sábado, 19 de maio de 2012

E o comandante Vero bateu à porta de madre Adele


L'OSSERVATORE ROMANO

Cultura

Cidade do Vaticano, 19 de Maio de 2012.
As ordens religiosas durante os anos difíceis da Segunda guerra mundial

 E o comandante Vero
bateu à porta de madre Adele

Até agora rios de tinta correram nos escritos  dedicados à Resistência. Contudo, só recentemente está a surgir uma O convento de Santa Maria das Lágrimas em Dongotendência historiográfica que tenta  redescobrir todas as formas de Resistência não armada, fornecendo uma  releitura sugestiva das fases cruciais que marcaram esta época, escolhendo como ponto de observação as várias ordens religiosas, masculinas e femininas que naqueles anos determinaram uma verdadeira função civil do clero (por vezes interpretada em termos de suplência). Função que concretamente significava oferecer assistência e hospitalidade nos locais eclesiásticos aos numerosos perseguidos (ex-hierarcas fascitas, judeus e membros da resistência) a fim de fornecer um refúgio providencial, independentemente da sua fé religiosas ou da cor política, a ponto de ser  definida a «hora da caridade». Deste modo, enquanto no Sul da Itália  (já libertado) a luta decorria abertamente, Sandro Pertini (à esquerda) e Giuseppe Marozinno Centro-Norte  ocupado pelos alemães, as organizações dos membros da resistência eram obrigados a mover-se na mais rigorosa clandestinidade.
Giovanni Preziosi analisa alguns episódios. Um dos quais é relativo ao membro da resistência Giuseppe Marozin, nome de batalha Vero, protagonista controverso da luta de libertação nos vales das fronteiras entre a província de Vicenza e Verona. Perseguido pelos nazistas, a 23 de Outubro de 1944, Morazin dirigiu-se ao pe. Antonio Fasani, pároco de Lughezzano (perto de Verona), que imediatamente pediu à Madre Adele Adami, responsável das religiosas canossianas do mesmo lugar, para que escondesse na casa delas a filha Vera que tinha apenas dois anos, a qual permaneceu com elas até o final do conflito. Preziosi narra também o episódio que levou à libertação do célebre sacerdote de Bozzolo, pe. Primo Mazzolari, graças à intervenção de um frade corajoso franciscano, pe.  Enrico Zucca.
São acontecimentos que testemunham a existência de uma Resistência, combatida embraçando no lugar dos fuzis as armas da caridade que, graças ao sacrifício de muitos homens e mulheres, contribuiu para escrever uma das páginas mais sugestivas da nossa história italiana.
 
25 de Abril de 2012
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]