sábado, 2 de junho de 2012

“Mentiras serão cobradas na Justiça”


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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
02/06/2012
às 18:20

“Mentiras serão cobradas na Justiça”

O joio sempre esteve misturado ao trigo. Mas nunca como agora. O subjornalismo financiado por franjas do estado brasileiro, a serviço de um partido político, nunca foi tão agressivo. A delinquência, fingindo-se de imprensa, faz o trabalho sujo sem pestanejar. A assessoria da pré-campanha de José Serra (PSDB), que vai disputar a Prefeitura de São Paulo, emitiu há pouco a seguinte nota:
A campanha de José Serra em 2010, bem como todas as anteriores, não teve caixa 2. Quem faz caixa 2, e já confessou que fez, é o PT, que aliás, tem vários de seus líderes processados no Supremo Tribunal Federal no caso da quadrilha do Mensalão. Sobre as falsas e mentirosas alegações veiculadas neste fim de semana por uma aloprada revista, cabe apenas reiterar: o denunciante é desqualificado, e a revista tem histórico de delinquência eleitoral. A mentira é tão manifesta que nem o suposto denunciante nem a publicação assumem diretamente a calúnia. Atribuem-na a um personagem anônimo na tentativa de fugir à responsabilidade pela ofensa cometida. Não escaparão. Terão de responder pela calúnia na Justiça.
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 18:12

VEJA 4 - Os Protocolos dos Sábios do PT: Reportagem tem acesso à lista de alvos do partido na CPI; entre eles, Gilmar Mendes, procurador-geral e imprensa

Vocês certamente já ouviram falar dos Protocolos dos Sábios de Sião, um texto redigido em 1897, muito provavelmente pela polícia secreta do czar Nicolau II, da Rússia, como se tivesse saído da pena de pensadores judeus. Explicita um suposta conspiração sionista para governar o mundo. Tornou-se um clássico da sujeira antissemita. Pois bem. A reportagem de VEJA teve acesso aos “Protocolos dos Sábios do PT” para impor a sua vontade ao país. Mas há duas diferenças: os protocolos originais eram falsos; os do PT são verdadeiros. Os judeus nunca tiveram a intenção de dominar o mundo, já os petistas têm a declarada intenção de dominar para sempre o país — como revelou Lula no Programa do Ratinho.
Muito bem. Abaixo vocês lerão trecho da reportagem de Daniel Pereira na VEJA desta semana. O PT elaborou os protocolos para seus representantes na CPI com aqueles que deveriam ser os seus alvos. Seriam Carlinhos Cachoeira, a Delta e a roubalheira? Nada disso!!! Os alvos, está tudo escrito, eram Gilmar Mendes, Roberto Gurgel (Procurador Geral da República), a imprensa e a oposição. Segue trecho da reportagem:
(…)
Nesta edição, VEJA revela a existência de um documento preparado pelos petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira. Lendo o material, é possível imaginar a atmosfera pesada que pontuou a conversa entre o ministro [Gilmar Mendes] e o ex-presidente, ocorrida no dia 26 de abril, no escritório de Nelson Jobim. ex-presidente do STF e amigo de ambos. O nome de Gilmar faz parte de uma lista de alvos preferenciais do PT que precisariam ser atingidos pela CPI do Cachoeira. Outro marcado na lista para sofrer ameaças e humilhações é Roberto Gurgel, procurador-geral da República, a quem caberá defender a punição dos mensaleiros na abertura do julgamento no STF. O guia de ação na CPI, produzido pela liderança petista e ao qual VEJA teve acesso. não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado a Lula. Os alvos preferenciais são os oposicionistas, a imprensa e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira - e, sem dúvida, o maior da República.
O documento foca em especial Gilmar Mendes. São dedicados a ele quatro tópicos: “O processo da Celg no STF”, “Satiagraha. Fundos de Pensão. Protógenes”, “Filha de Gilmar Mendes” e “Viagem a Berlim”. São referências a episódios em que Gilmar Mendes tem culpa no cartório? Não. São todas questões já levantadas contra o ministro pelos mensaleiros e seus defensores e que, uma vez esclarecidas, se mostraram fruto apenas do desejo de desqualificar um integrante do STF que os petistas consideram um possível voto contra seus companheiros réus. Se Lula foi mesmo induzido ao erro por relatórios dessa natureza, é uma questão ainda em aberto. Mas que ele se entregou de corpo e alma ao erro não há a menor dúvida. Na conversa com Gilmar, depois de dizer que controlava a CPI e insinuar que poderia proteger o ministro de uma eventual investigação, o ex-presidente citou um dos tópicos do documento: “E a viagem a Berlim?”, perguntou. No documento do PT, está escrito que “há notícias de que Cachoeira esteve na Europa” na mesma data que Gilmar. “Estamos lidando com gângsteres, com bandidos que ficam plantando essas informações”, reagiu o ministro do STF, que foi obrigado a explicar que viaja sempre para Berlim, onde mora sua filha.
Lula bem que tentou. Dispensou as liturgias esperadas de um ex-presidente, brandiu obscenamente versões como se fossem fatos, atropelou a lei, mandou às favas os bons costumes, a educação e a civilidade. Tudo para tentar o impossível: apagar da memória recente da nação que, sob seu governo, se deu o maior escândalo de corrupção da história da República. Foi patético. E inútil. Revelada sua abordagem a Gilmar Mendes no escritório de Nelson Jobim, a resposta de Lula veio por meio de uma nota curta e vacilante, em que se dizia “indignado”. Foi um tiro no próprio pé. A necessidade de julgar o mensalão tornou-se ainda mais premente. Disse Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo: “O que a sociedade quer é compreensível: o julgamento do processo, sem predisposição, seja para condenar, seja para absolver. O processo está maduro, chegou a hora de julgá-lo.”
(…)
Leia a íntegra na edição impressa da revista
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 18:00

VEJA 3 - A CPI do Cachoeira tem de ser, na verdade, a CPI da Delta. Ou: A cachoeira virou tsunami. Ou: VEJA tem acesso a relatório do Coaf e identifica um laranjal

Caros leitores, tenho insistido aqui desde o começo que o rolo envolvendo Carlinhos Cachoeira e a Delta tem duas frentes: a) uma é a ação do contraventor e seu envolvimento com a jogatina. O caso tem de ser investigado, e os responsáveis, devidamente punidos; b) outra, muito mais importante e ampla, diz respeito à Delta — esta sim, tudo indica, uma rede que se espalha Brasil afora. O bicheiro era apenas um dos operadores do esquema. Os sábios do PT tentaram limitar a investigação ao Centro-Oeste porque se deram conta do tamanho do imbróglio e porque perceberam, como estampa a capa da VEJA desta semana, que uma investigação ampla exporá o “laranjal” da empreiteira e será um tiro no pé do próprio PT. Leiam trechos da reportagem de Rodrigo Rangel e Hugo Marques na VEJA desta semana. A íntegra está na edição impressa da revista.
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O policial civil aposentado Alcino de Souza é dono de uma empresa que só existe no papel. Por emprestar o nome à firma, ele mesmo conta que recebia 1.500 reais mensais. O valor é quase nada perto do que passa, ou passava até pouco tempo atrás, pelas contas bancárias da GM Comércio de Pneus e Pecas Ltda., que tem como sede um pequeno escritório de contabilidade em Goiânia. Em um período de apenas sete meses, entre novembro de 2009 e maio de 2010, a GM do policial Alcino recebeu depósitos superiores a 6 milhões de reais. O dinheiro foi remetido à empresa do policial pela empreiteira Delta, que está no epicentro do escândalo que deu origem à CPI do Cachoeira, sob suspeita de funcionar como uma central de pagamento de propina a políticos e funcionários públicos. A loja de pneus é aquilo que o dicionário da corrupção chama de empresa-fantasma. Alcino é o laranja, aquele que empresta o nome para esconder a verdadeira identidade do dono. Ambos são exemplos acabados do que a CPI do Cachoeira pode estar prestes a seguir: a trilha do dinheiro que abasteceu campanhas políticas e pagou propinas a servidores públicos. Um cofre que esconde segredos de mais de 100 milhões de reais.
VEJA teve acesso a um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo federal encarregado de monitorar transações suspeitas de lavagem de dinheiro, em que a Delta aparece relacionada a movimentações atípicas entre 2006 e o ano passado. São operações que, pelas regras do sistema oficial de combate a ilícitos financeiros, fogem ao padrão - como foi o caso da GM Pneus. De uma hora para outra, a empreiteira passou a registrar grandes movimentações em sua conta, o que chamou a atenção dos fiscais, que registraram isso no relatório.
(…)
Do total de operações suspeitas listadas no relatório envolvendo a Delta, há pelo menos 115 milhões de reais relacionados a empresas-fantasma, normalmente usadas para fornecer notas fiscais que são emitidas apenas para simular a prestação de serviços que nunca existiram. Um modelo, aliás, que é marca da atuação da Delta e que se encaixa à perfeição no padrão de atuação da empreiteira explicitado por seu dono, Fernando Cavendish, numa conversa gravada com dois ex-sócios. No diálogo, Cavendish escancarava a receita para conseguir bons contratos junto ao poder público: “Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c…’. Pode ter certeza disso!”. Não era bravata. Esses mesmos ex-sócios revelaram a VEJA, na ocasião, que Cavendish utilizava notas fiscais frias para justificar a saída de dinheiro que, na realidade, ia parar no bolso de políticos e funcionários que ajudavam a abrir portas e conseguir contratos milionários no serviço público. Foi por esse expediente, aliás, que Cavendish contratou os serviços da “consultoria” do mensaleiro José Dirceu em troca de maior presença da Delta entre os fornecedores da Petrobras.
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Do total de 115 milhões de reais em transações suspeitas apontadas no relatório. 47,8 milhões foram remetidos pela Delta nacional para as empresas Legend Engenheiros Associados (23,2 milhões), Rock Star Marketing (3,9 milhões) e S.M. Terraplenagem (20.7 milhões), as três com endereço em São Paulo. E repete-se o enredo. Nos registros oficiais, a Legend tem como proprietário o técnico em refrigeração Jucilei Lima dos Santos, pai de três filhos, morador de um sobrado modesto no Carandiru, bairro da Zona Norte de São Paulo. Localizado por VEJA na semana passada, Jucilei disse desconhecer a existência da Legend. “Não sei nem que empresa é essa. Nunca nem ouvi falar”, afirmou.
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As informações de que o Coaf dispõe podem servir como bússola para guiar a investigação que a CPI terá de fazer a partir da quebra de sigilo da Delta. Para além dos laranjas, as “operações atípicas” indicam que os saques de dinheiro feitos pela matriz da empreiteira sempre aumentavam nos períodos eleitorais. Em 2006. o Coaf registrou 59 saques sucessivos da Delta ao longo dos trinta dias que antecederam as eleições, somando 5 milhões de reais. O responsável pelos saques foi o gerente financeiro da empresa, Alexandre Wilson Pinto. Mais um dado revelador que deve chamar a atenção da CPI: algumas das empresas de fachada usadas pela Delta aparecem recebendo volumosas quantias de outras grandes empreiteiras detentoras de contratos com o poder público, como a EIT e a Triunfo, prestadoras de serviços para o Ministério dos Transportes, e a UTC, cliente da Petrobras. Em se tratando de CPI, o que era cachoeira virou tsunami. Que certeiro tiro no pé se deu o lulismo!
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 17:07

NA VEJA 2 – O dia em que Obama falou demais sobre a Suprema Corte… No Brasil, alguns tolos considerariam coisa normal; por lá…

Leiam reportagem de André Petry, na VEJA desta semana. Ela trata de um caso envolvendo Barack Obama e a Suprema Corte dos EUA, mas evidencia o que eu chamaria “déficit de cultura democrática no Brasil”. Segue trecho.
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Imagine se o presidente Barack Obama tivesse feito uma reunião furtiva num escritório de advocacia para tentar adiar o julgamento da lei mais relevante que aprovou em seu primeiro mandato - a reforma do sistema de saúde. Obama fez muito menos do que isso, e já foi um salseiro. No início de abril, logo depois que a Suprema Corte encerrou três dias de audiência pública sobre a lei da saúde. Obama resolveu dar seu palpite sobre o assunto. Numa entrevista coletiva no Jardim das Rosas, na Casa Branca, manifestou sua convicção de que a lei permaneceria de pé após passar pelo crivo dos juízes: “Estou confiante em que a Suprema Corte não tornará uma decisão extraordinária e sem precedentes de derrubar uma lei aprovada por ampla maioria de um Congresso democraticamente eleito”. O mundo desabou. Houve até ordem judicial para que o ministro da Justiça explicasse - “em carta de pelo menos três páginas” - o que Obama quis dizer. O ministro respondeu em duas páginas e meia, mas só faltou pedir desculpas em nome do presidente.
Obama falou duas coisas e cometeu três erros. Não haverá nada de extraordinário caso a Suprema Corte venha a derrubar uma lei por considerá-la inconstitucional. A corte vem podando leis há 200 anos. Além disso, a reforma da saúde não foi aprovada por ampla maioria, mas por uma minoria raquítica: 219 a 212. O terceiro erro de Obama foi a imprudência de achar que a oposição não tomaria seu pronunciamento como uma forma de pressionar os juízes. “Ele está tentando intimidar a corte”, disse Bill Wilson, conhecido ativista de causas conservadoras em Washington. “Pode-se esperar isso de um ditador assassino como Hugo Chávez ou Robert Mugabe, mas não do presidente dos Estados Unidos.” O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, cumprindo sua função de fiscal, acusou: “A tentativa do presidente de intimidar a Suprema Cone vai além da má política. É uma demonstração de profundo desrespeito pelas nossas instituições”. O porta-voz de Obama negou a intenção de intimidar e tentou não voltar ao assunto.
(…)
Leia a íntegra da reportagem na edição impressa
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 16:33

NA VEJA 1 - Silas Malafaia: “O Brasil não é homofóbico; homofobia é uma doença”

Leia trecho da entrevista que o pastor Silas Malafaia concede a Pedro Dias Leite, nas “Páginas Amarelas” da VEJA desta semana. A íntegra está na edição impressa da revista.
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Com trinta anos de programas de televisão e vice-presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb), entidade que congrega cerca de 8 500 pastores de quase todas as denominações evangélicas, o pastor Silas Mala-faia, 53 anos, é um dos mais respeitados televangelistas brasileiros. Sua pregação condena o aborto, o uso de drogas e o que enxerga como aumento dos privilégios dos homossexuais. Malafaia ensina que Deus ajuda as pessoas a progredir, mas desde que elas façam sua parte: “Quem ganha 1.000 reais não pode querer gastar 1.100. Não adianta depois esperar que Deus tire o nome do sujeito do cadastro de maus pagadores”.
(…)
A que o senhor atribui o crescimento do número de evangélicos no Brasil?
O Evangelho não é algo litúrgico, para ser dissecado em um culto de duas horas. A grandeza do Evangelho está no fato de ser algo que pode ser praticado. A Bíblia é o melhor manual de comportamento humano do mundo. As igrejas evangélicas têm pregado uma mensagem de grande utilidade para a vida das pessoas também depois do culto. Esse é o grande segredo. De que adianta eu fazer o meu fiel ficar duas horas dentro de um templo se, quando aquilo acaba, nada muda nas relações dele com a família, com o trabalho e na vida social? Nós pregamos uma mensagem que condiciona a prática da pessoa no seu dia a dia. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. Ele fala da vida terrena nessa passagem.
(…)
A ênfase dos pastores em arrecadar dinheiro dos fiéis não é muito suspeita?
Existe um preconceito miserável em relação aos evangélicos, que costumam ser descritos como bandos de idiotas, tapados, semianalfabetos, manipulados por espertalhões dedicados a arrancar tudo o que querem deles. Engana-se quem os enxerga assim. Manipulação e exploração existem em todo lugar. Tem muito bandido por aí. Mas esses malandros não conseguem segurar o povo. A distância que me separa de um Edir Macedo, por exemplo, vai do Brasil à China, mas é um erro achar que todo mundo que dá dinheiro à igreja dele, a Universal, é imbecil ou idiota. Claro que não é. A pessoa doa porque se sente abençoada, porque se libertou da bebida, vício que consumia todas as economias dela e que a deixava sem condições até de pagar a conta de luz. Ninguém é obrigado a ofertar. Mas, se quer ser membro, se quer pertencer ao grupo, tem de ajudar. Estou construindo uma igreja linda, com ar-condicionado central, ao custo de 4 milhões de reais. Ela será paga com ofertas dos fiéis, pois, obviamente, não vai descer um anjo do céu e dizer “Malafaia, está aqui um cheque de Jeová, preencha e deposite”. Quem critica os pastores deveria mesmo é agradecer às igrejas evangélicas. Desafio qualquer um a me apresentar uma entidade que recupere mais pessoas do que as igrejas evangélicas.
(…)
Tem muita gente pragmática que já chega à igreja acreditando que vai aprender como subir na vida?
Tem, mas, se o objetivo fosse apenas subir na vida, não teria rico na igreja. Na minha tem gente pobre, mas também tem desembargadores, membros do Ministério Público, doutores, empresários. Mas dinheiro não é tudo. Se fosse, rico não daria tiro na cabeça, não tomaria remédio de tarja preta. Mesmo que muita gente pense que não deu certo na vida porque Deus não quis, a lógica de buscar amparo em uma igreja não é essa. A pessoa que transfere suas incompetências para Deus está equivocada. Quando um fiel me procura e pede “pastor, ore por mim porque o diabo está roubando as minhas finanças”, eu mando parar com conversa fiada. Se uma pessoa sempre gasta mais do que ganha, a culpa é dela mesma. Não pensem que Deus vai ficar cuidando das pessoas como se elas fossem bebês.
(…)
A sua atuação contra o projeto que criminaliza a homofobia em debate no Congresso foi contundente. Mas influir em leis é papel de um religioso?
Se não fosse assim, a casa tinha caído. Essa lei é a lei do privilégio. O Brasil não é homofóbico. Eu separo muito bem os homossexuais dos ativistas gays. Esses últimos querem que o Brasil seja homofóbico para mamar verba de governo, de estatais, é o joguinho deles. Homofobia é uma doença. Ódio aos homossexuais, querer matá-los ou agredi-los é uma doença. Agora, opinião não é homofobia.  (…). A lei que estão propondo é uma lei da mordaça. Se não aprendermos a respeitar a liberdade de expressão, será melhor mandar fechar a conta para balanço.
(…)
Qual a sua posição sobre o projeto que propõe a descriminação do uso de drogas e que deve chegar ao Congresso ainda neste mês?
Espero que o Senado e a Câmara joguem no lixo essa porcaria. Perderam o juízo. Não existe lógica em liberar o consumo de drogas e penalizar o traficante. Então eu estou desconfiado de que vai vir um marciano vender drogas aqui, um intergaláctico. Olhe a hipocrisia!
(…)
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 6:31

LEIAM ABAIXO

Aos meus leitores, que me ensinaram a ser uma pessoa melhor!;
O PT DÁ UM TIRO NO PÉ;
Baixo investimento sepulta meta do governo para o PIB;
Ritmo de expansão do Brasil perde até para nações em crise;
Dados negativos adiam retomada global;
Marconi Perillo diz que PT sempre o quis sozinho na CPI;
Uma das empresas de Cachoeira tinha contrato com o governo de Goiás;
Um presente do leitor Marcelo Pinheiro;
Delta recorre ao STF para tentar impedir quebra de sigilo nacional na CPI;
MAIS COMISSÃO DA VERDADE - LULA NA CADEIA;
PSDB e PPS vão à Justiça eleitoral contra PT, Haddad, Lula, Ratinho e o SBT;
É difícil renunciar subitamente a um grande amor!;
Economia brasileira avança 0,2% no trimestre;
“Lula não anda bem da cabeça”, diz presidente do PSDB;
Holding J&F desiste de comprar a Delta Construção;
Mino Carta, o ressentido, resolve choramingar porque provei que a Capitu da Rua da Glória já estava naquela da de Mata-Cavalos!;
A reação do gigante;
Brincando com a Justiça: BESTA pirateou declaração de Ayres Britto em encontro de blogueiros;
ApeDELTA, controle çoçial da mídia pra quê?;
No Ratinho, Lula rói a Lei Eleitoral, os fatos, as instituições, o decoro, o bom senso… É o passado que insiste em não passar; é a rabada privada paga com a rabada pública!;
Um certo Paulo Nogueira pede a minha cabeça à Editora Abril. Ou: O bravo quer sair da obscuridade às minhas custas. Pois não!;
Gilmar questiona uso de dinheiro público por blogs e sites para atacar instituições;
O PT, que sabe muito bem como o dinheiro público financia o JEG, decide perseguir uma revista, acusada de ser… tucana!;
Deputado petista recorre a vocabulário de jagunço e pistoleiro para se referir a ministro do STF;
A ministra Menicucci, aquela do “faça você mesma o seu aborto”, e o apoio à “marcha das vadias”;
Está em curso uma operação para tentar desestabilizar Mendes e forçá-lo a se declarar impedido de julgar o mensalão. Ou: Desavergonhados, petistas proclamam por aí ter quatro votos certos pela absolvição da súcia;
Nunca ninguém elogiou a ditadura com tanto entusiasmo, denodo e servilismo como Mino Carta. E posso provar o que digo, é claro!
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 6:09

Aos meus leitores, que me ensinaram a ser uma pessoa melhor!

Há muita coisa quente para ler na VEJA desta semana. Logo mais, comento algumas. O texto que segue, deste escriba, está na edição que começa a chegar hoje aos leitores e que já está nas bancas. Anuncio também o lançamento do meu quarto livro.
*
O pão nosso da alegria
Neste mês, o blog que mantenho na VEJA Online completa seis anos. A página é acessada entre 100 000 e 150 000 vezes por dia — com um pico de 234.640. Nesse tempo, já foram ao ar quase 35 000 posts e 1,8 milhão de comentários. Acusam-me algumas pessoas  de obsessivo, e os números não as deixam mentir. Tornei-me dependente do diálogo cotidiano que mantenho com milhares de leitores Brasil afora — e um bom tanto espalhado aí por esse mundão. Se não posso, a exemplo de Mário de Andrade, compor um “Lundu do Escritor Difícil”, sei que não sou muito fácil, especialmente porque gosto de escrever textos longos, de intercalar frases, de coordenar orações subordinadas que se distanciam perigosamente da principal, de explorar recursos já emperrados da sintaxe, de brincar com o meu apreço pela ordem.
Diziam-me nos primórdios: “Assim você não vai longe; internautas não têm tempo e paciência para esse estilo”. Sou grato pela confiança até dos que odeiam a minha página com comovente dedicação. Não raro, o amor pode se distrair e cair presa, ainda que por um lapso, de outros encantos. Mas o ódio é fiel porque dedicado escravo do ressentimento. O amor é altivo e, liberto, esquiva-se às vezes para ser reconquistado. O ódio se oferece todos os dias ao desprezo para se nutrir do bem que não pode alcançar. Aos que amam, tenho de lhes fazer todos os dias a corte com textos novos e primícias, como o enamorado cativo. Os que odeiam me pedem bem menos: basta que eu exista para que tenham razão de ser.
Os que amam não buscam apenas a minha luta cotidiana com as palavras, que o poeta Carlos Drummond de Andrade já chamou de “a luta mais vã”. Também se alimentam da minha paixão, que é a deles, pela divergência, pelo debate, pelo contraditório. E o amor pode ser flamejante e se fazer fogo que arde pra se ver, sim! E recorre a paradoxos para expor todos os relevos de seu contentamento descontente. Escrevo páginas para os que têm sede de justiça e para os que apreciam a lógica com método. Conquistei — digo-o com um orgulho maior do que possa abrigar — leitores que me pegam pelo braço, que são os meus Virgílios nos círculos do inferno e os anjos que me livram de diabólicos ardis, como a alma de Fausto, resgatada pelos céus na hora final. Os meus leitores me ensinaram a ser uma pessoa melhor.
É possível que outro veículo pudesse abrigar o blog ou este texto, mas é a VEJA que faz uma coisa e outra. Nestes seis anos, ainda que a vanguarda do retrocesso tentasse avançar e vencer, clamando, como a Rainha de Copas, “cortem-lhe a cabeça, cortem-lhe a cabeça”, constatei que, nesta revista, a liberdade de pensamento não é mera dama de companhia da história: presente, mas servil; educada, mas obediente; altiva, mas com autonomia não mais do que derivada. Os fundamentos do estado democrático e de direito é que têm a tutela de nossos pensamentos, de nossas utopias, de nossas prefigurações.
Nada excita mais a fúria dos vampiros morais do stalinismo e do fascismo que a liberdade que se exerce sem pedir licença a aiatolás da ideologia. Uns estão convictos de que sua leitura de mundo foi alçada à condição de uma teologia que não pode ser confrontada. Outros entendem que ganharam nas urnas o direito de solapar os fundamentos daquilo mesmo que lhes deu expressão: as garantias democráticas. Satanizam, então, a divergência e a convicção alheia como expressões do sectarismo, do preconceito e do ódio. Atribuem a seus adversários aquilo que eles próprios prodigalizam. Quantas vezes já não fui acusado de “intolerante” não porque excitasse a fúria de eventuais algozes de meus adversários de pensamento, mas porque, ao discordar de uma falsidade influente vendida como verdade, desafinei o coro dos contentes.
Escrevi em 2006 um artigo para o Globo em que citava uma epígrafe que está na edição inglesa (Penguin Books)  do livro “The Captive Mind”, do poeta polonês Czeslaw Milosz, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1980. Relembro-a aqui. É um ditado ou, talvez, um aforismo espichado, atribuído a um velho judeu da Galícia: “Quando alguém está 55% certo, isso é muito bom e não há discussão. Se alguém está 60% certo, isso é maravilhoso, é uma grande sorte, ele que agradeça a Deus. Mas o que dizer sobre estar 75% certo? Os prudentes já acham isso suspeito. Bem, e sobre estar 100% certo? Quem quer que diga estar 100% é um fanático, um facínora, o pior tipo de velhaco”.
Os que se arvoram em donos do pensamento tentam nos fazer duvidar de nossas convicções não porque tenham os melhores argumentos ou porque dotados de uma razão científica superior, que desmoraliza nossos preconceitos ou nossas impressões, mas porque dominam o que chamo “aparelhos sindicais do pensamento”. Ainda que os fatos e a verdade da ciência possam estar do nosso lado, tentam se impor porque supostamente mais humanistas do que nós, mais justos do que nós, mais sonhadores do que nós, mais bondosos do que nós, mais “amigos do povo” do que nós.
Há quase três meses, as harpias do oficialismo mais subserviente, da imoralidade mais chã, da prepotência mais rastaquera têm exibido as suas garras financiadas para tentar intimidar o jornalismo independente, que não deve vassalagem aos donos do poder, que está comprometido com os fatos, que busca a verdade, anseio de milhões de pessoas, ainda que uns poucos não queiram. São prestadores de serviço que se disfarçam de jornalistas; amantes do dinheiro vivo que se alimentam de ideias mortas; reputações que encontram no limo a justa recompensa moral por sua vileza intelectual, pelo baixo propósito de seus anseios, pela estupidez falastrona de suas predições. Trata-se, em suma, de uma variante do poder arbitrário formada por gente paga pelo erário para assediar moralmente o jornalismo e os jornalistas que estão comprometidos com os fatos e com o conjunto de valores que definem o estado democrático e de direito.
É claro que meu blog não poderia escapar ao radar desses seres trevosos. Na periferia do pensamento, não raro ignorados pela relevância, esmagados pela própria pequenez, gritam, sem que possam apontar um só texto que justifique a sua inútil histeria: “Vejam como ele odeia em vez de debater! Cortem-lhe a cabeça!”. Fazem-no sem contestar uma só das teses ou das evidências que apresento, exibindo uma assombrosa ignorância e excitando, eles sim, uma súcia de outros ignorantes e truculentos, que tentam transformar a vulgaridade, o baixo calão, a ignomínia e a ofensa em categorias de pensamento. São os zumbis de um passado que tenta não passar. Mas sabem que já morreram.
Em outubro de 2008, a Editora Record convidou-me para lançar um livro com uma coletânea de artigos do blog, que resultou em “O País dos Petralhas”, que vendeu mais de 50 000 exemplares. Em 2010, foi a vez de “Máximas de Um País Mínimo”, um livrinho de frases, que chegou à marca dos 20 000. Acabo de assinar um contrato para fazer “O País dos Petralhas II”. Ainda não sei se o subtítulo será “A Luta Continua” ou “O Inimigo agora é o Mesmo”, parafraseando, pelo avesso, o  “Tropa de Elite II”. Nos mais de 400 (!) artigos do Volume I — e assim será no II —, o debate de ideias, o exercício da divergência, o prazer da discordância.
Quero dizer à vanguarda do atraso que ela nem avança nem vence. É de Rosa Luxemburgo, uma socialista intelectualmente honesta dentro do seu equívoco — e isso quer dizer “ingênua” —, uma das frases que tomo como divisa: “Liberdade é, apenas e exclusivamente, a liberdade dos que pensam de modo diferente”. Rosa Luxemburgo esfregou a frase nas fuças de Lênin e Trotsky ao perceber que o primeiro ato dos facinorosos travestidos de libertários seria golpear a Assembleia Constituinte.
Não, não, caras e caros! Não tomei borrachada nas ruas em defesa da democracia nem me expus tão cedo a riscos consideráveis para que agora intolerantes viessem a cobrar caro por aquilo que a Constituição (que eles se negaram a homologar) me dá de graça: o direito à divergência e à verdade. A verdade que quero não é patrocinada pelo estado nem definida por comissário com atestado de pureza ideológica.
Quero a verdade precária do suceder dos dias.
Quero a verdade eterna reforçada pelas verdades novas.
Quero a verdade que nasce do exercício da liberdade.
A liberdade é o “Pai Nosso” do civilismo, o pão nosso da alegria!
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 6:05

O PT DÁ UM TIRO NO PÉ

A capa da VEJA desta semana. Logo mais, comento algumas reportagens de leitura obrigatória.
capa-tiro-no-pe
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 5:55

Baixo investimento sepulta meta do governo para o PIB

Por Gustavo Patu e Pedro Soares, na Folha:
Com queda dos investimentos das empresas e do governo, o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas mais pessimistas -e os dados não prenunciam uma aceleração tão cedo. Segundo divulgou o IBGE, a produção nacional, reunindo indústria, agricultura e serviços, praticamente não cresceu no período e se mantém perto da estagnação desde a metade do ano passado, a despeito da queda dos juros e da sucessão de pacotes oficiais de estímulo.
Tudo somado, o Produto Interno Bruto -ou seja, toda a renda gerada no país- medido de janeiro a março foi apenas 0,2% superior ao dos três meses anteriores. As previsões mais comuns no mercado e em Brasília variavam de 0,3% a 0,6%. O resultado não só é incompatível com a meta do governo Dilma Rousseff de um crescimento de 4,5% neste ano, já sepultada, como põe em risco até o prêmio de consolação de uma taxa acima dos modestos 2,7% de 2011.
Não há um cenário de alarme, porque o desemprego se mantém baixo, preserva o consumo das famílias e atenua o desgaste político. Mas a estagnação ameaça as promessas de um caminho mais curto rumo ao desenvolvimento: desde o início do mandato da presidente, foram cinco trimestres consecutivos de expansão abaixo de 1%, o que não acontecia desde o final dos anos 90.
PIOR FORA DA EUROPA
Entre as maiores economias que já divulgaram os resultados do trimestre, o desempenho brasileiro é o pior fora da Europa. Detalhados, os números evidenciam o impacto da crise global sobre um dos calcanhares de aquiles da economia nacional: a escassez de investimentos para ampliar a capacidade produtiva.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 5:51

Ritmo de expansão do Brasil perde até para nações em crise

Por Ronaldo D’Ercole, no Globo:
Quando se toma o ritmo de expansão das economias no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, o Brasil figura apenas na 22ª posição entre os 33 países que já divulgaram os seus dados. E se distancia de seus pares do Brics (grupo das cinco maiores economias emergentes, Rússia, Índia, China e África do Sul), aproximando-se das economias mais afetadas pela turbulência europeia, como os Estados Unidos (2,1%) e Alemanha (1,7%). A China, que cresceu 8,1% de janeiro a março, aparece no topo do ranking, com a Índia em quarto (5,3%) e a Rússia em quinto (4,9%). Com expansão de 2,1%, a África do Sul é a 14 no ranking, oito postos à frente do Brasil.

No fim da lista, que tem a Grécia como lanterna (em 33 lugar, com retração de 6,2% no PIB trimestral), estão ainda Portugal (32 colocação e queda de 2,2%), a Itália (31 lugar e PIB negativo de 1,3%) e a Holanda (30 colocação, cujo PIB encolheu 1,1%).”O Brasil é um país com características semelhantes às dos grandes emergentes mas que cresce no ritmo dos europeus”, compara Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, que compilou os dados para o ranking dos PIBs do primeiro trimestre. “Isso é reflexo dos problemas estruturais (Previdência, estrutura tributária, inexistência de planejamento de longo prazo) que persistem no país, cuja solução é adiada governo após governo”.
Mesmo com a economia quase estagnada no primeiro trimestre, o Brasil conseguiu se manter à frente do Reino Unido como a sexta maior economia do mundo. Mas a diferença conseguida no fim do ano passado, quando deslocou os britânicos para a sexta posição, agora é bem pequena: enquanto o PIB brasileiro acumulado nos quatro trimestres encerrados em março somava US$ 2,483 trilhões, o do Reino Unido era de US$ 2,417 trilhões. O cálculo é do banco WestLb e leva em conta o dólar médio do primeiro trimestre. Com a alta da moeda americana ante o real nos últimos dois meses, ressalva o banco, o país muito provavelmente voltaria para a sétima posição. “Não houve alteração no ranking comparando-se com o resultado fechado de 2011, apesar da diferença em relação ao Reino Unido ter diminuído. Mas o efeito do câmbio depreciado deve ser maior neste segundo trimestre”, diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do WestLb.
Estados Unidos se mantêm como maior economia
No agregado dos quatro trimestres até março, os Estados Unidos se mantêm com folga no posto de maior economia do mundo, com PIB de US$ 15,4 trilhões, seguidos da China (US$ 7,56 trilhões), e do Japão (US$ 5,95 trilhões). Apesar do agravamento da crise na Europa, a Alemanha se mantém como a quarta economia, com geração de riquezas de US$ 3,5 trilhões. O PIB de US$ 2,76 trilhões garante a permanência da França em quinto.
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 5:49

Dados negativos adiam retomada global

Por Lucuana Coelho e Fabiano Maisonnave, na Folha:
Uma confluência de dados negativos anunciados ontem nos EUA, na Europa e na China assustou os mercados financeiros e levou analistas a questionarem suas perspectivas para a economia global, após vislumbrarem uma melhora nos últimos meses. O desemprego nos EUA cresceu em maio pela primeira vez em um ano, voltando a 8,2% e dando outro sinal de que a recuperação na maior economia do mundo é mais tímida e menos confiável do que dados anteriores -ontem revistos para pior- sugeriam. Na Europa, o mercado de trabalho da zona do euro está em sua pior forma desde que surgiu a moeda única, enquanto na China, o motor da retomada global, a produção industrial exibiu o pior resultado deste ano. As Bolsas mundo afora reagiram mal ao noticiário.
“Os problemas no mercado de trabalho levaram tempo fermentando e não serão resolvidos da noite para o dia”, disse o chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Alan Krueger, em comunicado que depois seria ecoado pelo presidente Barack Obama. “Nossa economia ainda enfrenta contratempos graves, como a crise na Europa e o preço da gasolina”, acrescentou, dizendo que o país ainda tenta “sair do buraco”. Krueger saiu em defesa de Obama, cuja reeleição neste ano depende da performance da economia.
O Departamento do Trabalho americano informou que 69 mil vagas foram criadas no mês passado, número amplamente classificado por economistas como “decepcionante” -e insuficiente para a expansão de 0,2% na força de trabalho ocorrida no mês. Assim, o desemprego foi de 8,1% a 8,2%. O setor de construção, maior obstáculo à retomada, continuou a demitir.
O cenário se agrava porque os dados anteriores foram revisados para baixo. Em abril, haviam sido criados 77 mil postos, e não 115 mil como antes dito, e em março, 143 mil em vez dos 154 mil estimados. A fragilidade americana se soma a outras nuvens negras no horizonte global, que há dois meses parecia se abrir. A zona do euro anunciou o maior índice de desemprego desde sua origem: 11% em abril -estável sobre o de março, mas 1,1 ponto acima do de abril de 2011. Na União Europeia, o índice foi a 10,3%. O caso mais grave é o da Espanha, onde uma em cada quatro pessoas está desempregada. A Grécia, pivô da crise, não atualiza dados desde fevereiro, quando registrou 21,7%.
CHINA
Pequim, por sua vez, registrou o pior resultado para a produção industrial em cinco meses, alimentando mais dúvidas sobre a capacidade de a segunda economia mundial fazer um “pouso suave”. No mês passado, o índice de compra de produtos manufaturados ficou em 50,4, queda de 2,9 pontos percentuais em relação a abril, informou a Federação Chinesa de Logística e Compra.
(…) 
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 5:47

Marconi Perillo diz que PT sempre o quis sozinho na CPI

Por Carolina Freitas, no VEJA Online:
O governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou nesta sexta-feira ver com tranquilidade sua convocação para depor na CPI do Cachoeira. A fala dele no Congresso Nacional está marcada para 12 de junho. O tucano prometeu levar à comissão provas de que não tem qualquer envolvimento com o grupo criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Desde que vieram à tona escutas da Polícia Federal (PF) que mostram o governador e integrantes da administração estadual em conversas com o contraventor, Perillo vem se oferecendo para ser ouvido e investigado pela Justiça e pela CPI. Na terça-feira, ele foi a Brasília entregar aos parlamentares uma carta em que pede para prestar depoimento.   “Eu já esperava ser convocado”, afirmou nesta sexta no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. “Afinal, houve sempre uma articulação muito forte por parte do PT para que eu fosse ouvido sozinho. O PT só não esperava que outras pessoas também pudessem ser ouvidas.” A CPI aprovou requerimento para ouvir também o governo do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, no dia 13. A proposta de convocar o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no entanto, foi rejeitada pelos parlamentares. Cabral aparece em fotos e vídeos confraternizando com o empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta, epicentro do escândalo Cachoeira.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
02/06/2012
às 5:45

Uma das empresas de Cachoeira tinha contrato com o governo de Goiás

Por Fábio Fabrini, no Estadão:
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, mostra que uma das empresas do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recebia dinheiro do governo de Goiás entre o primeiro e o segundo mandatos do governador Marconi Perillo (PSDB), que administrou o Estado de 1999 a 2002, reelegendo-se para o período de 2003 a 2006.
Suspeita de existir como empresa de fachada para evasão de divisas e lavagem de dinheiro, a BET Capital obteve R$ 1,3 milhão em depósitos da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) entre 2002 e 2005. A CPI do Cachoeira pretende apurar se os recursos têm como origem serviços efetivamente prestados ao governo goiano.
Dono de participação societária da BET por meio da Teclogic Tecnologia Eletrônica, Cachoeira era o representante legal da empresa. As escutas da Operação Monte Carlo, desencadeada pela Polícia Federal já no terceiro mandato de Perillo (a partir de janeiro de 2011), mostram que o contraventor tinha influência na Agetop. Num dos grampos, ele informa ter feito empréstimo de R$ 600 mil ao presidente do órgão, Jayme Rincon, que nega ter recebido dinheiro.
A BET incorporou em 2003 a Capital Construtora e Limpeza Ltda., cujos sócios eram Lenine Araújo de Souza e Sebastião de Almeida Ramos Júnior, irmão de Cachoeira. Os dois são acusados de participação no esquema do contraventor.
De acordo com a Agetop, a Capital Construtora tocou duas obras para o órgão. A primeira, de 1999 a 2003, para a pavimentação da rodovia GO-338, ao custo de R$ 2,2 milhões. A segunda, entre 2001 e 2003, para a construção de uma ponte na GO-347, por R$ 1 milhão. A agência sustenta que os contratos foram firmados após concorrência e que os serviços foram prestados e pagos em sua integralidade.
O relatório do Coaf diz que a BET realizou movimentações financeiras incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica e a capacidade financeira. Além disso, foram identificadas operações em paraíso fiscal usado por empresas que querem lavar dinheiro. Entre 2002 e 2005, a empresa recebeu R$ 5,3 milhões em transações do exterior. Sua sócia majoritária, a BET CO., tem sede na Coreia do Norte.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 21:55

Um presente do leitor Marcelo Pinheiro

O leitor Marcelo Pinheiro fez um simpático cronômetro para comemorar os seis anos de blog. Vejam aqui.
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 21:14

Delta recorre ao STF para tentar impedir quebra de sigilo nacional na CPI

Por Laryssa Borges, na VEJA Online:
Suspeita de utilizar empresas laranjas para alimentar o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a empreiteira Delta recorreu nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. O fim da confidencialidade dos dados foi aprovado nesta semana pela CPI que investiga, no Congresso Nacional, as relações de cooptação e corrupção entre o bicheiro e agentes públicos e privados.
Conforme depoimento do delegado da Polícia Federal (PF) Matheus Mela Rodrigues à comissão de inquérito, a construtora Delta teria se beneficiado em contratos a partir de ligações de seus dirigentes com Cachoeira e transferido 39 milhões de reais para três empresas - JR, Brava e Alberto&Pantoja - utilizadas pelo contraventor para lavagem de dinheiro e evasão de divisas a paraísos fiscais no Caribe.
No mandado de segurança encaminhado à Suprema Corte, os advogados da empreiteira argumentam que a CPI não fundamentou a decisão de violar os sigilos da empresa. “A citação de reportagens jornalísticas sobre o suposto crescimento financeiro da empresa Delta, por si só, não é fundamento para se devassar as ligações telefônicas efetivadas pelos 30 mil funcionários”, diz a defesa.
“As consequências da imotivada ordem de quebra de sigilo serão prejudiciais para a empresa, que terá violada sua privacidade”, completa a empresa. Para os advogados, como o elo entre Cachoeira e a construtora se limitaria ao ex-diretor da companhia, Cláudio Abreu, que atuava na filial do Centro-Oeste, não haveria razão para a quebra de sigilo dos dados nacionais da empreiteira.
“Os requerimentos de quebra de sigilo informam que o objeto da apuração são as relações de Carlos Cachoeira com o ex-diretor da região Centro-Oeste, não existindo nenhum indício de ilicitudes praticadas em âmbito nacional. A instauração da própria CPI é restrita ao propósito de averiguação dos atos de Carlos Cachoeira e pessoas de seu relacionamento”, completa a empresa na ação encaminhada ao STF. A devassa dos dados, conforme os requerimentos aprovados na CPI, abrange informações de 2002 até os dias de hoje.
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 21:08

MAIS COMISSÃO DA VERDADE - LULA NA CADEIA

Lula, está posto, se considera acima das leis, a exemplo do que se viu ontem no SBT — e a própria direção da emissora, por óbvio, pensa o mesmo. Estão todos mal-acostumados, não é mesmo? Silvio Santos saiu da quebra do Panamericano, com um rombo no mercado de R$ 4,3 bilhões, sem ter de gastar nem uma daquelas notas de R$ 50 que costuma distribuir a suas “colegas de trabalho” nas gincanas dominicais. Lula, mais de uma vez, mandou a lei às favas para fazer negócios que eram do interesse de seus aliados. O caso da compra do Brasil Telecom pela Oi foi a evidência mais escandalosa. O BNDES entrou para garantir no negócio quando a lei ainda proibia a operação. Não aconteceu nada!
Quero aqui corrigir uma expressão que empreguei em texto anterior — vou corrigir o original —, em que afirmei que Lula, por conta do assédio a Gilmar Mendes, tem de ser processado por “obstrução da Justiça”. A essência da coisa está correta e o artigo do Código Penal também: o 344. Alertaram-me um amigo advogado e muitos leitores que o nome não é “obstrução da Justiça”, não, mas “coação no curso do processo”. O condenado — pela Justiça, não por mim — pode pegar de um a quatro anos de cadeia. Aliás, na denúncia feita ao Ministério Público, esse foi um dos crimes apontados pelas oposições.
Alguns vagabundos estão dizendo que defendi a prisão sumária de Lula. Não conseguindo contestar o que escrevo, resolvem me atribuir o que não escrevi — sob as ordens de quem manda: José Dirceu. Prisão fora da lei é coisa do tempo em que Mino Carta defendia a ditadura. Acho que Lula tem de estar sujeito às consequências previstas para qualquer um que transgrida o Artigo 344 do Código Penal, a saber:
Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Bala paulistinha e tratamento VIP
Só para lembrar. Lula foi preso nos estertores da ditadura, em 1980. Ficou 30 dias no Dops. Felizmente, a polícia não encostou a mão nele, nos seus companheiros ou no “Menino do MEP”. Abaixo, segue uma entrevista que concedeu a Augusto Nunes em 1997. Ele dá detalhes dos dias que passou na prisão. Revela que foi tratado de “forma excepcional”; que “havia um tratamento humano”, que o então delegado Romeu Tuma, contra a lei, o tirava da cadeia de madrugada para visitar a mãe doente; que o policial arrumou para ele um dentista de madrugada e que o pobre profissional estava muito nervoso, com receio de alguma imperícia que pudesse lhe render alguma acusação por parte da imprensa…
Que bom que foi assim! Por conta desses 30 dias — e a criação do PT já estava adiantada —, Lula recebe hoje uma pensão mensal de quase R$ 7 mil. Na entrevista, o folgazão também conta como furava uma greve de fome marcada pelos companheiros: tinha escondido um pacote de balas Paulistinha.
Isso é apenas a verdade, contada pelo próprio Lula. Ele é, sob qualquer critério que se queira, um milionário — especialmente num país em que um rendimento de R$ 301 mensais já confere a alguém a condição de “classe média”. Um pouco de decoro e bom senso o obrigaria a doar esses R$ 7 mil a crianças pobres. Mas quê!!! O homem tem o que eu chamaria de concupiscência do heroísmo.
Caso Lula seja processado e condenado por “coação no curso do processo”, segundo a lei, que seja preso, a exemplo do que aconteceria a qualquer brasileiro. E sem privilégios. Segue entrevista feita pelo meu caríssimo amigo Augusto Nunes.
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 20:19

PSDB e PPS vão à Justiça eleitoral contra PT, Haddad, Lula, Ratinho e o SBT

O PSDB e o PPS anunciaram que vão entrar com representação na Justiça Eleitoral contra Lula, Fernando Haddad, Ratinho, SBT e a pré-camapanha do candidato petista à Prefeitura por campanha eleitoral antecipada, uso indevido de um meio de comunicação e abuso de poder.
Ontem, como sabem, Lula e Haddad foram entrevistados pelo apresentador, em campanha eleitoral aberta, sem subterfúgios ou ambiguidades. Aliás, Lula não se furtou nem mesmo a tratar de 2014. Anunciou que, caso Dilma não queira concorrer à reeleição em 2014, será, sim, candidato para “impedir que um tucano volte a governar o Brasil”.
Não se me lembro de flagrante igual de desrespeito à Justiça Eleitoral. Se aquilo pode, então tudo pode.
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 19:32

É difícil renunciar subitamente a um grande amor!

Pô, gente, virou festa da uva, agora?
Àqueles que adoram me detestar em suas páginas com fanática dedicação, um recado: é preciso ter alguma altura até para tomar um tapões metafóricos na orelha! Dispensem-se de me enviar, como se fossem meus admiradores, as ofensas que vocês mesmos escrevem! Que coisa mais aborrecida! Que truque mais barato!
Volta e meia, chega o comentário: “Olhe o que fulano falou de você…” E me enviam o link. No mais das vezes, ignoro. Às vezes, por curiosidade, tento saber do que se trata. E caio lá na página de um Zé Mané qualquer, que coleciona, post após post, “zero comentários”. A mãe do cara não comenta. A mulher não comenta. Os filhos não comentam. Os amigos não comentam. Por que eu iria comentar?
Até para tomar uma carraspana é preciso crescer um pouco no mundo da delinquência virtual. Não dá para responder a páginas de trombadinhas do JEG! Quanto aos trombadões, ah, já conheço todas as ofensas. Que coisa obsessiva! Parecem estar numa corrida para ver quem consegue ser mais abjeto!
Entendo. Como disse o grande Catulo, “difficile est longum subito deponere amorem“. É difícil renunciar subitamente a um grande amor. Calma, assanhadas! Há Reinaldo de sobra para todas odiarem!
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 18:36

Economia brasileira avança 0,2% no trimestre

Por Anna Carolina Rodrigues, na VEJA Online:
A economia brasileira avançou 0,2% no primeiro trimestre de 2012, em relação ao quarto trimestre do ano passado, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) do país alcançou a marca de 1,033 trilhão de reais no período. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado - entre 0,3% e 0,7%.
No primeiro trimestre de 2011, a economia brasileira havia crescido 1,3% na mesma base de comparação. Contra o primeiro trimestre de 2011, o PIB brasileiro cresceu 0,8% na medição divulgada nesta sexta. Nos últimos quatro trimestres, o PIB brasileiro acumulou crescimento de 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Diante do desempenho frustrante da economia brasileira em um período em que o governo lança todos os seus esforços para estimular o consumo, a expectativa dos analistas é de que mais medidas sejam anunciadas para acordar a adormecida pujança do PIB nacional. Entre elas estão a redução do compulsório dos bancos e novos cortes de juros nos próximos meses. Na última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu pelo corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, levando-a ao patamar mais baixo da história: 8,5% ao ano.
Agropecuária espanta alta
Na relação deste primeiro trimestre com o último do ano passado, a indústria mostrou franca recuperação e cresceu 1,7%, enquanto o setor de serviços desacelerou para 0,6%. Contudo, foi o setor agropecuário que exerceu o maior peso sobre o resultado ruim dos três primeiros meses do ano: caiu 7,3%. Entre as causas da queda está a crise internacional, que ocasionou a redução da demanda mundial por grãos, além da queda generalizada no preço das commodities agrícolas.  
O consumo da administração pública subiu 1,5% e o das famílias, 1,0% no período. A formação bruta de capital fixo, que reflete os investimentos no setor produtivo e infraestrutura, caiu 1,8%.  No que se refere ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram em ritmo superior ao das exportações: 1,1% contra 0,2%. Em valores correntes, o consumo das famílias contribuiu com a maior parcela do PIB, ao somar 658,9 bilhões de reais, seguido pelos setores de serviços (602,0 bilhões de reais) e industrial (229,5 bilhões de reais). 
Opinião
Segundo analistas ouvidos pelo site de VEJA, apesar da recuperação do trimestre, a indústria ainda sofre os efeitos da crise internacional e não se beneficiou, até agora, da desvalorização do real. O dado da produção industrial divulgado nesta quinta-feira mostrou queda de 0,2% em abril frente a março. Trata-se da segunda queda consecutiva e a terceira variação negativa mensal no ano. 
Para Tatiana Pinheiro, economista do Santander, o setor de serviços deve crescer de maneira estável e manter-se acima da média da economia, enquanto os setores industrial e agropecuário deverão permanecer mais sensíveis ao cenário externo.  ”Olhando pelo lado da demanda, em termos de renda, o crescimento, ainda que baixo, ocorre devido ao bom desempenho do consumo das famílias. Ele é prejudicado, sobretudo, pelo ambiente internacional incerto, que espanta investimentos”, afirma. Para ela, o cenário ainda é positivo porque é reflexo do aumento do salário mínimo e de um mercado de trabalho aquecido. “Olhando friamente os números, é uma evolução positiva”, afirma.
Analistas avaliam que, a partir do segundo semestre, a economia brasileira volte a se movimentar, considerando que a redução dos juros tem defasagem de 6 a 9 meses para impactar o mercado. A surpresa - e preocupação - virá se no segundo semestre os dados continuarem fracos. “A melhora deve vir especialmente nesse período como impacto das medidas de estímulo que o governo têm adotado. Mas isso não vai ser suficiente para que o PIB cresça acima de 3% este ano”, avalia Flávio Serrano, economista sênio do BES Investimento
Por Reinaldo Azevedo
01/06/2012
às 18:30

“Lula não anda bem da cabeça”, diz presidente do PSDB

Por Márcio Falcão, na Folha Online:
Ao reagir a uma declaração do ex-presidente Lula, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse nesta sexta-feira que as últimas movimentações políticas do petista mostram que ele “não anda bem da cabeça”. Guerra ficou irritado com a fala de Lula sustentando que não pode “deixar que um tucano volte a governar” o Brasil, ontem durante participação no “Programa do Ratinho”, do SBT.
Para o tucano, Lula tem dado seguidas demonstrações de autoritarismo e ataques à democracia. Ele citou a recente polêmica entre Lula e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Segundo o ministro, o ex-presidente o procurou e defendeu o adiamento do julgamento do mensalão, previsto para ocorrer este ano. Lula nega.
“Essa declaração de que ele não deixará um tucano ser presidente do Brasil é antidemocrática, autoritária e reforça a ideia de que o ex-presidente Lula não anda bem da cabeça. Quem escolhe o presidente é o povo. É bom que o Lula fique atento que o Hugo Chavez e a Venezuela não andam nada bem e o Brasil não vai entrar nessa”, afirmou.
(…)
 
Por Reinaldo Azevedo


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]