domingo, 8 de julho de 2012

Liturgia das Horas



COMPLETAS

introdução
ouvir:
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Depois, recomenda-se o exame de consciência (...)

Hino

Ó Cristo, dia e esplendor,
na treva o oculto aclarais.
Sois luz de luz, nós o cremos,
luz aos fiéis anunciais.

Guardai-nos, Deus, nesta noite,
velai do céu nosso sono;
em vós na paz descansemos
em um tranquilo abandono.

Se os olhos pesam de sono,
vele, fiel, nossa mente.
A vossa destra proteja
quem vos amou fielmente.

Defensor nosso, atendei-nos
freai os planos malvados.
No bem guiai vossos servos,
com vosso sangue comprados.

Ó Cristo, Rei piedoso,
a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.

Salmodia

Ant. Não temerás terror algum durante a noite:
o Senhor te cobrirá com suas asas.

Salmo 90(91)

Sob a proteção do Altíssimo
Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões (Lc 10,19).

–1 Quem habita ao abrigo do Altíssimo *
e vive à sombra do Senhor onipotente,
–2 diz ao Senhor: 'Sois meu refúgio e proteção, *
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente'.

–3 Do caçador e do seu laço ele te livra. *
Ele te salva da palavra que destrói.
–4 Com suas asas haverá de proteger-te, *
com seu escudo e suas armas, defender-te.

–5 Não temerás terror algum durante a noite, *
nem a flecha disparada em pleno dia;
–6 nem a peste que caminha pelo escuro, *
nem a desgraça que devasta ao meio-dia;

=7 Podem cair muitos milhares a teu lado, †
podem cair até dez mil à tua direita: *
nenhum mal há de chegar perto de ti.

–8 Os teus olhos haverão de contemplar *
o castigo infligido aos pecadores;
–9 pois fizeste do Senhor o teu refúgio, *
e no Altíssimo encontraste o teu abrigo.

–10 Nenhum mal há de chegar perto de ti, *
nem a desgraça baterá à tua porta;
–11 pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos *
para em todos os caminhos te guardarem.

–12 Haverão de te levar em suas mãos, *
para o teu pé não se ferir nalguma pedra.
–13 Passarás por sobre cobras e serpentes, *
pisarás sobre leões e outras feras.

–14 'Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo *
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
–15 Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, *
e a seu lado eu estarei em suas dores.

= Hei de livrá-lo e de glória coroá-lo, †
16 vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, *
e vou mostrar-lhe minha graça e salvação'.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Não temerás terror algum durante a noite:
o Senhor te cobrirá com suas asas.

Leitura breve Ap 22,4-5

Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. Não haverá mais noite: não se precisará
mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles
reinarão por toda a eternidade.

Responsório breve

R. Senhor, em vossas mãos
* Eu entrego o meu espírito. R. Senhor.
V. Vós sois o Deus fiel, que salvastes vosso povo.
* Eu entrego. Glória ao Pai. R.Senhor.

Cântico evangélico, ant.

Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Cântico de Simeão Lc 2,29-32

Cristo, luz das nações e glória de seu povo

–29 Deixai, agora, vosso servo ir em paz, *
conforme prometestes, ó Senhor.

–30 Pois meus olhos viram vossa salvação *
31 que preparastes ante a face das nações:

–32 uma Luz que brilhará para os gentios *
e para a glória de Israel, o vosso povo.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Oração

Depois de celebrarmos neste dia a ressurreição do vosso Filho, nós vos pedimos, humildemente,
Senhor, que descansemos seguros em vossa paz e despertemos alegres para cantar vosso louvor.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O Senhor todo-poderoso nos conceda uma noite tranquila
e, no fim da vida, uma morte santa.
R. Amém.

Antífona final de Nossa Senhora

Ave, Rainha do céu;
ave, dos anjos Senhora;
ave, raiz, ave, porta;
da luz do mundo és aurora.
Exulta, ó Virgem tão bela,
as outras seguem-te após;
nós te saudamos: adeus!
E pede a Cristo por nós!
Virgem Mãe, ó Maria!



Invitatório



V. Abri os meus lábios, ó Senhor.

R. E minha boca anunciará vosso louvor.





R. Vinde, povo do Senhor e rebanho que ele guia:
vinde todos, adoremos, aleluia..

Salmo 94(95)
ouvir:
--escolher outro--

Convite ao louvor de Deus

Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).



–1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *

aclamemos o Rochedo que nos salva!

–2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *

e com cantos de alegria o celebremos! (R.)



–3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *

o grande Rei, muito maior que os deuses todos.

–4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *

e as alturas das montanhas lhe pertencem;

–5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *

e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)



–6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *

e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!

=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †

e nós somos o seu povo e seu rebanho, *

as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)



=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †

“Não fecheis os corações como em Meriba, *

9 como em Massa, no deserto, aquele dia,

– em que outrora vossos pais me provocaram, *

apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)



=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †

e eu disse: “Eis um povo transviado, *

11seu coração não conheceu os meus caminhos!”

– E por isso lhes jurei na minha ira: *

“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)



(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente

e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †

e ao Espírito que habita em nosso peito *

pelos séculos dos séculos. Amém.



(R.)



II Semana do Saltério

Invitatório
___________________________________________________
Ofício das Leituras
(para Vigílias clique aqui)

introdução
ouvir:

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.



Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Chegamos ao meio da noite.

Profética voz nos chamou

e exorta a cantarmos felizes

de Deus Pai e Filho o louvor,



que unidos no Espírito da Vida,

são perfeita e santa Trindade,

igual numa só natureza,

à qual honra, amor, majestade!



Recorda esta hora o terror

de quando, nas terras do Egito,

um anjo matou primogênitos,

deixando o país todo aflito.



Mas traz salvação para os justos

na hora que Deus decretou.

As casas marcadas com sangue

o anjo da morte poupou.



O Egito chorou os seus filhos,

porém Israel se alegrou.

O sangue do puro cordeiro

aos seus protegeu e salvou.



Nós somos o novo Israel,

e em vós, ó Senhor, exultamos.

Com sangue de Cristo marcados,

do mal os ardis desprezamos.



Deus santo, fazei-nos ser dignos

da glória do mundo que vem.

Possamos cantar vossa glória

no céu para sempre. Amém.



II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:



Salve o dia que é glória dos dias,

feliz dia, de Cristo vitória,

dia pleno de eterna alegria,

o primeiro.



Luz divina brilhou para os cegos;

nela o Cristo triunfa do inferno,

vence a morte, reconciliando

terra e céus.



A sentença eterna do Rei

tudo sob o pecado encerou,

para que na fraqueza brilhasse

maior graça.



O poder e a ciência de Deus

misturaram rigor e clemência,

quando o mundo já estava caindo

nos abismos.



Surge livre do Reino da morte

quem o gênero humano restaura,

reconduz em seus ombros a ovelha

ao redil.



Reine a paz entre os anjos e os homens,

e no mundo a total plenitude.

Ao Senhor triunfante convém

toda a glória.



Mãe Igreja, tua voz faça coro

à harmonia da pátria celeste.

Cantem hoje Aleluias de glória

os fiéis.



Triunfando do império da morte,

triunfal alegria gozemos.

Paz na terra e nos céus alegria.

Assim seja.



Salmodia



Ant. 1 Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!

De majestade e esplendor vos revestis,

e de luz vos envolveis como num manto! Aleluia.



Salmo 103(104)



Hino a Deus Criador

Se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é

novo (2Cor 5,17).



I

–1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor! *

Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!

–2 De majestade e esplendor vos revestis *

e de luz vos envolveis como num manto.



–3 Estendeis qual uma tenda o firmamento, *

construís vosso palácio sobre as águas;

– das nuvens vós fazeis o vosso carro, *

do vento caminhais por sobre as asas;

–4 dos ventos fazeis vossos mensageiros, *

do fogo e chama fazeis vossos servidores.



–5 A terra vós firmastes em suas bases, *

ficará firme pelos séculos sem fim;

–6 os mares a cobriam como um manto, *

e as águas envolviam as montanhas.



–7 Ante a vossa ameaça elas fugiram, *

e tremeram ao ouvir vosso trovão;

–8 saltaram montes e desceram pelos vales *

ao lugar que destinastes para elas;

–9 elas não passam dos limites que fixastes, *

e não voltam a cobrir de novo a terra.



–10 Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes *

que passam serpeando entre as montanhas;

–11 dão de beber aos animais todos do campo, *

e os da selva nelas matam sua sede;

–12 às suas margens vêm morar os passarinhos, *

entre os ramos eles erguem o seu canto.



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!

De majestade e esplendor vos revestis,

e de luz vos envolveis como num manto! Aleluia.



Ant. 2 O Senhor tira da terra o alimento

e o vinho que alegra o coração. Aleluia.



II

–13 De vossa casa as montanhas irrigais, *

com vossos frutos saciais a terra inteira;

–14 fazeis crescer os verdes pastos para o gado *

e as plantas que são úteis para o homem;



–15 para da terra extrair o seu sustento *

e o vinho que alegra o coração,

– o óleo que ilumina a sua face *

e o pão que revigora suas forças.



–16 As árvores do Senhor são bem viçosas *

e os cedros que no Líbano plantou;

–17 as aves ali fazem os seus ninhos *

e a cegonha faz a casa em suas copas;

–18 os altos montes são refúgio dos cabritos, *

os rochedos são abrigo das marmotas.



–19 Para o tempo assinalar destes a lua, *

e o sol conhece a hora de se pôr;

–20 estendeis a escuridão e vem a noite, *

logo as feras andam soltas na floresta;

–21 eis que rugem os leões, buscando a presa, *

e de Deus eles reclamam seu sustento.



–22 Quando o sol vai despontando, se retiram, *

e de novo vão deitar-se em suas tocas.

–23 Então o homem sai para o trabalho, *

para a labuta que se estende até à tarde.



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. O Senhor tira da terra o alimento

e o vinho que alegra o coração. Aleluia.



Ant. 3 Deus viu todas as coisas que fizera

e eram todas elas muito boas. Aleluia.



III

=24 Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, †

e que sabedoria em todas elas! *

Encheu-se a terra com as vossas criaturas!



=25 Eis o mar tão espaçoso e tão imenso, †

no qual se movem seres incontáveis, *

gigantescos animais e pequeninos;

=26 nele os navios vão seguindo as suas rotas, †

e o monstro do oceano que criastes *

nele vive e dentro dele se diverte.



–27 Todos eles, ó Senhor, de vós esperam *

que a seu tempo vós lhes deis o alimento;

–28 vós lhes dais o que comer e eles recolhem, *

vós abris a vossa mão e eles se fartam.



=29 Se escondeis a vossa face, se apavoram, †

se tirais o seu respiro, eles perecem *

e voltam para o pó de onde vieram;

–30 enviais o vosso espírito e renascem *

e da terra toda a face renovais.



–31 Que a glória do Senhor perdure sempre, *

e alegre-se o Senhor em suas obras!

–32 Ele olha para a terra, ela estremece; *

quando toca as montanhas, lançam fogo.



–33 Vou cantar ao Senhor Deus por toda a vida, *

salmodiar para o meu Deus enquanto existo.

–34 Hoje seja-lhe agradável o meu canto, *

pois o Senhor é a minha grande alegria!



=35 Desapareçam desta terra os pecadores, †

e pereçam os perversos para sempre! *

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. Deus viu todas as coisas que fizera

e eram todas elas muito boas. Aleluia.



V. Felizes vossos olhos porque vêem,

R. E também vossos ouvidos porque ouvem!



Primeira leitura

Do Segundo Livro de Samuel 12,1-25



Arrependimento de Davi

Naqueles dias: 1O Senhor mandou o profeta Natã a Davi. Ele foi ter com o rei e lhe

disse: “Numa cidade havia dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico possuía ovelhas

e bois em grande número. 3O pobre só possuía uma ovelha pequenina, que tinha

comprado e criado. Ela crescera em sua casa junto com seus filhos, comendo do seu

pão, bebendo do mesmo copo, dormindo no seu regaço. Era para ele como uma filha.

4Veio um hóspede à casa do homem rico, e este não quis tomar uma das suas ovelhas ou

um dos seus bois para preparar um banquete e dar de comer ao hóspede que chegara.

Mas foi, apoderou-se da ovelhinha do pobre e preparou-a para o visitante”. 5Davi ficou

indignado contra esse homem e disse a Natã: “Pela vida do Senhor, o homem que fez

isso merece a morte! 6Pagará quatro vezes o valor da ovelha, por ter feito o que fez e

não ter tido compaixão”.



7Natã disse a Davi: “Esse homem és tu! Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Eu te

ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul. 8Dei-te a casa do teu senhor e pus

nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de

Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores. 9Por que desprezaste a

palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada? Feriste à espada o hitita Urias, para

fazer da sua mulher a tua esposa, fazendo-o morrer pela espada dos amonitas. 10Por isso,

a espada jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a mulher do

hitita Urias para fazer dela a tua esposa. 11Assim diz o Senhor: Da tua própria casa farei

surgir o mal contra ti e tomarei as tuas mulheres, sob os teus olhos, e as darei a um

outro, e ele se aproximará das tuas mulheres à luz deste sol. 12Tu fizeste tudo às

escondidas. Eu, porém, farei o que digo diante de todo o Israel e à luz do sol”.



13Davi disse a Natã; “Pequei contra o Senhor”. Natã respondeu-lhe: “De sua parte, o

Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! 14Entretanto, por teres

ultrajado o Senhor com teu procedimento, o filho que te nasceu morrerá”. 15E Natã

voltou para a sua casa.



O Senhor feriu o filho que a mulher de Urias tinha dado a Davi e ele adoeceu

gravemente. 16Davi implorou a Deus pelo menino e fez um grande jejum. E, voltando

para casa, passou a noite deitado no chão. 17Os anciãos do palácio insistiam com ele

para que se levantasse do chão; mas ele não o quis fazer nem tomar com eles alimento

algum. 18No sétimo dia, o menino morreu. Os cortesãos de Davi tiveram receio de lhe

comunicar que o menino tinha falecido, pois diziam: “Quando o menino ainda estava

vivo, nós insistíamos, e não quis prestar-nos ouvidos. Como podemos dizer-lhe que o

menino está morto? Ele poderia cometer um despropósito”. 19Mas Davi percebeu que os

cortesãos cochichavam e compreendeu que o menino tinha falecido. O rei perguntou aos

cortesãos: “O menino morreu?” E eles responderam que sim.



20Então Davi se levantou do chão, lavou-se, ungiu-se e mudou de roupa. Em seguida foi

para a casa do Senhor e se prostrou por terra. Voltando para casa, pediu comida, e

quando lhe apresentaram, a tomou. 21Os cortesãos lhe observavam: “Que modo de

proceder é este? Enquanto o menino ainda estava com vida, tu jejuavas e choravas, e

agora que o menino está morto, te levantas e tomas alimento?” 22Ele respondeu: “É

verdade, enquanto o menino estava com vida, jejuei e chorei. É que pensava: Quem

sabe, o Senhor terá piedade de mim, deixando com vida o menino. 23Masagora ele está

morto: por que então eu ainda jejuaria? Acaso ainda posso trazê-lo de volta? Um dia irei

para junto dele, mas ele não pode mais voltar a mim”.



24Depois Davi confortou a esposa Betsabéia; entrou no seu aposento esse aproximou

dela. Ela deu à luz um filho e Davi lhe deu o nome de Salomão, e o Senhor o amou.

25Ele o fez saber através do profeta Natã e este o chamou Jedidias, isto é, “Querido do

Senhor”, por vontade do Senhor.



Responsório Or. de Manasés 9,10.12; Sl 50(51),5.6a



R. Meus pecados são mais numerosos

que areia da praia do mar.

Não sou digno de olhar para o céu

pelos males sem conta que fiz,

porque provoquei vossa ira.

* E o mal ante vós pratiquei.

V. Eu reconheço toda a minha iniqüidade,

o meu pecado está sempre à minha frente.

Foi contra vós, só contra vós que eu pequei.

* E o mal.



Segunda leitura

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo



(Serm. 19,2-3:CCL41,252-254)



(Séc.V)



Sacrifício para Deus, um espírito contrito

Reconheço o meu pecado, diz Davi. Se eu o reconheço, perdoa-me, Senhor! Mesmo

procurando viver bem, de modo algum tenhamos a presunção de ser sem pecado. Que

demos valor à vida em que se pede perdão. Os homens sem esperança, quanto menos

atentam para os próprios pecados, com tanto maior curiosidade espreitam os alheios.

Procuram não o que corrigir, mas o que morder. Não podendo escusar-se, estão prontos

a acusar. Não foi este o exemplo de rogar e de satisfazer a Deus que Davi nos deu,

dizendo: Porque reconheço meu crime e meu pecado está sempre diante de mim. Davi

não estava atento aos pecados alheios. Caía em si, não se desculpava, mas em si mesmo

penetrava e descia cada vez mais profundamente. Não se poupava, e por isso podia

confiadamente pedir para si o perdão.



Queres reconciliar-te com Deus? Repara como procedes contigo, para que Deus te seja

propício. Presta atenção ao salmo, onde lemos: Porque se quisesses um sacrifício, eu o

faria certamente; não te causam prazer os holocaustos. Então ficarás sem sacrifício

para oferecer? Nada oferecerás? Com nenhuma oblação tornarás Deus propício? Que

disseste? Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente; não te causam prazer os

holocaustos. Continua, escuta e dize: Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o

coração contrito e humilhado Deus não o despreza. Rejeitado aquilo que oferecias,

encontraste o que oferecer. Como os antepassados, oferecias vítimas de animais, ditos

sacrifícios: Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente. Não queres mais este

gênero de sacrifícios, no entanto, procuras um sacrifício.



Não te causam prazer os holocaustos. Se não tens prazer com os holocaustos, ficarás

sem sacrifício? De modo algum. Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o coração

contrito e humilhado Deus não o despreza. Tens o que oferecer. Não examines o

rebanho, não aprestes navios e não atravesses as mais longínquas regiões em busca de

perfumes. Procura em teu coração aquilo de que Deus gosta. O coração deve ser

esmagado. Por que temes que o esmagado pereça? Lê-se aqui: Cria em mim, ó Deus, um

coração puro. Para que seja criado o coração puro, esmague-se o impuro.



Sintamos aborrecimento por nós mesmos quando pecamos, porque os pecados

aborrecem a Deus. Já que não estamos sem pecado, ao menos nisto sejamos

semelhantes a Deus: o que lhe desagrada, desagrade também a nós. Em parte tu te unes

à vontade de Deus, por te desagradar em ti aquilo mesmo que odeia aquele que te fez.



Responsório Sl 50(51),12



R. Meus pecados, ó Senhor, são como flechas

que foram encravadas no meu corpo;

porém, antes que meus erros causem chagas,

* Curai-me por sincera conversão.

V. Criai em mim um coração que seja puro,

dai-me de novo um espírito decidido. * Curai-me.



HINO TE DEUM (A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)



A vós, ó Deus, louvamos,

a vós, Senhor, cantamos.

A vós, Eterno Pai,

adora toda a terra.



A vós cantam os anjos,

os céus e seus poderes:

Sois Santo, Santo, Santo,

Senhor, Deus do universo!



Proclamam céus e terra

a vossa imensa glória.

A vós celebra o coro

glorioso dos Apóstolos,



Vos louva dos Profetas

a nobre multidão

e o luminoso exército

dos vossos santos Mártires.



A vós por toda a terra

proclama a Santa Igreja,

ó Pai onipotente,

de imensa majestade,



e adora juntamente

o vosso Filho único,

Deus vivo e verdadeiro,

e ao vosso Santo Espírito.



Ó Cristo, Rei da glória,

do Pai eterno Filho,

nascestes duma Virgem,

a fim de nos salvar.



Sofrendo vós a morte,

da morte triunfastes,

abrindo aos que têm fé

dos céus o reino eterno.



Sentastes à direita

de Deus, do Pai na glória.

Nós cremos que de novo

vireis como juiz.



Portanto, vos pedimos:

salvai os vossos servos,

que vós, Senhor, remistes

com sangue precioso.



Fazei-nos ser contados,

Senhor, vos suplicamos,

em meio a vossos santos

na vossa eterna glória.



(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).



Salvai o vosso povo.

Senhor, abençoai-o.

Regei-nos e guardai-nos

até a vida eterna.



Senhor, em cada dia,

fiéis, vos bendizemos,

louvamos vosso nome

agora e pelos séculos.



Dignai-vos, neste dia,

guardar-nos do pecado.

Senhor, tende piedade

de nós, que a vós clamamos.



Que desça sobre nós,

Senhor, a vossa graça,

porque em vós pusemos

a nossa confiança.



Fazei que eu, para sempre,

não seja envergonhado:

Em vós, Senhor, confio,

sois vós minha esperança!



Oração



Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os

vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado

o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do

Espírito Santo.





Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.

R. Graças a Deus

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]