The Holy See
DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II
AOS CAVALEIROS DA SOBERANA
ORDEM MILITAR DE MALTA
Quinta-feira, 24 de Janeiro de 1999
Caríssimos Irmãos e Irmãs!
1. Por ocasião da solenidade de São João Baptista, vosso santo Padroeiro, quisestes reunir-vos para uma solene celebração na Basílica de São Pedro. Apresento as minhas boas-vindas a cada um de vós e saúdo a inteira Ordem dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, chamada Soberana Ordem Militar de Malta, que nestes dias celebrou o próprio Capítulo Geral.
Saúdo de modo particular o Príncipe e Grão-Mestre, Fra Andrew Bertie, o «Cardinalis Patronus», Pio Laghi, o Prelado Monsenhor Donato de Bonis, o Grão-Chanceler e os Dignitários do Soberano Conselho há pouco renovado. A todos desejo bom trabalho ao serviço de Deus, da Igreja e da Ordem. Há mais de novecentos anos, a vossa benemérita Ordem oferece ao mundo um testemunho fiel ao próprio lema: «Tuitio fidei, obsequium pauperum», que corresponde ao mandato evangélico de «amar a Deus e amar o próximo».
2. Vós estais bem persuadidos de que a defesa e o testemunho da fé constituem a base da evangelização, e quereis oferecer o vosso contributo para que a mensagem evangélica continue a iluminar também o terceiro milénio da era cristã, já iminente. Para isto, senti-vos empenhados em traduzir em factos a fidelidade a Cristo mediante o testemunho do amor, que se faz serviço em favor dos irmãos, de modo especial dos pobres: aquilo a que vós justamente chamais «obsequium pauperum». Este amor pelos últimos é validamente testemunhado pela vossa presença ao lado dos doentes, dos que sofrem, das vítimas dos tremores de terra, dos prófugos. Ele qualifica a vossa Ordem religiosa e soberana como válida estrutura que se ocupa do peso do sofrimento do homem.
Permanecei firmes na fidelidade a Cristo, à Igreja e aos pobres. Tende sempre presentes as palavras de Jesus: «O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei» (Jo 15, 12), e ainda: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).
Enquanto faço votos por que intensifiqueis a vossa benemérita acção, imploro sobre cada um a protecção materna da celeste Padroeira, a Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Filéremo, que sempre vos acompanhou na Pátria e no exílio. Sustente-vos também o Protector da Ordem, São João Baptista, anunciador da presença de Cristo na história do mundo.
Com estes sentimentos, concedo de bom grado a Bênção Apostólica ao Grão-Mestre, a vós aqui presentes e à inteira Soberana Ordem Militar de Malta, de modo particular aos doentes e aos que sofrem, por vós assistidos em todas as partes do mundo.
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/speeches/1999/june/documents/hf_jp-ii_spe_24061999_knights-malta_po.html
© Copyright 1999 - Libreria Editrice Vaticana
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]