Na audiência geral Bento XVI
convidou a confiar-se à força da oração
Saudação aos participantes no congresso eucarístico internacional de Dublim
A união com Deus não afasta do mundo. Ao contrário. Dá a força para viver realmente nele e para fazer o que se deve. Ele realiza maravilhas "através da nossa debilidade, da nossa inaptidão para o cargo". Nós "não devemos confiar unicamente em nós mesmos" mas "trabalhar, com a ajuda do Senhor, confiando-nos a Ele como frágeis vasos de barro". O Papa interrompeu várias vezes a leitura do texto preparado para a audiência geral de quarta-feira 13 de Junho.
Fê-lo para ressaltar ainda mais o socorro que de Deus chega ao homem frágil - precisamente como "um vaso de barro" - no momento em que está exposto às provas mais duras, aos sofrimentos maiores, às canseiras para afastar o ataque "do enviado do Maligno" que "insidia a nossa vida", um "espinho cravado também na nossa carne". Propôs a experiência vivida pelo apóstolo Paulo, para reafirmar a força da oração, que "não é só o respiro da alma", ocasião para compreender "a própria debilidade" e experimentar "o poder de Deus, que não abandona, não nos deixa sós, mas se torna amparo e força".
Durante o encontro com os fiéis Bento XVI dirigiu por fim o seu "pensamento afectuoso" e a sua "saudação de bênção" à Igreja na Irlanda por ocasião da celebração do Congresso eucarístico internacional, que está a decorrer nestes dias em Dublim. "Uma ocasião preciosa - disse - para reafirmar a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja.
(©L'Osservatore Romano - 16 de junho de 2012)
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Lectio divina na inauguração do congresso eclesial de Roma
A escolha entre mentira e verdade
Trinta minutos para uma Lectio divina de alto perfil teológico, a que foi proposta pelo Papa na tarde de segunda-feira, 11 de Junho, na basílica de São João de Latrão, na inauguração do congresso eclesial da diocese de Roma. Ele convidou os participantes a reflectir sobre o significado do sacramento do baptismo - "o primeiro passo da Ressurreição" - frisando a sua actualidade, com a intenção de reafirmar que "o baptismo não é acto de uma hora, mas uma realidade de toda a nossa vida" e que "Deus não é uma estrela distante, mas o ambiente da minha vida".
Precisamente por isto, o cristão é sempre chamado a confrontar-se com os dois elementos cardeais do sacramento: a matéria, representada pela água, e a Palavra, a qual por sua vez se expressa em três elementos do rito, ou seja, renúncias, promessas e invocações. E falando das renúncias, mencionou explicitamente a sedução do mal "para não vos deixardes dominar pelo pecado". Evocou a antiga expressão "pompa do diabo" com a qual se pretendia indicar uma cultura na qual conta mais a aparência do que a verdade. Uma cultura, disse, "que conhecemos também hoje", na qual contam apenas "a sensação e o espírito de calúnia e de destruição". Uma cultura que "não procura o bem" e na qual "a mentira se apresenta nas vestes da verdade e da informação". Na conclusão da sua meditação - inteiramente improvisada - o Papa reafirmou que o baptismo dos recém-nascidos "não é contra a liberdade" mas "necessário para justificar também o dom da vida".
(©L'Osservatore Romano - 16 de junho de 2012)
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