sábado, 9 de junho de 2012

Um monge e sua cusiosidade


Um monge e sua cusiosidade Vivia um monge no silêncio de seu mosteiro… Era sábio e santo. Permitiu Deus que uma curiosidade perturbasse a paz de sua alma: “Qual será atualmente no mundo – perguntava-se – das almas a mais santa?” “E a mais sábia e mais feliz, qual será?”
Estava no côro, às primeiras horas da manhã, orava e dirigia a Deus a mesma pergunta: “Senhor, das almas que vivem agora neste mundo, qual será a mais santa, mais sábia e mais feliz?” Ouviu uma voz que lhe dizia: Vai ao pórtico da igreja e ali te dirão qual é”.
O monge pôs o capuz na cabeça, meteu as mãos nas largas mangas do hábito e atravessou os claustros silenciosos. Chegou ao pórtico. Um pobre ali estava. Passara a noite estendido num banco de pedra e naquele momento espreguiçava-se e benzia-se.
- Bom dia, irmão – disse-lhe o monge.
- Bom dia, – respondeu o mendigo com rosto alegre e em tom de entusiasmo.
- Irmão – replicou o monge – pelo que vejo estás contente.
- Sempre estou contente.
- Sempre? Então és um homem feliz?
- Muito feliz – respondeu o humilde mendigo.
- Feliz?… não creio. Dize-me: Quando tens fome e pedes esmola e não recebes… és feliz?
- Sim, padre, sou feliz, porque penso que Deus, meu Pai, quer que eu passe um pouco de fome… Êle também passou… Mas Deus é muito bom para mim; nunca me falta um pedaço de pão.
- Dize-me – prosseguiu o monge – quando está nevando no inverno e tu, tremendo de frio, vais de porta em porta, como um passarinho que salta de um galho para outro, és feliz?
- Sim, padre, muito feliz, porque penso: é Deus, meu Pai, que quer que passe um pouco de frio, pois também êle passou frio… Aliás nunca me falta um palheiro, onde passar a noite.
Estava o monge admirado… Contemplando-o de alto a baixo, disse:
- Tu me enganas… não és pobre.
Sorriu o mendigo e respondeu:
- Não, Padre, eu não sou um pobre.
- Logo vi… Então, quem és?
- Padre, disse o outro, sou um rei que viajo incógnito por êste mundo.
- Um rei?… Um rei?… E qual é o teu reino?
- Meu reino é o meu coração, onde mando sôbre minhas paixões! Tenho, porém, um reino muito maior… Vê o senhor êsse céu imenso? tem visto o sol, as estrêlas, o firmamento? Tudo isso é de Deus, meu Pai. Todos os dias ponho-me de joelhos muitas vêzes e digo: “Pai nosso, que estais no céus… como sois grande, como sois sábio, como sois poderoso! Não vos esqueçais dêste pobre filho que anda por êste mundo. Creia-me: Quando chegar a morte, despirei êstes andrajos e voarei para o céu, onde verei a Deus, meu Pai, e com êle reinarei pelos séculos dos séculos”…
O monge não perguntou mais. Baixou a cabeça e voltou ao côro; estava convencido de ter encontrado o homem mais santo, mais sábio e mais feliz neste mundo.
Fonte:www.saopiov.org


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]