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"O Valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem". Com essa frase de Fernando Pessoa, nossos amigos Marcelo e Mônica resumem a filosofia do site www.anencefalia.com, agora desfrutando de uma nova versão, mais estilosa e organizada – que eu, particularmente, gostei muito!
Completando mais de um ano no ar, o site que fizeram em homenagem à sua primeira filhinha, a Giovanna, que teve anencefalia e viveu apenas algumas horas após o nascimento, já é uma referência no país sobre o assunto, trazendo depoimentos profundos, notícias, artigos jurídicos e informações importantes sobre o que é, de verdade, a tal da anencefalia, sob a ótica de quem já a vivenciou como experiência real e, em meio a tanto sofrimento, soube crescer com a situação…
A permissão para aborto neste caso, não custa lembrar, está em tramitação no Supremo Tribunal Federal e seu julgamento já foi anunciado várias vezes "para breve". Tendo curiosidade sobre o assunto ou não, lhe convido a acessar e desbravar o site. A riqueza de material e os depoimentos espontâneos que eles tanto recebem nos fazem questionar, o tempo todo, sobre o que realmente sabemos disto que chamamos de "vida". Dure o tempo que ela durar…
Ao Marcelo, à Mônica, à pequena Luíza e à Giovanna, que intercede por eles lá do céu, toda a paz do mundo e muita força para continuarem se aprimorando cada vez mais nesta batalha tão linda – e tão necessária – pela vida!
Tags: aborto, Anencefalia, Giovanna, site, vida
Enquanto o governo Lula tenta indicar seu ex-advogado para a vaga do Ministro Direito no Supremo Tibunal Federal, grupos favoráveis ao aborto em casos de anencefalia estão divulgando uma campanha para pressionar a corte a tomar a decisão ainda este ano. Eis o cartaz:
Cartaz pró-aborto de bebês com anencefalia (Reprodução/CCR)
Pois é… se tais grupos costumam acusar os contrários ao aborto de usar imagens "sensacionalistas", parece que agora resolveram reconsiderar a questão e render-se ao "estilo"… Mas, ao contrário das fotos reais de abortos utilizadas pelos pró-vida, pode-se dizer que a campanha acima utiliza um argumento não muito "verdadeiro", uma vez que, para ter-se uma certidão de óbito, é necessário, logicamente, ter primeiro uma de nascimento. Só morre quem está vivo.
Bem, creio que qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade, independente de sua posição sobre o assunto, começaria essa discussão com aquela frase: "Pois é… é um assunto complicado, né?" Se é. Mas, bem… há algo que eu gostaria de questionar.
Você teria coragem de tirar esta vida?
Giovanna era anencéfala. Seus pais, Mônica e Marcelo, sofreram muito quando souberam da notícia, e mais ainda quando a perderam, após algumas horas de vida extra-uterina. Mas, segundo Mônica, nada se compara à alegria que foi tê-la dentro de si durante nove meses, e aos poucos momentos em que pôde segurá-la nos braços. "Nada me faria interromper a vida de minha filhinha, mesmo que seu prognóstico fosse dos piores. O que eu poderia fazer por ela era dar-lhe muito amor e carinho. E foi o que fiz, protegi-a enquanto estava dentro de mim, e depois lhe demos toda a dignidade que merecia, como cidadã".
Giovanna nasceu chorando, e teve certidão de nascimento. E de óbito. Como qualquer pessoa que passe por este mundo, seja por que tempo for…
"A AIDS não é mortal; mortais somos todos nós", dizia o sociólogo Betinho. Talvez poder-se-ia dizer o mesmo da anencefalia: não é o tempo de vida que uma pessoa tem pela frente que justifica sua dignidade, seu direito de viver. Ninguém mataria um filho por saber que ele tem pela frente poucos dias, ou mesmo horas de vida. Por que, então, tirar a vida de um bebê indefeso, ainda no útero?…
Mônica e Marcelo resolveram ir além: pensaram em ajudar outros pais na mesma situação a perceberem que, embora o sofrimento nestes casos seja inevitável, uma certidão de óbito é sempre melhor que uma lata de lixo. E fizeram um site, o www.anencefalia.com.br, na qual tentam reunir alguns depoimentos dentre os inúmeros casos de pessoas que, com certeza, pensam como eles. E hoje estão muito bem, cheios de desafios, mas também de muitas alegrias, como a pequena Luísa, a filhinha sapeca que a vida lhes deu após Giovanna. Quando perguntada onde está sua irmãzinha, ela é rápida no gatilho: "Lá no céu!" Amém, Luísa.
Tags: aborto, Anencefalia, Giovanna, Mônica
Recebemos, recentemente, a notícia de que em breve o Supremo Tribunal Federal deve julgar a ação que visa permitir a realização do aborto em casos de bebês com anencefalia. Esse assunto circula no STF desde 2004, quando causou grande repercussão na mídia. Na época, lembro que me causou algumas dúvidas, pois, como quase todo mundo, a imagem que eu tinha de anencéfalos era de crianças sem uma "vida de verdade", com uma "sobrevivência" inferior à vegetativa. "Sem cérebro não é humano", é o que nos parece…
Pois hoje, 5 anos depois, após conhecer as histórias de algumas mães que passaram por esses casos (inclusive de uma grande amiga da família), e procurar saber mais sobre o assunto, vendo de perto os argumentos de quem é a favor e contra, muita coisa mudou… Descobri, entre outras coisas, que esses bebês "sem cérebro" na verdade têm outras partes do encéfalo formadas, e que é impossível determinar com exatidão o nível de sua consciência… Mas acho que uma das coisas que mais me inquietaram foi ouvir da Mônica (que hoje cuida do belo site Anencefalia.com.br junto com o Marcelo, seu marido), que o maior sofrimento de ter uma filhinha com anencefalia, a Giovanna, não foi a terrível notícia, durante a gravidez, de que ela não viveria por muito tempo, e nem de enfrentar sua morte poucas horas após o nascimento… Foi ouvir dizerem que a Giovanna não era humana. Foi ouvir as coisas mais descabidas para poderem justificar o direito de tirar a vida de outros iguais a ela, até a incoerência de que ali "não há vida"… "Hora, se não houvesse vida não haveria morte"…
Como a Mônica, hoje o que mais me choca são as verdadeiras mentiras que soltam por aí… Cheguei a ir numa audiência pública do Supremo onde debatiam do assunto, e fiquei sinceramente pasmo. Não é só respeitar o "direito" de mães que não querem sofrer (como se isto fosse possível…), querem é legalizar o aborto a todo custo, e para isto é importante começar por algo monstruoso, que choque. Hoje é a "má formação cerebral", amanhã talvez Síndrome de Down, deficiência mental… Deficiência é deficiência, como dizer qual merece a vida? Por que uns sim, e outros não? Só por que não vão chegar a raciocinar como nós, a andar como nós, a viver o mesmo tempo que nós?… Bebês com anencefalia também nascem chorando (olha a fotinha da Giovanna, lá no site), alguns chegam a sorrir, como qualquer um de nós, "humanos". E se amanhã ou depois, descobrirmos que só nos resta pouco tempo de vida, será que seremos capazes de sorrir, como eles?…
Sim, às vezes não temos idéia de onde o ser humano pode chegar. De quanto podemos viver, e o quanto seríamos capazes de… matar. De justificar atrocidades pela "monstruosidade" de fatos como anencefalia, estupro ou gravidez na adolescência. De nos darmos o direito de escolher entre vivos e mortos, sãos e doentes, céfalos e acéfalos… Entre homens e monstros.
Quem é o homem… e o monstro, quem é?
Tags: aborto, Anencefalia, Corcunda de Notre Dame, Supremo Tribunal Federal, vida
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1. Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2. Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. | ||
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]