quarta-feira, 18 de julho de 2012

[Catolicos a Caminho] TEOLOGIA MORAL - LEI MORAL E RESPONSABILIDADE Som !

 

 

             TEOLOGIA  MORAL !

                               LEI MORAL

                                                       E RESPONSABILIDADE

 

                        LEI MORAL

             Segundo a define o Catecismo da Igreja Católica :

            1950. - A Lei Moral é obra da sabedoria divina. Podemos defini-la, em sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela prescreve ao homem os caminhos, as regras de proceder que o levam à bem-aventurança prometida e proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus e do Seu amor. É, ao mesmo tempo, firme nos seus preceitos e amável nas suas promessas.

             A Lei, como Lei, é um Regra; como Moral encerra uma acção ou um procedimento; como Norma exige uma autoridade competente; a sua Finalidade é o bem comum. (cf.CIC 1951).

            A Lei Moral não é letra morta mas exerce-se em muitos sectores da vida humana, de harmonia com as Leis divinas, as Leis eclesiásticas e as Leis civis.

            Assim, podemos, em termos específicos, considerar :

 

                        1)- A Lei Moral natural.

             -  Exprime o sentido moral original, que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal, a verdade e a mentira, (CIC 1954)

            - Enuncia os preceitos primários e essenciais que regem a vida moral.(CIC 1955).

            - Presente no coração de cada homem e estabelecida pela razão, é universal nos seus preceitos, e a sua autoridade estende-se a todos os homens. (CIC 1956).

            - É imutável e permanece através das variações da história. Subsiste sob o fluxo das ideias e dos costumes e está na base do respectivo progresso. (CIC 1958).

 

                        2)- Lei Antiga.

            - Deus escolheu Israel como seu povo e revelou-lhe a Sua Lei. (CIC 1961).

            - A Lei Antiga é o primeiro estádio da lei revelada. (CIC 1962),

            - A Lei Antiga é uma preparação do Evangelho. (CIC 1964).

 

                        3)- Nova Lei ou Lei Evangélica.

            - É a perfeição, na Terra, da Lei divina, natural e revelada. (CIC 1965).

            - É a graça do Espírito Santo, dada aos fiéis pela fé em Cristo.(CIC 1966).

            - Dá cumprimento aos mandamentos da Lei. (CIC 1968).

            - Pratica os actos da religião : esmola, oração, jejum. (CIC 1969).

            - É a lei do amor e inclui os conselhos evangélicos. (CIC 1972/73).

 

                        4)- Formação da Consciência moral.

            - Organizando o Juízo da consciência.

            - Completando a formação da consciência.

            - Construindo as opções da consciência.

            - Evitando os juízos erróneos, (cf. CIC 1776 a 1794).

 

                        5)- Toda a Vida da Igreja.

            - Vida moral e Magistério da Igreja.

            - Preceitos da Igreja.

            - Vida moral e testemunho missionário. (cf.CIC 2030 a 2046).

 

                        6)- Especial incidência no Quinto Mandamento.

            - No respeito pela vida humana.

            - No respeito pela dignidade das pessoas.

            - Na salvaguarda da paz. (cf. CIC 2258 a 2317).

 

                        7)- Em referência ao Matrimónio.

            - Na vocação à castidade.

            - Pelo amor dos esposos.

            - Nas ofensas à dignidade do Matrimónio. (cf.CIC 2337 a 2391).

                        O Concílio Vaticano II, na sua Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo actual, abordou largamente o problema da Ordem Moral como :

 

                        - Inscrita no interior do homem :

            - O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado. (GS 16).

                        - Controladora do desenvolvimento económico :

            - A actividade económica, regulando-se pelos métodos e leis próprias, deve, portanto, exercer-se dentro dos limites da ordem moral, para que assim se cumpra o desígnio de Deus sobre o homem. GS 64).

                         Na Declaração sobre a Liberdade Religiosa :

                        - Fundada na natureza humana :

            - A Igreja Católica [...] declara e confirma, com a sua autoridade, os princípios de ordem moral que dimanam da natureza humana. (DH 14).

 

                          RESPONSABILIDADE

            O sentido da responsabilidade está intimamente ligado à noção de liberdade, à formação da consciência e ao valor dos actos humanos.

            A responsabilidade é uma constante de toda a vida humana em que o homem age sob o olhar de Deus, guiado pela sua consciência bem formada e vive no meio de outros homens, os seus irmãos, o seu semelhante, no exercido da sua liberdade.

            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            1734. - A liberdade torna o homem responsável pelos seus actos, na medida em que são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os seus actos.

            1735. - A imputabilidade e responsabilidade dum acto podem ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência, o medo, os hábitos, as afeições desordenadas e outros factores psíquicos ou de carácter social.

            1781. - A consciência permite assumir a responsabilidade dos actos praticados. Se o homem comete o mal, o justo juiz da consciência pode ser nele a testemunha da verdade universal do bem e, ao mesmo tempo, da maldade da sua opção individual. O veredicto do juízo da consciência continua a ser um penhor de esperança e de misericórdia. Atestando a falta cometida, lembra o perdão a pedir, o bem a praticar e a virtude a cultivar incessantemente com a graça de Deus.

 

                                                          John

                                                                       Nascimento

 

 

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]