sexta-feira, 27 de julho de 2012

ALIENAÇÃO DO ESPANTO HUMANO DIANTE DA CRIAÇÃO DIVINA




Entrevista da Irmã Lúcia ao Padre Agustin Fuentes

ALIENAÇÃO DO ESPANTO HUMANO DIANTE DA CRIAÇÃO DIVINA



Filosofar é amar a verdade na busca da sabedoria e do conhecimento geral.

Se o homem não amar na luz da verdade e do bem, acaba por entregar-se, já nesta vida, à obscuridade do fictício e ao espetáculo do horrendo. É o perigo pendente, que faz as suas vítimas em todo o mundo. Basta seguir as notícias para sabê-lo.

Tudo decorre do crer conforme se prefere pensar e do pensar como se prefere viver.

O inverso da justa ordem que depende do bom filosofar… em vias de extinção!

Aqui vamos ver como este bom pensar sempre foi dote do espírito humano.

A palavra filosofia é uma junção de duas palavras gregas: philos + sophia.

A palavra philos (ou philia) está para “gostar”, “ser atraído” ou “amar”, ao que segue “sentir falta” e “buscar”. E a palavra sophia está para conhecimento, sabedoria.

Os gregos sabiam que ao homem alcançar plenamente a sophia era impossível, mas só aproximá-la. Os modernos tentam inventá-la com o próprio filosofar subjetivo.

A minoria dos verdadeiros filósofos, ama e busca o conhecimento para a sabedoria.

A busca da sabedoria pelo conhecimento tem sentido com uma atitude filosófica.

Esta atitude só pode ser de admiração, espanto, pasmo e foi expressa por Aristóteles, um dos maiores filósofos de todos os tempos.

Ela é essencial e foi singelamente definida também pelo poeta, Fernando Pessoa, que chama esse espanto de pasmo essencial em seu poema O meu olhar:

«O meu olhar é nítido como um girassol
«Tenho o costume de andar pelas estradas olhando para a direita e para a esquerda,
«E de vez em quando olhando para trás… e o que vejo a cada momento…
«É aquilo que nunca antes eu tinha visto, e eu sei dar por isso muito bem
«Sei ter o pasmo essencial que tem um acriança se, ao nascer,
«Reparasse que nascesse deveras… Sinto-me nascido a cada momento
«Para a eterna novidade do Mundo.

A atitude filosófica consiste em ver as coisas como se fosse pela primeira vez; é ficar admirado, espantado pelo que existe, nos precede e transcende.

Para a criança essa emoção é natural; não para a maioria dos homens, adormecidos pelos hábitos quotidianos da vida, de modo que até para o senso comum passa a não haver nada de novo diante do que se pensa já “conhecer”; pretende o espetacular!

Quem almeja buscar o conhecimento para a sabedoria, deve cultivar a atitude filosófica da admiração, do pasmo diante da ordem existente: da Criação!

Nem os vôos dos poetas, que desejam exprimir o que sentem, podem ignorar o senso comum para entender como esboçar o que se desconhece.

É o senso comum da razão, que alcança a atitude certa tanto nos bons filósofos, como nos poetas: fase do voltar a ver o mundo com os olhos de criança.

Nem deve ser diverso para o teólogo, filósofo, artista, ou para o cientista.

Todavia, não foi o que aconteceu na história dos seres humanos. Muitos foram os homens que quiseram criar os seus deuses e cultos. Não de certo Aristóteles, em cujos textos foi empregada inicialmente a palavra «teologia» ligada à Causa, ao «motor imóvel» do mundo onde tudo é móvel, no sentido de transformável.

“Jesus disse: «Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11, 25)… “Perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no Reino do Céu?» Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: «Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças não entrareis no Reino do Céu. Todo aquele que se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no Reino do Céu. E quem recebe em Meu nome uma criança como esta a Mim recebe. Porém o que escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se pendurasse ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem no fundo do mar»” (Mt 18, 1-6).

O mundo aparente do «fenômeno» em que caíram os modernos

Nesse mundo moderno o «pasmo» é desviado para os gênios humanos, de ciência e artes. E estes poderiam inventar um mundo fictício, não para nutrir a razão, mas a irracionalidade. É a «nova cultura» que leva a identificar o fantástico com a vida, um filme com a realidade narrada; o absurdo como possível. E depois querer pôr este em prática, acabaram por fazê-lo meninos que se atiraram de terraços como se fossem Batman, ou o assassino que metralhou os admiradores deste como se personificasse seu gênio mau. Tudo faz espetáculo, e a vida seria uma grande farsa existencial.


Coringa - Batman

Um «mundo» degradado que inventa seus cultos e será dissipado no fim dos tempos.

O Pecado original foi matriz da morte e dos males deste mundo degenerado.

Estendeu-se até ao Vaticano com as suas «novas Pentecostes», que segundo os Ratzinger e Gerhard Müller, devem vincular os crentes do iluminismo conciliar!

Houve um déficit de «pasmo» e providenciaram à altura da situação e do lugar!

Para animar a consciência da nova igreja conciliar trouxeram o show para dentro do Templo sagrado… com o olhar fixo no estrondoso espetáculo repetido em Assis!


Profanação em Roma

Assim se usa o tempo daqui, que é antecipação do eterno, para tais espetáculos.

Prevalece o fenômeno, o aparente, o espetáculo é o culto… seria a mesma vida!

Estas considerações parecem abstratas? Nada foge do real diante da sabedoria.

Esta é ligada à racionalidade da mais alta Filosofia, que até os pagãos perscrutavam. E suas grandes mentes o fizeram com um deslumbrado pasmo!

Se com a mente meditamos sobre o nosso destino eterno, que mais podemos querer senão seguir a mesma Vontade de Deus, também na ordem física, natural?

A palavra física deriva do grego «phísis», que significa natureza. Os filósofos gregos utilizaram este termo para o estudo da natureza com a elevação da mente que busca a sabedoria. Estudo que culminou com a cosmologia que se encontra nas obras de Aristóteles. Não era conhecimento autônomo para dominar a natureza, mas meio de educação da inteligência em conjunto com outros para chegar à sabedoria.

Platão, de quem Aristóteles foi aluno, escreveu:

“A razão porque Deus concedeu visão aos homens foi o pré-conhecimento para quem, vendo no céu os movimentos periódicos da inteligência divina, pudesse através deste conhecimento ordenar os pensamentos que há em nós. Assim podemos participar da retidão dos pensamentos encontrados na natureza e ordenar por meio deles os nossos próprios. Foi como teve início a Filosofia, da qual se deve dizer que nenhum maior bem foi nem será concedido ao gênero humano”.

Aristóteles já dizia que havia uma sabedoria na cosmologia que diz respeito ao mundo material, mas esta é de segunda ordem diante da psicologia do espiritual.

A cultura moderna alienou esta razão do estudo da natureza, ainda reconhecida nos tempos medievais, porque prefere a de segunda ordem, que leva à tecnologia.

A psicologia aristotélica tem por objeto geral o mundo animado, vivente, que tem por princípio a alma e se distingue essencialmente do mundo inorgânico.

Nós dispomos de muito mais: todo este pensar cristianizado pelo Evangelho e explicado pelos Pais da Igreja. São as leis da natureza sublimadas para o seu fim, que deve guiar o nosso comportamento.

A «substância material» muda na ordem terrena e para o corpo humano muda com a inevitável morte. Mas o definitivo dos corpos é na eternidade da alma imortal, que é a sua «forma». Conservemo-lo, pois, como templo do Espírito Santo; é nosso dever. O que existe depende de Deus e assim deve ser tratado com a liberdade para o bem que nos foi concedido com o livre pensar e querer.

A matéria prima do universo, que reflete atributos da perfeição divina e a cultua vai permanecer. É o mundo da Criação que sendo obra de Deus é naturalmente boa.

Esta será transformada em nova terra e o novo Céu (Ap 21, 1) onde habitam Jesus e Maria e onde irão os corpos das almas glorificadas de todos os santos ressurgidos depois do Juízo. Pode-se entender esta Obra e esperar vê-la elevada à gloria, como o Paraíso habitado por Adão e Eva, onde o “Senhor passeava na brisa da tarde”.

Por tudo isto, devemos sempre ter presente que o agir deve seguir o reto pensar, que é formado pelo crer da Fé que Deus nos suscitou. Esta não evita, mas aceita a realidade que tem por Causa primeira a Vontade divina.

E sabemos pela Revelação que Deus enviou o Seu Filho para conhecer a dor e a morte humana a fim de remi-la.

Se os grandes pensadores diziam que nenhum maior bem foi nem será concedido ao gênero humano que a Filosofia centrada no Pensamento divino, não temos nós a Revelação que é Sabedoria no mais alto grau?

Até tempos recentes esta era o grande ideal cristão, que a Igreja representava.

Hoje, depois do Vaticano 2 e seus «papas conciliares», este ideal foi alienado a favor de uma «sociologia» estruturalista, existencialista, «fenomenista», iluminista…

Profanação em Roma


O que será do mundo se não voltar ao Cristianismo da verdadeira Igreja?

Se não volver à edificação na Ordem cristã do «espanto» diante do Pensamento divino, livre do horror dos venenos destilados pela «nova desordem» dos anticristos no Vaticano? Será preciso ainda um grande milagre, como o do sol?

Que o esplendor do Evento de Maria em Fátima nos ajude nesse retorno ao pensar ordenado à Vontade do Pai, única que nos deve deslumbrar e pode salvar.

http://promariana.wordpress.com/2012/07/26/alienacao-do-espanto-humano-diante-da-criacao-divina/


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LUG20

di Arai Daniele

La mente umana è ordinata alla conoscenza della Verità: conoscerla, amarla e servirla in questo mondo, per poi godere tutte le sue mirabili manifestazioni per l’eternità. Gli scienziati cercano la verità dell’atomo terreno. Bene, se è un umile inizio senza voler estrapolare una conclusione trascendentale, che non sia il ritorno all’eterno! In tal senso ci sono anche nei rosoni delle nostre cattedrali figure indirizzate a questa meta e per tutti, ben più sublimi ed efficaci che del tanto bramato «bosone». Senza paragonare, poi, la differenza siderale dei loro costi! Prosegui la lettura »
Non possumus – Unidos ao SPES

Non possumus

No solo no le debemos al magisterio conciliar, en cuanto es tal, obediencia alguna en ningún punto, sino que debemos mantener frente a él una continua e intransigente oposición católica.

Non seulement nous ne devons pas obéissance au magistère conciliaire, en tant que tel, en aucun point, mais aussi nous devons lui faire une oposition catholique intransigeante et continue.

Not only we are not bound to obey the teaching of the council, as such, in any point, but rather we must keep against it a permanent and intransigent Catholic opposition.

Non solo non dobbiamo al magistero conciliare, come tale, alcuna ubbidienza in nessun punto, ma dobbiamo affrontarlo con un’intransigente ed incessante opposizione cattolica.
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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]