quarta-feira, 20 de junho de 2012

Liturgia das Horas



COMPLETAS 
QUARTA-FEIRA
introdução
ouvir: 

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Depois, recomenda-se o exame de consciência (...)
Hino 
Agora que o clarão da luz se apaga,
a vós nós imploramos, Criador:
com vossa paternal misericórdia,
guardai-nos sob a luz do vosso amor.

Os nossos corações sonhem convosco:
no sono, possam eles vos sentir.
Cantemos novamente a vossa glória
ao brilho da manhã que vai surgir.

Saúde concedei-nos nesta vida,
as nossas energias renovai;
da noite a pavorosa escuridão
com vossa claridade iluminai.

Ó Pai, prestai ouvido às nossas preces,
ouvi-nos por Jesus, nosso Senhor,
que reina para sempre em vossa glória,
convosco e o Espírito de Amor.

Salmodia 
Ant. 1 Ó Senhor, sede a minha proteção,
um abrigo bem seguro que me salva!

Salmo 30(31),2-6 ouvir:  
Súplica confiante do aflito Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! (Lc 23,46). 
2 Senhor, eu ponho em vós minha esperança; *
que eu não fique envergonhado eternamente!
= Porque sois justo, defendei-me e libertai-me, †
3 inclinai o vosso ouvido para mim; *
apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!

– Sede uma rocha protetora para mim, *
um abrigo bem seguro que me salve!
4 Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; *
por vossa honra orientai-me e conduzi-me!
5 Retirai-me desta rede traiçoeira, *
porque sois o meu refúgio protetor!
6 Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

Ant. Ó Senhor, sede a minha proteção,
um abrigo bem seguro que me salva!

Ant. 2 Das profundezas eu clamo a vós, Senhor!† 

Salmo 129(130) ouvir:
Das profundezas eu clamo Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados (Mt 1,21). 
1 Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, *
2 † escutai a minha voz!
– Vossos ouvidos estejam bem atentos *
ao clamor da minha prece!

3 Se levardes em conta nossas faltas, *
quem haverá de subsistir?
4 Mas em vós se encontra o perdão, *
eu vos temo e em vós espero.

5 No Senhor ponho a minha esperança, *
espero em sua palavra.
6 A minh’alma espera no Senhor *
mais que o vigia pela aurora.

7 Espere Israel pelo Senhor *
mais que o vigia pela aurora!
– Pois no Senhor se encontra toda graça *
e copiosa redenção.

8 Ele vem libertar a Israel *
de toda a sua culpa.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Das profundezas eu clamo a vós, Senhor!

Leitura breve Ef 4,26-27 
Não pequeis. Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento. Não vos exponhais ao diabo.

Responsório breve 
R. Senhor, em vossas mãos
* Eu entrego o meu espírito. R.Senhor.
V. Vós sois o Deus fiel, que salvastes vosso povo.
Eu entrego. Glória ao Pai. R.Senhor.

Cântico evangélico, ant.
Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Cântico de Simeão Lc 2,29-32 
Cristo, luz das nações e glória de seu povo 
29 Deixai, agora, vosso servo ir em paz, *
conforme prometestes, ó Senhor.

30 Pois meus olhos viram vossa salvação *
31 que preparastes ante a face das nações:

32 uma Luz que brilhará para os gentios *
e para a glória de Israel, o vosso povo.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Oração 
Senhor Jesus Cristo, manso e humilde de coração, que tornais leve o fardo e suave o jugo dos
que vos seguem, acolhei os propósitos e trabalhos deste dia e concedei-nos um repouso
tranqüilo, para amanhã vos servirmos com maior generosidade. Vós, que viveis e reinais para
sempre.   Amém.

O Senhor todo-poderoso nos conceda uma noite tranqüila
e, no fim da vida, uma morte santa.
R. Amém.
Antífona final de Nossa Senhora
Ó Mãe do Redentor, do céu ó porta,
ao povo que caiu, socorre e exorta,
pois busca levantar-se, Virgem pura,
nascendo o Criador da criatura:
tem piedade de nós e ouve, suave,
o anjo te saudando com seu Ave!


Invitatório

V. Abri os meus lábios, ó Senhor.
R. E minha boca anunciará vosso louvor.


R. Adoremos o Senhor, pois foi ele quem nos fez..
Salmo 94(95)



Convite ao louvor de Deus
Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos! (R.)

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)

=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)

(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Espírito que habita em nosso peito *
pelos séculos dos séculos. Amém.

(R.)


III Semana do Saltério
 ___________________________________________________ 
Ofício das Leituras

 introdução
ouvir: 

 V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
 
R. Socorrei-me sem demora.
 Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
 Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
  
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
 Criastes céu e terra,
a vós tudo obedece;
livrai a nossa mente
do sono que entorpece.

As culpas perdoai,
Senhor, vos suplicamos;
de pé, para louvar-vos,
o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas
erguemos para o templo:
mandou-nos o Profeta,
deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis
e até as que ocultamos;
a todas perdoai,
ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
 A vós, honra e glória,
Senhor do saber,
que vedes o íntimo
profundo do ser,
e em fontes de graça
nos dais de beber.

As boas ovelhas
guardando, pastor,
buscais a perdida
nos montes da dor,
unindo-as nos prados
floridos do amor.

A ira do Rei
no dia final
não junte aos cabritos
o pobre mortal.
Juntai-o às ovelhas
no prado eternal.

A vós, Redentor,
Senhor, Sumo Bem,
louvores, vitória
e glória convém,
porque reinais sempre
nos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 O amor e a verdade vão andando à vossa frente.

 Salmo 88(89),2-38

As misericórdias do Senhor 
com a descendência de Davi
Conforme prometera, da descendência de Davi, Deus fez surgir um Salvador, que é Jesus (At
13,22.23).

I
2 Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, *
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
3 Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” *
E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

4 “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, *
e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor:
5 Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, *
de geração em geração garantirei o teu reinado!”

6 Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas, *
e o vosso amor fiel, a assembléia dos eleitos,
7 pois, quem pode, lá nas nuvens, ao Senhor se comparar*
e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante?

8 Ele é o Deus temível no conselho dos seus santos,*
ele é grande, ele é terrível para quantos o rodeiam.
9 Senhor Deus do universo, quem será igual a vós? *
Ó Senhor, sois poderoso, irradiais fidelidade!

10 Dominais sobre o orgulho do oceano furioso, *
quando as ondas se levantam, dominando as acalmais.
11 Vós feristes a Raab e o deixastes como morto, *
vosso braço poderoso dispersou os inimigos.

12 É a vós que os céus pertencem, e a terra é também vossa!*
Vós fundastes o universo e tudo aquilo que contém.
13 Vós criastes no princípio tanto o norte como o sul; *
o Tabor e o Hermon em vosso nome rejubilam.

14 Vosso braço glorioso se revela com poder! *
Poderosa é vossa mão, é sublime a vossa destra!
15 Vosso trono se baseia na justiça e no direito, *
vão andando à vossa frente o amor e a verdade.

16 Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; *
seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face!
17 Exultará de alegria em vosso nome dia a dia, *
e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.

18 Pois sois vós, ó Senhor Deus, a sua força e sua glória, *
é por vossa proteção que exaltais nossa cabeça.
19 Do Senhor é o nosso escudo, ele é nossa proteção, *
ele reina sobre nós, é o Santo de Israel!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O amor e a verdade vão andando à vossa frente.

Ant. 2 O Filho de Deus se fez homem
e nasceu da família de Davi.

II
 =20 Outrora vós falastes em visões a vossos santos: †
“Coloquei uma coroa na cabeça de um herói *
e do meio deste povo escolhi o meu Eleito.

21 Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, *
e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado.
22 Estará sempre com ele minha mão onipotente, *
e meu braço poderoso há de ser a sua força.

23 Não será surpreendido pela força do inimigo, *
nem o filho da maldade poderá prejudicá-lo.
24 Diante dele esmagarei seus inimigos e agressores, *
ferirei e abaterei todos aqueles que o odeiam.

25 Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, *
sua força e seu poder por meu nome crescerão.
26 Eu farei que ele estenda sua mão por sobre os mares, *
e a sua mão direita estenderei por sobre os rios.

27 Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, *
sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’
28 E por isso farei dele o meu filho primogênito, *
sobre os reis de toda a terra farei dele o Rei altíssimo.

29 Guardarei eternamente para ele a minha graça *
e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.
30 Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência, *
e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar”.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Filho de Deus se fez homem
e nasceu da família de Davi.

Ant. 3 Eu jurei uma só vez a Davi, meu servidor:
Eis que a tua descendência durará eternamente.

III
31 “Se seus filhos, porventura, abandonarem minha lei *
e deixarem de andar pelos caminhos da Aliança;
32 se, pecando, violarem minhas justas prescrições *
e se não obedecerem aos meus santos mandamentos:

33 eu, então, castigarei os seus crimes com a vara, *
com açoites e flagelos punirei as suas culpas.
34 Mas não hei de retirar-lhes minha graça e meu favor *
e nem hei de renegar o juramento que lhes fiz.

35 Eu jamais violarei a Aliança que firmei, *
e jamais hei de mudar o que meus lábios proferiram!
36 Eu jurei uma só vez por minha própria santidade, *
e portanto, com certeza,a Davi não mentirei!

37 Eis que a sua descendência durará eternamente *
e seu trono ficará à minha frente como o sol;
38 como a lua que perdura sempre firme pelos séculos, *
e no alto firmamento é testemunha verdadeira”.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Eu jurei uma só vez a Davi, meu servidor:
Eis que a tua descendência durará eternamente.

V. Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina.
R. Ela dá sabedoria aos pequeninos.

Primeira leitura
Do Livro dos Juízes 6,33―7,8.16-22

Gedeão vence com um minúsculo exército
Naqueles dias: 6,33 Entretanto, todos os madianitas, os amalecitas e os povos orientais
coligaram-se e, atravessando o rio Jordão, acamparam no vale de Jezrael. 34O espírito do
Senhor apoderou-se de Gedeão, e ele tocou a trombeta e convocou a casa de Abiezer
para que o seguisse. 35E enviou mensageiros por toda a tribo de Manassés, que também
o seguiu. Do mesmo modo enviou mensageiros às tribos de Aser, Zabulon e Neftali, que
foram juntar-se a ele.

36E Gedeão disse a Deus: “Se realmente vais salvar Israel por minha mão, como
prometeste, 37vou estender este manto de lã na eira. Se o orvalho cair sobre a lã e o resto
do solo ficar seco, reconhecerei nisto que salvarás Israel por minha mão, como
prometeste”. 38E assim aconteceu. Levantando-se de noite, espremeu o manto e encheu
uma concha de água. 39Gedeão tornou a dizer a Deus: “Não se inflame a tua cólera
contra mim, se eu ainda fizer outra prova, pedindo um sinal no manto. Peço que só o
manto fique seco, e toda a terra molhada de orvalho”. 40E naquela noite o Senhor fez o
que Gedeão lhe tinha pedido: só o manto ficou enxuto, enquanto havia orvalho em toda
a terra.

7,1 Levantando-se bem cedo Jerobaal, isto é, Gedeão, e toda a tropa foram acampar junto
à fonte de Harad. O acampamento de Madiã ficava ao norte, do lado da colina de Moré,
no vale.

2O Senhor disse a Gedeão: “Levas gente demais contigo para que eu entregue Madiã em
suas mãos. Israel poderia gloriar-se às minhas custas, dizendo: ‘Foi minha mão que me
salvou’. 3Portanto, dá este aviso a todo mundo: ‘Quem estiver com medo e tremendo,
que se retire’” Tendo-os Gedeão submetido à prova, vinte e dois mil homens da tropa
voltaram e dez mil ficaram.

4E o Senhor tornou a falar a Gedeão: “Há ainda gente demais. Faze-os descer até à água.
Lá os selecionarei para ti. Quando eu te disser ‘este vai contigo’, ele irá”. 5Gedeão fez o
povo descer até à água. E o Senhor lhe disse: “Quem lamber a água como o cão faz com
a língua, põe-no de um lado; e quem se ajoelhar para beber, põe-no do outro lado”. 6Os
que lamberam a água, levando à boca com as mãos, foram trezentos. Todo o resto do
povo ajoelhou-se para beber água. 7O Senhor disse a Gedeão: “Com os trezentos
homens que lamberam a água eu vos salvarei, entregando os madianitas em tuas mãos.
E todo o resto do povo, vá cada um para casa”. 8Gedeão, tomando provisões e trombetas
na proporção dos homens escolhidos, ordenou que o restante dos israelitas se retirasse
para as suas tendas, e reteve consigo os trezentos homens para o combate. Ora, o
acampamento dos madianitas estava abaixo deles, no vale.

16Então Gedeão dividiu os trezentos homens em três batalhões e entregou a todos
trombetas e cântaros vazios, com uma tocha acesa dentro. 17E disse-lhes: “Fazei o
mesmo que me virdes fazer. Vou entrar pelo lado mais avançado do acampamento, e
imitai o que eu vou fazer. 18Quando eu tocar a trombeta que tenho na mão,e comigo os
do meu grupo, tocai também as vossas trombetas ao redor do acampamento, e gritai
todos juntos: ‘Pelo Senhor e por Gedeão!’”.

19E Gedeão, com os cem homens que o acompanhavam, entrou pelo lado mais avançado
do acampamento, no início do turno de guarda da meia-noite, no momento em que se
fazia a troca das sentinelas. E começaram a tocar as trombetas e a quebrar os cântaros,
que levavam na mão. 20Então os três grupos tocaram as trombetas e quebraram os
cântaros. Segurando as tochas com a mão direita e as trombetas com a esquerda,
tocavam e gritavam: “Pelo Senhor e por Gedeão!” 21E cada um conservou-se em seu
posto ao redor do acampamento. Imediatamente, todo o acampamento dos madianitas se
pôs em desordem, e, dando grandes gritos, eles fugiram, 22enquanto os trezentos
homens continuavam tocando as trombetas. E o Senhor fez com que, em todo o
acampamento, voltassem a espada uns contra os outros e debandassem até Bet-Seta, na
direção de Sartã, até ao limite de Abel-Meula, perto de Tebat.

Responsório 1Cor 1,27b-29; Lc 1,52

R. Deus escolheu o que é fraco para o mundo,
a fim de confundir o que é forte;
escolheu o que há de vil e desprezível,
escolheu perante o mundo o que não é,
a fim de destruir aquilo que é,
* E assim, ninguém se vanglorie diante dele.
V. Derruba os poderosos de seus tronos
e eleva os humildes. * E assim.

Segunda leitura
Do Tratado sobre a Oração do Senhor, de São Cipriano, bispo e mártir

(Nn.13-15: CSEL 3,275-278)
(Séc.III)

Venha a nós o vosso reino.
Seja feita a vossa vontade
A oração continua. Venha a nós o vosso reino. Pedimos que o reino de Deus se torne
presente a nós, da mesma forma que solicitamos seja em nós santificado o seu nome.
Porque, quando é que Deus não reina? Ou quando para ele começou o reino que sempre
existiu e nunca deixará de ser? Pedimos a vinda de nosso reino, prometido por Deus e
adquirido pelo sangue e paixão de Cristo, a fim de que nós que fomos, outrora, escravos
do mundo, reinemos depois, conforme ele nos anunciou, pelo Cristo glorioso, ao dizer:
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos está preparado desde a
origem do mundo.

Pode-se igualmente, irmãos diletíssimos, entender que o próprio Cristo é o reino de
Deus, cuja vinda pedimos todos os dias. Estamos ansiosos por ver esta vinda o mais
depressa possível. Sendo ele a ressurreição, pois nele ressurgimos, assim também se
pode pensar que ele é o reino de Deus, pois nele reinaremos. Pedimos, é claro, o reino
de Deus, o reino celeste, já que há um reino terrestre. Mas quem já renunciou ao mundo
está acima desse reino terrestre e de suas honrarias.

Acrescentamos ainda: Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. Não para
que Deus faça o que quer, mas para que possamos fazer o que Deus quer.

Pois quem impedirá a Deus de fazer tudo quanto quiser? Mas porque o diabo se opõe a
que nossa vontade e ações em tudo obedeçam a Deus, oramos e pedimos que se faça em
nós a vontade de Deus. Que se faça em nós é obra da vontade de Deus, isto é, resultado
de seu auxílio e proteção, porque ninguém é forte por suas próprias forças. Com efeito,
é a indulgência e a misericórdia de Deus que o protegem. Finalmente, manifestando a
fraqueza de homem, diz o Senhor: Pai, se possível, afaste-se de mim este cálice e,
dando aos discípulos o exemplo de renunciar à própria vontade e de aceitar a de Deus,
acrescentou: Contudo não o que eu quero, mas o que tu queres.

A vida humilde, a fidelidade inabalável, a modéstia nas palavras, a justiça nas ações, a
misericórdia nas obras, a disciplina nos costumes; o não fazer injúrias; o tolerar as
recebidas; o manter a paz com os irmãos; o amar a Deus de todo o coração; o amá-lo
por ser Pai; o temê-lo por ser Deus; o nada absolutamente antepor a Cristo,pois também
ele não antepôs coisa alguma a nós; o aderir inseparavelmente à sua caridade; o estar ao
pé de sua cruz com coragem e confiança, quando se tratar de luta por seu nome e sua
honra, o mostrar firmeza ao confessá-lo por palavras, e, no interrogatório, o manter a
confiança naquele por quem combatemos, e, na morte, o conservar a paciência que nos
coroará, tudo isto é querer ser co-herdeiro de Cristo, é cumprir o preceito de Deus, é
realizar a vontade do Pai.

Responsório Mt 7,21b; Mc 3,35

R. Aquele que faz a vontade
de meu Pai que está lá nos céus,
* No reino dos céus entrará.
V. Quem faz a vontade de meu pai,
é meu irmão, minha irmã e minha mãe. * No reino.

Oração

Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e, como
nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que
possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]