quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Bíblia e a questão das imagens


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A Bíblia e a questão das imagens

O ponto de partida para entender as palavras de Êxodo 20,4: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, e do que há em baixo na terra”, ou outros textos semelhantes (f. Lv 19,4; Nm 33,51-52; Dt 4,25-26; 27, 14-15), é ter presente que Deus nunca se revelou de modo visível, por isso seria difícil representá-lo por meio de alguma figura.
Além disso, também existia a realidade religiosa dos povos com os quais os israelitas tinham contato. As divindades eram representadas pelas mais diferentes imagens. Deus não queria ser confundido com nenhuma delas.
É importante não perder de vista o fato de que a proibição diz respeito a imagens ou estátuas das divindades pagãs ou ídolos, principalmente por se tratarem de representações de seres humanos que nunca existiram, animais, astros ou outros elementos da natureza.
“Guardai, portanto, com solicitude as vossas almas. Vós não vistes figura alguma no dia em que o Senhor vos falou sobre o Horeb do meio do fogo; não suceda que enganados façais para vós alguma imagem esculpida, quer seja figura de homem quer de mulher, ou representação de qualquer animal que há sobre a terra, ou das aves que voam debaixo do céu, ou dos répteis que se movem sobre a terra, ou dos peixes que, debaixo da terra, moram nas águas; não suceda que, levantando os olhos ao céu, e vendo o sol e a lua, e todas as estrelas do céu, caindo no erro, adores e prestes culto a essas coisas que o Senhor teu Deus criou para servir a todas as gentes, que estão debaixo do céu”. (Dt. 4, 15-19)

Mais tarde, por meio dos profetas, foi condenado o culto ou a adoração a homens vivos, aos quais se atribuía origem divina. Por exemplo, os reis da Babilônia, os faraós do Egito e mais tarde os imperadores romanos.
Comparar a proibição bíblica aos ídolos pagãos com as imagens ou estátuas usadas na Igreja católica é forçar os textos bíblicos, para levar a conclusões erradas e pecar contra a verdade.
Deus condenou a adoração e o culto aos deuses pagãos. Em nenhuma Igreja católica há estátuas ou imagens de deuses antigos ou novos. Pelo contrário, as estátuas e imagens, em nossas igrejas, recordam pessoas que realmente existiram, às quais não se presta nenhuma adoração.
Os santos são pessoas que, em algum momento da história cristã, tornaram conhecido, pelo exemplo de vida e pela prática das virtudes, o Deus único e verdadeiro. Por isso, servem como exemplo para que possamos também conhecer, amar e servir a Deus, Senhor nosso.
Olhando para as imagens ou estátuas dos santos e conhecendo o modo como praticaram a fé, somos convidados a concluir: “Se puderam praticar os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, eu também posso”.
A idolatria existe quando se atribui divindade ou poderes sobrenaturais a uma imagem ou objeto. O verdadeiro católico sabe que as imagens não têm poderes divinos, nem virtudes pelas quais devam ser adoradas.
O uso de imagens ou estátuas na Igreja católica obedece à orientação bíblica dada pelo próprio Deus em diversas ocasiões.  Quando foi construída a arca da aliança, foi dito a Moisés:
“Farás também o propiciatório de ouro puríssimo; o seu comprimento terá dois côvados e meio, e a largura côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro batido nas duas extremidades do oráculo.” (Ex. 25, 17-18).
Também recebeu a ordem de fazer uma serpente de bronze para que os israelitas, ao olharem para ela, fossem curados do veneno das serpentes:
“… o Senhor disse a Moisés: Faze uma serpente de bronze, e põe-na por sinal; aquele que, sendo ferido, olhar para ela, viverá” (Nm 21,8).
Davi dá a seu filho Salomão os planos de Deus para a construção do Templo Santo de Jerusalém:
“Para o altar, em que se queima o incenso, deu do ouro mais fino, para que dele fizesse a figura dum carro de querubins, que estendesse as suas asas e cobrissem a arca da aliança do Senhor. Todas estas coisas, disse o rei, me foram dadas escritas pela mão de Deus, para que eu compreendesse todas as obras do desenho”. (1 Crônicas 28, 18-19).
Portanto, ficou gravado, detalhadamente, na Sagrada Escritura como o Templo de Jerusalém foi decorado com imagens (cf. 1Rs 6,19-32; 2Cr 3,8-13). Nem por isso, Salomão foi acusado de desobedecer a ordem de Deus contida no decálogo.

Santa Teresinha foi um exemplo de virtude e temor a Deus. Veja aqui como receber alguns objetos de devoção desta santinha que tanto amou o Sagrado Coração de Jesus
Extraído do livro (com pequenas alterações): “Católico pode ou não pode? Por que?” Pe. Alberto Gambarini

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]