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LÍBANO: Contagem regressiva para receber o PAPA
Domingo, Julho 08, 2012
Anunciado oficialmente nesta terça-feira, o programa da Viagem Apostólica do Papa ao Líbano, entre os dias 14 e 16 de setembro, movimentou a coordenação do evento em Beirute. Veja a entrevistou com o Padre Marwan Tabet, que está à frente da equipe de coordenação:
“O programa da visita do Papa foi muito bem recebido pelos libaneses. No mesmo momento em que o Vaticano fez o anúncio, também o Governo libanês o fez, assim como o Centro de Informação Católico em Beirute. O programa foi muito divulgado pelos meios de comunicação do Líbano. Os preparativos estão em fase avançada para receber Bento XVI no Líbano”.
RV: A Viagem Apostólica no Líbano está fundada na assinatura da Exortação Apostólica pós-Sinodal para o Oriente Médio. Tal fato é também um sinal de esperança para todos os cristãos da região, não somente aos libaneses.
Padre: “Durante a visita o Papa vai encontrar também os líderes religiosos muçulmanos. Além disso, terá outro encontro com os líderes religiosos ortodoxos e, ao mesmo tempo, no Palácio presidencial, encontrará as autoridades civis, culturais e sociais do Líbano. Terá, portanto, ocasião de dirigir-se a eles e de escutá-los. O Papa terá, assim, a possibilidade de encontrar a sociedade civil no Líbano e não somente os cristãos ou os católicos”.
RV: Um dos momentos mais esperados da Visita Apostólica é o encontro do Papa com os jovens.
Padre: “Temos muitos jovens comprometidos para este evento e não temos bastante espaço para acolher todos aqueles que deveriam estar presentes. Deveremos fazer escolhas e dar oportunidade a todos os variados movimentos para que estejam representados. Dois dias antes da chegada do Papa, em um dos grandes estádios do Líbano, será organizada uma grande reunião para os jovens, justamente em preparação para a visita do Papa”.
RV: O papel de peregrino da paz de Bento XVI ajudará o Oriente Médio a buscar a reconciliação.
Padre: “Esta certamente é a mensagem do Papa: ele vem com a paz de Cristo. O Papa quer justamente isso: trazer a paz, rezar junto com as pessoas – sejam elas cristãs ou muçulmanas – e dar vida a um novo clima: o clima da convivência entre as diferentes religiões."
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BENTO XVI ASSISTIU AO JOGO ENTRE ITÁLIA E ALEMANHA
Segunda-feira, Julho 02, 2012
Papa acompanha as partidas mais importantes dos campeonatos europeus
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Bento XVI acompanhou pela televisão, no Palácio Apostólico, a partida Itália x Alemanha, válida pelas semi-finais da Eurocopa 2012, junto com seu secretário particular, dom Georg Gaenswein, que é um grande esportista. Ratzinger é apaixonado pelo esporte e acompanhou também a final da Champions League entre o Chelsea e o Bayern de Munique, além das quartas de final da Eurocopa.
Sempre que os compromissos permitem, o papa assiste às partidas mais importantes de futebol dos diversos campeonatos europeus. Bento XVI é um espectador atento e apaixonado, mas não é torcedor de nenhum time em particular. O papa segue com interesse a seleção alemã, mas também acompanha a da Itália. Nas quartas de final, acompanhou boa parte da partida Itália-Inglaterra e se mostrou contente com a vitória italiana.
Quando assiste a algum evento esportivo pela televisão, Bento XVI é normalmente acompanhado pelo secretário particular, padre Georg Gaenswein, que pratica esqui e tênis. Os eventos esportivos são vistos pela televisão no Palácio Apostólico, onde o papa também costuma acompanhar diariamente o noticiário, às 20 horas. Participam das sessões as Memores Domini, leigas consagradas que colaboram com a manutenção cotidiana da residência apostólica.
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TU ÉS PETRUS
Sexta-feira, Junho 29, 2012
No dia do Papa, nossa homenagem ao "Doce Cristo na Terra"
Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon 29 - Junho: DIA DO PAPA Sexta-feira, Junho 29, 2012 VIVA O PAPA ! SALVE, SANTO PADRE! VIVAS TANTO OU MAIS QUE PEDRO! DESÇA ,QUAL MEL DO ROCHEDO, A BÊNÇÃO PATERNAL! Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon "COMO PROFETA QUE TERMINA O ANTIGO TESTAMENTO E COMEÇA O NOVO" Segunda-feira, Junho 25, 2012 Angelus do Papa na Solenidade do Nascimento de São João Batista CIDADE DO VATICANO, domingo, 24 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir as palavras pronunciadas durante a oração do Ângelus, pelo Papa Bento XVI aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro. *** Queridos irmãos e irmãs! Hoje, 24 de junho, celebramos a Solenidade do Nascimento de São João Batista. Com exceção da Virgem Maria, o Batista é o único santo que a liturgia celebra o nascimento, e fá-lo porque está intimamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Desde o ventre materno, de fato, João é precursor de Jesus: a sua concepção milagrosa é anunciada a Maria pelo Anjo como sinal de que "nada é impossível para Deus" (Lc 1,37), seis meses antes do grande milagre que nos dá a salvação, a união de Deus com o homem por obra do Espírito Santo. Os quatro Evangelhos dão muita importância à figura de João o Batista, como profeta que conclui o Antigo Testamento e inaugura o Novo, indicando em Jesus de Nazaré o Messias, o Consagrado do Senhor. De fato, o mesmo Jesus falará de João neste termos: "Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, / na sua frente ele vai preparar o caminho. Em verdade eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior que João o Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11,10-11). O pai de João, Zacarias – marido de Isabel, parente de Maria –, era sacerdote do culto do Antigo Testamento. Ele não acreditou rapidamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até o dia da circuncisão da criança, que ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja João, que significa "O Senhor agracia" . Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: "E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo / porque irá diante do Senhor para preparar-lhe o caminho, / para dar ao seu povo o conhecimento da salvação / no perdão dos seus pecados" (Lc 1,76-77). Tudo isso aconteceu trinta anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando o povo para se preparar, com aquele gesto de penitência, para a iminente vinda do Messias, que Deus tinha revelado durante a sua estada no deserto da Judéia. Por isso ele foi chamado "Batista", ou seja, "Batizador" (cf. Mt 3, 1-6). Quando um dia, de Nazaré, o próprio Jesus veio para ser batizado, João recusou-se a princípio, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo repousar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai Celestial que o proclamava seu Filho (cf. Mt 3, 13-17 ). Mas a missão do Batista ainda naõ estava completa: pouco tempo depois, lhe foi pedido preceder a Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu testemunho em plenitude do Cordeiro de Deus, que antes do que qualquer outro tinha reconhecido e indicado publicamente. Queridos amigos, a Virgem Maria ajudou a idosa parente Isabel a levar adiante a gravidez de João. Que ela ajude a todos a seguirem Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e ardor profético. [Depois do Angelus] Queridos irmãos e irmãs, Hoje na Itália é a Jornada pela caridade do Papa. Agredeço todas as comunidades paroquiais, as famílias e os fiéis em particular pelo seu apoio constante e generoso, que beneficia muitos irmãos em dificuldade. A este propósito, lembro que depois de amanhã, se Deus quiser, farei uma breve visita nas áreas atingidas pelo recente terremoto no norte da Itália. Gostaria que fosse sinal da solidariedade de toda a Igreja, e por isso convido todos vocês a me acompanharem na oração. Tradução TS Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon Força da oração num mundo que confia em meios humanos Sábado, Junho 16, 2012 Bento XVI tem falado em sua catequese das quartas feiras, sobre a oração, tomando como inspiração as cartas de São Paulo. O Papa falou da experiência contemplativa e da força da oração a que se refere o Santo para legitimar sua condição de apóstolo do Evangelho. Antes de anunciar Cristo, ele viveu em silêncio e contemplação. Sua mística não se baseava apenas em eventos excepcionais, mas no cotidiano e principalmente em sua intensa relação com o Senhor. “Tudo posso naquele que me conforta”: com esta frase de São Paulo aos Coríntios, Bento XVI encorajou os 8 mil fiéis presentes na Sala Paulo VI. “Em um mundo em que corremos o risco de confiar somente na eficiência e na potência dos meios humanos, somos chamados a redescobrir e testemunhar a força da oração, com a qual crescemos diariamente conformando nossas vidas à de Cristo, que foi ‘crucificado em fraqueza, mas que vive pelo poder de Deus’”. Estas são as palavras de Bento XVI, proferidas em português: “São Paulo recorda-nos que não passamos de «vasos de barro», onde Deus coloca a riqueza e a força da sua graça. Na oração, abrimos o coração ao Senhor, para que Ele venha habitar na nossa fragilidade e faça dela uma força para o Evangelho. À medida que nos deixamos habitar pelo Senhor, a nossa oração torna-se mais intensa e leva-nos a fixarmo-nos no essencial, sabendo que é Deus que atua através da nossa fraqueza. Somente se nos deixarmos arrebatar e possuir pelo amor de Cristo é que seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, seguros de que tudo podemos em Cristo que nos dá força. Num mundo que sugere confiar só na eficiência e na força dos meios humanos, somos chamados a descobrir e testemunhar a força da oração, pela qual a nossa vida se configura cada vez mais à de Cristo, que «foi crucificado na sua fraqueza, mas vive pelo poder de Deus»”. “Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos. O Senhor vos confirme no bem, com a sua graça! Em penhor da mesma, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades cristãs a minha Bênção”. Saudando os peregrinos poloneses, o Pontífice lembrou que a liturgia deste dia 13 de junho celebra Santo Antonio de Pádua, doutor da Igreja. Foi um notável pregador, teólogo, confessor, protetor dos pobres e dos sofredores. “Santo Antonio, com sua vida, e especialmente, com seu fecundo apostolado, nos ensinou o zelo evangélico” – recordou o Pontífice. No final do encontro, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica. (CM) Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon A PROFECIA DAS TIARAS Segunda-feira, Abril 30, 2012 Pe. Marcélo Tenorio A tiara papal não é simplesmente um adorno nem tão pouco uma ostentação de poder, de império e de domínio político. Seu significado é bem mais profundo e grave, de forma que, hoje em dia, um papa já não pode usá-la sem causar grande impacto. Se existe um símbolo eclesiástico temido e rejeitado é, justamente, a tiara papal: os inimigos entendem muito bem o que ela evoca. A tiara possui três coroas sobrepostas, conhecida mais como "tríplice coroa", ou triregnum. Isso quer dizer que o Vigário de Cristo detém o poder pleno, supremo e absoluto sobre os três reinos:
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LÍBANO: Contagem regressiva para receber o PAPA
Domingo, Julho 08, 2012
Anunciado oficialmente nesta terça-feira, o programa da Viagem Apostólica do Papa ao Líbano, entre os dias 14 e 16 de setembro, movimentou a coordenação do evento em Beirute. Veja a entrevistou com o Padre Marwan Tabet, que está à frente da equipe de coordenação:
“O programa da visita do Papa foi muito bem recebido pelos libaneses. No mesmo momento em que o Vaticano fez o anúncio, também o Governo libanês o fez, assim como o Centro de Informação Católico em Beirute. O programa foi muito divulgado pelos meios de comunicação do Líbano. Os preparativos estão em fase avançada para receber Bento XVI no Líbano”.
RV: A Viagem Apostólica no Líbano está fundada na assinatura da Exortação Apostólica pós-Sinodal para o Oriente Médio. Tal fato é também um sinal de esperança para todos os cristãos da região, não somente aos libaneses.
Padre: “Durante a visita o Papa vai encontrar também os líderes religiosos muçulmanos. Além disso, terá outro encontro com os líderes religiosos ortodoxos e, ao mesmo tempo, no Palácio presidencial, encontrará as autoridades civis, culturais e sociais do Líbano. Terá, portanto, ocasião de dirigir-se a eles e de escutá-los. O Papa terá, assim, a possibilidade de encontrar a sociedade civil no Líbano e não somente os cristãos ou os católicos”.
RV: Um dos momentos mais esperados da Visita Apostólica é o encontro do Papa com os jovens.
Padre: “Temos muitos jovens comprometidos para este evento e não temos bastante espaço para acolher todos aqueles que deveriam estar presentes. Deveremos fazer escolhas e dar oportunidade a todos os variados movimentos para que estejam representados. Dois dias antes da chegada do Papa, em um dos grandes estádios do Líbano, será organizada uma grande reunião para os jovens, justamente em preparação para a visita do Papa”.
RV: O papel de peregrino da paz de Bento XVI ajudará o Oriente Médio a buscar a reconciliação.
Padre: “Esta certamente é a mensagem do Papa: ele vem com a paz de Cristo. O Papa quer justamente isso: trazer a paz, rezar junto com as pessoas – sejam elas cristãs ou muçulmanas – e dar vida a um novo clima: o clima da convivência entre as diferentes religiões."
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BENTO XVI ASSISTIU AO JOGO ENTRE ITÁLIA E ALEMANHA
Segunda-feira, Julho 02, 2012
Papa acompanha as partidas mais importantes dos campeonatos europeus
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 29 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Bento XVI acompanhou pela televisão, no Palácio Apostólico, a partida Itália x Alemanha, válida pelas semi-finais da Eurocopa 2012, junto com seu secretário particular, dom Georg Gaenswein, que é um grande esportista. Ratzinger é apaixonado pelo esporte e acompanhou também a final da Champions League entre o Chelsea e o Bayern de Munique, além das quartas de final da Eurocopa.
Sempre que os compromissos permitem, o papa assiste às partidas mais importantes de futebol dos diversos campeonatos europeus. Bento XVI é um espectador atento e apaixonado, mas não é torcedor de nenhum time em particular. O papa segue com interesse a seleção alemã, mas também acompanha a da Itália. Nas quartas de final, acompanhou boa parte da partida Itália-Inglaterra e se mostrou contente com a vitória italiana.
Quando assiste a algum evento esportivo pela televisão, Bento XVI é normalmente acompanhado pelo secretário particular, padre Georg Gaenswein, que pratica esqui e tênis. Os eventos esportivos são vistos pela televisão no Palácio Apostólico, onde o papa também costuma acompanhar diariamente o noticiário, às 20 horas. Participam das sessões as Memores Domini, leigas consagradas que colaboram com a manutenção cotidiana da residência apostólica.
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TU ÉS PETRUS
Sexta-feira, Junho 29, 2012
No dia do Papa, nossa homenagem ao "Doce Cristo na Terra"
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Com exceção da Virgem Maria, o Batista é o único santo que a liturgia celebra o nascimento, e fá-lo porque está intimamente ligado ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Desde o ventre materno, de fato, João é precursor de Jesus: a sua concepção milagrosa é anunciada a Maria pelo Anjo como sinal de que "nada é impossível para Deus" (Lc 1,37), seis meses antes do grande milagre que nos dá a salvação, a união de Deus com o homem por obra do Espírito Santo. Os quatro Evangelhos dão muita importância à figura de João o Batista, como profeta que conclui o Antigo Testamento e inaugura o Novo, indicando em Jesus de Nazaré o Messias, o Consagrado do Senhor. De fato, o mesmo Jesus falará de João neste termos: "Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro diante de ti, / na sua frente ele vai preparar o caminho. Em verdade eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há ninguém maior que João o Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele" (Mt 11,10-11). O pai de João, Zacarias – marido de Isabel, parente de Maria –, era sacerdote do culto do Antigo Testamento. Ele não acreditou rapidamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até o dia da circuncisão da criança, que ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja João, que significa "O Senhor agracia" . Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: "E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo / porque irá diante do Senhor para preparar-lhe o caminho, / para dar ao seu povo o conhecimento da salvação / no perdão dos seus pecados" (Lc 1,76-77). Tudo isso aconteceu trinta anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando o povo para se preparar, com aquele gesto de penitência, para a iminente vinda do Messias, que Deus tinha revelado durante a sua estada no deserto da Judéia. Por isso ele foi chamado "Batista", ou seja, "Batizador" (cf. Mt 3, 1-6). Quando um dia, de Nazaré, o próprio Jesus veio para ser batizado, João recusou-se a princípio, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo repousar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai Celestial que o proclamava seu Filho (cf. Mt 3, 13-17 ). Mas a missão do Batista ainda naõ estava completa: pouco tempo depois, lhe foi pedido preceder a Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu testemunho em plenitude do Cordeiro de Deus, que antes do que qualquer outro tinha reconhecido e indicado publicamente. Queridos amigos, a Virgem Maria ajudou a idosa parente Isabel a levar adiante a gravidez de João. Que ela ajude a todos a seguirem Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e ardor profético. [Depois do Angelus] Queridos irmãos e irmãs, Hoje na Itália é a Jornada pela caridade do Papa. Agredeço todas as comunidades paroquiais, as famílias e os fiéis em particular pelo seu apoio constante e generoso, que beneficia muitos irmãos em dificuldade. A este propósito, lembro que depois de amanhã, se Deus quiser, farei uma breve visita nas áreas atingidas pelo recente terremoto no norte da Itália. Gostaria que fosse sinal da solidariedade de toda a Igreja, e por isso convido todos vocês a me acompanharem na oração. Tradução TS Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon Força da oração num mundo que confia em meios humanos Sábado, Junho 16, 2012 Bento XVI tem falado em sua catequese das quartas feiras, sobre a oração, tomando como inspiração as cartas de São Paulo. O Papa falou da experiência contemplativa e da força da oração a que se refere o Santo para legitimar sua condição de apóstolo do Evangelho. Antes de anunciar Cristo, ele viveu em silêncio e contemplação. Sua mística não se baseava apenas em eventos excepcionais, mas no cotidiano e principalmente em sua intensa relação com o Senhor. “Tudo posso naquele que me conforta”: com esta frase de São Paulo aos Coríntios, Bento XVI encorajou os 8 mil fiéis presentes na Sala Paulo VI. “Em um mundo em que corremos o risco de confiar somente na eficiência e na potência dos meios humanos, somos chamados a redescobrir e testemunhar a força da oração, com a qual crescemos diariamente conformando nossas vidas à de Cristo, que foi ‘crucificado em fraqueza, mas que vive pelo poder de Deus’”. Estas são as palavras de Bento XVI, proferidas em português: “São Paulo recorda-nos que não passamos de «vasos de barro», onde Deus coloca a riqueza e a força da sua graça. Na oração, abrimos o coração ao Senhor, para que Ele venha habitar na nossa fragilidade e faça dela uma força para o Evangelho. À medida que nos deixamos habitar pelo Senhor, a nossa oração torna-se mais intensa e leva-nos a fixarmo-nos no essencial, sabendo que é Deus que atua através da nossa fraqueza. Somente se nos deixarmos arrebatar e possuir pelo amor de Cristo é que seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, seguros de que tudo podemos em Cristo que nos dá força. Num mundo que sugere confiar só na eficiência e na força dos meios humanos, somos chamados a descobrir e testemunhar a força da oração, pela qual a nossa vida se configura cada vez mais à de Cristo, que «foi crucificado na sua fraqueza, mas vive pelo poder de Deus»”. “Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos. O Senhor vos confirme no bem, com a sua graça! Em penhor da mesma, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades cristãs a minha Bênção”. Saudando os peregrinos poloneses, o Pontífice lembrou que a liturgia deste dia 13 de junho celebra Santo Antonio de Pádua, doutor da Igreja. Foi um notável pregador, teólogo, confessor, protetor dos pobres e dos sofredores. “Santo Antonio, com sua vida, e especialmente, com seu fecundo apostolado, nos ensinou o zelo evangélico” – recordou o Pontífice. No final do encontro, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica. (CM) Marcadores: Bento XVI | 0 comentário (s) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook postheadericon A PROFECIA DAS TIARAS Segunda-feira, Abril 30, 2012 Pe. Marcélo Tenorio A tiara papal não é simplesmente um adorno nem tão pouco uma ostentação de poder, de império e de domínio político. Seu significado é bem mais profundo e grave, de forma que, hoje em dia, um papa já não pode usá-la sem causar grande impacto. Se existe um símbolo eclesiástico temido e rejeitado é, justamente, a tiara papal: os inimigos entendem muito bem o que ela evoca. A tiara possui três coroas sobrepostas, conhecida mais como "tríplice coroa", ou triregnum. Isso quer dizer que o Vigário de Cristo detém o poder pleno, supremo e absoluto sobre os três reinos:
--a primeira coroa, "Pai dos Reis";
--a segunda coroa, "Pastor Universal";
--a terceira, "Vigário de Jesus Cristo".
O último papa a fazer uso da tiara foi o Papa Paulo VI, em 1963. Ele usou de uma tiara nova, presente dos fiéis de Milão, onde foi arcebispo e cardeal.
A nova tiara de Paulo VI tinha algo de profética. Era essencialmente feia, sem expressão alguma. Os adornos tinham sido retirados e a tríplice coroa não era tão visível: a impressão era de que se desmoronava de cima para baixo..Seu formato não era agradável e, segundo alguns críticos parecia uma "ogiva nuclear".
No final da II Sessão do Concílio Vaticano II, em 1963, Paulo VI desceu os degraus de seu trono, na Basílica de S. Pedro, e depositou a tiara sobre o altar.
Muitos atribuíram àquela atitude um gesto de humildade.
A verdade é que, depois disso, a tiara não voltou mais a ser usada, a não ser nas ornamentações dos brasões papais ou na cabeça da imagem de São Pedro, na basílica vaticana, pela solenidade dos apóstolos.
Paulo VI manteve na Constituição Apostólica Romano Pontifici Eligendo (1975), sobre as Eleições dos Papas, menções à coroação dos seus sucessores:
“Finalmente, o Pontífice será coroado pelo Cardeal Protodiácono e, dentro de um momento oportuno, irá tomar posse na Arquibasílica Patriarcal de Latrão, de acordo com o ritual prescrito".
João Paulo I não quis a coroação. Houve apenas uma cerimônia chamada de "inauguração do Sumo Pontífice", embora tenha usado a Sedia Gestatoria (trono móvel, ricamente adornado, utilizado para transportar o Papa).
Seu sucessor, João Paulo II, não só recusou a coroação como retirou qualquer menção à coroação dos pontífices na Constituição Apostólica de 1996, Universi Dominici Gregis. Assim ele se pronunciou em sua "Inauguração":
"O último Papa que foi coroado foi Paulo VI em 1963, mas após a cerimônia de coroação solene ele nunca usou a tiara novamente e deixou seus sucessores livres para decidirem a esse respeito. O Papa João Paulo I, cuja memória é tão viva em nossos corações, não gostaria de usar a tiara, nem o seu sucessor deseja hoje. Este não é o momento de voltar a uma cerimônia e um objeto considerado, erradamente, como um símbolo do poder temporal dos papas. Nosso tempo nos chama, nos exorta, nos obriga a olhar para o Senhor e mergulhar na meditação humilde e devota sobre o mistério do poder supremo do próprio Cristo".
O Papa Bento XVI inicia o seu pontificado com um brasão que não mais apresenta a tiara papal. Em seu lugar uma mitra, embora com três linhas, fazendo uma discretíssima menção à tríplice coroa.
"O Santo Padre Bento XVI decidiu não usar mais a tiara no seu brasão oficial pessoal, mas colocar só uma simples mitra, que não é portanto encimada por uma pequena esfera e por uma cruz como era a tiara".
Todavia, inesperadamente - e esse papa sempre nos surpreende -, a tiara papal reaparece, a la Gregório XVI, no brasão papal da nova flâmula da sacada da Basílica de São Pedro .
O problema central da tiara não são as pedras preciosas nela contidas, pois isso poderia ser bem resolvido e não é a questão fundamental. O antigo argumento de que a Igreja deveria "vender" tudo que possui e dar aos pobres, "porque é muito rica", já não se encaixa mais nas mentes inteligentes. Tudo ali é patrimônio da humanidade e sabe-se que mais gastos provoca que rentabilidade. Basta pensarmos no valor incalculável da restauração de um pequeno pedaço da Capela Sistina e em quem deve pagar essa conta.
Logo, a questão da tiara é teológica! Ela representa o império de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a humanidade inteira: sobre a Igreja, sobre os Estados, sobre toda a sociedade. Eis aqui o tríplice reino, o tríplice múnus.
Era comum de se ver nas belas igrejas antigas e centenárias, como um marco da passagem de um século para outro, uma cruz, colocada na parede da Igreja, no pórtico de entrada com as seguintes frases: “Cristo vence - Reina - Impera. A Ele o Poder, a Glória, o Domínio e o Império, pelos Séculos dos Séculos”.
A supremacia de Cristo Rei deve resplandecer na face da Igreja e, sobretudo, na pessoa de seu Vigário, o Papa.
A tiara papal na verdade anuncia a Supremacia de Deus sobre os três reinos: Igreja, Estado e Sociedade.
Ao iniciar um novo tempo, a modernidade, onde a “deusa razão” inaugura a época do antropocentrismo, do homem livre, do livre pensamento, da libertação das cadeias de todo e qualquer dogma ou verdade absoluta; onde o triunfo da Revolução Francesa, com seus princípios maçônicos, é amplamente assumido em todas, sobretudo na filosofia e teologia, devastando tudo e destruindo por toda parte o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, a tiara simplificada, lisa, sem adornos, oval, de Paulo VI, nos anuncia o “desmoronamento” da Igreja pelo que viria depois...
E hoje, assistimos a toda essa derrocada que começou com a separação oficial da Igreja e do Estado.
Ora, o Estado existe pelas pessoas que o compõem, de maneira que a ideia da laicidade do Estado é, no mínimo, absurda, visto que, sendo a Lei Divina superior à lei humana positiva, esta existe, com legitimidade, apenas quando em perfeita conformidade e submissa à Lei Divina.
Incentivando a laicidade do Estado, colaboramos com a destronização de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Senhor dos Exércitos e, ao invés de servirmos à Verdade plena, que sempre aponta à Verdade Católica, terminamos como humanistas e doutores do "amor fraterno universal", oco, visto que desprovido da perfeita caridade que somente existe fundamentada na Verdade, que é Cristo.
A laicidade gera a pluralidade religiosa, que por sua vez, gera o subjetivismo religioso, pai do indiferentismo e avô do ateísmo prático.
Leão XIII, considerava esta questão de extrema importância, tanto que se dedicou ao assunto em sua Encíclica "Immortale Dei":
"Deus dividiu o governo de toda sociedade humana entre dois poderes: o eclesiástico e o civil; o primeiro, que cuida das coisas divinas e o outro que cuida das humanas. Cada qual na sua esfera é soberano, cada um tem seus limites perfeitamente determinados e traçados conforme a sua natureza e seu fim determinado. Ha assim como que uma esfera de atuação onde cada um exerce sua ação 'jure' próprio".
E ainda:
"Gregório XVI, em sua Carta-Encíclica "Mirare Vos", de 15 de agosto de 1832, (...) sobre a separação da Igreja e do Estado, dizia o seguinte: 'Não poderíamos esperar situação mais favorável para a Religião e o Estado, se atendêssemos os desejos daqueles que anseiam por separar a Igreja do Estado e romper a concórdia mútua entre o sacerdócio e o império; pois se vê quanto os que gostam de uma liberdade desenfreada temem esta concórdia, pois ela sempre produziu bons e saudáveis frutos para a causa eclesiástica e civil".
A laicização do Estado destrona Nosso Senhor. As leis já não se pautam mais na Lei divina, a Igreja, possuidora da Verdade plena e com vinte séculos de existência, é posta ao lado das seitas mais bizarras: Cristo e Baal em pé de igualdade.
Um exemplo claro acontece em nosso dias: a aprovação da lei nazista de extermínio de indefesos. Na fala dos ministros estava estampada essa idéia de calar a voz da Igreja, neutralizá-la. O sucesso do STF advém de outro: o princípio maçônico de igualdade, liberdade e fraternidade.
Não se pode negar a grande dificuldade que a Igreja enfrenta hoje diante de um mundo que odeia a Verdade e que não aceita mais o "jugo" de Deus.
Como insistir no Reinado Social de Nosso Senhor e na Supremacia da Verdade e da Fé? Como fazer com que Ele reine, quando seu trono foi retirado do Estado e, em muitos casos, com beneplácitos eclesiástico?
Era um cardeal quem dizia: "O reinado de Nosso Senhor é praticamente impossível em nossos dias!" - uma afirmação terrível!
"Eu sou Rei e para isso vim ao mundo!", retrucou Jesus a Pilatos.
O Reinado Social de Nosso Senhor é vital! A Europa começa a despencar moralmente, numa crise jamais vista, justamente porque Nosso Senhor foi retirado de seu trono. E as consequências são vistas a olho nu: famílias acabadas, jovens perdidos, sem sentido algum, liberação e supremacia das vontades mais diabólicas do homem. Eis a separação de todo o equilíbrio social, quando se exclui Nosso Senhor Jesus Cristo.
A humanidade caminhando para um paganismo prático encontrará, no fim da linha, apenas o caos, o nada, o "não ser".
Bento XVI, em sete anos de pontificado, tem surpreendido, positivamente, em muitos pontos, sobretudo na reafirmação de valores já esquecidos pela sociedade cristã. Mesmo pagando um alto preço, não tem se omitido em relação à proclamação da Verdade sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo.
Há pouco tempo, Sua Santidade recebeu no México um presente típico, um chapéu e, imediatamente, o pôs sobre a cabeça. Isto também fizera noutras vezes, com outros estilos. Tempos atrás recebeu de presente dos católicos húngaros uma bela tiara, mas ponderou, olhou, olhou, agradeceu e... a entregou ao secretário.
No auge das invasões de terra pelo MST, aqui, nas terras tupiniquins, Lula pôs em sua cabeça um boné do movimento vermelho. Como falou aquele boné em sua cabeça! Falou-nos muito mais que suas atrapalhadas palavras.
Como ressoou alto aquele gesto de Paulo VI, retirando de sua cabeça a tiara...
Como ecoaria "urbi et orbi" a tiara de volta à cabeça do Vigário de Cristo?
Nós sabemos como.
Esperemos, pois não está tão distante: ela já se encontra em suas mãos.
Como tenho tanta certeza?
As fontes em Roma são falantes..jorram para todos os lados...
Più non ti dico… pìu non ti dico!
Cf :http://www.padremarcelotenorio.com/2011/03/sobre-o-brasao-do-papa-e-tiara.html
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POR MUITOS = POR TODOS?
Segunda-feira, Abril 30, 2012
Nosso Senhor Jesus Cristo disse, na instituição da Eucaristia, que seu sacrifício seria feito “por vós e por muitos”, usando palavras que já tinham sido preditas pelo profeta Isaías. A Santa Igreja repetiu por séculos essas mesmas palavras durante a Consagração do Vinho. Até mesmo a reforma litúrgica de Paulo VI manteve a mesma fórmula em sua versão latina. Porém… as Conferências Episcopais, em toda parte, caíram num lamentável lapso de tradução, levando todos os padres a afirmar durante a Missa, e todo o povo a crer, que Nosso Senhor morreu “por todos”, numa ilusória salvação universal.
O fato é que a salvação merecida pelo sacrifício de Nosso Senhor é oferecida “a todos” mas apenas “muitos” a aproveitam. E que configura uma audácia criminosa o fato de alterar palavras tão excelsas quanto o que é dito na Consagração!
Há alguns anos atrás, Bento XVI dera um prazo de dois anos para que todas as Conferências Episcopais alterassem suas traduções: ele foi solenemente ignorado! “Pegando papel e caneta”, como diz o Pe.Lombardi, ele escreve uma carta pessoal ao episcopado de lingua alemã… Como a dizer que “se ao Papa eles não atendem, quem sabe a um confrade eles darão ouvidos…”
Triste desdobramento de hoje, o porta-voz da Cúria Romana, Pe.Lombardi, dá notícia do pedido do Papa, acrescentando, como a desculpa-lo, que o Papa insiste na tradução “por muitos”, mas é papel da catequese ensinar que Cristo morreu “por todos”…
Notícia Radio Vaticano
Comentário Lucia Zucchi
Pe. Lombardi: Papa esclarece palavras “por muitos e por todos” da fórmula de consagração
Cidade do Vaticano (RV) – Dias atrás Bento XVI endereçou uma carta ao episcopado alemão na qual se detém sobre uma questão concernente à correta interpretação a ser atribuída à fórmula da consagração do vinho na missa. Trata-se de uma questão teológica, mas com implicações de fé para todo cristão, como reitera o Diretor-Geral da Rádio Vaticano, Pe. Federico Lombardi, em seu editorial para “Octava dies”, o semanário de informação do Centro Televisivo Vaticano:
“O que fez o Papa em Castel Gandolfo na semana após a Páscoa? Pegou papel e caneta e escreveu em sua língua uma carta de certo modo especial, dirigida aos bispos alemães, que poucos dias depois a publicaram. Diz respeito à tradução das palavras da consagração do cálice do sangue do Senhor durante a missa. A tradução “por muitos”, mais fiel ao texto bíblico, deve ser preferida a “por todos”, que pretendia tornar mais explícita a universalidade da salvação trazida por Cristo. Alguém poderá pensar que o tema sirva somente para refinados especialistas. Na realidade, permite entender o que é importante para o Papa e com qual atitude espiritual ele o aborda. Para o Papa as palavras da instituição da Eucaristia são absolutamente fundamentais, trata-se do coração da vida da Igreja. Com o “por muitos”, Jesus se identifica com o Servo deJahwé anunciado pelo profeta Isaías; portanto, repetindo essas palavras expressamos melhor uma dúplice fidelidade:
a nossa fidelidade à palavra de Jesus, e a fidelidade de Jesus à palavra da Escritura. Não há dúvida sobre o fato que Jesus morreu para a salvação de todos, portanto, é tarefa de uma boa catequese explicar isso aos fiéis, mas, ao mesmo tempo, explicar o significado profundo das palavras da instituição da Eucaristia. O Senhor se oferece “por vós e por muitos”:
sentimo-nos diretamente envolvidos e na gratidão tornamo-nos responsáveis pela salvação prometida a todos. O Papa – que já tratara disso em seu livro sobre Jesus – dá-nos agora um exemplo profundo e fascinante de catequese sobre algumas das palavras mais importantes da fé cristã. Uma lição de amor e de respeito vivido pela Palavra de Deus, de reflexão teológica e espiritual altíssima e essencial, para viver a Eucaristia com mais profundidade. O Papa conclui dizendo que no Ano da Fé devemos empenhar-nos dessa direção. Esperamos fazê-lo realmente.” (RL)
Fonte:http://www.montfort.org.br/index.php/blog/noticias-comentarios-analises/summorum-pontificum-reforma-da-reforma/pe-lombardi-papa-manda-dizer-por-muitos-catequese-deve-explicar-que-e-por-todos/
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Bento XVI: A primazia da oração
Quinta-feira, Abril 26, 2012
CATEQUESE
Praça de São Pedro
Vaticano
Quarta-feira, 25 de abril de 2012
Queridos irmãos e irmãs
Na catequese passada, mostrei que a Igreja, desde o início do seu caminho, teve que enfrentar situações imprevistas, novas questões e emergências às quais procurou dar respostas à luz da fé, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. Hoje gostaria de deter-me sobre uma outra situação, sobre um problema sério que a primeira comunidade cristã de Jerusalém teve que enfrentar e resolver, como nos narra São Lucas no capítulo sexto dos Atos dos Apóstolos, a respeito da pastoral da caridade junto às pessoas solitárias e necessitadas de assistência e ajuda.
A questão não é secundária para a Igreja e corre-se o risco naquele momento, de criar divisões no interior da Igreja; o número dos discípulos, de fato, vinha aumentando, mas aqueles de lingua grega começavam a lamentar-se contra aqueles de língua hebraica porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição cotidiana (At. 6,1). Diante da urgência que se referia a um aspecto fundamental na vida da comunidade, isto é, a caridade em relação aos mais fracos, aos pobres, aos indefesos, e a justiça, os Apóstolos convocam todo o grupo de discípulos. Neste momento de emergência pastoral, sobressai o discernimento realizado pelos apóstolos. Eles se encontram diante da exigência primária de anunciar a Palavra de Deus segundo o mandato do Senhor, mas - também se esta é uma exigência primária da Igreja - consideram da mesma forma o dever da caridade e da justiça, isto é, o dever de assistir as viúvas, os pobres, de prover com amor diante das situações de necessidade nas quais se encontram irmãos e irmãs, para responder ao mandamento de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,,12.17). Portanto, as duas realidades que devem ser vividas na Igreja - o anúncio da Palavra, a primazia de Deus, e a caridade concreta, a justiça - , estão criando dificuldade e se deve encontrar uma solução, para que ambas possam estar em seus devidos lugares, e sua relação necessária. A reflexão dos Atos dos Apóstolos é muito clara, como ouvimos: "Não é justo que nós deixemos a Palavra de Deus à parte para servir as mesas. Entretanto, irmãos, procureis entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais confiaremos esta missão. Nós, ao invés disso, nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra" (At 6,2-4).
Duas coisas aparecem: primeiro, existe a partir daquele momento, na Igreja, um ministério da caridade.A Igreja não deve somente anunciar a Palavra, mas também realizar a Palavra, que é caridade e verdade. E, segundo ponto, esses homens não somente devem gozar de boa reputação, mas devem ser homens repletos do Espírito Santo e de sabedoria, isto é, não podem ser somente organizadores que sabem "fazer", mas devem "fazer" no espírito da fé com a luz de Deus, na sabedoria do coração, e portanto, também a função deles - mesmo que seja prática - é todavia uma função espiritual. A caridade e a justiça não são somente ações sociais, mas são ações espirituais realizadas na luz do Espírito Santo. Portanto, podemos dizer que essa situação vem enfrentada com grande responsabilidade por parte dos apóstolos, os quais tomam esta decisão: são escolhidos sete homens; os apóstolos rezam para pedir a força do Espírito Santo e depois, impõem as mãos para que se dediquem em modo particular a essa diaconia da caridade. Assim, na vida da Igreja, nos primeiros passos que ela realiza, se reflete, em um certo modo, o que havia acontecido durante a vida pública de Jesus, na casa de Marta e Maria em Betânia. Marta estava bem ligada ao serviço da hospitalidade oferecido a Jesus e aos seus discípulos; Maria, ao contrário, se dedica à escuta da Palavra do Senhor (Luc 10,38-42). Em ambos os casos, não são contrapostos os momentos da oração e da escuta de Deus, e a atividade cotidiana e o serviço da caridade. A expressão de Jesus: "Marta, Marta, tu te preocupas e te agitas com tantas coisas, mas de uma coisa tens necessidade, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada" (Luc 10,41-42), como também a reflexão dos apóstolos: "Nós nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra" (At 6,4), mostram a prioridade que devemos dar a Deus. Não gostaria de entrar agora na interpretação desta perícope Marta-Maria.
Em todo caso, não vem condenada a atividade pelo próximo, mas vem destacado que ela deve ser penetrada interiormente também pelo espírito de contemplação. Por outro lado, Santo Agostinho diz que essa realidade de Maria é uma visão da nossa situação no céu, portanto, na terra, não podemos nunca tê-la completamente, mas um pouco de antecipação deve estar presente em toda a nossa atividade. Deve estar presente também a contemplação de Deus. Não devemos nos perder no ativismo puro, mas sempre deixarmo-nos penetrar na nossa atividade à luz da Palavra de Deus e assim aprender a verdadeira caridade, o verdadeiro serviço pelo outro, que não tem necessidade de tantas coisas - tem necessidade certamente das coisas necessárias - mas tem necessidade sobretudo do afeto do nosso coração, da luz de Deus.
Santo Ambrósio, comentando o episódio de Marta e Maria, assim exorta os seus fiéis e também nós: "Procuremos ter também nós aquilo que não nos pode ser tirado, dando à palavra de Deus uma grande atenção, não distraída: acontece também às sementes da palavra de serem levadas embora, semeadas ao longo da estrada. Estimule também tu, como Maria, o desejo do saber: é esta a maior, mais perfeita obra" - E acrescenta ainda: "o cuidado do ministério não desvie o conhecimento da palavra celeste" (Expositio Evangelii secundum Lucam, VII, 85: pl 15, 1720). Os santos, portanto, experimentaram uma profunda unidade de vida de oração e ação, entre o amor total a Deus e o amor aos irmãos. São Bernardo, que é modelo de harmonia entre contemplação e operosidade, no livro De Consideratione, endereçado ao Papa Inocêncio II para oferecer-lhe algumas reflexões a respeito de seu ministério, insiste exatamente sobre a importância do recolhimento interior, da oração para defender-se dos perigos de uma atividade excessiva, qualquer que seja a condição na qual se encontra a tarefa que se está desenvolvendo. São Bernardo afirma que a demasiada ocupação, uma vida frenética, geralmente acabam induzindo o coração a fazer sofrer o espírito.
É uma preciosa retomada para nós hoje, acostumados a valorizar tudo a partir do critério da produtividade e da eficiência. O trecho dos Atos dos Apóstolos nos recorda a importância do trabalho - sem dúvida se é criado um verdadeiro ministério - , do empenho nas atividades cotidianas que são desenvolvidas com responsabilidade e dedicação, mas também a nossa necessidade de Deus, da sua direção, da sua luz que nos dão força e esperança. Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixa insatisfeitos. Existe uma bela invocação da tradição cristã para recitar-se antes de toda atividade, a qual diz assim: Actiones nostras, quæsumus, Domine, aspirando præveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat, et per te coepta finiatur", isto é: "Inspire as nossas ações Senhor, e acompanhe-as com a tua ajuda, para que todo o nosso falar e agir tenha de ti o seu início e o seu cumprimento". Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra.
Na catequese da quarta-feira passada eu havia destacado a oração unânime da primeira comunidade cristã diante das provas e como, exatamente na oração, na meditação sobre a Sagrada Escritura ela pode compreender os eventos que estavam acontecendo. Quando a oração é alimentada pela palavra de Deus, podemos ver a realidade com olhos novos, com os olhos da fé e o Senhor, que fala à mente e ao coração, dá nova luz ao caminho em todos os momentos e em todas as situações. Nós cremos na força da Palavra de Deus e da oração. Também a dificuldade que está vivendo a Igreja diante do problema do serviço aos pobres e a questão da caridade, é superada na oração, à luz de Deus, do Espírito Santo. Os apóstolos não se limitam a ratificar a escolha de Estevão e dos outros homens, mas depois de rezar , impõem-lhes as mãos" (At 6,6). O Evangelista recordará novamente estes gestos em ocasião da eleição de Paulo e Barnabé, onde lemos: "depois de ter jejuado e rezado, impuseram-lhes as mãos e os despediram" (At 13,3). Confirma-se de novo que o serviço prático da caridade é um serviço espiritual. Ambas as realidade devem andar juntas.
Com o gesto da imposição das mãos, os Apóstolos conferem um ministério particular a sete homens, para que seja dada a eles a força correspondente. O destaque dado à oração - depois de ter rezado", dizem - é importante porque evidencia exatamente a dimensão espiritual do gesto; não se trata simplesmente de conferir um encargo como acontece em uma organização social, mas é um evento eclesial no qual o Espirito Santo se apropria de sete homens da Igreja, consagrando-os na Verdade que é Jesus Cristo: é Ele o protagonista silencioso, presente na imposição das mãos para que os eleitos sejam transformados pela sua potência e santificados para enfrentar desafios práticos, os desafios pastorais. E o destaque da oração nos recorda além disso que somente no relacionamento íntimo com Deus cultivado a cada dia nasce a resposta à escolha do Senhor que nos vem confiado cada ministério na Igreja.
Queridos irmãos e irmãs, o problema pastoral que levou os apóstolos a escolher e a impor as mãos sobre sete homens encarregados do serviço da caridade, para dedicarem-se à oração e ao anuncio da Palavra, indica também a nós a primazia da oração e da Palavra de Deus, que, todavia, produz depois também a grande ação pastoral. Para os Pastores, esta é a primeira e mais preciosa forma de serviço em relação ao rebanho a eles confiado. Se os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida. E existe uma outra preciosa retomada que gostaria de destacar: no relacionamento com Deus, na escuta de sua Palavra, no diálogo com Deus, também quando nos encontramos no silêncio de uma igreja ou de nosso quarto, estamos unidos no Senhor a tantos irmãos e irmãs na fé, como uma junção de instrumentos, que apesar da individualidade de cada um, elevam a Deus uma única grande sinfonia de intercessão, de agradecimento e de louvor. Obrigado.
Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=285991
http://www.padremarcelotenorio.com/search/label/Bento%20XVI
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[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]