Banner

Jesus Início

Início


Visitas



addthis

Addrhis

Canal de Videos



    •  


    • http://deiustitia-etfides.blogspot.com.br/


    • -


    Rio de Janeiro

    Santa Sé






    segunda-feira, 16 de julho de 2012

    Beata Teresa de Sto. Agostinho e Comp., Mártires - 17 de julho




    Heroinas da Cristandade


    segunda-feira, 16 de julho de 2012

    Beata Teresa de Sto. Agostinho e Comp., Mártires - 17 de julho

    O mosteiro das carmelitas de Compiègne, França, vivia entregue ao espírito de oração, de silêncio e de renúncia, quando rebentou a Revolução Francesa. A 4 de agosto de 1790, os membros do diretório do distrito procederam ao inventário dos bens da comunidade. As religiosas foram convidadas a despir o hábito e a abandonar o mosteiro. Cinco dias mais tarde, a conselho da câmara, assinaram todas o juramento de Liberdade-Igualdade. Desde então, viveram dispersas.
    Um século antes, uma irmã chamada Batista vira em sonho todas as religiosas do seu convento na glória, revestidas do manto branco e tendo uma palma na mão... Reservava-lhes o céu a honra do martírio? Durante o ano de 1792, fizeram um ato de consagração pelo qual se ofereceu a comunidade “em holocausto para apaziguar a ira de Deus e para que a divina paz, que o Seu querido Filho tinha vindo trazer ao mundo, fosse transmitida à Igreja e ao Estado”. E cada dia era renovada a consagração, mantendo uma chama que não devia extinguir-se em cada uma, senão sob o cutelo da guilhotina.
    Todavia, mesmo dispersas, a regularidade da vida de cada grupo não passou despercebida aos jacobinos de Compiègne. Decidiram estes uma inspeção, durante a qual se apoderaram de vários elementos que lhes pareceram gravemente comprometedores: cartas de padres em que se tratava de novenas, escapulários e direção espiritual, um retrato de Luís XVI e imagens do Sagrado Coração. O grupo revolucionário, “considerando que as anteriormente religiosas, com desprezo das leis, viviam em comunidade”; que as correspondências provavam “que elas tramavam em segredo pelo restabelecimento da monarquia e pela aniquilação da república”, mandou deter as religiosas e mantê-las incomunicáveis.
    A 22 de junho de 1794, foram encerradas no mosteiro da Visitação, transformado em cárcere. Lá, as reclusas retrataram o juramento feito de Liberdade-Igualdade, “preferindo mil vezes morrer a manterem-se culpadas de tal juramento”.
    E julgaram-se felizes por terem retomado em comum os exercícios da Regra. Mas esta consolação depressa lhes seria tirada. A 12 de julho, chegava a Compiègne a ordem da Comissão de salvação pública, para serem levadas a Paris. Sem lhes ser permitido acabar a sua frugal refeição, nem mudar os vestuários molhados por causa duma barrela que faziam, meteram-nas todas em duas carroças, ficando elas com as mãos presas atrás das costas. O cortejo chegou à Paris no dia seguinte, pelas três horas da tarde, à Conciergerie, a prisão anexa ao palácio da justiça.
    Uma religiosa octogenária e doente, com os membros entorpecidos por demorada imobilidade, não sabia como descer da carroça. Impacientes, os carreteiros pegaram nela e atiraram-na ao chão com brutalidade. Ergueu-se toda ensangüentada, mas contentou-se com dizer aos que a tinham tratado assim: “Acreditai que não vos quero mal por isto. Ao contrário, quero-vos muito bem porque não me matastes, pois, se eu tivesse morrido, teria perdido a felicidade e a glória do martírio”.
    Na Conciergerie, como em Compiègne, prosseguiram as 16 carmelitas em observar a regra; testemunha digna de fé asseverou que “eram ouvidas todas as noites, às 2 da manhã, rezar o ofício”. A 16 de julho, celebraram a festa de Nossa Senhora do Carmo com tal entusiasmo que, segundo afirmou um preso, “a véspera da morte parecia para elas um dia de grande festa”.
    À tarde foram avisadas que iriam comparecer, no dia seguinte, diante do tribunal revolucionário. Realmente, este conselho ouviu nesse dia o acusador público lançar contra as rés um requisitório dos mais violentos: “Embora separadas pelos domicílios, formavam conciliábulos de contra-revolução entre elas e outras, que a si reuniam. Viviam sob a obediência duma superiora e, quanto aos seus princípios e votos, bastava ler as cartas e os escritos delas”.
    Depois de breve interrogatório e sem ouvir testemunhas, o tribunal condenou à morte as 16 carmelitas. E como, sem se perturbar, uma religiosa perguntasse ao presidente o que se devia entender pela palavra “fanático”, que figurava no texto do julgamento, recebeu esta confissão, que devia enchê-las de alegria inexprimível: “Entendo por essa palavra o vosso apego a essas crenças pueris, às vossas loucas práticas de religião”. Era isto que lhes merecia a palma do martírio!
    Uma hora depois, subiram elas para as carroças que as levaram à Praça do Trono Derrubado (Praça da Nação). Enquanto, à passagem delas, uma multidão contraditória exprimia sentimentos diversos – desde gritos e injúrias até à admiração – elas, indiferentes e serenas, cantaram o Miserere e depois a Salve Rainha. Chegadas à base do cadafalso, entoam o Te Deum, o canto de ação de graças, a que juntam o Veni Creator. Depois, renovam as promessas do batismo e os votos de religião.
    Mas eis que uma jovem noviça se ajoelha diante da prioresa. Com tanta simplicidade como fazia dentro das paredes do convento, pede-lhe a bênção e a licença de morrer. Em seguida, cantando o salmo Laudate Dominum omnes gentes, sobe os degraus do cadafalso. Sucessivamente, as outras religiosas observam o mesmo cerimonial e vêm receber a bênção da Madre Teresa de Santo Agostinho. Esta, em último lugar, depois de ver todas as suas filhas dar a Deus a maior prova de amor, confia a sua cabeça aos algozes.
    Assim pereceram, na tarde de 17 de julho de 1794. O sacrifício, das que se tinham generosamente oferecido em holocausto “pela paz da Igreja e da França”, não foi em vão. De fato, “somente dez dias após o suplício delas, cessava a tormenta que, ao longo de dois anos, tinha espalhado pelo solo da França o sangue dos filhos da França” (Decreto de declaração do martírio, 24 de junho de 1905). São Pio X, a 10 de dezembro de 1905, declarou “beatas” aquelas que “desde que foram expulsas, continuaram a viver como religiosas e a honrar, com muitas devoções, o Sagrado Coração”.

    * * *
    Os nomes das Beatas são os seguintes:
    - Anne-Marie Madeleine Thouret (Irmã Carlota da Ressurreição) + em Mouy, 16/9/1715, professou 19/8/1740, sub-priora em 1764 e 1778. Sacristã da capela do Convento.
    - Anne Petras (Irmã Maria Enriqueta da Providência) + em Carjarc, 17/6/1760, professou em 22/10/1786
    - Marie-Geneviève Meunier (Irmã Constance) + em Saint Denis, 28/5/1765, noviça, tomou o hábito em 16/12/1788 (ela sobe os degraus do cadafalso cantando o Salmo Laudate Dominum omnes gentes)
    - Rose-Chrétien de la Neuville (Irmã Julia Luisa de Jesús) + Evreux, 1741, casou-se jovem, enviuvou, entrou para o Carmelo e professou em 1777
    - Marie Claude Cyprienne Brard ou Catherine Charlotte Brard (Irmã Euphrasia da Imaculada Conceição) + 1736 em Bourth, professou em 1757
    - Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho), priora, + em Paris, 22/9/1752, professou em 16 ou 17/5/1775
    - Marie-Anne (ou Antoinette) Brideau (Madre São Luís), sub-priora, + em Belfort, 7/12/1752, professou em 3/9/1771
    - Marie-Anne Piedcourt (Irmã de Jesus Crucificado), religiosa do coro, + 1715, professou 1737; ao subir no cadafalso ela disse: "Eu perdôo vocês do mesmo modo como desejo que Deus me perdoe".
    - Marie-Antoniette ou Anne Hanisset (Irmã Teresa do Sagrado Coração de Maria) + em Rheims, 1740 ou 1742, professou em 1764
    - Marie-Françoise Gabrielle de Croissy (Madre Henriette de Jesus), + em Paris, 18/6/1745, professou 22/2/1764, priora de 1779 a 1785
    - Marie-Gabrielle Trézel (Irmã Teresa de Sto. Inácio), religiosa do coro, + em Compiègne, 4/4/1743, professou 12/12/1771

    Havia ainda três irmãs leigas:
    - Angélique Roussel (Irmã Maria do Espírito Santo) + em Fresnes, 4/8/1742, professou em 14/5/1769
    - Julie ou Juliette Vérolot (Irmã São Francisco Xavier) + em Laignes ou Lignières, 11/1/1764, professou 12/1/1789
    - Marie Dufour (Irmã Santa Marta) + em Beaume, 1 ou 2/10/1742, entrou na comunidade em 1771

    E duas serventes que não eram Carmelitas, mas ocupavam-se dos trabalhos na comunidade:
    - Catherine Soiron, + 2/2/1742 em Compiègne
    - Teresa Soiron, + 23/1/1748 em Compiègne
    Postado por Zeni às 11:48

    Beata Teresa de Sto. Agostinho e Comp., Mártires - 17 de julho


    Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    Postagem mais antiga Início
    Assinar: Postar comentários (Atom)
    Quem sou eu

    Zeni
    Sempre me interessei por biografias. Com o passar dos anos, as vidas das Santas atrairam minha atenção. Católica praticante, via nelas um exemplo a seguir. E assim nasceu minha "coleção" de vidas dessas mulheres fascinantes! Que espero um dia conhecer pessoalmente...

    Visualizar meu perfil completo
    Campanha São Paulo pela VIDA
    Campanha São Paulo pela VIDA
    Assine essa petição!
    Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma, para fixar-me em Vós, imóvel e calma, como se minha alma estivesse já na eternidade
    Beata Elizabete da Trindade
    Minha lista de blogs

    AGÊNCIA BOA IMPRENSA
    China: repressão “por pontos” silencia usuários da Internet
    22 horas atrás
    Almas Castelos
    O grande milagre de Lanciano
    1 dia atrás
    São Paulo resiste!
    Mentira tem perna curta...
    4 semanas atrás
    O Combate
    A mão do demônio
    2 meses atrás
    Irmandade dos Blogs Católicos
    Irmandade dos Blogs Católicos
    5 meses atrás

    Links

    http://www.adf.org.br
    http://www.ipco.org.br
    http://www.catolicismo.com.br

    Heroínas


    Seguidores
    Arquivo do blog

    ▼ 2012 (98)
    ▼ Julho (8)
    Beata Teresa de Sto. Agostinho e Comp., Mártires -...
    Tesouro Carmelitano pouco conhecido do Brasil
    Santa Amalberga de Temse, Virgem - Festejada 10 de...
    Santa Verônica Giuliani, Abadessa - Festa 9 de jul...
    Santa Darerca (Moninna) de Killeavy, Abadessa - 6 ...
    Santa Isabel, Rainha de Portugal - Festejada 4 de ...
    Beata Maria Ana Mogas Fontcuberta, Fundadora - 3 d...
    Santa Ester, Rainha da Pérsia - 1 de julho
    ► Junho (14)
    ► Maio (14)
    ► Abril (16)
    ► Março (16)
    ► Fevereiro (14)
    ► Janeiro (16)

    ► 2011 (169)


    Total de visualizações de página
    28875
    Modelo Watermark. Tecnologia do Blogger.

    Nenhum comentário:




    _


    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo