sábado, 23 de junho de 2012

Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido.


Coluna do
Augusto Nunes
  • Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido.
Direto ao PontoHistória em ImagensEntrevistaBaú de PresidentesSanatório GeralO País quer SaberHomem Sem VisãoFeira Livre
23/06/2012 às 18:45 \ Direto ao Ponto
O sumiço do vídeo mostrou que, para Dilma, falar inglês é falar brasileiro sílaba por sílaba

A presidente Dilma Rousseff anuncia à plateia a próxima atração da Rio+20: um vídeo "com uma mensagem da Estação Espacial Internacional, cortesia da NASA, Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço", recita com um papel na mão. Olha para a direita. O vídeo não aparece. Olha para a esquerda. Nada. Olha para a frente e para baixo. Coça os dois lados do rosto, logo abaixo das pálpebras. Confere outra vez. O vídeo continua sumido. Olha desconfiada para Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, sentado à sua direita.

A cara de brava avisa que vai dar um pito no companheiro sul-coreano. Ou pelo menos chamá-lo de "meu querido". Resolve dar uma última chance a Ki-moon. "E o vídeo?", pergunta. O tom de voz é parecido com o que fazia José Sérgio Gabrielli chorar. A expressão confusa do visitante informa que o suspeito não entende coisa alguma em português, nem imagina o que enfureceu a presidente do Brasil. Então, Dilma decide interrogá-lo em inglês: "VI-DE-Ô". Para sorte do desavisado forasteiro, o vídeo aparece antes que a inquisidora parta para as vias de fato.

O vídeo sobre o sumiço do vídeo comprova que, para o neurônio solitário, falar inglês é falar brasileiro sílaba por sílaba.



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23/06/2012 às 15:05 \ Direto ao Ponto
  • O advogado mais caro do Brasil e um bandido barato ameaçam o Estado de Direito

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Executivo com a compra de governadores. Prosseguiu a ofensiva com a contratação de Márcio Thomaz Bastos, um advogado disposto a tudo para livrar da cadeia e de quaisquer punições o chefe da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal que vivia elogiando nos tempos de ministro da Justiça do governo Lula. E completou o serviço quando o Planalto ordenou à maioria governista que transformasse a CPI batizada com o seu nome em mais um monumento à impunidade.

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Legislativo com o arrendamento de deputados e senadores, entre os quais Demóstenes Torres ─ hoje reduzido a uma caricatura carnavalesca do personagem de ficção que funde Dr. Jekyll e Mr. Hyde. A ofensiva prosseguiu na CPI, com a debochada performance produzida e dirigida pelo doutor em truques de tribunal. E será consumada com o naufrágio anunciado de uma comissão de inquérito administrada por cúmplices dos investigados (e dos que nem deixaram entrar na fila dos depoentes).

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Judiciário com o aluguel de comparsas  disfarçados de juízes. A ofensiva prosseguiu com a mobilização de magistrados decididos a condenar os xerifes, libertar os bandidos e enterrar no mausoléu dos absurdos jurídicos o colosso de provas colhidas pelos detetives. Nenhum deles pareceu tão sôfrego quanto o desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal de Brasília.

Enquanto tentava libertar o chefão, Tourinho tirou da cela os subchefes José Olímpio de Queiroga Neto e Vladimir Garcez. Devolvido às ruas em 16 de junho, o ex-vereador Garcez reassumiu a gerência do departamento de políticos subornados. Dois dias antes, Queiroga fora reinstalado no comando do setor de ações radicais, que persegue com o uso da violência o que o dinheiro não alcança. Ambos recuperaram o direito de circular em sossego que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima acabou de perder.

Conversas gravadas pela Polícia Federal provam que Queiroga propôs a Cachoeira que endurecesse o tratamento dispensado a Moreira Lima, responsável pela prisão do comando da organização criminosa. As ameaças que o induziram a afastar-se do cargo informam que Cachoeira está pronto para completar a desmoralização da Justiça. Nessa hipótese, os delinquentes poderão festejar o sucesso da ofensiva contra os três Poderes.

"Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia", adverte a jornalista Dora Kramer no artigo reproduzido na seção Feira Livre. "Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte".

A operação concebida por Cachoeira (e aperfeiçoada por um ex-ministro da Justiça) para a captura das instituições tem de ser neutralizada já. Ou os incumbidos de aplicar a lei e defendê-la cumprem seu dever sem delongas ou formalizam publicamente a rendição vergonhosa. Nada justifica a libertação prematura dos quadrilheiros. Não se pode conceder o direito de ir e vir a quem pretende usá-lo para obstruir investigações, destruir provas, silenciar testemunhas, submeter desembargadores e intimidar magistrados.

Cachoeira e seus comparsas têm de aguardar engaiolados a merecidíssima condenação a longas temporadas na cadeia. Se ocorrer o contrário, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Estado Democrático de Direito terá sido algemado pela parceria que juntou o advogado mais caro do Brasil e um bandido barato, mas com dinheiro de sobra para pagar o que for preciso para continuar em ação.

Os R$ 15 milhões que estimulam a inventividade de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo. Ou propinas que amansam figurões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Ou, como alertam a revelações feitas pelo juiz Moreira Lima, extorsões e assassinatos.

Tags: 1 minuto com Augusto Nunes, Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres, Dora Kramer, Márcio Thomaz Bastos, Paulo Augusto Moreira Lima, Tourinho Neto
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23/06/2012 às 12:43 \ Direto ao Ponto
  • Se pedir socorro aos vizinhos trapalhões, Lugo pode acabar na embaixada brasileira como gerente da Pensão da Dilma
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Fernando Lugo (à esquerda) e Manuel Zelaya

Afastado da presidência do Paraguai pelo Congresso, Fernando Lugo prometeu recorrer à Justiça para recuperar o cargo. Os deputados e senadores entenderam que o chefe do Executivo fez o suficiente para perder o emprego. Lugo acha que não. Se for acionado, o Judiciário decidirá a pendência. Por enquanto, foram respeitadas as regras constitucionais. Melhor assim.

Pelo menos até agora, a vítima do impeachment resistiu à tentação de pedir a ajuda dos vizinhos. O venezuelano Hugo Chávez está permanentemente à disposição dos companheiros aflitos. E Dilma Rousseff, como revelou o blog de Lauro Jardim, ordenou ao chanceler Antonio Patriota que falasse grosso com os responsáveis pela demissão do parceiro paraguaio.

Se tiver juízo, Lugo se limitará a brigar na Justiça. Em 2009, o mundo inteiro viu o que acontece quando a turma do Lula e o bando do Chávez resolvem socorrer em parceria um parceiro em apuros. O plano concebido pelos trapalhões beligerantes deveria devolver à presidência de Honduras o neobolivariano Manuel Zelaya, destituído pelo Poder Legislativo com o endosso da Suprema Corte. Deu no que deu.

Zelaya voltou clandestinamente a Tegucigalpa, hospedou-se na embaixada brasileira, transformou o prédio na primeira Pensão do Lula e ficou à espera das tropas prometidas por Chávez. Só deixou o estabelecimento depois de 125 dias. Em vez da faixa presidencial no peito, levava na cabeça o chapelão  que simulava uma coroa de destronado. Se seguir o exemplo do colega hondurenho, Lugo pode acabar na gerência da Pensão da Dilma.

Os executores da política externa lulopetista jamais abriram o bico, por exemplo, sobre as abjeções colecionadas pela ditadura cubana, nem sobre os chiliques autoritários da viúva argentina que herdou a Casa Rosada, muito menos sobre o desmoronamento da democracia venezuelana. "O Brasil respeita a soberania nacional", recitava Celso Amorim e recita agora Antonio Patriota para justificar a diplomacia da cafajestagem. O mantra perde a validade quando algum companheiro perde o poder.

Como ocorreu em Honduras, o Congresso paraguaio afastou o presidente amparado em normas constitucionais. Fez com Lugo o que faria com Fernando Collor o Legislativo brasileiro se o presidente que desonrou o cargo não tivesse renunciado pouco antes da destituição inevitável. O Planalto tem tanto a ver com a queda de Lugo quanto o governo paraguaio tinha a ver com o afastamento de Collor.

Como pôde acontecer uma coisa dessas em apenas dois dias?, choramingam os órfãos brasileiros do reprodutor de batina. Os paraguaios é que deveriam perguntar-se como pode o Brasil esperar sete anos pelo julgamento dos quadrilheiros do mensalão. Ou instaurar uma CPI que, depois de dois meses de tapeações, vigarices e patifarias, faz o que pode e o que é proibido para garantir a impunidade dos bandidos.

Tags: Dilma Rousseff, Fernando Lugo, Honduras, impeachment, Manuel Zelaya, Mercosul, Paraguai


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23/06/2012 às 0:15 \ Direto ao Ponto

  • Faltam sete dias


Para que o julgamento dos mensaleiros comece em 1° de agosto, conforme o cronograma aprovado por unanimidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, precisa entregar seu voto até 30 de junho. Foi o que prometeu.

Faltam sete dias. Para lembrar aos juízes do STF ─ especialmente a Lewandowski ─ que o Brasil decente anda exausto de espertezas protelatórias, este post permanecerá na abertura do Direto ao Ponto até o fim da contagem regressiva.

Tags: mensalão, nove dias, Ricardo Lewandowski, Supremo Tribunal Federal, voto
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21/06/2012 às 21:26 \ Direto ao Ponto
Candidatos ao troféu de junho pedem mudanças no regulamento do HSV

Os leitores-eleitores vão decidir se a petição redigida por Márcio Thomaz Bastos e assinada por todos os concorrentes deve ser acolhida ou rejeitada pela Comissão Organizadora. Confira na seção Homem sem Visão.



Tags: Homem sem Visão, Lula, Márcio Thomaz Bastos, petição
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21/06/2012 às 13:40 \ Direto ao Ponto
Saiba o que os noivos achavam um do outro antes do casamento no jardim da mansão

"O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente." (LULA, junho de 1984)

"Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general." (LULA,  junho de 1984)

"Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?" (LULA, setembro de 1986)

"O problema do Brasil não está no deputado Paulo Maluf, mas sim nos milhares de malufs." (LULA, outubro de 1986)

"Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos." (PAULO MALUF, março de 1993)

"Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso." (LULA, março de 1993)

"Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos. Faz 15 anos que não está no torno, que não conta como vive e quem paga seu salário. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo." (MALUF, março de 1993)

"Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo.". (MALUF, julho de 1993)

"Estou feliz. Afinal, não estamos em campanha. Enquanto isso, alguns desocupados, como é o caso de Lula, andando pelo Brasil com emprego dado pelo PT, ganham o dinheiro dos trabalhadores." (MALUF, agosto de 1993)

"A impressão que se tem é que Cristo criou a terra, e Maluf fez São Paulo." (LULA,  maio de 1996)

"O Maluf é que deveria estar atrás das grades e condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura." (LULA, julho de 2000)

"Quero evitar que o PT tenha aqui base para alavancar a eleição do Lula em 2002. Foi o que eu disse para um amigo, na sua empresa de mil funcionários: 'Você colocaria o Lula como diretor de recursos humanos?' Ele respondeu que não, e eu disse: 'Peraí. Não serve para ser diretor da sua empresa e serve para ser presidente da República?'" (MALUF, outubro de 2000)

"Declaração infeliz do presidente. Ele não está a par do problema, e se ele quiser realmente começar a prender os culpados comece por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão, e a maioria é do partido dele, do PT." (MALUF, outubro de 2005)

Em 18 de junho de 2012, como Lula preferiu ficar em silêncio depois do encontro no jardim da mansão, Maluf falou pelos dois:
"HOJE SOMOS TODOS IGUAIS"

Tags: ave de rapina, declarações, Lula, nuvem de gafanhoto, ofensas, Paulo Maluf, PP, PT
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20/06/2012 às 18:30 \ Direto ao Ponto
A lenda do intuitivo genial foi enterrada em cova rasa no jardim da mansão de Maluf

O intuitivo genial, reverenciado pela seita lulopetista desde a vitória na eleição de 2002, jaz desde segunda-feira numa cova rasa no jardim  da mansão de Paulo Maluf. Ansioso por garantir o apoio do dono do PP à candidatura de Fernando Haddad, como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, Lula caiu na armadilha montada pelo parceiro mais esperto por ter esquecido duas velhas lições. A primeira ensina que, quando dois políticos se encontram na casa de um deles, o anfitrião está invariavelmente em vantagem: é sempre o visitante quem está querendo alguma coisa. Não se vai atrás de alguém para oferecer, mas para pedir.

A segunda lição, formulada no dia da invenção da fotografia, avisa que certas imagens valem mais que mil palavras. Se a aliança repulsiva fosse consumada no Palácio do Planalto, numa audiência concedida pelo presidente Lula ao deputado federal Paulo Maluf (e sem jornalistas por perto), Haddad não estaria hoje caçando algum substituto para Luiza Erundina. Se a reunião tivesse ocorrido no apartamento do ex-presidente em São Bernardo (longe da imprensa), os danos seriam menores.

Os estragos começaram a adquirir dimensões formidáveis quando Maluf exigiu que o casamento fosse celebrado em sua casa, avisou que só diria sim se Lula estivesse presente e decidiu convidar a imprensa para testemunhar a cerimônia. Deu no que deu. As imagens da turma no jardim documentam a rendição do chefão do PT ao homem que passou a vida chamando de "ladrão" ─ e que o acusou mais de uma vez de agir como ave de rapina.

Aos olhos da multidão, Lula foi lá para pedir desculpas e pedir 1min35 no horário eleitoral gratuito. Foi perdoado e atendido. Um se humilhou. Outro foi publicamente absolvido de todos os pecados passados, presentes e futuros. O resto é conversa fiada, mas portadores da Síndrome de Deus jamais admitem que erraram. Neste momento, rodeado de devotos genuflexos, Lula deve estar recitando que fez tudo certo, que quem errou foi Erundina, que a imprensa superestima o episódio para prejudicar o PT, que tudo será esquecido e que vai eleger Haddad. Em vez de contar-lhe que, por ter dado um passo maior que a perna, deu outro tiro no pé, os áulicos buscam justificativas para o inexplicável.

"Houve uma troca de cargos, como tem havido em qualquer negociação. Não houve dinheiro", derrapou duplamente Gilberto Carvalho. Ao admitir que o Planalto autorizou a entrega de uma secretaria do Ministério das Cidades a um afilhado de Maluf, o secretário-geral da Presidência da República incorporou à trama obscena a presidente Dilma Rousseff: ela própria garante que nada acontece por lá sem o amém da superexecutiva onipresente. Ao jurar que desta vez só ocorreu uma troca de cargos, Gilberto Carvalho confessou que, em outras negociações, entrou dinheiro vivo.

Perdido no shopping, Haddad declamou o que ordenaram que decorasse: "Como já existe a aliança com o PP no plano nacional, é natural que seja estendida às eleições municipais". Tão natural quanto a aparição de um jabuti no alto da árvore. Uma coisa é a aliança no plano federal com um partido que muda de rosto conforme a região. Em Santa Catarina, por exemplo, o PP tem a cara de Esperidião Amin. No Rio, é parecido com Francisco Dornelles. Em São Paulo, a sigla é mais um codinome de um político promovido a símbolo da corrupção impune, do primitivismo eleitoreiro, do vale-tudo pelo poder, do rouba mas faz.

Desta vez, Lula está proibido de balbuciar que não sabia de nada e que todos são inocentes até a condenação formal. Se insistir na lengalenga, será convidado a visitar o site da Interpol. Há dez dias, o post que enumerou os recentes tiros no pé desferidos pelo ex-presidente lembrou que o SuperMacunaíma que engana todo mundo foi enganado por Gilberto Kassab. Acaba de ser tapeado por Paulo Maluf.

Em 1984, o PT expulsou quatro deputados que votaram em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Foram punidos porque ajudaram a derrotar Paulo Maluf, candidato à Presidência com o apoio do  governo militar. No fim do outono de 2012, Lula capitulou publicamente diante do filhote da ditadura. Tancredo não estava à altura do PT. Passados 28 anos, o partido subordinou-se às imposições de Maluf. O antigo adversário não mudou. Lula é que removeu as diferenças que os separavam. Ficaram iguais.

Sorte de José Serra, convém registrar. O candidato do PSDB, que sempre foi o maior adversário dele próprio, estava pronto para consumar um acordo com Paulo Maluf quando o proprietário dos cobiçadíssimos 95 segundos na TV resolveu trocá-los pelo cofre no Ministério das Cidades e por meia dúzia de fotos no jardim. Conjugadas, a ganância de Maluf e a soberba de Lula acabaram poupando Serra de mais um naufrágio prematuro e voluntário. Tomara que consiga entender o tamanho do desastre que quase protagonizou.

A reação dos brasileiros que  pensam e prestam atesta que incontáveis eleitores ainda sabem distinguir um acordo partidário de uma barganha sórdida, e não confundem coligação eleitoral com formação de quadrilha ou bando. Há limites para tudo. E há limites para todos. Até para Lula. Até para o rebanho que desde o começo do século  acompanha com balidos servis a marcha da insensatez.

Tags: Fernando Haddad, José Serra, Lula, Paulo Maluf, PP, prefeitura, PT, São Paulo, Síndrome de Deus
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19/06/2012 às 18:47 \ Direto ao Ponto
A foto mostra a cara de um Brasil que não sabe o que é honra e perdeu a vergonha

"O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente." (LULA, junho de 1984)

"Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?" (LULA, setembro de 1986)

"Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos." (PAULO MALUF, março de 1993)

"Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso." (LULA, março de 1993)

"Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos e não explica como vive. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo". (MALUF, março de 1993)

A foto abaixo informa que, em 18 de junho de 2012, sem que nenhum deles tivesse abjurado publicamente o que disse do outro, os velhos inimigos se juntaram para vender ao eleitorado paulistano a mercadoria que Lula contempla com o olhar orgulhoso de criador e Maluf afaga com o olhar guloso de quem vê um novo filão a explorar. Fernando Haddad tem o jeito hesitante do filhote que não consegue andar sozinho.

À esquerda, o sorriso de Rui Falcão atesta que o presidente do PT está feliz por confraternizar com o que sempre chamou de "direita reacionária". À direita, o vereador Wadih Mutran, negociante de longo curso, avalia quanto vale um Haddad fantasiado de nova esquerda.

O chefe da seita, Aquele que Só dá Ordens, curvou-se à imposição de Maluf: além de outro cofre no Ministério das Cidades, o dono do PP fez questão de posar para a posteridade ao lado de Lula. É uma foto para se guardar. Desnuda a cara de um Brasil Maravilha que não sabe o que é honra nem tem vergonha de nada. Escancara a face horrível da Era da Impunidade.


Tags: Fernando Haddad, Lula, Paulo Maluf, PP, prefeitura, PT, Rui Falcão, São Paulo, Wadih Mutran
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318 COMENTÁRIOS
19/06/2012 às 15:42 \ Direto ao Ponto
Maluf sobe no ranking da Interpol

Depois do acerto com o PT do mensalão, Paulo Maluf subiu 20 posições no ranking da Interpol.

Se José Dirceu aparecesse na fotografia, teria chegado à liderança.

Tags: Interpol, José Dirceu, Lula, mensalão, Paulo Maluf, PT
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37 COMENTÁRIOS
19/06/2012 às 15:10 \ Direto ao Ponto
Um velho verbo novo

Paulo Maluf lulou ou Lula malufou?

Os dois malularam.

Quem quiser homenagear também Fernando Collor pode conjugar o verbo com a grafia sugerida pelo Reynaldo-BH: malullar.



Tags: Lula, lular, malufar, malular, Paulo Maluf
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1.    Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus
discípulos aproximaram-se dele.  
2.    Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:  
3.    Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino
dos céus!  
4.    Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!  
5.    Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!  
6.    Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão
saciados!  
7.    Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
 
8.    Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!  
9.    Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
 
10.    Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque
deles é o Reino dos céus!  
11.    Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem
e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.  
12.    Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos
céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.












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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]