora cortada e em seguida enterrada. Este fato foi certificado apenas 3 dias depois de que ocorrera e no mesmo lugar do acontecimento, por um notário (de outra cidade e, portanto, sem relação com o caso), por meio do habitual instrumento legal, garantido igualmente pelo juramento de muitas testemunhas oculares.
A partir do testemunho do protagonista e de outros testemunhos, se chegou à conclusão de que o milagre foi devido à intercessão de N. Sra. do Pilar, a quem o jovem sempre fora particularmente devoto, à qual se havia encomendado antes e depois da amputação de sua perna, e em cujo santuário de Zaragoza tinha pedido e obtido autorização para pedir esmola.
Quando pode enfim sair do hospital com uma perna de madeira e duas muletas, untava diariamente o seu toco de perna com o azeite das lâmpadas acesas na Santa Capela do Pilar. Isto é precisamente o que sonhou que estava fazendo, em Calanda, na noite em que adormeceu com uma única perna e foi despertado por seus pais poucos minutos depois, possuindo outra vez as duas pernas.
Sobre a verdade do fato nunca se levantou voz alguma de dúvida, nem na ocasião nem depois, nem no povoado nem em nenhum outro lugar. Após a conclusão positiva do processo, o próprio rei da Espanha, Felipe IV, ordenou que chamassem ao seu palácio de Madrid o jovem do milagre, ajoelhando-se em sua presença para beijar-lhe a perna milagrosamente "restituída".
A forma como aconteceu o acidente, em julho de 1637, está assentado no livro de registros do Hospital Real de Valência, no dia 3 de agosto do mesmo ano. Miguel Juan e seus pais examinaram a perna amputada descobrindo imediatamente sinais inconfundíveis que permaneciam nela. "O mais notório e principal, a cicatriz originada pela roda do carro que lhe fraturara a tíbia; outra cicatriz, menor, ocasionada pela extirpação, na adolescência, de um abcesso; e, por último, dois profundos sinais de cortes provocados por um arbusto de espinhos, e as marcas da mordida de um cachorro".
  • História da Devoção
De acordo com a tradição espanhola. Nossa Senhora teria aparecido ao apóstolo Tiago Maior, que estava evangelizando a Espanha. Maria Santíssima ainda vivia em Éfeso e teria usado do privilégio da bilocação para estar presente junto do apóstolo Tiago, em Zaragoza, para animá-lo no sentido de que continuasse a missão apostólica nas Gálias. Baseado nesta tradição, que vem dos primeiros séculos, teria surgido a devoção a Nossa Senhora do Pilar, hoje a mais popular da Espanha. Sua imagem que se venera em Sarazoza é uma estátua de 38 centímetros que está em cima de uma coluna (daí "do Pilar"). Ela não é uma obra de arte, mas é diante dela que, com fé, se prostam as multidões de devotos que chegam ao santuário, de todas as partes do mundo.


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]