quinta-feira, 26 de julho de 2012

[catolicos_respondem] HISTÓRIA DA SALVAÇÃO - DOMINGO COMUM -- B - DOM DE DEUS QUE NOS HABITA - Som !

 

 

       

                                    

 

                                                             HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

 

                                                                   (099) 17º DOMINGO COMUM – B

 

           DOM DE DEUS QUE NOS HABITA !

 

          Passa pelas nossas mãos o pão que Deus multiplica para saciar todas as fomes.

          Somos nós que o trazemos, mas é Deus que o multiplica e nos manda que o distribuamos e o façamos com magnanimidade e solicitude.

          Abençoado e multiplicado por Deus esse pão é uma força de vida que neutraliza todas as ameaças de morte.

          Se a morte ainda continua na ordem do dia e a desconcertar a nossa auto-suficiência ou a nossa alienação, isso não passa de um acidente, num percurso em que cada morte se transforma apenas numa fronteira que nos dá acesso a outras formas de vida.

          Tal itinerário nós o fazemos contando sempre com a companhia daquele que hoje, mais uma vez, nos dirige a palavra nestes termos :

          - "Prestai-me atenção e vinde a Mim; escutai e a vossa alma viverá; firmarei convosco uma aliança eterna".

          Tudo na existência cristã começa por uma iniciativa de Deus que nos convoca com palavras de amizade.

          Deus solicita a nossa atenção e escuta, para que possamos aderir de bom grado à aliança definitiva que Ele se propõe estabelecer connosco.

          Uma aliança para a vida que nos habita o espírito como garantia duma plenitude inesgotável a que ficamos vinculados por laços de gratidão filial.

          Ora a gratidão supõe e encerra o agradecimento.

          Agradecer as coisas é tomar-lhes o peso, reconhecendo o seu valor e testemunhando essa admiração.

          Agradecer as coisas é ponderar a sua importância e ser capaz de responder por elas.

          Mais do que expressão duma subjectividade sentimental a gratidão é fruto duma consciência objectiva do dom e manifestação exterior dessa objectividade interiorizada.

          Por isso, aquele que alimenta sentimentos de gratidão, é necessariamente uma pessoa atenta, consciente e responsável.

          Por isso também, aquele que é grato é igualmente feliz, porque nele conta mais a noção do dom do que o sentimento da carência.

          Cada coisa, cada acontecimento e sobretudo cada pessoa, surgem-lhe como um desafio a esse acolhimento grato que gera nele a alegria da gratificação.

          Desdobrado de si mesmo e voltado para fora, tudo lhe aparece como um apelo à comunhão e um desafio ao discernimento que gera a gratidão.

          No caso da multiplicação dos pães, a multidão voltou de novo, não por gratidão mas sim pelo alimento que tinham recebido de modo diferente e que por razões óbvias ainda podiam compreender que Jesus lhes queria falar dum outro alimento, aquele que nutre a alma e se destina ao cumprimento do Plano da História da Salvação.

 

                                                                    John

                                                                             Nascimento

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]