Anselm Grun pode estar espalhando teorias contrárias à doutrina da Igreja, afirmam alguns membros da Igreja
maio 23, 2012
Vi a notícia abaixo e penso por bem reproduzi-la, visto que também tenho algumas ressalvas com alguns escritos do famoso monge escritor Anselm Grun. Em um de seus livros que li, vi uma quantidade enorme de frases relativistas que podem levar a interpretações contrárias à doutrina da Igreja. Além disso, alguns anos atrás, numa palestra em São Paulo, o citado autor elogiou a difusão da teologia da libertação, segundo ele, “tão presente nesta terra”. Esta afirmação está gravada em vídeo.
O diretor do grupo ACI, o jornalista Alejandro Bermúdez Rosell, afirmou que os ensinamentos difundidos pelo monge beneditino Anselm Grün são heréticas, pois vão contra a doutrina da Igreja, a qual não “uma coisa menor ou opinável”.
Em seu podcast em espanhol chamado “Punto de vista” de 23 de maio, Bermúdez criticou que em suas conferências e livros, alguns deles traduzidos também ao português, Grün tenha reduzido as Sagradas Escrituras a “um manual de terapia psicológica”.
“O Pe. Grün, em vez de oferecer uma alternativa à auto-ajuda New Age ele se incorpora a ela”, indicou.
Bermúdez explicou que o problema não são as boas intenções ou a pessoa mesma de Anselm Grün, mas sim o monge que, através de seu ensino, está “empurrando a todos seus leitores por um caminho que apresentado como se fosse doutrina da Igreja quando completamente o contrário”.
O diretor do grupo ACI assinalou que, em sua interpretação de diversas passagens bíblicas do Antigo e do Novo testamento, o monge beneditino retira “todo sentido sobrenatural e religioso, pretendendo que estas sejam simplesmente metáforas psicológicas”.
O sacerdote jesuíta Gabino Tabossi também criticou a aproximação de Grün a diversas heresias e a teorias psicológicas contrárias ao ensino da Igreja.
Como exemplo, o Pe. Tabossi “assinalou que, em uma de suas obras, Grün considera a relação entre o Abraão e Isaac como “despótica e a que tem com Deus neurótica e fictícia”.
“Tal interpretação, além de psicologista, é pouco ecumênica: que não saibam nossos irmãos maiores que um católico tratou como doente e desequilibrado ao progenitor do judaísmo!”.
O Pe. Tabossi denunciou que o monge beneditino, em seus textos, “relativiza o catolicismo quando augura que a fidelidade à própria consciência, acima de qualquer religião, é caminho seguro para a salvação”.
O jesuíta também destacou que enquanto a Igreja ensina que Jesus sempre foi Deus, “a teologia do Grün ensina ao parecer que Jesus foi se fazendo Deus sobre tudo a partir da iluminação que recebeu no dia de seu batismo“.
De acordo ao Pe. Tabossi, a ética do Pe. Grün ensina que “para salvar-se e ser feliz é preciso pecar, ou ao menos, fugir do desejo de erradicação daquilo que nossos preconceitos culturais consideram como condutas ‘anormais’”.
“Nosso autor acredita que o pecado original foi uma coisa necessária e louvável assim, depois dele, os primeiros pais puderam ‘conhecer o bem e o mal’, ganhar em consciência, aumentar a própria ciência moral”.
Por sua parte, o Arcebispo de La Plata, na Argentina, Dom Héctor Aguer, qualificou de “muito pernicioso” o ensinamento de Anselm Grün, por ser um eco da cultura New Age.
Dom Aguer indicou que toda a espiritualidade difundida por Grün está apoiada nas teorias da psicanálise de Carl Jung, abundantes em gnosticismo.
Para o Prelado argentino, o trabalho do monge beneditino “uma espécie de transcrição pseudoespiritual da simbologia de Jung. Isso vai acabar mal”.
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