segunda-feira, 30 de julho de 2012

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II AOS CAVALEIROS DA SOBERANA ORDEM MILITAR DE MALTA


The Holy See



DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II

AOS CAVALEIROS DA SOBERANA

ORDEM MILITAR DE MALTA


Quinta-feira, 24 de Janeiro de 1999




Caríssimos Irmãos e Irmãs!

1. Por ocasião da solenidade de São João Baptista, vosso santo Padroeiro, quisestes reunir-vos para uma solene celebração na Basílica de São Pedro. Apresento as minhas boas-vindas a cada um de vós e saúdo a inteira Ordem dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, chamada Soberana Ordem Militar de Malta, que nestes dias celebrou o próprio Capítulo Geral.

Saúdo de modo particular o Príncipe e Grão-Mestre, Fra Andrew Bertie, o «Cardinalis Patronus», Pio Laghi, o Prelado Monsenhor Donato de Bonis, o Grão-Chanceler e os Dignitários do Soberano Conselho há pouco renovado. A todos desejo bom trabalho ao serviço de Deus, da Igreja e da Ordem. Há mais de novecentos anos, a vossa benemérita Ordem oferece ao mundo um testemunho fiel ao próprio lema: «Tuitio fidei, obsequium pauperum», que corresponde ao mandato evangélico de «amar a Deus e amar o próximo».

2. Vós estais bem persuadidos de que a defesa e o testemunho da fé constituem a base da evangelização, e quereis oferecer o vosso contributo para que a mensagem evangélica continue a iluminar também o terceiro milénio da era cristã, já iminente. Para isto, senti-vos empenhados em traduzir em factos a fidelidade a Cristo mediante o testemunho do amor, que se faz serviço em favor dos irmãos, de modo especial dos pobres: aquilo a que vós justamente chamais «obsequium pauperum». Este amor pelos últimos é validamente testemunhado pela vossa presença ao lado dos doentes, dos que sofrem, das vítimas dos tremores de terra, dos prófugos. Ele qualifica a vossa Ordem religiosa e soberana como válida estrutura que se ocupa do peso do sofrimento do homem.

Permanecei firmes na fidelidade a Cristo, à Igreja e aos pobres. Tende sempre presentes as palavras de Jesus: «O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei» (Jo 15, 12), e ainda: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

Enquanto faço votos por que intensifiqueis a vossa benemérita acção, imploro sobre cada um a protecção materna da celeste Padroeira, a Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Filéremo, que sempre vos acompanhou na Pátria e no exílio. Sustente-vos também o Protector da Ordem, São João Baptista, anunciador da presença de Cristo na história do mundo.

Com estes sentimentos, concedo de bom grado a Bênção Apostólica ao Grão-Mestre, a vós aqui presentes e à inteira Soberana Ordem Militar de Malta, de modo particular aos doentes e aos que sofrem, por vós assistidos em todas as partes do mundo.

http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/speeches/1999/june/documents/hf_jp-ii_spe_24061999_knights-malta_po.html

© Copyright 1999 - Libreria Editrice Vaticana




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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]