sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pergunta e resposta: origem da devoção à Virgem Maria






Pergunta e resposta: origem da devoção à Virgem Maria


Um leitor anônimo enviou-nos a seguinte pergunta:

"As ações da Igreja Catolica falam mais do que mil palavras, por favor, coloque aí no blog relatos dos pais da igreja antes de Constantino que fale a favor de Maria como advocatriz e intercessora, que fale que eles pediam a ajuda dos apostolos e dicipulos quando esses já estavam mortos, chega de muitas palavras, você fala, enrola demais e mostra de menos, quem não lê a biblia pode até cair no teu conto, mas quem le a biblia meu amigo não cai mesmo, afinal é facil criar dogmas estranhos a palavra de Deus e fazer leigos que não liam a biblia engolir como lideres católicos já fizeram.Então para um melhor esclarecimento, estou esperando sua postagem com provas reais de que o que a igreja católica prega de diferente do protestantismo seja a correta."

Apesar do tom acusatório e provocativo, ficamos felizes com essa pergunta, porque abriu-nos a oportunidade de abordar um assunto importante e ainda inédito neste blog. Quando começou a devoção à Virgem Maria? A Igreja sempre viu a mãe de Jesus Cristo como mãe da própria Igreja, ou isso foi uma invenção posterior? Desde quando Maria é vista como nossa intercessora junto ao Senhor Jesus? Desde quando a Igreja pede proteção à Maria? As perguntas são mais do que válidas: são justas. Afinal, os textos da Bíblia não falam dessas coisas explicitamente.

Meu caro leitor anômimo, gostaria de começar a responder os seus questionamentos com o esclarecimento de um ponto que é fundamental: você diz que "quem lê a Bíblia não cai", isto é, nâo aceita as explicações contidas neste blog, que não são nossas, mas representam a doutrina da Igreja Católica. Você entende as coisas dessa maneira por uma razão muito simples: acontece que você segue a religião do livro, e nós, católicos, não. Nós seguimos a religião do Espírito Santo, que foi derramado sobre a Igreja por nosso Salvador Jesus Cristo. Há dois mil anos o Senhor, glorificado pelo Espírito Santo, entrou no Cenáculo de Jerusalém e derramou o Espírito da Ressurreição sobre a sua Igreja, na pessoa dos Apóstolos: “A paz esteja convosco! Recebei o Espírito Santo!” (João 20, 19ss) Jesus batizou a Igreja no Espírito Santo!

No Domingo da Páscoa, os Apóstolos tornaram-se realmente cristãos; receberam a vida nova do Cristo ressuscitado, foram transfigurados em Cristo! Aí nasceu a Igreja: na Ressurreição! Aí ela foi batizada no Espírito e recebeu o poder de batizar: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio!” (Jo 20, 21). Entende a enorme diferença? Toda a sua fé está engessada, presa às palavras literais de um livro. Nessa mentalidade limitada, só o que está escrito no livro, literalmente, "pode". O que não estiver escrito no livro, literalmente, "não pode". Isso é reduzir a Salvação de Jesus, o maravilhoso Caminho deixado por Cristo, a uma piada. Uma piada triste.

O cristianismo nunca foi religião do livro. Nós, católicos, temos a Bíblia como sagrada e cremos que ela é a palavra de Deus, sim, num certo sentido. Mas cremos sobretudo que a Palavra, o Verbo de Deus, por excelência, é o próprio Senhor Jesus Cristo, o Deus Vivo, o Cristo Resscuscitado, que não está limitado à letra morta. Sim, porque a própria Bíblia Sagrada nos ensina que "nem o mundo todo poderia conter os livros que teriam que ser escritos para falar sobre Jesus (Amém! - João 21, 25)". O Apóstolo São Paulo o esclareceu perfeitamente, ao dizer: "Deus nos fez ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o Espírito vivifica (2Coríntios 3, 6)".

É claro que o Apóstolo não está aí afirmando que a Escritura é morta, ou que não tem valor. As Sagradas Escrituras são importantíssimas e úteis para nos instruir. O problema começa quando achamos que só o que está escrito é que vale, quando achamos o que está escrito mais importante do que a própria Igreja, que é dirigida pelo Espírito de Deus. Jesus diz: "os verdadeiros adoradores adoram em Espírito e em Verdade", Ele não diz "Os verdadeiros adoradores devem observar a Escritura para saber como adorar"...

Além disso, a própria Bíblia Sagrada ensina categoricamente que é a Igreja a coluna e o fundamento da Verdade: "Escrevo para que saibas como convém andar na Casa de Deus, que é a Igreja do Deus Vivo, a coluna e o fundamento da Verdade (1 Timóteo 3,15)". - A Bíblia, no século I, estava sendo escrita para que soubéssemos como seguir e como nos portar na Igreja! É a Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade! Outras traduções dizem "a firmeza e o sutentáculo da Verdade". Precisa mais do que isso? Sem dúvida nenhuma, a regra de fé e prática para o cristão é a Igreja instituída por Jesus Cristo, e não a Bíblia! A Bíblia não é e nem nunca foi, sozinha, o fundamento para o cristão. Veja, nos primeiros séculos do cristianismo, nos tempos da Igreja primitiva, a Bíblia simplesmente não existia ainda. E como se orientavam eles? Através da instrução da Igreja, a única Igreja que Cristo deixou e hoje que tem 2 mil anos de idade: a Igreja Católica (Universal).

Resumindo, o grande erro dos que se chamam a si mesmos "evangélicos" é pensar que a Bíblia é mais importante do que a Igreja, poque não é! Jesus não escreveu nenhum livro, mas Ele, diretamente, instituiu a sua Igreja neste mundo (uma Igreja e não 'igrejas'), e garantiu-nos que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (veja Mateus 16, 16ss).

Acontece que a Bíblia é um livro, e mesmo sendo um livro sagrado, cada pessoa que a lê pode fazer uma interpretação diferente. Por isso existem milhares de "igrejas", das mais sérias até as seitas mais malucas, e cada uma ensina coisa diferente das demais, mas todas elas dizem que a sua interpretação da Bíblia é a certa. Reflita: se fosse para cada um ler a Bíblia, interpretar do seu jeito e sair por aí alugando salão e dizer que é "igreja", Jesus Cristo não teria dado a autoridade sobre sua Igreja Una aos Apóstolos, não é mesmo? - Depois de fundar a Igreja sobre Pedro, Jesus disse a este mesmo Pedro, líder dos Apóstolos: "Tudo o ligares na Terra será ligado no Céu, e o que ele desligares na Terra será desligado no Céu (Mateus 16,18ss)". É esta a autoridade que a Igreja possui na Terra, dada por Jesus Cristo.

O Senhor ainda disse aos Apóstolos que os pecados que eles perdoassem seriam perdoados, e os que eles não perdoassem seriam retidos (João 20, 23). Jesus não diz em momento algum que deveríamos seguir somente a Bíblia, ao contrário. E a própria Bíblia diz que devemos guardar não só o que foi escrito, mas também a Tradição da Igreja: "Então, irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavras, seja por epístola nossa (2 Tessalonicenses 2, 15)". As epístolas dos Apóstolos formam a maior parte do Novo Testamento da Bíblia: a própria Bíblia afirma que devemos guardar não só a Escritura, mas também a Tradição, e os Apóstolos são ainda mais enfáticos: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que não anda segundo a Tradição que de nós recebeu (2 Tessalonicenses 3, 6)"! Você quer mais do que isso para entender o seu erro?

As tradições dos homens, como a tradição dos antigos fariseus e doutores da Lei de Moisés, foram substituídas pela Tradição da Igreja: Tradição esta que inclui a própria Bíblia Cristã. Sim, e se não fosse a Igreja Católica, nós não teríamos a Bíblia, hoje. Não foi a Igreja mesmo que, por muitos séculos, durante as terríveis perseguições, a preservou as Escrituras intactas? Além disso, quem escreveu a Bíblia (Novo Testamento) foram os Apóstolos; isto é, a Bíblia foi produzida pela Igreja! Consegue entender isto? Deus usou a Igreja para produzir a Bíblia, portanto, é muito importante entender que a Bíblia é filha da Igreja, e não a mãe da Igreja! Foi a Igreja que produziu a Bíblia, e não a Bíblia que produziu a Igreja! Isto é um fato! Portanto, a autoridade de fé sobre a doutrina de Jesus Cristo está fundamentada na Igreja que Ele edificou sobre a Terra, e não somente na Bíblia Sagrada, que foi produzida, preservada e deve ser interpretada pela própria Igreja. Estando claros esses pontos fundamentais, entremos, afinal, na questão da devoção à Virgem Maria...

Pelo teor da sua mensagem, anônimo, pareceu-nos que você acredita que a devoção à Virgem Maria começou depois de Constantino, ou que foi Constantino quem "inventou" essa devoção... Por isso é que pede alguma prova de que a Igreja que existia antes de Constantino já cultivava tal devoção. Bem, pessoas que acreditam nesse tipo de coisa devem acreditar também que o mundo vai acabar em 2012, que os iluminatti vão dominar o mundo, que o homem nunca foi à lua (era tudo armação dos EUA), etc, etc... Tudo isso é teoria da conspiração.

Respondendo, finalmente, à pergunta, a devoção à Santíssima Virgem Maria começou com o próprio cristianismo. Naquela singela casa de Nazaré, há dois milênios, encontramos o Anjo Gabriel, enviado por Deus, saudando Maria! “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lucas 1, 28). Com estas palavras, que vêm diretamente do Céu, começou a devoção mariana. Quem pode negar a evidência deste fato?

"Desde agora, todas as gerações me proclamarão Bem-aventurada!" (Lucas 1, 48). No Evangelho, Maria faz uma profecia que a Igreja Católica sempre cumpriu, mas as novas "igrejas evangélicas" não, jamais. Maria, cheia do Espírito Santo e grávida do próprio Jesus Cristo, profetiza que será aclamada bem-aventurada por todas as gerações; os "pastores evangélicos" a chamam de "mulher como outra qualquer"... E ainda acham que seguem a Bíblia!

E quando Maria, única guardiã do anúncio do Anjo, visita Isabel, depois da longa viagem da Galileia até a Judeia, ao ouvir a saudação de Maria, a mãe de João Batista percebe que o menino salta de alegria dentro dela, enquanto o Espírito Santo a atravessa e lhe sugere estas palavras: “Bendita és tu entre as mulheres! Bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem a honra de que venha a mim a mãe do meu Senhor?” (Lc 1, 42-45). Quem ousa dizer que isso não é a devoção mariana, registrada no Evangelho? Pois é exatamente isto que nós, católicos, pensamos e dizemos de Maria, até hoje.

Vamos à narração do Natal. O Evangelho de Lucas refere: “Quando os anjos se afastaram deles em direção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e o que o Senhor nos deu a conhecer”. Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura” (Lucas 2, 15-16). É claro que os pastores, após terem se ajoelhado diante do Menino, devem ter lançado a seguir um olhar àquela mãe tão especial, e poderiam muito bem ter exclamado: “Feliz és tu, Mãe deste Menino!"? Isso seria uma pura expressão de devoção mariana.

Passemos ao evangelista Mateus, que narra a chegada dos Magos em Belém e usa estas palavras textuais: “E a estrela que tinham visto no Oriente ia diante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No (Mt 2, 9-11)”. Podemos imaginar a emoção dos Magos, os quais, após uma longa e aventurosa viagem, tiveram a alegria de ver o Menino tão esperado e desejado! Porém, não nos afastamos da verdade dos fatos, se imaginarmos também que os Magos, depois da adoração do Menino, tenham olhado para Maria cheios de respeito e admiração: a que mulher poderia ser concedida tamanha graça, de gerar e ser mãe do próprio Deus? Isto é devoção mariana, percebida nas entrelinhas do Evangelho.

Nas passagem das bodas de Caná, vemos que o Senhor adiantou a sua hora somente por um pedido de sua mãe, Maria, que intercedeu para salvar a alegria dos noivos. Os servos, depois do primeiro milagre de Jesus, eles que acompanharam aqueles fatos, poderiam muito bem pedir a Maria, dizendo: “Jesus escutou-te! Fala-lhe de nós e pede uma bênção para as nossas famílias!”. Isto seria algum absurdo? Não. Mais um exemplo do que é a devoção mariana. E aqueles noivos, certamente devem ter agradecido à intervenção de Maria, dizendo algo como: “Obrigado por teres pedido por nós! Tua intervenção salvou a nossa festa!” ... Claro que o agradecimento principal seria ao próprio Jesus, afinal foi Ele quem deu o vinho. Mas, se Maria não tivesse pedido pelos noivos, ele não o teria feito, e o Evangelho é muito claro em demonstrá-lo.

Assim começa a devoção mariana. E continua, pelos séculos, sem interrupção. A verdade histórica é: Maria, a partir das palavras empenhadas pronunciadas pelo Anjo Gabriel, foi imediatamente olhada com admiração. E logo sua intercessão foi invocada por motivo do seu particular vínculo com Cristo: o vínculo da maternidade! Portanto, quando recorrermos à Maria para, não nos encontramos fora do contexto do Evangelho, mas totalmente dentro dele.


Primeira representação conhecida da Virgem Maria
(Catacumbas de São Priscilla - século II)

Certo. Mas existem provas históricas, além da própria Bíblia Sagrada, da devoção à Virgem Maria? Sim, existem, e são muitas. O estudo histórico demonstra que a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo foi honrada e venerada como Mãe da Igreja desde o início do cristianismo. Já nos primeiros séculos, essa devoção está presente e pode ser reconhecida, por exemplo, nas evidências arqueológicas das catacumbas, que demonstram a veneração que os primeiros cristãos tinham para com a Santíssima Virgem. Tal é o caso de pinturas marianas das catacumbas de Priscila, do século II, local onde os primeiros cristãos se reuniam, ocultos aos romanos: um deles mostra a Virgem com o Menino Jesus ao peito e um profeta, identificado como Isaías, ao seu lado[1]. Nas catacumbas de San Pedro e San Marcelino também vemos uma pintura do século III ou IV, que mostra Maria entre Pedro e Paulo, com as mãos estendidas em oração.

Outro magnífico exemplo da devoção à Santa Maria nos primórdios do Cristianismo é a oração "Sub Tuum Praesidium" (Sob Vossa Proteção) do século III, que pede a intercessão de Maria junto a Jesus Cristo: "Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genetrix; nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus nostris, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta. Amen". Tradução: "À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amen. - Precisa mais?

Os Padres do século IV elogiam de muitos modos a Mãe de Deus. Epifanio refutou o erro de uma seita árabe que tributava idolatria à Maria: depois de rejeitar tal culto, ele escreveu: "Sejam honesto para com Maria! Seja adorado somente o Senhor!". A mesma distinção vemos em Santo Ambrósio, que, depois de exaltar a "Mãe de todas as virgens", esclarece que "Maria é o templo de Deus, e não o Deus do templo"; para prestar sua legítima devoção mariana, livre de enganos, ele distinguiu o lugar devido a Deus Altíssimo e o lugar da Virgem Maria.

Na Liturgia Eucarística também constam dados confiáveis que demonstram que a menção à Maria nas Orações remonta ao ano 225, e também nas antiquíssimas festas do Senhor, da Encarnação, da Natividade e da Epifania: todas homenageavam a Mãe do Senhor e da Igreja.


  • O testemunho dos primeiros presbíteros da Igreja

O primeiro registro escrito da Patrística de que dispomos sobre Maria é o de Santo Inácio de Antioquia (bispo entre os anos 68 e 107 dC). Combatendo os Docetistas, ele defende a realidade humana de Cristo para dizer que pertence à linhagem de Davi, verdadeiramente nascido da Virgem Maria. Afirmando que Cristo foi concebido em Maria e nascido de Maria, e que a sua virgindade pertence a um Mistérios escondidos no Silêncio de Deus.

São Justino (martirizado no ano 167) refletiu sobre o paralelismo entre Eva e Maria: "Se por uma mulher, Eva, entrou no mundo o pecado, por uma mulher, Maria, veio ao mundo o Salvador". No Diálogo com Trifão, Justino insiste sobre a verdade da maternidade de Maria sobre Jesus e, como Santo Inácio de Antioquia, enfatiza a verdade da concepção virginal e incorpora o paralelo Eva-Maria para a sua argumentação teológica.

A teologia mariana é um tema constante dos primeiros presbíteros da Igreja. Santo Irineu de Lyon (nascido no ano 130), em uma polêmica contra os gnósticos e docetistas, salienta a geração de Cristo no ventre de Maria. Também da maternidade divina lança as bases da sua cristologia: é da natureza humana, assumida pelo Filho de Deus no ventre de Maria, que torna possível a morte redentora de Jesus chegar a toda a humanidade. Também digno de nota é sua abordagem sobre o papel maternal de Maria em relação ao novo Adão, em cooperação com o Redentor.

No Norte de África, Tertuliano (nascido aprox. no ano 155), em sua controvérsia com o gnóstico Marcião, afirma que Maria é a Mãe de Cristo, - portanto Mãe de Deus, - pois o Senhor foi concebido em seu ventre virginal.

No século III começou a ser usado o título Theotokos (Mãe de Deus). Orígenes (185-254 dC) é a primeira testemunha conhecida deste título. Em seus escritos aparece, pela primeira vez, a sentença Sub tuum praesidium, que, como dito acima, é um apelo à intercessão da Virgem Maria. Órígenes também define Maria como modelo e auxílio dos cristãos. Já no século IV o mesmo título é usado na profissão de fé de Alexandre de Alexandria contra Ário.

A partir daí, muitos e muitos presbíteros explicaram a dimensão teológica desta verdade. - Efrém, Atanásio, Basílio, Gregório Nazianzeno, Gregório de Nissa, Ambrósio, Agostinho, Proclo de Constantinopla, etc... A tal ponto que o título de "Mãe de Deus" torna-se o mais utilizado quando se fala de Santa Maria. Obviamente, "Mãe de Deus" não implica que Maria é "deusa", e sim que Jesus Cristo, seu filho, era plenamente homem e também plenamente Deus. Se Jesus é Deus, e Maria sua mãe, ela é e será sempre a mais agraciada entre todas as mulheres, pois foi a mãe de Deus.

1. LAZAREFF, Victor Nikitich. Studies in the Iconography of the Virgin, The Art Bulletin, London: Pindar Press, pp. 26-65.

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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]