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ZENIT
O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 15 de abril de 2012
Familia e Vida
- Nota da CNBB sobre o aborto de Feto Anencefálico
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54
Espírito da Liturgia
- O encontro que não pode ser esquecido
Refelxão sobre a Páscoa por Frei Patrício Sciadini, ocd
«Regina Caeli»
- "A paz que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus"
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caeli neste domingo da Misericórdia - "As mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor"
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caelis na segunda-feira depois da Páscoa
Familia e Vida
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto Anencefálico
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54
BRASILIA, sexta-feira, 13 de março de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir o comunicado que a Assessoria de Imprensa da CNBB enviou para ZENIT e também fez público hoje na sua página oficial, no qual "lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia".
***
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Envie a um amigo | Imprima esta notícia***
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
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Espírito da Liturgia
O encontro que não pode ser esquecido
Refelxão sobre a Páscoa por Frei Patrício Sciadini, ocd
ROMA, domingo, 15 de abril de 2012(ZENIT.org) - *Frei Patrício Sciadini, ocd, apresenta aos leitores de ZENIT uma reflexão sobre a palavra Páscoa.
A palavra “Páscoa” evoca no coração de todos nós cristãos sentimentos de alegria, de fé, de amor pela Pessoa de Jesus que, tendo vencido a morte, ressuscitou dando-nos a todos o anúncio que não somos mais escravos da morte e do pecado. A vida resplandece e floresce em quem crê no Senhor ressuscitado. Mas ao mesmo tempo esta palavra evoca todo o caminho que o povo de Israel realiza desde a sua libertação da escravidão do Egito nas noites estreladas no deserto, na experiência do frio e do calor, da fome. Evoca a tentação da idolatria de um lado e de outro o amor incansável de Deus que através de Moises, caminha na frente do povo rumo a terra prometida. Um caminho que inicia com a libertação e que termina somente no encontro definitivo com o novo cordeiro imolado, Cristo Jesus, em cujo sangue somos lavados e nossas vestes se fazem mais brancas do que a neve.
Páscoa, nova aliança sagrada da passagem da morte a vida. A grande páscoa de Cristo, resultado de tantas pequenas Páscoas que se realizam no caminho de todo cristão. Páscoa, experiência de nossa fragilidade e da graça de Deus. Um encontro que não pode ser esquecido porque é festa a ser contada de pai para filho por todas as gerações. Celebração em que o menor de todos, vendo todos os preparativos, fica extasiado e se aproxima do mais velho e pergunta com alegria e brilho nos olhos: por que fazemos isto? E inicia o relato pascal, a grande alegria de contar aos que vêm depois de nós que fomos amados por Deus e libertados de todos os nossos pecados.
Páscoa celebrada de pé, com sandálias nos pés, com bastão na mão, comendo o cordeiro “sem mancha e defeito”, imolado, pronto para retomar o caminho, comido com erva amarga para que o povo nunca esqueça que a alegria maior é sempre unida a cruz e a dor. Uma dor de alegria e celebração, é verdade que os pés sangram e doem, que o coração está ferido, mas é também verdade que um espírito novo está presente no coração de quem crê. Páscoa nova, celebrada não mais de pé, mas com pressa, por Jesus no cenáculo como despedida solene dos seus discípulos, como entrada dolorosa na paixão, onde o mesmo Jesus experimenta o abandono de todos, a solidão, a dificuldade do caminho, as lágrimas amargas, a negação dolorosa. Mas com plena consciência de ter realizado o projeto do Pai até o fim no amor oblativo de si mesmo. Onde tudo é consagrado com o derramamento do seu sangue, sangue vivo de amor e fecundante de una nova vida.
Páscoa não compreendida, sofrida no início do caminho da traição, mas que na medida em que a morte de cruz se aproxima, aumenta a dor e incerteza, o medo de que tudo está terminado. Mas o Cristo caminha de cabeça erguida, voluntariamente, até o calvário, para se consumir no amor ao Pai. O seu “tudo está consumado” não é desespero e nem fracasso, mas sim realização de amor e “sim” definitivo. Como é bela a páscoa contemplada como pequenas ou grandes mortes, pequenas ou grandes ressurreições. Páscoa é festa que se prepara a partir de dentro para fora, num processo de conversão e de infinito amor. Experiência de pecado e de graça, somente os que tem atravessado consciente e corajosamente o deserto da “quaresma”, nos quatro caminhos indicados pelo Papa Bento XVI: oração, silêncio, partilha e jejum poderão experimentar a alegria da Páscoa. Sem esta vivencia a Páscoa será um canto vazio, um conector não marcante, uma passagem que não transforma a vida, mas a torna ainda mais vazia.
A páscoa é uma festa que é marcada por uma palavra tão familiar a todos nós e inclusive presente em todas a s línguas de todos os que creem “aleluia”. É necessário que cante a mente, cante o coração e cante o corpo que se acorda do seu sono e do seu silêncio para contemplar o Cristo ressuscitado. O canto do aleluia nos faz perceber que a nossa “HORA” chegou, embora não ainda plenamente, a hora da vida, da alegria, da vitória sobre o mal. Páscoa no mundo tecnológico e do consumismo, banalizada, reduzida a “férias”, viagens, compras, ovos pascais e colombas pascais, chocolate diet e outras coisinhas que servem para preencher o vazio do coração sem fé.
Banalizar a Páscoa, instrumentalizá-la para comércio é algo que fere não a sensibilidade dos cristãos, mas a fé. A páscoa no hoje da nossa história é sermos semeadores de esperança somente, que nasce da noite para o dia, outra numa semana e outra num mês e outra no fim da vida e outra ainda daqui a 100 anos. Quero ser semeador da semente da esperança que nascerá daqui a 100 anos, assim não correrei o risco da vaidade. Crer na Páscoa é graça de Deus. Dizer feliz páscoa é dizer ao outro, seja qual for, “você é feliz só se crê que Cristo nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou” e que ele lhe espera no céu para você participar da sua glória. A páscoa, mais que uma celebração, uma memória, é uma Pessoa viva, Cristo, e você que crê em Cristo.
Feliz páscoa!
* Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita Descalço, escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior, atualmente é o delegado geral no Egito.
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaA palavra “Páscoa” evoca no coração de todos nós cristãos sentimentos de alegria, de fé, de amor pela Pessoa de Jesus que, tendo vencido a morte, ressuscitou dando-nos a todos o anúncio que não somos mais escravos da morte e do pecado. A vida resplandece e floresce em quem crê no Senhor ressuscitado. Mas ao mesmo tempo esta palavra evoca todo o caminho que o povo de Israel realiza desde a sua libertação da escravidão do Egito nas noites estreladas no deserto, na experiência do frio e do calor, da fome. Evoca a tentação da idolatria de um lado e de outro o amor incansável de Deus que através de Moises, caminha na frente do povo rumo a terra prometida. Um caminho que inicia com a libertação e que termina somente no encontro definitivo com o novo cordeiro imolado, Cristo Jesus, em cujo sangue somos lavados e nossas vestes se fazem mais brancas do que a neve.
Páscoa, nova aliança sagrada da passagem da morte a vida. A grande páscoa de Cristo, resultado de tantas pequenas Páscoas que se realizam no caminho de todo cristão. Páscoa, experiência de nossa fragilidade e da graça de Deus. Um encontro que não pode ser esquecido porque é festa a ser contada de pai para filho por todas as gerações. Celebração em que o menor de todos, vendo todos os preparativos, fica extasiado e se aproxima do mais velho e pergunta com alegria e brilho nos olhos: por que fazemos isto? E inicia o relato pascal, a grande alegria de contar aos que vêm depois de nós que fomos amados por Deus e libertados de todos os nossos pecados.
Páscoa celebrada de pé, com sandálias nos pés, com bastão na mão, comendo o cordeiro “sem mancha e defeito”, imolado, pronto para retomar o caminho, comido com erva amarga para que o povo nunca esqueça que a alegria maior é sempre unida a cruz e a dor. Uma dor de alegria e celebração, é verdade que os pés sangram e doem, que o coração está ferido, mas é também verdade que um espírito novo está presente no coração de quem crê. Páscoa nova, celebrada não mais de pé, mas com pressa, por Jesus no cenáculo como despedida solene dos seus discípulos, como entrada dolorosa na paixão, onde o mesmo Jesus experimenta o abandono de todos, a solidão, a dificuldade do caminho, as lágrimas amargas, a negação dolorosa. Mas com plena consciência de ter realizado o projeto do Pai até o fim no amor oblativo de si mesmo. Onde tudo é consagrado com o derramamento do seu sangue, sangue vivo de amor e fecundante de una nova vida.
Páscoa não compreendida, sofrida no início do caminho da traição, mas que na medida em que a morte de cruz se aproxima, aumenta a dor e incerteza, o medo de que tudo está terminado. Mas o Cristo caminha de cabeça erguida, voluntariamente, até o calvário, para se consumir no amor ao Pai. O seu “tudo está consumado” não é desespero e nem fracasso, mas sim realização de amor e “sim” definitivo. Como é bela a páscoa contemplada como pequenas ou grandes mortes, pequenas ou grandes ressurreições. Páscoa é festa que se prepara a partir de dentro para fora, num processo de conversão e de infinito amor. Experiência de pecado e de graça, somente os que tem atravessado consciente e corajosamente o deserto da “quaresma”, nos quatro caminhos indicados pelo Papa Bento XVI: oração, silêncio, partilha e jejum poderão experimentar a alegria da Páscoa. Sem esta vivencia a Páscoa será um canto vazio, um conector não marcante, uma passagem que não transforma a vida, mas a torna ainda mais vazia.
A páscoa é uma festa que é marcada por uma palavra tão familiar a todos nós e inclusive presente em todas a s línguas de todos os que creem “aleluia”. É necessário que cante a mente, cante o coração e cante o corpo que se acorda do seu sono e do seu silêncio para contemplar o Cristo ressuscitado. O canto do aleluia nos faz perceber que a nossa “HORA” chegou, embora não ainda plenamente, a hora da vida, da alegria, da vitória sobre o mal. Páscoa no mundo tecnológico e do consumismo, banalizada, reduzida a “férias”, viagens, compras, ovos pascais e colombas pascais, chocolate diet e outras coisinhas que servem para preencher o vazio do coração sem fé.
Banalizar a Páscoa, instrumentalizá-la para comércio é algo que fere não a sensibilidade dos cristãos, mas a fé. A páscoa no hoje da nossa história é sermos semeadores de esperança somente, que nasce da noite para o dia, outra numa semana e outra num mês e outra no fim da vida e outra ainda daqui a 100 anos. Quero ser semeador da semente da esperança que nascerá daqui a 100 anos, assim não correrei o risco da vaidade. Crer na Páscoa é graça de Deus. Dizer feliz páscoa é dizer ao outro, seja qual for, “você é feliz só se crê que Cristo nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou” e que ele lhe espera no céu para você participar da sua glória. A páscoa, mais que uma celebração, uma memória, é uma Pessoa viva, Cristo, e você que crê em Cristo.
Feliz páscoa!
* Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita Descalço, escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior, atualmente é o delegado geral no Egito.
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«Regina Caeli»
"A paz que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus"
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caeli neste domingo da Misericórdia
CIDADE DO VATICANO, domingo, 15 de abril de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos as palavras de Bento XVI pronunciadas aos fiéis e peregrinos reunidos neste domingo, 15 de abril, na Praça de São Pedro para o tradicional Regina Caeli.
Queridos irmãos e irmãs!
Todos os anos, celebrando a Páscoa, nós revivemos a experiência dos primeiros discípulos de Jesus, a experiência do encontro com Ele ressuscitado: narra o Evangelho de João que eles viram aparecer no meio deles, no cenáculo, na noite do dia da Ressurreição, “o primeiro da semana”, e depois “oito dias depois” (Jo 20, 19.26). Aquele dia, chamado depois de “domingo”, “Dia do Senhor”, é o dia da assembléia, da comunidade cristã que se reune para seu culto próprio, isto é, a Eucaristia, culto novo e diferente desde o início daquele judaico do sábado. De fato, a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e surpreendente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico.
Então, como hoje, o culto cristão não é somente uma comemoração de eventos passados, e nem mesmo uma particular experiência mística, interior, mas essencialmente um encontro com o Senhor ressuscitado, que vive na dimensão de Deus, além do tempo e do espaço, e, contudo se faz realmente presente na comunidade, nos fala nas Sagradas Escrituras e parte para nós o Pão da vida eterna. Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentaram os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhecê-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, no entanto livre das ligações terrenas.
É muito importante aquilo ao que se refere o Evangelho, isto é, que Jesus nas duas aparições aos Apóstolos reunidos no cenáculo, repetiu muitas vezes a saudação “A paz esteja convosco” (Jo 20,19.21.26). A saudação tradicional, com a qual nos deseja o shalom, a paz, se torna aqui algo novo: se torna o dom daquela paz que somente Jesus pode dar, porque é fruto da sua vitória radical sobre o mal. A 'paz' que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus que o levou a morrer na cruz, a derramar todo o seu sangue, como Cordeiro manso e humilde, “cheio de graça e verdade” (Jo 1,14). Eis porque o Beato João Paulo II quis intitular este domingo depois da Páscoa da Divina Misericórdia, com um ícone bem preciso: aquele do lado aberto de Jesus, do qual escorrem sangue e água, segundo o testemunho ocular do apóstolo João (Jo 19,34-37). Mas, de uma vez por todas Jesus é ressuscitado, e dEle vivo brotam os Sacramentos pascais do Batismo e da Eucaristia: quem se aproxima deles com fé recebe o dom da vida eterna.
Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o dom da paz que nos oferece Jesus ressuscitado, deixemos que o nosso coração se encha da sua misericórdia! Desta maneira, com a força do Espírito Santo, o Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos, também nós possamos levar aos outros estes dons pascais. Que nos obtenha Maria Santíssima, Mãe da Misericórdia.
(Tradução:MEM)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaQueridos irmãos e irmãs!
Todos os anos, celebrando a Páscoa, nós revivemos a experiência dos primeiros discípulos de Jesus, a experiência do encontro com Ele ressuscitado: narra o Evangelho de João que eles viram aparecer no meio deles, no cenáculo, na noite do dia da Ressurreição, “o primeiro da semana”, e depois “oito dias depois” (Jo 20, 19.26). Aquele dia, chamado depois de “domingo”, “Dia do Senhor”, é o dia da assembléia, da comunidade cristã que se reune para seu culto próprio, isto é, a Eucaristia, culto novo e diferente desde o início daquele judaico do sábado. De fato, a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e surpreendente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico.
Então, como hoje, o culto cristão não é somente uma comemoração de eventos passados, e nem mesmo uma particular experiência mística, interior, mas essencialmente um encontro com o Senhor ressuscitado, que vive na dimensão de Deus, além do tempo e do espaço, e, contudo se faz realmente presente na comunidade, nos fala nas Sagradas Escrituras e parte para nós o Pão da vida eterna. Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentaram os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhecê-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, no entanto livre das ligações terrenas.
É muito importante aquilo ao que se refere o Evangelho, isto é, que Jesus nas duas aparições aos Apóstolos reunidos no cenáculo, repetiu muitas vezes a saudação “A paz esteja convosco” (Jo 20,19.21.26). A saudação tradicional, com a qual nos deseja o shalom, a paz, se torna aqui algo novo: se torna o dom daquela paz que somente Jesus pode dar, porque é fruto da sua vitória radical sobre o mal. A 'paz' que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus que o levou a morrer na cruz, a derramar todo o seu sangue, como Cordeiro manso e humilde, “cheio de graça e verdade” (Jo 1,14). Eis porque o Beato João Paulo II quis intitular este domingo depois da Páscoa da Divina Misericórdia, com um ícone bem preciso: aquele do lado aberto de Jesus, do qual escorrem sangue e água, segundo o testemunho ocular do apóstolo João (Jo 19,34-37). Mas, de uma vez por todas Jesus é ressuscitado, e dEle vivo brotam os Sacramentos pascais do Batismo e da Eucaristia: quem se aproxima deles com fé recebe o dom da vida eterna.
Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o dom da paz que nos oferece Jesus ressuscitado, deixemos que o nosso coração se encha da sua misericórdia! Desta maneira, com a força do Espírito Santo, o Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos, também nós possamos levar aos outros estes dons pascais. Que nos obtenha Maria Santíssima, Mãe da Misericórdia.
(Tradução:MEM)
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"As mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor"
As palavras de Bento XVI durante o Regina Caelis na segunda-feira depois da Páscoa
ROMA, domingo, 15 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Apresentamos a seguir as palavras de Bento XVI pronunciadas na segunda-feira do Anjo, 09 de abril, em Castel Gandolfo durante o tradicional Regina Caeli.
Queridos irmãos e irmãs!
Bom dia a todos! A segunda-feira depois da Páscoa é em muitos países um dia de feriado, no qual se faz um passeio em meio à natureza, ou mesmo se visita os parentes mais distantes para se reecontrar em família. Masgostarei que estivesse presente na mente e no coração dos cristãos o motivo deste feriado, isto é, a Ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé. De fato, como escreve são Paulo aos Coríntios, “se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1 Cor 15,14). Por isso, nestes dias é importante reler as narrações da ressurreição de Cristo que encontramos nos quatro Evangelhos e reler com o coração. Trata-se de narrações que, de maneiras diversas, apresentam os encontros dos discípulos com Jesus ressuscitado, e nos permite assim meditar sobre este evento estupendo que transformou a história e dá sentido a existência de cada homem, de cada um de nós.
O evento da ressurreição, enquanto tal, não vem descrito pelos Evangelistas: esse permanece misterioso, não no sentido de menos real, mas em segredo, além do alcance de nosso conhecimento: como uma luz tão brilhante que não se pode observar com os olhos, pois cegaria. As narrações começam, em vez, ao amanhecer do dia após o sábado, as mulheres foram até o sepulcro e o encontraram aberto e vazio. São Mateus fala também de um terremoto e de um anjo brilhante que girou a grande pedra da tumba e estava sentado sobre ela (cfr Mt 28,2). Recebido do anjo o anúncio da ressurreição, as mulheres, cheias de temor e de alegria, correram para dar a notícias aos discípulos, e justamente naquele momento encontraram Jesus, se prostraram aos seus pés e o adoraram, e Ele disse: “Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10). Em todos os Evangelhos, as mulheres têm um grande lugar nas narrações das aparições de Jesus ressuscitado, como também naquelas sobre a paixão e a morte de Jesus.Naqueles tempos, em Israel, o testemunho das mulheres não podia ter valor oficial, jurídico, mas as mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor, que é fundamental para a vida concreta das comunidades cristãs, e isso sempre, em cada época, não apenas no início do caminho da Igreja.
Modelo sublime e exemplar deste relacionamento com Jesus, de maneira particular no seu Mistério Pascoal, é naturalmente Maria, a Mãe do Senhor. Justamente por meio da experiência transformadora da Páscoa de seu Filho, a Virgem Maria se torna também Mãe da Igreja, isto é de cada um daqueles que crêem e de toda a comunidade.A ela nos dirigimos agora e a invocamos como Regina Caeli, com a oração que tradicionalmente se faz no lugar do Angelus durante todo o tempo pascoal. Maria nos ajude a experimentar a presença viva do Senhor ressuscitado, fonte de esperança e de paz.
(Tradução:MEM)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaQueridos irmãos e irmãs!
Bom dia a todos! A segunda-feira depois da Páscoa é em muitos países um dia de feriado, no qual se faz um passeio em meio à natureza, ou mesmo se visita os parentes mais distantes para se reecontrar em família. Masgostarei que estivesse presente na mente e no coração dos cristãos o motivo deste feriado, isto é, a Ressurreição de Jesus, o mistério decisivo da nossa fé. De fato, como escreve são Paulo aos Coríntios, “se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1 Cor 15,14). Por isso, nestes dias é importante reler as narrações da ressurreição de Cristo que encontramos nos quatro Evangelhos e reler com o coração. Trata-se de narrações que, de maneiras diversas, apresentam os encontros dos discípulos com Jesus ressuscitado, e nos permite assim meditar sobre este evento estupendo que transformou a história e dá sentido a existência de cada homem, de cada um de nós.
O evento da ressurreição, enquanto tal, não vem descrito pelos Evangelistas: esse permanece misterioso, não no sentido de menos real, mas em segredo, além do alcance de nosso conhecimento: como uma luz tão brilhante que não se pode observar com os olhos, pois cegaria. As narrações começam, em vez, ao amanhecer do dia após o sábado, as mulheres foram até o sepulcro e o encontraram aberto e vazio. São Mateus fala também de um terremoto e de um anjo brilhante que girou a grande pedra da tumba e estava sentado sobre ela (cfr Mt 28,2). Recebido do anjo o anúncio da ressurreição, as mulheres, cheias de temor e de alegria, correram para dar a notícias aos discípulos, e justamente naquele momento encontraram Jesus, se prostraram aos seus pés e o adoraram, e Ele disse: “Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10). Em todos os Evangelhos, as mulheres têm um grande lugar nas narrações das aparições de Jesus ressuscitado, como também naquelas sobre a paixão e a morte de Jesus.Naqueles tempos, em Israel, o testemunho das mulheres não podia ter valor oficial, jurídico, mas as mulheres viveram uma experiência de ligação especial com o Senhor, que é fundamental para a vida concreta das comunidades cristãs, e isso sempre, em cada época, não apenas no início do caminho da Igreja.
Modelo sublime e exemplar deste relacionamento com Jesus, de maneira particular no seu Mistério Pascoal, é naturalmente Maria, a Mãe do Senhor. Justamente por meio da experiência transformadora da Páscoa de seu Filho, a Virgem Maria se torna também Mãe da Igreja, isto é de cada um daqueles que crêem e de toda a comunidade.A ela nos dirigimos agora e a invocamos como Regina Caeli, com a oração que tradicionalmente se faz no lugar do Angelus durante todo o tempo pascoal. Maria nos ajude a experimentar a presença viva do Senhor ressuscitado, fonte de esperança e de paz.
(Tradução:MEM)
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]