sexta-feira, 20 de julho de 2012

Liturgia das Horas



Invitatório



V. Abri os meus lábios, ó Senhor.

R. E minha boca anunciará vosso louvor.





R. Demos graças ao Senhor, porque eterno é seu amor!..

Salmo 94(95)
ouvir:
--escolher outro--

Convite ao louvor de Deus

Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).



–1Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *

aclamemos o Rochedo que nos salva!

–2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *

e com cantos de alegria o celebremos! (R.)



–3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *

o grande Rei, muito maior que os deuses todos.

–4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *

e as alturas das montanhas lhe pertencem;

–5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *

e a terra firme suas mãos a modelaram. (R.)



–6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *

e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!

=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †

e nós somos o seu povo e seu rebanho, *

as ovelhas que conduz com sua mão. (R.)



=8 Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: †

“Não fecheis os corações como em Meriba, *

9 como em Massa, no deserto, aquele dia,

– em que outrora vossos pais me provocaram, *

apesar de terem visto as minhas obras”. (R.)



=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †

e eu disse: “Eis um povo transviado, *

11seu coração não conheceu os meus caminhos!”

– E por isso lhes jurei na minha ira: *

“Não entrarão no meu repouso prometido!” (R.)



(Rezado): – Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



(Cantado): Demos glória a Deus Pai onipotente

e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †

e ao Espírito que habita em nosso peito *

pelos séculos dos séculos. Amém.



(R.)




III Semana do Saltério

Invitatório
___________________________________________________
Ofício das Leituras

introdução
ouvir:

V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.



Hino



I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Reinais no mundo inteiro,

Jesus, ó sol divino;

deixamos nossos leitos,

cantando este hino.



Da noite na quietude,

do sono levantamos:

mostrando as nossas chagas,

remédio suplicamos.



Oh! quanto mal fizemos,

por Lúcifer levados:

que a glória da manhã

apague esses pecados!



E assim o vosso povo,

por vós iluminado,

jamais venha a tombar

nos laços do Malvado.



A glória seja ao Pai,

ao Filho seu também;

ao Espírito igualmente,

agora e sempre. Amém.



II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Cristo, em nossos corações

infundi a caridade.

Nossos olhos chorem lágrimas

de ternura e piedade.



Para vós, Jesus piedoso,

nossa ardente prece erguemos.

Perdoai-nos, compassivo,

todo o mal que cometemos.



Pelo vosso santo corpo,

pela cruz, vosso sinal,

vosso povo, em toda parte,

defendei de todo o mal.



A vós, Cristo, Rei clemente,

e a Deus Pai, eterno Bem,

com o vosso Santo Espírito

honra e glória sempre. Amém.



Salmodia



Ant. 1 Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus.



Salmo 68(69),2-22.30-37



O zelo pela vossa casa me devora

Deram vinho misturado com fel para Jesus beber (Mt 27,34).



I

–2 Salvai-me, ó meu Deus, porque as águas *

até o meu pescoço já chegaram!

–3 Na lama do abismo eu me afundo *

e não encontro um apoio para os pés.

– Nestas águas muito fundas vim cair, *

e as ondas já começam a cobrir-me!



–4 À força de gritar, estou cansado; *

minha garganta já ficou enrouquecida.

– Os meus olhos já perderam sua luz, *

de tanto esperar pelo meu Deus!



–5 Mais numerosos que os cabelos da cabeça, *

são aqueles que me odeiam sem motivo;

– meus inimigos são mais fortes do que eu; *

contra mim eles se voltam com mentiras!



– Por acaso poderei restituir *

alguma coisa que de outros não roubei?

–6 Ó Senhor, vós conheceis minhas loucuras, *

e minha falta não se esconde a vossos olhos.



–7 Por minha causa não deixeis desiludidos *

os que esperam sempre em vós, Deus do universo!

– Que eu não seja a decepção e a vergonha *

dos que vos buscam, Senhor Deus de Israel!



–8 Por vossa causa é que sofri tantos insultos, *

e o meu rosto se cobriu de confusão;

–9 eu me tornei como um estranho a meus irmãos, *

como estrangeiro para os filhos de minha mãe.



–10 Pois meu zelo e meu amor por vossa casa *

me devoram como fogo abrasador;

– e os insultos de infiéis que vos ultrajam *

recaíram todos eles sobre mim!



–11 Se aflijo a minha alma com jejuns, *

fazem disso uma razão para insultar-me;

–12 se me visto com sinais de penitência, *

eles fazem zombaria e me escarnecem!

–13 Falam de mim os que se assentam junto às portas, *

sou motivo de canções, até de bêbados!



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. Estou cansado de gritar e de esperar pelo meu Deus.



Ant. 2 Deram-me fel como se fosse um alimento,

em minha sede ofereceram-me vinagre.



II

–14 Por isso elevo para vós minha oração, *

neste tempo favorável, Senhor Deus!

– Respondei-me pelo vosso imenso amor, *

pela vossa salvação que nunca falha!



=15 Retirai-me deste lodo, pois me afundo! †

Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, *

e salvai-me destas águas tão profundas!

=16 Que as águas turbulentas não me arrastem, †

não me devorem violentos turbilhões, *

nem a cova feche a boca sobre mim!



–17 Senhor, ouvi-me pois suave é vossa graça, *

ponde os olhos sobre mim com grande amor!

–18 Não oculteis a vossa face ao vosso servo! *

Como eu sofro! Respondei-me bem depressa!

–19 Aproximai-vos de minh’alma e libertai-me, *

apesar da multidão dos inimigos!



=20 Vós conheceis minha vergonha e meu opróbrio, †

minhas injúrias, minha grande humilhação; *

os que me afligem estão todos ante vós!

–21 O insulto me partiu o coração; *

não suportei, desfaleci de tanta dor!



= Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, †

mas foi em vão, pois a ninguém pude encontrar; *

procurei quem me aliviasse e não achei!

–22 Deram-me fel como se fosse um alimento, *

em minha sede ofereceram-me vinagre!



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. Deram-me fel como se fosse um alimento,

em minha sede ofereceram-me vinagre.



Ant. 3 Procurai o Senhor continuamente,

e o vosso coração reviverá.



III

–30 Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! *

Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!

–31 Cantando eu louvarei o vosso nome *

e agradecido exultarei de alegria!

–32 Isto será mais agradável ao Senhor, *

que o sacrifício de novilhos e de touros.



=33 Humildes, vede isto e alegrai-vos: †

o vosso coração reviverá, *

se procurardes o Senhor continuamente!



–34 Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, *

e não despreza o clamor de seus cativos.

–35 Que céus e terra glorifiquem o Senhor *

com o mar e todo ser que neles vive!



=36 Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, †

reconstruindo as cidades de Judá, *

onde os pobres morarão, sendo seus donos.

=37 A descendência de seus servos há de herdá-las, †

e os que amam o santo nome do Senhor *

dentro delas fixarão sua morada!



– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.



Ant. Procurai o Senhor continuamente,

e o vosso coração reviverá.



V. O Senhor há de ensinar-nos seus caminhos.

R. E trilharemos, todos nós, suas veredas.



Primeira leitura

Do Segundo Livro das Crônicas 20,1-9.13-24



Admirável auxílio de Deus prestado ao fiel rei Josafá

Naqueles dias: 1Os moabitas e os amonitas, e com eles alguns meunitas, coligaram-se

para fazer guerra contra Josafá. 2Vieram alguns mensageiros e informaram Josafá,

dizendo: “Uma enorme multidão, vinda do outro lado do mar Morto, avança contra ti.

Eles já estão acampados em Asason-Tamar, ou seja, em Engadi”.



3Josafá ficou cheio de medo e se dispôs a invocar o Senhor, e promulgar um jejum para

todo o Judá. 4A população de Judá reuniu-se para invocar o Senhor, e toda a gente

acorria das cidades do interior de Judá para implorar o auxílio do Senhor.



5Josafá apresentou-se à assembléia de Judá e de Jerusalém, no templo do Senhor,

defronte ao átrio novo, 6e disse: “Senhor, Deus de nossos pais, tu és Deus no céu e

governas todos os reinos dos povos. A ti pertencem força e poder e ninguém te pode

resistir. 7Acaso não foste tu, o nosso Deus, que expulsaste do teu povo Israel, os

habitantes desta terra e a deste, para sempre, aos descendentes de Abraão,teu amigo?

8Nesta terra se estabeleceram e nela construíram para ti um santuário em honra do teu

nome, dizendo: 9‘Se vier sobre nós uma desgraça, como a guerra, flagelo de vingança,

peste ou fome nós nos apresentaremos diante de ti neste templo, pois o teu nome é

invocado nele, e chamaremos por ti do fundo da nossa angústia e tu nos ouvirás e nos

salvarás’”. 13Toda a população de Judá estava de pé, diante do Senhor, com suas

mulheres e filhos, inclusive os pequeninos.



14Então, no meio da assembléia, o espírito do Senhor desceu sobre Jaaziel, filho de

Zacarias, filho de Banaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita da família de Asaf.

15E ele disse: “Prestai atenção, homens de Judá e de Jerusalém, e também tu, ó rei

Josafá! Eis o que vos diz o Senhor: Não vos assusteis, nem tenhais medo dessa imensa

multidão, pois a luta não é vossa, mas de Deus. 16Descei amanhã contra eles, porque

subirão pela encosta chamada Sis, e os encontrareis na extremidade da torrente que

corre em frente do deserto de Jeruel. 17Não tereis necessidade de combater. Mas ficai

quietos e firmes, contemplando a salvação que o Senhor vos concederá, ó Judá e

Jerusalém! Não vos assusteis nem tenhais medo. Saí, amanhã, ao encontro deles e o

Senhor estará convosco”. 18Josafá prostrou-se com o rosto por terra, e todo o Judá e os

habitantes de Jerusalém caíram diante do Senhor e o adoraram. 19Os levitas da linhagem

dos coatitas e dos coreítas começaram então a louvar o Senhor, Deus de Israel, em alta

voz.



20No dia seguinte, de manhã, puseram-se a caminho para o deserto de Técua. Quando

saíram, Josafá, de pé, no meio deles, disse: “Escutai-me, homens de Judá e vós, que

habitais em Jerusalém! Confiai no Senhor vosso Deus e estareis seguros; crede em seus

profetas e tudo vos correrá bem”. 21Em seguida, depois de se ter entendido com o povo,

ele designou os cantores que, revestidos de ornamentos sagrados, haveriam de marchar

à frente do exército, cantando: “Louvai o Senhor, pois a sua misericórdia é eterna!”



22Logo que começaram a entoar este cântico de louvor, o Senhor fez cair numa

emboscada os amonitas, os moabitas e os habitantes da montanha de Seir que

marchavam contra Judá. E, assim, eles foram destruídos. 23Então os amonitas e os

moabitas atiraram-se sobre os povos das montanhas de Seir para os destruir e

exterminar. E, feito isso, puseram-se a matar-se uns aos outros.



24Quando os homens de Judá chegaram à altura donde se vê o deserto, olharam para a

multidão e não viram senão cadáveres estendidos por terra. Não tinha podido escapar

ninguém.



Responsório Ef 6,12a.14a; 2Cor 20,17a



R. Nossa luta não é contra a carne e o sangue,

mas contra os principados e contra as potestades,

contra os espíritos do mal.

* Ficai, portanto, alertas e cingi os vossos rins.

V. Sede firmes na esperança e vereis vir até vós

o auxílio do Senhor. * Ficai.



Segunda leitura

Do Tratado sobre os Mistérios, de Santo Ambrósio, bispo

(Nn.43.47-49:SCh25 bis,178-180.182)

(Séc.IV)



Sobre a Eucaristia, aos neófitos

O povo purificado, enriquecido com estas vestes, adianta-se para o altar de Cristo,

dizendo: E entrarei até o altar de Deus, do Deus que alegra a minha juventude.

Despidas as vestimentas do antigo erro, renovada a juventude como a da águia,

apressa-se em ir participar do celeste banquete. Chega, e, ao ver a ornamentação do

santo altar, exclama: O Senhor é meu pastor, nada me falta; levou-me a boas pastagens.

Conduziu-me às águas da quietude. E mais adiante: Mesmo que caminhe em meio às

sombras da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo. Teu cajado e teu

bastão são meus arrimos. Preparaste diante de mim uma mesa contra aqueles que me

perseguem. Ungiste com óleo minha cabeça e como é luminoso teu cálice embriagador!



Coisa admirável o ter Deus feito chover o maná para sustentar com o alimento celeste

os patriarcas. Por isso se disse: O homem comeu o pão dos anjos. No entanto, aqueles

que comeram deste pão,todos eles morreram no deserto; o alimento, porém, que tu

recebes, pão vivo que desceu do céu, comunica a substância da vida eterna e quem quer

que dele comer não morrerá eternamente, pois é o corpo de Cristo.



Considera agora qual deles é de maior valor: o pão dos anjos ou a carne de Cristo, que é

o corpo da vida. Aquele maná vem do céu; este está acima do céu. Aquele, do céu; este,

do Senhor dos céus. Aquele é corruptível, se guardado para o dia seguinte; este é

totalmente imune de corrupção e quem o tomar piedosamente não poderá experimentar

a corrupção. Para aqueles brotou a água da pedra; parati, o sangue de Cristo. Àqueles,

por um momento, a água saciou; a ti o sangue do Senhor refresca para sempre. O povo

antigo bebe e tem sede; tu, ao beberes, não podes mais sentir sede, pois, de fato, aquilo

era sombra, enquanto isto é realidade.



Se já admiras a sombra, qual não será tua admiração da realidade? Escuta como é

sombra o acontecido aos patriarcas: Bebiam da pedra que os seguia; a pedra era Cristo.

Mas Deus não se agradou de muitos deles, pois caíram mortos no deserto. Estas coisas

foram feitas em figura para nós. Conheces agora o que tem maior valor: a luz supera a

sombra; a realidade, a figura; o corpo do Criador vale mais do que o maná do céu.



Responsório 1Cor 10,1b-2.11a.3-4a



R. Nossos pais estiveram sob a nuvem

e todos passaram pelo mar;

foram todos batizados em Moisés,

no mar e na nuvem batizados.

* Tudo isso aconteceu a nossos pais,

para servir como um exemplo para nós.

V. Comeram todos do alimento espiritual,

beberam todos da bebida espiritual. * Tudo isso.



Oração



Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho,

dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o

que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do

Espírito Santo.





Conclusão da Hora



V. Bendigamos ao Senhor.

R. Graças a Deus.


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]