quinta-feira, 31 de maio de 2012

Papéis vergonhosos: Gilberto Carvalho, ministro de estado, age como porta-voz de Lula, e Marco Maia, presidente da Câmara, como um juiz debochado


Blogs e Colunistas
Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
30/05/2012
às 23:18

Papéis vergonhosos: Gilberto Carvalho, ministro de estado, age como porta-voz de Lula, e Marco Maia, presidente da Câmara, como um juiz debochado

A presidente Dilma Rousseff mandou o governo ficar fora das maluquices de Lula, mas Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência e uma espécie de espião do ApeDELTA no Palácio, não se contém. Comportando-se como porta-voz do ex-presidente, afirmou que este não vai mais se pronunciar sobre o confronto com Gilmar Mendes.
“Não vai mais”??? Que se saiba, até agora, ele não disse nada. A nota divulgada ontem, erroneamente atribuída pela imprensa ao ApeDELTA, foi emitida pela Instituo Lula. Um ministro de Estado atuar como porta-voz de um militante do PT — e o Babalorixá de Banânia, hoje, é só isso — é um completo despropósito.
Não é o único a protagonizar um vexame. Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, está disposto a cobrir a vergonha de ontem com a de hoje e a de hoje com a de amanhã. Este senhor até parecia destinado a se dar conta de seu papel institucional. Mas não tem jeito. A natureza do escorpião é o que é.
Ontem, fez um ataque absolutamente inaceitável ao ministro Gilmar Mendes. Hoje, o que parecia um recuo revelou-se cinismo, beirando o deboche: “Eu acho que nós temos agora é que dar um chá de camomila para todos os envolvidos, para que se volte à normalidade e à calma que é necessária neste momento e principalmente quando se aproxima o julgamento do mensalão no STF”.
Segundo ainda o Portal G1, “Maia definiu a reação de Mendes como ‘quase incompreensível’, ‘agressiva’, ‘raivosa’ e ‘desproporcional’, mas se focou em pedir que o assunto seja encerrado. ‘O importante é que se passe uma borracha sobre este episódio. Temos de trabalhar no sentido de botar panos quentes, distribuir um bom chá a cada um aí, no sentido de acalmar os ânimos, porque o que nos interessa é que o trabalho do Judiciário seja feito com a maior transparência possível’, afirmou.”
Voltei
Passar uma borracha uma ova! O que aconteceu não pode ser jamais esquecido. Quem está falando acima ainda é o militante petista, não o presidente da Câmara. Com que então um ministro do Supremo vira alvo de uma central de boatarias, especulações e desqualificações e deveria permanecer calado? Por quê?
Maia é presidente da Câmara. É vergonhoso que decida se comportar como juiz de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 22:21

Lula não gosta da conversa com Dilma, que lhe pediu para deixar o governo fora de suas lambanças — não com essas palavras, claro!

Pois é, queridos, como diria Diogo Mainardi, “confiem em mim”, hehe.
Num post publicado nesta madrugada, escrevi:
“Descumprindo mais uma de suas promessas, Lula, por óbvio, não “desencarnou” do papel de presidente, conforme disse que faria. Por mais que Dilma Rousseff lhe jure fidelidade - e haverá a chance de se ver isso mais uma vez nesta quarta -, o fato é, já escrevi aqui, que é ele hoje o único risco de instabilidade política que ela enfrenta. A presidente que aí está não chega a representar, vamos dizer, um período termidoriano, depois do suposto jacobinismo lulista - até porque ele foi tudo, menos um radical, como sabem os bancos -, mas parece evidente que ela estava disposta a falar, no poder, uma linguagem mais tolerante do que ele, ainda que, e isto é um despropósito, ela mantenha inalterada a máquina suja do subjornalismo financiado. É bem verdade que, hoje, essa gente asquerosa está mais a serviço de Lula e do PT do que propriamente do governo. Há até alguns financiados que se aventuram a fazer uma crítica ou outra ao governo federal - sempre coisa leve, quase periférica.”
Leio, agora, no Radar, de Lauro Jardim, a seguinte nota:
“José Sarney, aliás, disse aos aliados mais próximos, que Dilma Rousseff pediu a Lula para deixar o governo fora das intrigas com o Judiciário. Segundo Sarney, Lula disse que a conversa com Dilma ‘não tinha sido muito boa’ e que a presidente estava preocupada em manter o Planalto distante do entrevero envolvendo o PT e o julgamento do Mensalão no STF.”
Encerro
Em outras palavras: Lula deu com os burros n’água.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 21:57

Lula discursa, diz precisar tomar cuidado com quem não gosta dele; defende ministra demitida de seu governo sob suspeita de corrupção e afirma que imprensa precisa tirar a bunda da cadeira

Vamos lá, no capítulo das coisas que me dão preguiça. Lula fez o tal discurso no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, ao qual compareceram representantes de ao menos 30 países, da América Latina e da África. Leiam o que informa Ricardo Brito, no Estadão Online. Volto depois.
*
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou nesta quarta-feira, 30, mais uma vez falar com a imprensa e entrar na polêmica que se envolveu desde o último final de semana com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, sobre o julgamento do processo do mensalão. Ao participar do 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, em Brasília, Lula fez apenas uma referência aos que não gostam dele. “Vou falar em pé senão podem dizer que estou doente, para evitar esses dissabores. Você sabe que eu tenho muita gente que gosta (de mim) e alguns que não gostam. Então, eu tenho que tomar cuidado contra esses daí que são minoria e estão aí no pedaço”, disse o ex-presidente logo no início do seu discurso.
Lula aproveitou o evento para fazer comentários sobre a crise econômica e disse que solução não é diminuir o consumo ou tomar medidas econômicas de austeridade. Ele disse que o problema da crise atual é de falta de gestão política. O ex-presidente fez um discurso em que sugeriu às nações desenvolvidas que tomassem medidas de ampliação de consumo e de inclusão de outros mercados consumidores como a África e América Latina.
O ex-presidente aproveitou ainda a ocasião para criticar a imprensa que, segundo ele, não tem tirado “a bunda da cadeira” para verificar as transformações sociais obtidas no seu governo e no início do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Ele também saiu em defesa da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. O ex-presidente disse que, na primeira audiência de um processo que a envolve na Justiça de Brasília, a testemunha contra a ex-ministra (que ele não revelou quem é) retirou a acusação que tinha contra ela. Ele observou que não houve nenhuma “nota de rodapé” nos jornais. Erenice Guerra deixou o governo Lula em setembro de 2010, depois de acusações de tráfico de influência.
Lula chegou ao evento às 17h27, no carro da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, e não falou com a imprensa. Dez minutos depois começou seu discurso que, embora tenha uma recomendação médica, segundo ele, para que sua fala durasse 15 minutos, foi de uma hora e sete minutos. Esse foi o segundo compromisso da agenda de Lula em Brasília nesta quarta-feira. Mais cedo, ele almoçou com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.
Voltei
Sendo Lula quem é, ele deveria é tomar cuidado, a exemplo do que fazem todos os tiranos e candidatos a tanto, ainda que frustrados, com os que gostam dele. Eu não poderia esperar deste senhor outra coisa que não fosse a defesa de uma ministra demitida sob suspeita de corrupção. A propósito: se nada havia contra Erenice Guerra, por que ele a demitiu?
Quando à imprensa tirar a bunda da cadeira… Eis o vocabulário de botequim que fica bem a esse estadista. A imprensa séria trabalha bastante, mas é chegada a hora, sim, de fazer um pouco mais. Uma das tarefas indeclináveis, entendo, é, por exemplo, percorrer todos os campi das universidades federais destepaiz para conhecer de perto a revolução. O país certamente se surpreenderá! À noite, farei uma outra sugestão para que conheçamos no detalhe o “Brasil de Lula”.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 20:59

Petista agora acusa PSDB de se juntar ao PMDB contra o PT…

Por Gabriel Castro e Laryssa Borges, na VEJA Online:
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), deixou a reunião da CPI do Cachoeira, nesta quarta-feira, acusando a existência de um conluio entre tucanos e peemedebistas para convocar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e poupar o do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). “Há um acordo para politizar a CPI. Mas isso é bobagem. Com o tempo a farsa vai ser desmascarada”, disse Tatto.
A queixa se baseia nos três votos que os tucanos apresentaram contra a ida de Cabral à CPI, depois de terem defendido a convocação de Agnelo. A participação do PSDB foi decisiva para que o governador do Rio de Janeiro escapasse da exigência.
Sem pacto
O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), nega a existência de um pacto: “Nós só fazemos acordo com os partidos do nosso bloco: o PPS e o DEM. O PT é que tem problemas de relacionamento com seus aliados”, afirmou. O tucano diz ainda que seu partido soube diferenciar o grau de envolvimento dos governadores com o esquema de Cachoeira: “Nesse momento há clareza de que não há conexões objetivas que levassem à vinda do governo Cabral”.
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), também discordou da decisão do plenário da Comissão Parlamentar de Inquérito: “Há provas evidentes do envolvimento do governador Marconi Perillo. Do governador Agnelo Queiroz, neste momento não”.
Diante do inevitável, Jilmar Tatto tenta dar uma aspecto positivo à convocação do governador do Distrito Federal: “É a oportunidade de Agnelo dizer que foi vítima desse esquema do Carlinhos Cachoeira e não foi sócio, como o governador do PSDB de Goiás. Agnelo tem o apoio e a confiança do PT”
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 20:52

Copom corta Selic em 0,5 ponto porcentual

Por Anna Carolina Rodrigues, na VEJA Online:
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou a previsão dos analistas de mercado de dar continuidade à politica de corte de juros e reduziu a Selic em 0,5 ponto porcentual, em decisão unânime. Fixada agora em 8,5%, sem viés, a taxa alcança o menor índice já registrado. Até hoje, a menor “meta” para taxa de juros na economia brasileira havia sido de 8,75% ao ano, fixada pelo BC entre julho de 2009 e abril de 2010.
Em nota, o Copom disse considerar que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação e que dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária.
A decisão do órgão foi baseada, sobretudo, no persistente cenário de desaceleração da economia brasileira, que vem respondendo de maneira insatisfatória aos constantes cortes na Selic. Analistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral, que será divulgado na próxima sexta-feira, mostre alta de 0,3% a 0,5%, número muito inferior às expectativas otimistas do final de 2011. “A indústria está com uma quadro baixo de investimento e os dados de concessão de crédito também estão menores do que o esperado”, afirma Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora.
A piora da crise internacional desde a última reunião do Copom também justifica a nova redução dos juros. Segundo analistas ouvidos pelo site de VEJA, a tensão no cenário global já afeta a confiança do empresariado e do consumidor - o que prejudica o principal objetivo do governo nos dias de hoje: o aquecimento do mercado interno. Além disso, a desaceleração do crescimento de nações desenvolvidas e dos emergentes afeta diretamente o setor exportador do país, além dos investimentos vindos do exterior.
Segundo Padovani, os cortes devem prosseguir de maneira mais moderada, de 0,25 ponto porcentual, nas próximas reuniões. A estimativa do economista é de que a Selic encerre o ano a 8%. Os juros, no entanto, devem voltar a subir assim que a atividade econômica seja retomada, avalia o economista.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 20:35

De volta

Fui ao médico. Estou de volta. Vamos lá.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 16:38

O ambíguo desagravo a Lula feito por Dilma Rousseff

Pois é… As coisas não são o que parecem ser. Aliás, elas são o que não parecem. Conforme o esperado e o antecipado aqui, a presidente Dilma Rousseff cantou as glórias do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, numa solenidade no Palácio do Planalto. Ao se referir a Lula, afirmou a presidente: “As pessoas, nos lugares certos e nas horas certas, elas podem transformar a realidade”. Concordo com ela cem por cento. Já digo por quê.
Os presentes, claro, levantaram-se em delírio e começaram a cantar — TUDO ISSO DENTRO DO PALÁCIO DO PLANALTO — “Olê, olé, olê, olá, Lu-la, Lu-la”, um bordão das campanhas eleitorais do companheiro.
E o que parece ser e não é e não parece ser e é? A manifestação poderia ser confundida com a expressão do inconteste poder de Lula no PT, a voz de uma unanimidade. Não é mais assim e será cada vez menos. A manifestação pública de apoio, com essa plateia buliçosa, vem num momento em que o presidente foi flagrado no lugar errado, fazendo a coisa errada. E há alas do petismo insatisfeitas com o destrambelhamento.
A própria Dilma ordenou que seus ministros e assessores de confiança não se metam no imbróglio. Sentiu cheiro de carne queimada. Dilma, de fato, disse que Lula esteve na hora certa no lugar certo. Ou por outra: já teve sua hora e lugar.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 16:18

“A violação dos direitos de um indivíduo significa a abolição de todos os direitos”

Publiquei nesta manhã um post sobre a intenção do governo de ampliar as áreas em que seriam aplicadas as cotas raciais. Até mesmo os cursos de… doutorado (!!!) teriam de se submeter a esse critério, o que é uma barbaridade. É evidente que, se o “cotismo” vai valer para negros com base na suposição de que são discriminados, não há por que não estendê-lo a outros grupos que se digam também vulneráveis. Aos poucos, vamos deixando de lado duas questões essenciais: a) o mérito (e só ele deve contar quando se trata de desempenho intelectual) e b) uma política pública de educação, de caráter universal, que busque atender a todos igualmente. Um país que se ocupe de articular reparações pontuais acaba fatalmente se descuidando do conjunto.
Muito bem! Lembrei-me de um trecho do texto What Is Capitalism, da brilhante Ayn Rand, uma liberal convicta, que está no livro Capitalism — The Unknown Ideal. Segue em azul. Volto depois.
Quando, numa sociedade, o “bem comum” é considerado algo à parte e acima do bem individual, de cada um de seus membros, isso significa que o bem de alguns homens tem precedência sobre o bem de outros, que são relegados, então, à condição de animais prontos para o sacrifício. Presume-se, nesse caso, implicitamente, que o “bem comum” significa o “bem da maioria” tomado como algo contrário à minoria ou ao indivíduo. Observe-se ser esta uma suposição implícita, já que até mesmo as mentalidades mais coletivistas parecem perceber a impossibilidade de justificá-la moralmente. Mas o “bem da maioria” é nada mais do que uma farsa e uma fraude: porque, de fato, a violação dos direitos de um indivíduo significa a abolição de todos os direitos. Isso submete a maioria desamparada ao poder de qualquer gangue que se autoproclame a “voz da sociedade”, que passa a subjugá-la por meio da força física, até ser deposta por outra gangue que empregue os mesmos métodos.
Voltei
Ayn Rand era o pseudônimo de Alissa Zinovievna Rosenbaum (1905-1982), russa de origem judaica, cuja família emigrou para os EUA. Enveredou pelo caminho da filosofia, da literatura e da política. Foi uma das mais reluzentes e radicais expressões do pensamento liberal no século passado.
Não concordo com tudo o que dizia, não. As suas considerações sobre Deus, por exemplo, me pareciam amplamente insuficientes. Era uma ateia — agnóstica, no seu caso, seria mais preciso — convicta. Mas eu não preciso endossar 100% do que pensam as pessoas para encontrar aspectos admiráveis na sua produção. Há muitos vídeos seus no YouTube. Destaco um, com legenda, que tem tudo a ver com o Brasil destes dias. Volto para o encerramento.
Arremato
“A violação dos direitos de um indivíduo significa a abolição de todos os direitos.” Esse deveria ser um princípio indeclinável do estado democrático e de direito e uma divisa a orientar todos os votos no Supremo Tribunal Federal.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 15:45

Todos os sigilos de Demóstenes são quebrados; se tiver de comparecer à CPI, senador vai ficar calado

A CPI quebrou todos os sigilos do senador Demóstenes Torres: bancário, fiscal, telefônico, de e-mail, SMS e Skype. A comissão também requisitou ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) os dados sobre as movimentações bancárias do senador.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro solicitou que seu cliente seja dispensado de depor amanhã. Caso o pedido seja rejeitado, o que é mais provável, já avisou que o senador vai recorrer ao direito de permanecer calado.
Castro afirma que Demóstenes já esclareceu o que tinha de ser esclarecido ao Conselho de Ética do Senado — que foi, é evidente, muito mais brando com o senador do que seria a CPI. Nos bastidores do Congresso, comenta-se que Demóstenes se saiu melhor no depoimento de ontem do que era o esperado. Não se tem dúvida de que Humberto Costa (PT-PE), relator do processo no conselho, vai recomendar a cassação, o que deverá ser aprovado pela maioria do grupo, em votação aberta. O julgamento no plenário, no entanto, se dá com voto secreto. A equipe que defende o senador acredita que ele encerrou o depoimento de ontem melhor do que começou.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 15:26

CPI convoca Perillo, que queria falar, e Agnelo, que não queria. Convocação de Cabral é rejeitada. Por quê?

A CPI aprovou há pouco a convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). No caso do tucano, seus próprios partidários não se opuseram porque ele havia manifestado o desejo de falar à comissão. A convocação de Sérgio Cabral, governador do Rio (PMDB), foi rejeitada por 17 votos a 11.
O PMDB reagiu à convocação de Cabral sob o argumento de que ele não é citado nos grampos. A justificativa vale uma nota de R$ 3. Volto a um ponto fundamental para entender esse rolo. Há duas naturezas de crimes, dois territórios de investigação: as ações de Cachoeira como contraventor e as ações de Cachoeira como o braço operador da Delta no Centro-Oeste. E o nome do grande escândalo, por óbvio, é “Delta”!
Cabral não integra a rede conversas do contraventor nem poderia. O bicheiro não cuidava dos interesses da construtora no Rio, estado que tem o maior número de contratos com a empresa, parte considerável sem licitação. A intimidade do governador com Fernando Cavendish já está mais do que evidente. Assim como é evidente que a construtora operava com uma rede de laranjas.
Ou por outra: o impasse da CPI, na verdade, se deve ao fato de que, ao se investigar Cachoeira, um peixe médio, deu-se de cara com um tubarão branco chamado “Delta”. Ao se negar a falar na CPI, parece que Cabral tem mais receios do que Perillo e Agnelo.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 14:29

STF: 35 mil pedem julgamento do mensalão

Na VEJA Online:
Representantes de movimentos de combate à corrupção devem entregar aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, um abaixo-assinado com mais de 35 000 assinaturas pedindo que o julgamento do mensalão seja realizado ainda no primeiro semestre. A previsão é que os integrantes do movimento “SOS STF - Julgamento do Mensalão Já” estejam no STF às 14 horas. Fazem parte do grupo o Movimento 31 de Julho, a organização não-governamental Transparência Brasil, a ONG Contas Abertas e o Movimento “Queremos Ética na Política”.
O principal objetivo do protesto é alertar para a possibilidade da prescrição de alguns crimes. “O nosso objetivo é fortalecer as instituições. Esse é um gesto de solidariedade aos ministros do STF. Nós acreditamos que o próprio [presidente do STF] Carlos Ayres Britto tem a intenção de julgar o processo rapidamente. Então isso é um apoio a essa intenção”, afirmou Ana Luiza Archer, do Movimento 31 de Julho.
Apesar de a maioria das assinaturas ter sido colhida de forma eletrônica (cerca de 24 000), os organizadores da petição dizem estar satisfeitos com apoio físico. “A adesão na rua foi muito grande. No Rio, fizemos eventos na orla, em Copacabana, Ipanema, Leblon. Os movimentos duravam apenas duas horas, mas a adesão era total”, afirma Marcelo Medeiros, também do 31 de Julho. “O corpo a corpo na rua foi muito interessante. Grande parte das pessoas aderiu, fez fila e elogiou muito”, completa Ana Luiza.
A campanha das entidades ocorre após a ação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se lançado numa ofensiva sobre o STF para protelar o julgamento, como revelou reportagem da edição de VEJA desta semana.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 14:26

Impasse evita quebra de sigilo de governadores na CPI

Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
Sem acordo, a CPI do Cachoeira adiou nesta quarta-feira a votação de um requerimento que quebraria os sigilos fiscal, bancário e telefônico do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).  A queda-de-braço sobre a possível inclusão de outros dois governadores na medida impossibilitou a a votação do pedido.
A discussão ocorreu antes mesmo que a CPI analisasse os pedidos de convocação dos governadores, também marcada para esta quarta-feira. A oposição cobrou que fossem incluídas no requerimento de quebra de sigilo as figuras dos governadores do Distrito Federal (PT), Agnelo Queiroz, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). “Não há como admitirmos a exclusão de uns, a inclusão de outros, a seleção de alvos, a inclusão de dois pesos, duas medidas e dois focos”, protestou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) sugeriu a rejeição da quebra do sigilo dos três governadores: “Os secretários de estado demitidos em função do suposto envolvimento no esquema sequer foram indiciados. E nós vamos votar hoje quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de governadores que tomaram essas medidas contra seus secretários?”, afirmou.
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), rebateu: “Há nos autos dos inquéritos da Polícia Federal mais evidências no que diz respeito ao governador Marconi Perillo. Os cheques da casa foram para a conta dele”, afirmou, fazendo menção à venda da casa do governador ao contraventor Carlinhos Cachoeira. “O senhor falta com a verdade. A venda da casa não consta do inquérito”, rebateu o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Tentando encerrar o debate, o presidente em exercício da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), sugeriu que o requerimento fosse sobrestado - ou seja, mantido em espera até que surjam novos fatos. O plenário da CPI acatou a proposta. Odair Cunha também consentiu: “Eu não retiro nada do que eu disse, mas nós vamos continuar o nosso processo de investigação e, numa próxima reunião, vamos enfrentar o tema”. Também foram sobrestados requerimentos que quebravam o sigilo dos deputados federais Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercesian (PPS-RJ).
Depoimentos
A comissão também deveria ouvir nesta quarta-feira seis personagens do escândalo. Quatro deles, entretanto, apresentaram habeas corpus garantindo o direito ao silêncio: Cláudio Abreu, ex-diretor Delta no Centro-Oeste, Gleyb Ferreira da Cruz, auxiliar de Cachoeira, José Olímpio de Queiroga Neto, explorador de caça-níqueis em Goiás, Lenine Araújo de Souza, comparsa do contraventor. O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, apresentou um atestado médico para não comparecer. E Rodrigo Dal Agnol, tesoureiro da Delta, obteve no STF uma decisão que adiou seu depoimento porque, na convocação, não ficou claro se ele falaria na condição de investigado ou de testemunha.
Todos os chamados à sala de comissão foram dispensados logo após informar que ficariam em silêncio, à exceção de Lenine, que resolveu falar mas passou a maior parte do tempo queixando-se das condições de sua prisão: “Estão cometendo certas injustiças contra a minha pessoa, mas certas coisas eu vou ficar impossibilitado de falar por causa da minha audiência na sexta-feira”, disse, referindo-se a uma audiência na Justiça Federal em Goiás. Lenine também alegou inocência: “Não me considero braço direito do senhor Carlos, como me denunciaram, e me sinto injustiçado quanto a isso”.
A defesa de Lenine pediu à CPI que agendasse um novo depoimento para os próximos dias, após a audiência na Justiça. O senador Vital do Rêgo concordou: o indiciado pode retornar à comissão já na semana que vem. Em seguida, Lenine foi dispensado.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 7:00

LEIAM ABAIXO

Explodem a violência retórica e o ódio dos nazistoides nas redes sociais e na esgotosfera. O JEG abre suas páginas para o vale-tudo contra a imprensa livre, o Judiciário independente e a civilidade. No comando da SA, Lula!;
O isentismo consegue distorcer a realidade mais do que os canalhas rematados;
ABSURDO! Governo quer agora cotas “raciais” nos concursos públicos e até para o doutorado. Eis o monstro que o Supremo embalou;
Lula estará hoje em Brasília; em respeito a Dilma, deveria ficar de boca fechada;
“Lacerda tinha como missão me destruir”;
Para Dilma, há risco de crise institucional;
Haddad se reúne na casa de Paulo Henrique Amorim com blogueiros financiados por governos petistas e por estatais para discutir sua campanha eleitoral;
PR diz a Haddad que descarta apoiá-lo e rejeita oferta de vice;
Governo agora prepara cotas raciais para o mercado de trabalho, produção cultural, pós-graduação, cargos comissionados…;
Dias Toffoli toma posse no TSE sem comentar acusações de Gilmar Mendes contra Lula;
Procurador da República no RS entra com representação contra Thomaz Bastos;
Você ganha R$ 1.021,00 por mês? Então já é da classe alta segundo o modelo petista! O Milagre do Apedeuta começa a ganhar números;
ESPANTOSO! UOL dá visibilidade a um sujeito que maneja uma máquina mágica, que estaria acusando que Mendes mentiu! Huuummm… O Portal só se esqueceu de dizer quem é o cara e o que andou afirmando em 2005 sobre o mensalão! É fim da picada!;
A inacreditável declaração de Marco Maia, presidente da Câmara, terceiro homem na hierarquia da República. Ou: Rebaixamento das instituições;
Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”;
Gilmar Mendes evita o clima de “deixa disso”, diz-se alvo de “intrigas” comandadas por Lula e alerta: “A gente está lidando com gângsteres”;
Rui Falcão volta a recorrer ao proselitismo à moda Osama Bin Laden. Ou: Falcão quer massas na rua e leis no lixo;
CPI do Cachoeira quebra sigilo da Delta nacional;
Demóstenes no Conselho de Ética - Dr. Jekyll tenta explicar Mr. Hyde;
“Só fiz o que era republicano”, diz Demóstenes;
Autoritários do Brasil, vocês perderam! Se Lula insistir em violar a Constituição, tem de fazer a sua pregação na cadeia! Ou: Queremos os mensaleiros algemados! Ou: CHEGA, LULA!!!;
Em entrevista, Gilmar Mendes dá mais detalhes do encontro com Lula e corrige memória de Nelson Jobim;
Mensalão tem de ser julgado, diz presidente do Supremo. “Processo já está maduro”;
O Lula “pessoa jurídica” tenta falar em nome do Lula “pessoa física”. Uma nota que já se desmoraliza de saída. Ou: Puxe pela memória, Luiz Inácio!;
Uma conversa com o neurocirurgião Marcos Stávale. Ou: “Nada de dobradinha com Fanta Uva antes de dormir”;
Perfis falsos dos petralhas e robôs atuaram como nunca nas redes sociais;
Ao tentar intimidar um ministro do Supremo, Lula ofendeu o Judiciário e cometeu um crime, afirmam juristas;
Descriminação das drogas - A Comissão de Juristas andou queimando mato?;
No mundo da lua. Ou “menino antigo”;
Gente que tenta chantagear a Justiça para impedir punição de criminosos tem é de estar na cadeia;
Oposição vai pedir que PGR investigue Lula por tráfico de influência, corrupção ativa e coação no curso do processo judicial;
Emissora de TV paga jornalistas com dinheiro vivo; é claro que é grana ilegal!

Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:31

Explodem a violência retórica e o ódio dos nazistoides nas redes sociais e na esgotosfera. O JEG abre suas páginas para o vale-tudo contra a imprensa livre, o Judiciário independente e a civilidade. No comando da SA, Lula!

Nunca, como agora, nem nos momentos mais tensos da mensalão, a rede suja apelou tanto à violência retórica, ao baixo calão, às ameaças. Que fiquem sozinhos na baixaria. Essa é a linguagem deles. Nós respondemos e responderemos com a verdade, com a reflexão, com a ponderação. Estão desesperados. Leiam o que segue abaixo e dividam com os amigos.
*

Não, leitores! Em seis anos de blog, a se completarem no dia 24 do mês que vem, nunca vi nada parecido. Quando o escândalo do mensalão veio à luz, em 2005, eu estava ainda no site e na revista Primeira Leitura. Havia, sim, as tropas de defesa do petismo na Internet, mas os governos do partido e as estatais ainda não financiavam de modo tão ostensivo e obsceno o JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista, a caminho de ser JEL — Jornalismo da Esgotosfera Lulista) ou a BESTA (Blogosfera Estatal).
Aqui e ali, havia simpatias compradas, mas não se tratava de um sistema, de uma, não há outra expressão, quadrilha formada para atender a interesses partidários. Franklin Martins se encarregou de criar essa rede, que não tem nenhum receio de avançar Código Penal adentro. Seus próceres apostam na lentidão da Justiça e no saco sem fundo do dinheiro público par arcar com eventuais indenizações judiciais. Nunca se viu nada parecido. A virulência, a agressão gratuita, o deboche rombudo, a ignorância ignominiosa, a estupidez de aluguel, tudo, em suma, que pode compor as páginas mais asquerosas da rede está posto hoje a serviço de Luiz Inácio Lula da Silva e da banda do partido que está sob seu domínio.
Assim como Lula perdeu a noção do limite ao encaminhar uma conversa com um ministro do Supremo Tribunal Federal que pode ser caracterizada, sem sombra de dúvidas, como chantagem, seus bate-paus na rede perderam a noção da própria violência que andam a estimular. Abrem suas páginas para o xingamento, para o baixo calão, para as manifestações mais odiosas de preconceito, para a difamação, para a calúnia, para a injúria. Pior: tentam elevar o festival de baixaria à categoria de exercício da liberdade de expressão. Quem não sabe a diferença entre o direito à opinião e a ofensa não sabe a diferente entre o argumento e o xingamento.
Mas me ponho aqui a pensar: o que representa Lula, tomado numa mirada histórica, senão o triunfo da mentira sobre a verdade, do falso sobre o autêntico, da mistificação sobre os fatos? Foi assim que ele submeteu a uma nefasta reescritura a biografia de homens honrados, sujando-a com o seu verbo fácil, e lavou a reputação de notáveis larápios. Bastava, para tanto, que estes se ajoelhassem a seus pés e o declarassem “o líder”. Desde que o fizessem, o Apedeuta permitia que mantivessem intacto o seu reinado, por mais desonrado e desonroso que fosse. Este senhor mandou intervir no PT no Maranhão para que o partido fizesse a aliança com Roseana Sarney e seu pai, José Sarney, presidente do Senado. Poucos anos antes, ele havia satanizado a dupla em cima de um palanque. Mas eles se ajoelharam e rezaram.
Eis Lula! A política, para ele, existe como exercício de guerra. Se o primado de uma sociedade aberta, democrática, liberal, é a tolerância com a divergência, é a aceitação tácita de que “o outro” — a oposição — é que legitima a democracia, já que situação existe também nas ditaduras, o líder petista entende ser esta uma etapa anterior à chegada do PT ao poder. Com a vitória nas urnas, o partido teria ganhado também o direito de solapar as bases que garantiram a sua própria ascensão. Ora, provou isso ao longo de seus oito anos de mandato. Não lhe bastou, como vimos, exaltar as próprias glórias, magnificar as próprias conquistas, glorificar a própria gestão. Seu grande prazer estava em espezinhar, amesquinhar e satanizar a obra do antecessor, de que herdou, como é sabido — e isso não é mera questão de opinião — régua e compasso.
Descumprindo mais uma de suas promessas, Lula, por óbvio, não “desencarnou” do papel de presidente, conforme disse que faria. Por mais que Dilma Rousseff lhe jure fidelidade — e haverá a chance de se ver isso mais uma vez nesta quarta , o fato é, já escrevi aqui, que é ele hoje o único risco de instabilidade política que ela enfrenta. A presidente que aí está não chega a representar, vamos dizer, um período termidoriano, depois do suposto jacobinismo lulista até porque ele foi tudo, menos um radical, como sabem os bancos , mas parece evidente que ela estava disposta a falar, no poder, uma linguagem mais tolerante do que ele, ainda que, e isto é um despropósito, ela mantenha inalterada a máquina suja do subjornalismo financiado. É bem verdade que, hoje, essa gente asquerosa está mais a serviço de Lula e do PT do que propriamente do governo. Há até alguns financiados que se aventuram a fazer uma crítica ou outra ao governo federal sempre coisa leve, quase periférica.
Mas chegou a haver, num dado momento, a suspeita de que o país pudesse funcionar como uma democracia regular, em que a política é o exercício da divergência informada, não da destruição do outro. Não, senhores! Isso não serve a Lula! Se é assim, então ele não gosta de brincar. Sua carreira é toda forjada segundo outra lógica. Das esquerdas tradicionais, herdou a mística vigarista da luta de classes. Por intermédio da adesão a essa farsa, entende-se que a disputa pública é um contínuo acúmulo de forças para derrotar o inimigo. Ocorre que esse fundamento é, no petismo, a farsa da farsa já que ninguém conseguiria operar esse confronto de braços dados com alguns potentados da economia, não é? Da política à moda latino-americana, herdou a vocação do caudilho, que não aceita que a liderança política vejam os EUA, por exemplo tem um tempo de duração, não é propriedade privada do líder. Do sindicalismo, herdou os métodos e um, como posso dizer?, realismo cru que é, na prática, brutalidade, vale-tudo, porrada se preciso.
Assim se formou a têmpera do condutor, que não reconhece limites. Nos oito anos em que esteve à frente do poder e nos nove e poucos de governo petista, seu trabalho contínuo, cotidiano, incansável, tem sido tentar desmoralizar as instituições, rebaixá-las, submetê-las à sua vontade. Uma leitura rápida de sua trajetória vai encontrá-lo em rota de confronto com o próprio STF (esta não é a primeira vez), com o TCU, com o Ministério Público, com a Lei de Licitações e, evidentemente, com a imprensa IMPRENSA ESTA QUE, VAI TUDO EM MAIÚSCULAS, TEVE COM ELE UM COMPORTAMENTO CORDATO QUE NÃO DISPENSOU A NENHUM OUTRO PRESIDENTE, INCLUINDO O ÚLTIMO DO CICLO MILITAR, JOÃO FIGUEIREDO, QUE JÁ APANHOU BASTANTE.  Não foram raros os momentos em que foi tratado com mais mesuras do que aquelas que Mino Carta dispensava aos generais. Nunca foi o bastante porque nunca ninguém conseguirá ter de Lula uma impressão tão boa quanto a que ele tem de si mesmo. No mundo de Lula, ninguém conseguirá puxar o saco de Lula tão bem quanto o próprio Lula.
Os nazistoides
Aquela súcia patrocinada, criada para defender o seu governo e para atacar as instituições, continua, ainda hoje, a seu serviço e a serviço do partido. Como o Babalorixá de Banânia, em muitos aspectos, nunca se viu tão exposto quanto agora, assiste-se, então, a isso que chamo “explosão de violência”. Mandam-me comentários espantosos publicados na esgotosfera, que incentivam a agressão física de adversários. As tropas da SA consideram uma ofensa de caráter quase religioso as críticas a seu Führer. Então gritam na rede: “Pega, mata, esfola, aniquila, ataca!”. E a tudo isso, a exemplo do que se fazia na Alemanha da década de 30, chamam exercício da “democracia”.
Desta vez, Lula encontrou uma parada dura pela frente. Ele sabe muito bem o que fez. Os ministros que foram alvos de seu assédio incluindo o corajoso Gilmar Mendes também. Notem a barbaridade a que se assistiu nesta terça-feira: NINGUÉM MENOS DO QUE UM MINISTRO DO SUPREMO TEVE DE VIR A PÚBLICO, COM RESERVAS AÉREAS NAS MÃOS, PARA PROVAR QUE ERA INOCENTE. Eu escrevo de novo, agora em negrito: um dos 11 brasileiros que integram o tribunal constitucional do país, guardião da máxima de que, nas democracias, é preciso provar culpa, não inocência, viu-se na contingência, para cessar a rede de maledicências e canalhices, de provar que não era culpado. E por quê? Porque a ameaça velada que lhe foi feita pelo próprio Lula prosperou naquela teia financiada por estatais. Pior: até o jornalismo sério, responsável, se deixou contaminar.
Lula comanda uma escória dedicada hoje a tentar livrar a cara de mensaleiros, a atacar a imprensa independente e a manchar a reputação de pessoas honradas que não se vergam à vontade do partido. Por quê? Porque o Apedeuta, curtido na vigarice da luta de classes vivida como farsa, no caudilhismo cucaracha e no autoritarismo sindical, entende a política como arte da dominação do outro — ou de sua destruição.  E saibam os senhores: vagabundos para fazer o trabalho sujo na rede não são exclusividade do Brasil, não! Há congêneres seus hoje na Argentina, na Venezuela, no Equador, na Bolívia… Todos, invariavelmente, sustentados com dinheiro público.
Caminhando para a conclusão
Ninguém deve reagir na mesma moeda. Quanto mais eles megulharem na abjeção e na linguagem de esgoto, mais estarão indo ao encontro da própria natureza e dizendo quem são e que mundo querem. Isso também é expressão de desespero. Ao afirmar isso, não estou querendo dizer que o PT esteja prestes a perder o poder ou algo do gênero. Salvo uma deterioração grave da economia e numa velocidade que me parece improvável, Dilma pode realizar um feito que Lula nunca realizou (para seu ódio infindo): reeleger-se no primeiro turno. O ponto é outro. Essa sujeira toda, de que Lula desponta como o chefe, é expressão de uma batalha pelo poder que está hoje no seio do próprio PT. Dirceu precisa ser inocentado para tentar tomar as rédeas do partido e, assim, buscar dividir o poder com Dilma, mesmo sem ser eleito por ninguém, e continuar a assombrar a democracia.
Reitero: não rebatam a sujeira com a sujeira. As vocações estão se revelando como nunca. O desespero deles está no fato de que, fazendo o que fazem, terão os leitores que têm. Dedicam-se a provocações ridículas porque gostariam de convencer os leitores que jamais terão: vocês!
Texto publicado originalmente às 5h02
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:25

O isentismo consegue distorcer a realidade mais do que os canalhas rematados

Tomem cuidado!
O isentismo que não consegue distinguir culpados de inocentes faz mais mal à inteligência do que a canalhice rematada. Desta, as pessoas podem se defender — ou a ela ceder. É questão de escolha. Um canalha costuma dizer quem é e a serviço de quem está. Um isentista é mestre da engabelação. Por que digo isso?
Leio nesta manhã dois textos que tentam demonstrar que, no episódio Mendes-Lula-Jobim, todos estão errados. Uma ova! Essa história de que o ministro jamais poderia ter conversado com Lula é uma estupidez rematada. Não deveria por quê? O ex-presidente não é parte do processo; não é, infelizmente, um dos acusados; não está formalmente ligado ao caso. Por que um membro do Supremo, em companhia de um ex-colega de tribunal, não pode se encontrar com um ex-presidente da República? Não há absolutamente nada de errado nisso! Fosse assim, os juízes deveriam ser como as vestais: escolhidos ao nascimento, permaneceriam no templo, virgens, sem contato com o mundo externo. Isso é uma besteira!
Lula, sim, não deveria ter feito o que fez. E por que Mendes não botou antes a boca no trombone? Porque passaria pela mesma saraivada por que vem passando agora. Não seria diferente. É compreensível que tenha querido evitar esse embate. Certamente fez uma aposta errada. Deve ter achado que Lula se reencontraria com o bom senso e daria outras instruções à máquina de maledicência. Mas não! O trabalho sujo continuou.
De resto, qual é o ponto? Mais uma vez, há “espertos” tentando apurar as matérias da VEJA em vez de apurar malandragens da República? Mendes apenas confirmou a história que a revista apurou. Os que agora censuram o ministro trabalham, por exemplo, com a hipótese de que o próprio Lula pode ter relatado a conversa a terceiros, flastrão como é?Hein, Elio Gaspari? O colunista da Folha, num esforço de desacreditar Mendes, afirma que nunca apareceu a fita com o grampo de que o ministro foi vítima. Reproduz, assim, um mantra do JEG — como se não bastasse, para evidencir a quebra do sigilo,  circular a transcrição de uma conversa que o ministro tivera ao telefone. Tenha paciência!
De resto, o risco do “estado policial” para o qual Gilmar Mendes chamara a atenção então não se manifestava apenas naquele episódio. Trata-se de um resumo pífio da história. Na semana passada, Gaspari alertou o Brasil, vejam só, para o indevido linchamento da Delta. Sei. Mas parece não ver mal nenhum em engrossar, queira ou não, os tontons-MaCUTs do lulismo, que pretendem linchar um ministro do Supremo.
Para encerrar: Gilmar não foi o único procurado, como revelou VEJA. Ele só decidiu contar como foi a aproximação. Como, desta vez, não dá para inverter as culpas, estão tentando socializá-la. É um escracho.
Estão tentando demonstrar que todos são culpados e, no fundo, iguais. É um acinte à inteligência. Quem tenta chantagear um ministro não é certamente igual, por definição, a quem denuncia a chantagem — e sem dever nada!
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:23

ABSURDO! Governo quer agora cotas “raciais” nos concursos públicos e até para o doutorado. Eis o monstro que o Supremo embalou

Caras e caros, uma barbaridade está sendo gestada na dita Secretaria da Igualdade Racial: cotas em concursos públicos, doutorados e até filmes. Querem um país dividido em tribos. Se acharem este texto pertinente, passem o texto adiante e debatam a questão nas redes sociais
Quando o Supremo Tribunal Federal, contra, quero crer, os fundamentos da Constituição, decidiu que a aplicação de cotas raciais nas universidades federais e no ProUni não era inconstitucional, estava, aqui se advertiu, abrindo as portas para o racialismo. Restava evidente que os militantes da causa tinham naquele julgamento apenas a sua primeira trincheira. Vencida aquela batalha, eles avançariam um tanto mais, tentando conquistar novos terrenos. E é o que vai acontecer. Note-se à margem que o mesmo vale para o aborto de anencéfalos. Não era, sustentei e sustento ainda hoje, a causa em si que estava sendo julgada. Era necessário relativizar o direito à vida. Vencida essa etapa, viriam os desafios seguintes. Não por acaso, os grupos abortistas, como aquele troço absurdo chamado “Católicas Pelo Direito de Decidir”, saudaram a decisão do tribunal como uma vitória da “causa do aborto”. Estavam pouco se lixando para as grávidas de fetos anencéfalos. Eram apenas um pretexto. Da mesma sorte, a declaração de constitucionalidade das cotas constituía uma etapa a ser conquistada. Um pacote de medidas que o governo pretende anunciar ainda este ano, conforme se lê em um dos posts abaixo, pretende sacramentar o racismo no Brasil.
As propostas estão sendo elaboradas por um órgão que tem o curioso nome de Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. As ações devem se dividir em três grupos: “educação”, “trabalho” e “comunicação e cultura”. O Supremo terá a chance de ver o monstrengo que criou. O tribunal decidiu apenas que as cotas não são inconstitucionais, e tal decisão não obriga as instituições a aplicá-las. A autonomia universitária lhes garante o direito de escolha. Pelo visto, não mais. A “discriminação positiva” passaria a ser obrigatória. Já seria absurdo o bastante, mas cumpre não subestimar a militância racialista. Também os cursos de pós-graduação — mestrado e doutorado — teriam de aplicar o programa.
Vamos ver. O argumento em que se sustentam os racialistas para aplicar cotas na graduação é a discriminação a que estariam submetidos os negros em razão de condicionantes histórias. Elas impedem, dizem, os negros de disputar com os brancos em condições de igualdade. Já desmontei quão falacioso é o argumento muitas vezes. Hoje, só para encarecer o novo absurdo em curso, farei de conta que isso é verdade — vale dizer: vou fingir que a questão é mesmo racial e não social. Muito bem! Um negro que já tenha concluído o ensino universitário, então, com cotas ou sem ela, terá vencido aquelas condicionantes e chegado ao fim do curso. Seguir ou não na carreira universitária passaria a depender apenas de sua formação intelectual, de sua inclinação para a vida acadêmica, de seu apreço pelo estudo, sei lá…
Não! Errado! A discriminação o perseguiria até mesmo nos momentos em que se selecionam os estudantes para os cursos de pós-graduação — para, atenção!, mestrado e doutorado. Se já é um absurdo que o desempenho intelectual não seja o único critério a definir quem ingressa ou não numa universidade, é um acinte que se estabeleçam cotas para qualquer categoria naquela que é, santo Deus!, uma esfera da investigação científica. Ainda que não seja fatal, quase sempre o que se candidata a doutor já é mestre, já foi longe da vida acadêmica. Haver qualquer outro critério para o doutorado que não seja a qualidade da especulação científica do doutorando é um absoluto despropósito. A ser assim, não pode haver dimensão da vida nacional que não obedeça mais ao perfil racial do Brasil.
Fico pensando no STF: hoje, há lá um negro, Joaquim Barbosa. Dado o percentual de pessoas com essa cor de pele no Brasil — pouco mais de 7% —, só caberia mesmo a esse grupo uma vaga. Em setembro, Dilma Rousseff terá de nomear um novo ministro ou ministra. Se houver um negro com plenas condições, ela deveria evitar esse nome para que eles não fiquem “super-representados” no STF? Imaginem uma campanha defendendo que os americanos espelhem no poder a composição racial do país. Barack Obama jamais teria sido eleito. Os negros nos EUA são apenas 13% da população — sim, incluindo os mestiços (chamados de “pardos” pelo nosso IBGE) que a militância racial chama “negros”.
Digam-me cá: não havendo, na esfera do doutorado, um número suficiente de hipóteses de investigação científica de pesquisadores negros, o que se deve fazer? Já sei: abrir mão de uma proposta superior assinada por um branco ou amarelo em benefício de uma inferior, assinada por um negro. Que coisa! Essa gente bacana e iluminada pretenderá levar o racialismo à própria investigação científica. É absurdo!
No trabalho
Os concursos públicos também obedeceriam ao critério de cotas, creio que nas mesmas condições do ingresso na graduação. Os negros teriam pontos a mais, independentemente de sua história e de sua origem. Também nessa área, um negro rico — e eles existem — levaria vantagem sobre um branco pobre, como acontece hoje no ensino universitário. Como os racialistas estão vivendo a fase do delírio de poder, querem estender essa clivagem para os cargos comissionados — não raro, cargos de confiança. Assim, aqueles que detêm o poder de nomeação devem, também, compartimentar essa confiança, de modo a exercê-la segundo critérios de cor de pele.
Na cultura
Na cultura, o que se sabe até agora é que recursos públicos seriam, por exemplo, especialmente direcionados para filmes que tratem da temática racial. Interessante! Vocês querem ver como é fácil perceber o diabo no detalhe? Vocês querem ver como é fácil descobrir o demônio do autoritarismo numa proposta que parece ser tão democrática? Vocês querem ver como é fácil apontar a tentação da tutela estatal sobre a produção cultural, sob o pretexto de combate ao racismo?
Ora, não é preciso ser um gênio para intuir que um roteiro, por mais bem elaborado e pertinente que fosse, não receberia a prebenda caso negasse a perspectiva racialista, certo? Um trabalho que tentasse demonstrar que o Brasil caminha para uma democracia racial (pouco imposta, leitor, neste momento, se você concorda com isso ou não), já que tem 44% de mestiços (”pardos”), certamente seria recusado em benefício de um outro que abraçasse a tese oficial, a tese do estado, ainda que tecnicamente inferior. O dinheiro público, nesse caso, não estaria patrocinando o talento, mas financiando um determinado conteúdo. Estamos falando de dirigismo cultural.
Nessa toada, há de que perguntar por que não se aplicarão as cotas segundo o gênero, a identidade sexual, as religiões, o porte físico, as preferências alimentares etc. Cotas teriam de ser aplicadas nos times de futebol, nas novelas de televisão, na música popular, no Carnaval — tudo, parece-me, segundo os dados do IBGE. Das Câmaras de Vereadores ao Congresso Nacional, passando pelas Assembleias Legislativas e chegando ao Supremo e aos ministérios, teria de haver uma distribuição de cargos segundo a cor da pele. Se alguns competentes ou com mais votos tiverem de ser preteridos em benefício de menos competentes e com menos votos, tudo bem! O importante é… fazer justiça! Queremos ser um país de brasileiros ou de tribos em permanente confronto?
Pode parecer espantoso que tenhamos chegado a isso — na verdade, como coisa em si, é mesmo. Mas não é nada surpreendente. Era o ovo da serpente que estava naquele julgamento das cotas no Supremo. E outras peçonhas destinadas a dividir a sociedade brasileira segundo a cor da pele virão na esteira daquela decisão.
Texto publicado originalmente às 3h02
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:21

Lula estará hoje em Brasília; em respeito a Dilma, deveria ficar de boca fechada

Ainda muito debilitado pela doença — e isso não é motivo de júbilo para ninguém (qualquer referência desairosa a respeito não será publicada) —, Lula é aguardado nesta quarta em Brasília, no 5º Fórum Ministério de Desenvolvido, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Estarão presentes representantes de 30 países da América Latina e da África. Ele fará uma palestra.
O atual estado de saúde de Lula ajuda a compor a imagem do profeta, que ele sempre alimentou. O tema e a plateia são talhados para seus discursos que costumam mesclar laivos de messianismo com ressentimento contra os países ricos e triunfalismo. Vamos ver. Se tiver um pouquinho de juízo — e não há o menor motivo para apostar nisso nestes dias —, há de se calar sobre o embate. Ao menos em sua intervenção no fórum.
Vamos ver o que fará depois. Nessas ocasiões, ele costuma ficar com sangue nos olhos e exibir a faca nos dentes. Em respeito ao governo de sua sucessora, que o convida para o evento, deveria ficar de boca fechada. Já deu trabalho demais para um ex!
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:19

“Lacerda tinha como missão me destruir”

Por Fausto Macedo, no Estadão:
O ministro Gilmar Mendes diz: “Querem melar o julgamento do mensalão”. E aponta para um ex-diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Paulo Lacerda. “Dizem que (Lacerda) está assessorando o PT. Eu tive informação, em 2011, que o Lacerda queria me pegar.” O ministro suspeita que Lacerda estaria divulgando “informações falsas” para atingi-lo.
O sr. está assustado?
Essas coisas não me intimidam. Você lembra da história do Gilmar de Mello Mendes (homônimo do ministro, citado em operação da PF)? A situação é muito similar. Sabe-se que uma notícia é falsa, não obstante divulga-se essa notícia para criar esse Estado de pânico. A minha surpresa foi quando ouvi isso da boca do presidente Lula. E, depois, ao saber, de jornalistas, que o próprio Lula estava se incumbindo de divulgar essa fantasia de que Carlos Cachoeira pagou minhas despesas. Ele está muito mal assessorado. Dá vazão a informações falsas.
Quem abastece Lula?
Imagino que esse grupo de pretensos investigadores de CPMI e coisas do tipo, estelionatários. Fala-se até que o Paulo Lacerda está assessorando (Lula). O que se noticia é que hoje ele está prestando assessoria ao PT na CPMI. Eu já tinha recebido notícia de que Lacerda tinha como missão me destruir. Ele fez muito mal a este País, instalando um Estado policial, e é bom que fique distante. Ele não respeitou as regras mínimas do Estado de Direito.
Na conversa com Lula foi citado o nome de Lacerda?
O (ex-ministro Nelson) Jobim perguntou ao Lula: “E aí, e o Lacerda?” Lula respondeu: “Está chegando, está voltando de Portugal. Está por aí”. Agora a ficha caiu. Que ele tenha boa sorte, mas não venha com bisbilhotagem, nem reinstalar concepções do Estado policialesco.
O sr. teme Paulo Lacerda?
Imagina. Os embates vêm de 2007, quando ele (Lacerda) era chefe da PF. A polícia tinha virado poder nas mãos de Lacerda. Não tenho arrependimento de ter enfrentado aquela situação. Desde que isso começou, minha família e eu somos alvo de constantes plantações.
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:17

Para Dilma, há risco de crise institucional

Por Vera Rosa e Tânia Monteiro, no Estadão:
Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida ontem com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto.
Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes. Lula chegou ontem à noite em Brasília, onde fará hoje uma palestra no 5.º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma. Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou ontem mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma “central de divulgação” de intrigas contra ele. Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
30/05/2012
às 6:15

Haddad se reúne na casa de Paulo Henrique Amorim com blogueiros financiados por governos petistas e por estatais para discutir sua campanha eleitoral

Por Bernardo Mello Franco e Catia Seabra, na Folha. O título é deste blog mesmo.
Diante do impasse nas negociações com outros partidos, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, investe no front virtual para tentar crescer na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele procurou blogueiros que apoiam o governo Dilma Rousseff para pedir ajuda a sua campanha na internet. O grupo marcou jantar ontem à noite na casa do jornalista Paulo Henrique Amorim, que é apresentador da TV Record e mantém o blog Conversa Afiada.
“A intenção é ouvir opiniões sobre a campanha e pedir o apoio deles como militantes”, disse o deputado estadual Simão Pedro (PT), da campanha petista. Na lista de convidados, estavam também Luis Nassif, Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha, Renato Rovai, Altamiro Borges, Conceição Oliveira, Paulo Salvador e Sérgio Lírio. Rovai disse que o grupo pretendia discutir temas da cidade e não deve declarar apoio formal a Haddad.
Os participantes do jantar, que se apresentam como “blogueiros progressistas”, foram recebidos pelo ex-presidente Lula no Planalto no fim de 2010. No ano passado, o PT montou um núcleo de militantes virtuais para atuar na internet. O grupo será acionado para fazer propaganda de Haddad e atacar rivais nas redes sociais.
Por Reinaldo Azevedo


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]