segunda-feira, 16 de julho de 2012

[Catolicos a Caminho] LITURGIA DA PALAVRA - 16o DOMINGO COMUM - B - Som !

 



        É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.
          16º DOMINGO  COMUM - ANO  B !
  
              Vinde, em particular, para um lugar isolado e descansai um pouco.

             A Liturgia da Palavra deste 16º Domingo Comum – B, quer hoje alertar-nos no sentido de que ensinar ou pastorear, é a principal missão do Magistério da Igreja, a qual requer uma profunda reflexão, um tempo de pausa para reciclagem e actualização de conhecimentos e ainda um exame de consciência de modo a não se perverter o ensino com os sempre possíveis maus exemplos, para o cumprimento da missão de santificar da Igreja.
            A época em que vivemos desenrola-se sob o signo das velocidades e das pressas.
            Estabelecermos uma paragem para reflexão sobre os nossos juízos de valor e critérios de apreciação é, não apenas útil, mas necessário.
            Muitas vezes se pode perverter uma boa iniciativa, por falta da preparação necessária, por falta de reflexão.
            Na 1ª Leitura o profeta Jeremias lembra-nos a Palavra do Senhor que diz :
            - "Ai dos pastores que arruínam e dispersam as ovelhas da Minha pastagem". (1ª Leitura).
             Os reis e sacerdotes judeus, frequentemente nos aparecem na Bíblia, sob a designação de pastores.
            Os pastores são guias e, como tais, são responsáveis pela condução dos seus rebanhos.
            Com bons pastores nada falta aos rebanhos, como canta o Salmo Responsorial :
            - "O Senhor me conduz; nada me faltará".
            Na 2ª Leitura, S. Paulo lembra aos  Efésios, e hoje também a toda a Igreja docente, que é preciso estabelecer a paz e a harmonia entre os povos, porque no seu tempo, havia uma grande oposição entre os judeus e os pagãos e a mensagem de Cristo, aperfeiçoando a lei de Moisés, estabelecia a paz entre os povos e as nações.
            - "Cristo veio anunciar a boa Boa-Nova da paz, paz para vós que estáveis longe  e paz para aqueles que  estavam perto".(2ª Leitura).
             Inúmeras barreiras separam ainda hoje o Oriente do Ocidente, os crentes dos descrentes, os ricos dos pobres..
            O anúncio do Evangelho recomenda o amor de Deus entre os homens, o perdão, a reconciliação e a paz.
            Para isso requere-se um momento de reflexão, de estudo e de remodelação de processos de vida e de actividade.
            O Evangelho é de S. Marcos e é bem claro, e diz-nos que os Apóstolos, de regresso da sua pregação, relatam os sucessos alcançados na missão apostólica que lhe fora confiada.
            Entretanto, Jesus convida-os à reflexão :
            - "Vinde em particular para um lugar isolado e descansai um pouco". (Evangelho).
             Um tempo de paragem é absolutamente indispensável, para recuperar as forças, para o estabelecimento de uma mais íntima união com Deus e para recuperar a disposição necessária para ouvir e ajudar os outros nos seus problemas.
          O Papa é o sucessor de Pedro e a Igreja de Roma é a mesma Igreja que foi fundada sobre a mesma Pedra.
                    A missão de ensinar da Igreja.
            A responsabilidade de ensinar a doutrina e de julgar da sua ortodoxia, pertence à autoridade oficial de ensinar da Igreja.
            Esta autoridade está personalizada no Papa, o sucessor de Pedro, como cabeça da Igreja, e nos Bispos em conjunto com o Papa, tal como foi inicialmente confiado a Pedro e ao colégio dos Apóstolos sob a sua chefia.
            Estes são oficialmente os Mestres do ensino da Igreja.
            Outros têm relações auxiliares com o Magistério :
                        * Os Teólogos, no estudo e clarificação das doutrinas.
                        * Os Mestres e Professores - Sacerdotes, Religiosos ou Leigos - que cooperam com o Papa e com os Bispos na difusão dos conhecimentos da verdade religiosa.
                        * Os Fiéis que, pelo seu sentido de fé e pelo seu testemunho pessoal contribuem para o desenvolvimento da doutrina e para o seu estabelecimento e importância na vida da Igreja e do Mundo.
            Para salvaguardar a verdadeira substância da fé em Jesus Cristo, e evitar que cada um se deixe perder, foi estabelecido por Cristo o Magistério da Igreja.
            Assim o define o Catecismo da Igreja Católica :
            85. - "O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiada ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo (DV 10), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.
            O Magistério captura o íntimo coração e essência da Igreja, que consiste em proclamar a Boa Nova de Jesus em toda a sua profundidade.
            A Igreja usa os ensinamentos de Cristo e as doutrinas ensinadas pelos Apóstolos, para os comunicar aos fiéis com a assistência do Espírito Santo e abrange todos os campos de acção em que deve agir.
            86. - "Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado."(DV 10) .
             O Novo Testamento dá testemunho disto ao formar o colégio apostólico.
            A Comunidade dos Apóstolos, enquanto ensina como um corpo unificado sob a direcção de Pedro, atesta a verdade de Cristo e fala com toda a autoridade d'Ele.
            Foi aos Apóstolos que a autoridade do ensino do Reino foi confiada em plenitude, e eles foram as mais próximas testemunhas do que Jesus fez e ensinou.
            No fim da era apostólica foi criado o episcopado monárquico sob a autoridade dos Apóstolos, como seus sucessores, como os árbitros finais da fé e da doutrina.
            Os limites do Magistério da Igreja acentuaram-se positiva e gradualmente nos Concílios de Trento (1545-1563) e Vaticano I (1869-1870), e nas controvérsias com os Galicanos, Episcopalianos e Conciliaristas.
            O Magistério da Igreja existe para proteger o ensinamento autêntico de Cristo até ao fim dos tempos.
            O Magistério da Igreja proclama os autênticos ensinamentos de Cristo, infalivelmente, irrefutavelmente, e sem erro :
                        * Quando ensina universalmente e sem contradição.
                        * Quando a falta de ensinamento destas doutrinas se poderia considerar como uma negligência.
                        * Quando o ensino diz respeito a qualquer assunto de fé ou moral.
                        * Quando este ensino é feito com toda a autoridade.
            Num Magistério Extraordinário o Romano Pontífice e os Concílios Ecuménicos, cujas decisões são confirmadas pelo Papa, têm poder para proclamar certas matérias de fé e moral necessárias para a salvação, como verdades infalíveis.
            Tais ensinamentos devem ser proclamados com toda a autoridade e solenidade tanto pelo Concílio Ecuménico como pelo Romano Pontífice, e devem ser aceites consistente e universalmente por toda a Igreja.
            Devem ser ensinamentos que nunca admitiram dúvidas.
            A doutrina da Infalibilidade do Magistério não significa que tudo quanto a Igreja ensina seja proclamado infalivelmente, mas que a sua proclamação é a de Jesus Cristo e para aqueles a quem Ele quer ensinar.
            Pela sua autoridade de ensinar, o Magistério conduz verdadeiramente a Cristo, à santidade e à salvação, uma vez que a plenitude da santidade e os dons do Espírito Santo se encontram na Igreja Católica em virtude da assistência que o Espírito Santo dá ao Magistério.
            Portanto o Magistério da Igreja tem o dever de ensinar.
            O Catecismo da Igreja Católica, seguindo a Escritura, o Concílio e o Direito Canónico, diz :
            2032. - A Igreja "coluna e fundamento da verdade"(l Tim.3,15), "recebeu dos Apóstolos o solene mandamento de Cristo de anunciar a verdade da salvação"(LG 17). "À Igreja compete anunciar sempre e em toda a parte os princípios morais, mesmo de ordem social, bem como emitir juízo acerca de quaisquer realidades humanas, na medida em que exigem os direitos fundamentais da pessoa humana ou a salvação das almas".(DC,cân.747/2).
             O Magistério da Igreja assenta, portanto, na verdade e autenticidade  da Sucessão Apostólica, para o cumprimento do plano da História da Salvação.
             Todos os fiéis devem aceitar com humildade, confiança e reverência, todo o ensinamento do Magistério da Igreja,  como garantia de veracidade da doutrina e caminho que leva ao Reino de Deus.  
            E é na reflexão e na resolução dos nossos problemas, que nos preparamos para o cumprimento do plano da História da Salvação.
                      .....................................
            Sobre a missão de ensinar do Magistério da Igreja, diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :
            888. – Os bispos, com os sacerdotes seus cooperadores, «têm como dever primário anunciar o Evangelho de Deus a todos os homens» (PO 4), conforme a ordem do Senhor. Eles são «os arautos da fé» que trazem a Cristo novos discípulos; os «doutores autênticos» da fé apostólica «munidos da autoridade de Cristo».
            889. – Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a verdade. Pelo «sentido sobrenatural da fé», o povo de Deus «adere de modo indefectível à fé», sob a conduta do Magistério vivo da Igreja.
            890. – A missão do Magistério está ligada ao carácter definitivo da aliança instaurada por Deus em Cristo com o seu povo. Deve protegê-lo dos desvios e falhas, e garantir-lhe a possibilidade objectiva de professar sem erro a fé autêntica. O dever pastoral do Magistério está, assim, ordenado a velar por que o povo de Deus permaneça na verdade libertadora. Para cumprir este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma da infalibilidade em matéria de fé e de costumes...
           
                                                                     John
                                                                 Nascimento


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    Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

    "RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
    [PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]