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SEX, 22 DE JUNHO DE 2012 11:08 / ATUALIZADO - SEX, 22 DE JUNHO DE 2012 11:25
POR: CNBB/RADIO VATICANO
O Legado do Papa Bento XVI para a Conferência Rio + 20, Cardeal dom Odilo Scherer, destaca ganho na discussão da Conferência da ONU mesmo fazendo ressalvas sobre lacunas no documento final como aquela que " não se chegou a estabelecer a contribuição dos países ricos, daqueles que mais poluem, para formar um fundo a partir do qual possa ser financiada a economia limpa, a economia verde que se quer promover".
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será encerrada sexta-feira 22, com a divulgação do documento final, contendo 49 páginas, denominado “O Futuro Que Queremos”. O balanço dos dez dias de discussões divide opiniões. Autoridades brasileiras consideram um avanço a inclusão do desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza, enquanto movimentos sociais e alguns líderes estrangeiros condenam a falta de ousadia do texto.
Segundo a Agência Brasil, o tom de crítica deve predominar nesta sexta-feira, pois as organizações não-governamentais (ONGs) que promoveram vários protestos durante a conferência prometem manifestações.
Para o legado pontifício para a Cúpula, Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, além de algumas lacunas, como a não-criação do fundo de contribuições dos países ricos, a Conferência trouxe novidades, como a nova consideração de chefes de Estado e Governo em relação aos oceanos:
“Acredito que o resultado é bastante positivo, embora haja muitas observações críticas de que o resultado é menos do que o esperado e que não foi bastante ousado em estabelecer metas ou medidas concretas que deveriam ser assumidas. Temos que considerar que numa Cúpula internacional deste porte, com a presença de quase 190 nações não se pode esperar demais, no sentido de resultados concretos. A crítica é que, por exemplo, não se chegou a estabelecer a contribuição dos países ricos, daqueles que mais poluem, para formar um fundo a partir do qual possa ser financiada a economia limpa, a economia verde que se quer promover. É uma verdade que esta lacuna naturalmente deverá ser preenchida através de novas negociações, com iniciativas como a da França, que anunciou claramente que quer taxar as transações financeiras internacionais que passam pelo país, e aplicar esta taxa em uma economia mais limpa e promover a preservação do meio ambiente.
Existem certamente muitos pontos positivos a serem observados: a declaração, que foi concordada através de negociações, contém pontos relevantes, primeiro porque estabelece uma identificação do que se pode chamar de economia verde, economia sustentável, colocando três pilares fundamentais. Primeiramente, que o homem esteja ao centro, e portanto, que a economia sustentável deve ser socialmente sustentável. Depois, é claro, que a economia seja economicamente sustentável. Deve seguir as leis econômicas porque senão se torna um caos. O terceiro ponto, que a economia verde seja ecologicamente sustentável, que tenha sempre em consideração a dimensão ecológica da economia, do trabalho, da produção e do consumo. O que também é novo neste documento, com uma nova posição, é a preocupação com os oceanos, que até agora nos documentos anteriores estava ausente. Por isso já se está falando na Conferência que a economia sustentável, além de verde, deve ser também azul, em referência aos oceanos, às águas.
Outro apelo que vai aparecendo é que o modelo de economia não deve se basear simplesmente na produção e no consumo; o critério de desenvolvimento não devem ser simplesmente os índices econômicos: deve haver um conjunto de índices que apontem um modelo de desenvolvimento.
Enfim, acredito que o mais positivo de todas as contribuições que a Rio+20 está trazendo é uma nova tomada de consciência da comunidade internacional a respeito dos problemas da sustentabilidade da economia, dos problemas do clima e da urgente necessidade de todos de fazerem a sua parte; que não podemos protelar por mais tempo a tomada de decisões porque o clima, o planeta está reclamando: a sustentabilidade está ameaçada”.
http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/9653-balanco-positivo-da-rio-20-segundo-cardeal-odilo-scherer
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]