ZENIT
O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 15 de julho de 2012
Santa Sé
- Memória Litúrgica de Nossa Senhora do Carmo Bento XVI recorda devoção de João Paulo II no Ângelus deste domingo
- Congresso panafricano de leigos católicos Em setembro, o laicato se reúne nos Camarões
- Caso Gabriele: até agosto a sentença ou o processo O advogado do mordomo: "meu cliente está em boas condições de saúde"
- São Bento, padroeiro do Pontificado de Bento XVI Convite para sair das noites escuras da história
- Bento XVI manifesta sua tristeza com a morte do Cardeal Dom Eugênio Sales Telegrama enviado ao Arcebispo do Rio, Dom Orani
- Napolitano presente no concerto para o Papa Após a apresentação o presidente da República janta com o Santo Padre
Os direitos humanos no mundo
- Parlamento europeu condena abortos forçados Caso de jovem mãe chinesa suscita forte indignação
Comunicar a fé hoje
- Festival JOTA 2012: intercâmbio de jovens, grupos e movimentos de inspiração cristã Evento organizado pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Juvenil de Braga
Brasil
- "A Amazônia continua sendo um apelo à Igreja, um lugar permanente de missão Dom Claúdio Hummes no encerramento do 10° Encontro dos Bispos da Amazônia
- "Combati o bom combate até o fim" Dom Damasceno envia nota de pesar pelo falecimento de Dom Eugênio Sales
Cultura
- "Entre música e fé: conversando com Deus", de Giacomo Celentano Segunda edição de evento-show de música cristã em Milão
Deus chora na Terra
- Os cristãos nigerianos têm que se converter ao islã Ameaça do grupo fundamentalista Boko Haram
- Nigéria: 90 mortos em novo massacre de cristãos Assassinado também um senador cristão
Mundo
- "A exortação apostólica pós-sinodal não conterá uma agenda política" Declarações do Delegado Apostólico para Jerusalém e Territórios Palestinos
- China: surpreendente declaração de dom Ma Daqin Bispo auxiliar de Xangai se retira da Associação Patriótica
Entrevistas
- Dom Robert Zollitsch fala do Ano da Fé (Parte I) Entrevista com o Presidente da Conferência Episcopal Alemã
Espiritualidade
- Onde está teu irmão? Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
Bioética
- Salvatore Crisafulli, paralisado há nove anos, implora por uma chance de viver Greve de fome protesta contra a impossibilidade do transplante de células-tronco
Angelus
- A obra de Cristo e da Igreja jamais regride, mas sempre progride Angelus de Bento XVI em Castel Gandolfo
- Os milagres de Cristo não são exibições de potência, mas sinal do amor de Deus Angelus de Bento XVI em Castel Gandolfo
Santa Sé
Memória Litúrgica de Nossa Senhora do Carmo
Bento XVI recorda devoção de João Paulo II no Ângelus deste domingo
CASTEL GANDOLFO, domingo, 15 de junho de 2012(ZENIT.org) - No momento das saudações conclusivas do Ângelus, Bento XVI recordou, dizendo em polonês, outra memória litúrgica, a desta segunda-feira dedicada a Nossa Senhora do Carmo:
“Amanhã celebraremos a memória Litúrgica a Bem Aventurada Maria do Monte Carmelo - Mãe de Deus do Escapulário. O sinal de consagração pessoal à Ela – o escapulário - João Paulo II o carregava e o estimava tanto.A todos os seus compatriotas – na Polônia, no mundo, a todos vocês aqui presentes hojeem Castel Gandolfo– que Maria, a melhor das mães, os envolva com o seu manto na luta contra o mal, interceda no pedido de graças, e lhes mostre os caminhos que levam a Deus."
Leia o Angelus na íntegra:
http://www.zenit.org/article-30824?l=portuguese
MEM
Envie a um amigo | Imprima esta notícia“Amanhã celebraremos a memória Litúrgica a Bem Aventurada Maria do Monte Carmelo - Mãe de Deus do Escapulário. O sinal de consagração pessoal à Ela – o escapulário - João Paulo II o carregava e o estimava tanto.A todos os seus compatriotas – na Polônia, no mundo, a todos vocês aqui presentes hojeem Castel Gandolfo– que Maria, a melhor das mães, os envolva com o seu manto na luta contra o mal, interceda no pedido de graças, e lhes mostre os caminhos que levam a Deus."
Leia o Angelus na íntegra:
http://www.zenit.org/article-30824?l=portuguese
MEM
top
Congresso panafricano de leigos católicos
Em setembro, o laicato se reúne nos Camarões
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 13 de julho de 2012 (ZENIT.org)- “Ser testemunhas de Cristo na África de hoje: sal da terra, luz do mundo (Mt 5,13-14)”: este é o tema do Congresso Panafricano de Leigos Católicos, promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos de 4 a 9 de setembro em Yaoundé, nos Camarões.
A nota divulgada pelo Vaticano informou que o congresso faz parte da tradição do Pontifício Conselho para os Leigos de organizar conferências regionais e continentais do laicato em várias partes do mundo.
Esta edição, de caráter continental, acontece na Universidade Católica da África Central (UCAC). A decisão de realizar o congresso na África acompanha a visita do Santo Padre aos Camarões e Angola (17 a23 de março de 2009) e, mais recentemente, ao Benin (18 a20 de novembro de 2011), para a apresentação da exortação apostólica pós-sinodal Africae munus.
Em comunicado, o dicastério afirma que o encontro revela o compromisso do Conselho Pontifício para os Leigos de agir junto às Igrejas particulares, o que ajuda a incentivar os leigos a se tornarem membros ativos da Igreja católica e testemunhas da sua fé em Jesus Cristona África de hoje.
(Trad.ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaA nota divulgada pelo Vaticano informou que o congresso faz parte da tradição do Pontifício Conselho para os Leigos de organizar conferências regionais e continentais do laicato em várias partes do mundo.
Esta edição, de caráter continental, acontece na Universidade Católica da África Central (UCAC). A decisão de realizar o congresso na África acompanha a visita do Santo Padre aos Camarões e Angola (17 a23 de março de 2009) e, mais recentemente, ao Benin (18 a20 de novembro de 2011), para a apresentação da exortação apostólica pós-sinodal Africae munus.
Em comunicado, o dicastério afirma que o encontro revela o compromisso do Conselho Pontifício para os Leigos de agir junto às Igrejas particulares, o que ajuda a incentivar os leigos a se tornarem membros ativos da Igreja católica e testemunhas da sua fé em Jesus Cristona África de hoje.
(Trad.ZENIT)
top
Caso Gabriele: até agosto a sentença ou o processo
O advogado do mordomo: "meu cliente está em boas condições de saúde"
Cidade do Vaticano, quinta-feira, 12 de julho de 2012(ZENIT.org)– Na manhã desta quinta-feira, numa coletiva à imprensa, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi falou sobre o término do período de custódia de Paolo Gabriele, ex-assistente de quarto de Bento XVI, acusado de furto agravado de cartas privadas do Papa.
Na próxima semana, adiantou Pe. Lombardi, o Papa vai receber a Comissão Cardinalícia responsável pelas investigações do caso que ficou conhecido como Vatileaks. Na oportunidade, deve ser apresentado o primeiro relatório com base nas investigações feitas até agora sobre o vazamento dos documentos privados.
Quanto à saúde do acusado, o advogado de Gabriele enfatizou o bem estar de seu cliente, negando a alegação feita por alguns jornais. "Gostaria de dizer – disse o advogado- Que meu cliente está em boas condições de saúde e que encontra conforto na oração".
Sobre o procedimento do Tribunal vaticano, o juiz instrutor deve recolher outros testemunhos e, num prazo de dez dias, esta primeira fase será concluída. Pe. Lombardi adiantou, também, que uma possível sentença a Paolo Gabriele deve ser apresentada nos primeiros dias de agosto e, se houver um processo, este partirá somente em outubro.
No final da coletiva, Padre Lombardi disse que nos últimos dias, Bento XVI começou a trabalhar no novo volume de seu livro sobre Jesus, a infância de nosso Senhor, mas também levou material para iniciar a trabalhar na Exortação Apostólica no Oriente Médio, e nos discursos sobre o Líbano.
MEM
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaNa próxima semana, adiantou Pe. Lombardi, o Papa vai receber a Comissão Cardinalícia responsável pelas investigações do caso que ficou conhecido como Vatileaks. Na oportunidade, deve ser apresentado o primeiro relatório com base nas investigações feitas até agora sobre o vazamento dos documentos privados.
Quanto à saúde do acusado, o advogado de Gabriele enfatizou o bem estar de seu cliente, negando a alegação feita por alguns jornais. "Gostaria de dizer – disse o advogado- Que meu cliente está em boas condições de saúde e que encontra conforto na oração".
Sobre o procedimento do Tribunal vaticano, o juiz instrutor deve recolher outros testemunhos e, num prazo de dez dias, esta primeira fase será concluída. Pe. Lombardi adiantou, também, que uma possível sentença a Paolo Gabriele deve ser apresentada nos primeiros dias de agosto e, se houver um processo, este partirá somente em outubro.
No final da coletiva, Padre Lombardi disse que nos últimos dias, Bento XVI começou a trabalhar no novo volume de seu livro sobre Jesus, a infância de nosso Senhor, mas também levou material para iniciar a trabalhar na Exortação Apostólica no Oriente Médio, e nos discursos sobre o Líbano.
MEM
top
São Bento, padroeiro do Pontificado de Bento XVI
Convite para sair das noites escuras da história
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de julho de 2012(ZENIT.org) - Hoje a Igreja celebra a Festa de São Bento, Padroeiro da Europa. A Rádio Vaticana recordou que o Santo Padre colocou seu pontificado sob a proteção deste santo de Núrcia, pai do monaquismo ocidental e convidou a todos a seguir a sua exortação.
O Papa dedicou aos fiéis presentes na Audiência Geral em 9 de abril de 2008, o convite a seguir a sua exortação a não antepor nada a Cristo: O Caminho para sair das noites escuras da história.
“Com apenas 20 anos de idade, São Bento retirou-se para uma caverna perto de Subiaco para superar - disse o Papa - as três tentações fundamentais de todo ser humano: " a tentação da auto-suficiência e do desejo de se colocar no centro, a tentação da sensualidade e, por fim, a tentação da ira e da vingança. (Audiência de 09 de abril de 2008)
São Bento de Núrcia com a sua vida e a sua obra exerceu uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura européia
Leia o texto completo da Audiência:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2008/documents/hf_ben-xvi_aud_20080409_po.html
MEM
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaO Papa dedicou aos fiéis presentes na Audiência Geral em 9 de abril de 2008, o convite a seguir a sua exortação a não antepor nada a Cristo: O Caminho para sair das noites escuras da história.
“Com apenas 20 anos de idade, São Bento retirou-se para uma caverna perto de Subiaco para superar - disse o Papa - as três tentações fundamentais de todo ser humano: " a tentação da auto-suficiência e do desejo de se colocar no centro, a tentação da sensualidade e, por fim, a tentação da ira e da vingança. (Audiência de 09 de abril de 2008)
São Bento de Núrcia com a sua vida e a sua obra exerceu uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura européia
Leia o texto completo da Audiência:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2008/documents/hf_ben-xvi_aud_20080409_po.html
MEM
top
Bento XVI manifesta sua tristeza com a morte do Cardeal Dom Eugênio Sales
Telegrama enviado ao Arcebispo do Rio, Dom Orani
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 10 julho de 2012 (ZENIT.org) - Bento XVI manifestou a sua profunda tristeza com a morte do Cardeal Eugênio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio, através de telegrama enviado a Dom Orani Tempesta.
Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Recebida a triste notícia do falecimento do venerado Cardeal Eugênio de Araújo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, e aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho no meio do seu povo. Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus quase setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: “impendam et superimpendar” (gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós). Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica, e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.
Benedictus PP. XVI
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaExmo Revmo Dom Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Recebida a triste notícia do falecimento do venerado Cardeal Eugênio de Araújo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, e aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho no meio do seu povo. Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus quase setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: “impendam et superimpendar” (gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós). Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica, e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.
Benedictus PP. XVI
top
Napolitano presente no concerto para o Papa
Após a apresentação o presidente da República janta com o Santo Padre
CASTELGANDOLFO, terça-feira, 10 de julho de 2012(ZENIT.org) – O período de férias do papa Bento XVI será animado por um concerto em sua residência de verão. Amanhã(11), festa de São Bento de Norcia, padroeiro da Europa, a partir das 18, na Residência Apostólica de Castelgandolfo, o Santo Padre assistirá a execução da Sinfonia n° 6 em fá maior (pastoral) e da n° 5 em dó menor de Ludwig van Beethoven, dirigida pelo maestro Daniel Barenboim.
Estará presente o Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, acompanhado pela esposa Clio. Segundo comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano, o chefe do estado será recebido pelo Papa por volta das 17:50 no Jardim del Moro da residência pontifícia.
É a segunda vez em pouco mais de um mês que Bento XVI assiste a um concerto dirigido por Daneil Barenboim. O célebre diretor de orquestra argentino havia executado Beethoven (Nona Sinfonia) em junho no Teatro Scala de Milão, no concerto em honra ao Santo Padre, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias.
MEM
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaEstará presente o Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, acompanhado pela esposa Clio. Segundo comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano, o chefe do estado será recebido pelo Papa por volta das 17:50 no Jardim del Moro da residência pontifícia.
É a segunda vez em pouco mais de um mês que Bento XVI assiste a um concerto dirigido por Daneil Barenboim. O célebre diretor de orquestra argentino havia executado Beethoven (Nona Sinfonia) em junho no Teatro Scala de Milão, no concerto em honra ao Santo Padre, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias.
MEM
top
Os direitos humanos no mundo
Parlamento europeu condena abortos forçados
Caso de jovem mãe chinesa suscita forte indignação
Elisabetta Pittino
ROMA, terça-feira, 10 de julho de 2012 (ZENIT.org) - O Parlamento Europeu aprovou na última quinta-feira uma resolução que condena a prática dos abortos e das esterilizações forçadas na China, fazendo referência explícita ao sequestro de Feng Jianmei, grávida de sete meses e obrigada a abortar o filho.
No dia 3 de junho, de acordo com informações difundidas pela internet, Feng Jianmei teria sido agredida e arrastada até um carro dos funcionários estatais encarregados do planejamento familiar na China, enquanto o marido, Deng Jiyuan, estava no trabalho. Os funcionários teriam ainda cobrado da família de Feng uma multa relativa à sua gravidez. Sem receberem o pagamento, teriam obrigado a mulher a fazer o aborto e em seguida colocaram o feto morto sobre a cama ao lado dela. Feng passou por um tratamento médico em uma aldeia próxima.
Reggie Littlejohn, presidente da Women’s Rights Without Frontiers, declara: "Isto é um ultraje. Nenhum governo pode tolerar um ato desse tipo. Os responsáveis têm que ser processados por crime contra a humanidade. A WRWF convida o governo dos Estados Unidos e os líderes do mundo inteiro a condenar com veemência o aborto forçado e todo o planejamento familiar da China".
O site www.laogai.it, da Laogai Research Foundation, criada por Harry Wu, narra esta e outras histórias parecidas: muitas, arrepiantes e verdadeiras.
A política do filho único, introduzida na China em 1979, já fez milhões de vítimas com métodos extremadamente violentos. Indico o site e o livro de Harry Wu, Massacre de inocentes: a política do filho único na China, e as publicações Laogai chineses: os lagers do terceiro milênio e O eclipse da beleza: genocídios e direitos humanos.
São abortadas 13 milhões de crianças por ano na China. Por causa do "sucesso" da política do filho único, imposta pela violência, a ONU concedeu um prêmio em 1983 ao ministro chinês para o planejamento familiar, Qian Xinzhong.
A política do filho único provoca a seleção de crianças e a consequente eliminação de milhões de meninas. A ONG que mais ajudou a China a realizar estas políticas é a UNFPA. A subvenção a esta e a outras ONG vem dos Estados Unidos e da União Europeia; esta última, porém, finalmente começou a reagir ao assinar esta resolução.
“Condenamos o aumento dos abortos forçados na China por serem uma flagrante violação dos direitos humanos”, afirma o parlamentar Alojz Peterle, que negociou o texto final pelo grupo PPE. “Esta prática é inaceitável para o Parlamento Europeu”.
A pesada condenação por parte do Parlamento Europeu é resultado de uma coordenação organizada pelo grupo do PPE, que defende a dignidade humana de acordo com a Carta Fundamental dos Direitos da União Europeia.
A resolução pede à Comissão Europeia a reconsideração das subvenções a projetos na China para assegurar que nenhum fundo europeu se destine a programas e políticas coercitivas de saúde reprodutiva, como acontecia até agora.
Durante o debate sobre a resolução, Peterle destacou: "Os contribuintes europeus precisam saber para onde vai o dinheiro deles. A comissão tem que investigar em grande escala as organizações e programas que recebem fundos para saúde reprodutiva e planejamento familiar".
A resolução sublinha o direito de todas as mulheres ao acesso à saúde pública e afirma que a finalidade dos programas de planejamento familiar deveria consistir em informar as pessoas para que elas possam escolher livremente como constituir a própria família. A resolução ainda enfatiza o desequilíbrio de gênero criado pela política do filho único na China.
Graças a esta resolução, a questão dos abortos forçados será debatida no próximo encontro sobre os direitos humanos entre União Europeia e China.
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaROMA, terça-feira, 10 de julho de 2012 (ZENIT.org) - O Parlamento Europeu aprovou na última quinta-feira uma resolução que condena a prática dos abortos e das esterilizações forçadas na China, fazendo referência explícita ao sequestro de Feng Jianmei, grávida de sete meses e obrigada a abortar o filho.
No dia 3 de junho, de acordo com informações difundidas pela internet, Feng Jianmei teria sido agredida e arrastada até um carro dos funcionários estatais encarregados do planejamento familiar na China, enquanto o marido, Deng Jiyuan, estava no trabalho. Os funcionários teriam ainda cobrado da família de Feng uma multa relativa à sua gravidez. Sem receberem o pagamento, teriam obrigado a mulher a fazer o aborto e em seguida colocaram o feto morto sobre a cama ao lado dela. Feng passou por um tratamento médico em uma aldeia próxima.
Reggie Littlejohn, presidente da Women’s Rights Without Frontiers, declara: "Isto é um ultraje. Nenhum governo pode tolerar um ato desse tipo. Os responsáveis têm que ser processados por crime contra a humanidade. A WRWF convida o governo dos Estados Unidos e os líderes do mundo inteiro a condenar com veemência o aborto forçado e todo o planejamento familiar da China".
O site www.laogai.it, da Laogai Research Foundation, criada por Harry Wu, narra esta e outras histórias parecidas: muitas, arrepiantes e verdadeiras.
A política do filho único, introduzida na China em 1979, já fez milhões de vítimas com métodos extremadamente violentos. Indico o site e o livro de Harry Wu, Massacre de inocentes: a política do filho único na China, e as publicações Laogai chineses: os lagers do terceiro milênio e O eclipse da beleza: genocídios e direitos humanos.
São abortadas 13 milhões de crianças por ano na China. Por causa do "sucesso" da política do filho único, imposta pela violência, a ONU concedeu um prêmio em 1983 ao ministro chinês para o planejamento familiar, Qian Xinzhong.
A política do filho único provoca a seleção de crianças e a consequente eliminação de milhões de meninas. A ONG que mais ajudou a China a realizar estas políticas é a UNFPA. A subvenção a esta e a outras ONG vem dos Estados Unidos e da União Europeia; esta última, porém, finalmente começou a reagir ao assinar esta resolução.
“Condenamos o aumento dos abortos forçados na China por serem uma flagrante violação dos direitos humanos”, afirma o parlamentar Alojz Peterle, que negociou o texto final pelo grupo PPE. “Esta prática é inaceitável para o Parlamento Europeu”.
A pesada condenação por parte do Parlamento Europeu é resultado de uma coordenação organizada pelo grupo do PPE, que defende a dignidade humana de acordo com a Carta Fundamental dos Direitos da União Europeia.
A resolução pede à Comissão Europeia a reconsideração das subvenções a projetos na China para assegurar que nenhum fundo europeu se destine a programas e políticas coercitivas de saúde reprodutiva, como acontecia até agora.
Durante o debate sobre a resolução, Peterle destacou: "Os contribuintes europeus precisam saber para onde vai o dinheiro deles. A comissão tem que investigar em grande escala as organizações e programas que recebem fundos para saúde reprodutiva e planejamento familiar".
A resolução sublinha o direito de todas as mulheres ao acesso à saúde pública e afirma que a finalidade dos programas de planejamento familiar deveria consistir em informar as pessoas para que elas possam escolher livremente como constituir a própria família. A resolução ainda enfatiza o desequilíbrio de gênero criado pela política do filho único na China.
Graças a esta resolução, a questão dos abortos forçados será debatida no próximo encontro sobre os direitos humanos entre União Europeia e China.
top
Comunicar a fé hoje
Festival JOTA 2012: intercâmbio de jovens, grupos e movimentos de inspiração cristã
Evento organizado pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Juvenil de Braga
Por Maria Emília Marega
BRAGA, quarta-feira, 11 de julho de 2012(ZENIT.org) - Festival JOTA 2012 reunirá em Braga, Portugal, músicos cristãos, nacionais e internacionais e muitas atividades para centenas de jovens de todo o país.
O Evento organizado pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Juvenil de Braga (DAPJ) acontecerá durante os dias 20, 21 e 22 de Julho. Em sua 5ª Edição será realizado pela primeira vez em meio urbano, tendo como cenário principal o Estádio Primeiro de Maio.
O Festival Jota tem como objetivos: promover a música de inspiração cristã; promover a reflexão sobre música, artes e outras expressões para a evangelização; fomentar a criatividade artística; promover a reflexão sobre temas importantes para os jovens; apelar de forma positiva à vida; refletir sobre a vida e o seu sentido; proporcionar momentos de convívio, desporto, lazer, reflexão, partilha e oração;proporcionar o intercâmbio de jovens, grupos e movimentos de inspiração cristã de todo o país; potenciar valores como o altruísmo, o respeito, a autonomia, o sentido crítico, o encontro com o outro, a paz, a comunhão e a fé; despertar para uma ocupação saudável dos tempos livres; sensibilizar para a ecologia e o respeito pela natureza.
Os jovens terão à disposição uma tenda de oração permanente; um espaço para esportes radicais: parede de Escalada, Tiro ao Alvo e Insufláveis e outras atividades.
Presença garantida é a do DJ Johnny The Bass, nome artístico de um Jovem de 18 anos da região de Viseu, São Pedro do Sul. As suas atuações centram-se normalmente nas After Party's da sua banda, The Wood's.
Quanto ao seu gênero de musica, não se define, apesar de normalmente passar música House de vários tipos, indo até ao Minimal, Latinas, Trance/Dubstep ou gêneros mais soft como set's de música Rock antigo e mais atual, cativando normalmente o seu publico por onde quer que passe. Faz também trabalhos de edição e remixagem.
A abordagem de Johnny The Bass, embora não sendo na sua maioria elaborada com temas de cariz religioso, vai no entanto trazer novidades, e promete ser uma aproximação ao conceito de Cristoteca.
A Comunidade Canção Nova além da divulgação que vai fazer nos seus órgãos de comunicação social, vai de novo fazer um atelier de produção televisiva no Festival Jota, onde será possível aprender como se faz televisão, peças televisivas e reportagens.
Para conhecer as músicas do Festival e obter maiores informações acesse:
http://www.festivaljota.com/
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaBRAGA, quarta-feira, 11 de julho de 2012(ZENIT.org) - Festival JOTA 2012 reunirá em Braga, Portugal, músicos cristãos, nacionais e internacionais e muitas atividades para centenas de jovens de todo o país.
O Evento organizado pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral Juvenil de Braga (DAPJ) acontecerá durante os dias 20, 21 e 22 de Julho. Em sua 5ª Edição será realizado pela primeira vez em meio urbano, tendo como cenário principal o Estádio Primeiro de Maio.
O Festival Jota tem como objetivos: promover a música de inspiração cristã; promover a reflexão sobre música, artes e outras expressões para a evangelização; fomentar a criatividade artística; promover a reflexão sobre temas importantes para os jovens; apelar de forma positiva à vida; refletir sobre a vida e o seu sentido; proporcionar momentos de convívio, desporto, lazer, reflexão, partilha e oração;proporcionar o intercâmbio de jovens, grupos e movimentos de inspiração cristã de todo o país; potenciar valores como o altruísmo, o respeito, a autonomia, o sentido crítico, o encontro com o outro, a paz, a comunhão e a fé; despertar para uma ocupação saudável dos tempos livres; sensibilizar para a ecologia e o respeito pela natureza.
Os jovens terão à disposição uma tenda de oração permanente; um espaço para esportes radicais: parede de Escalada, Tiro ao Alvo e Insufláveis e outras atividades.
Presença garantida é a do DJ Johnny The Bass, nome artístico de um Jovem de 18 anos da região de Viseu, São Pedro do Sul. As suas atuações centram-se normalmente nas After Party's da sua banda, The Wood's.
Quanto ao seu gênero de musica, não se define, apesar de normalmente passar música House de vários tipos, indo até ao Minimal, Latinas, Trance/Dubstep ou gêneros mais soft como set's de música Rock antigo e mais atual, cativando normalmente o seu publico por onde quer que passe. Faz também trabalhos de edição e remixagem.
A abordagem de Johnny The Bass, embora não sendo na sua maioria elaborada com temas de cariz religioso, vai no entanto trazer novidades, e promete ser uma aproximação ao conceito de Cristoteca.
A Comunidade Canção Nova além da divulgação que vai fazer nos seus órgãos de comunicação social, vai de novo fazer um atelier de produção televisiva no Festival Jota, onde será possível aprender como se faz televisão, peças televisivas e reportagens.
Para conhecer as músicas do Festival e obter maiores informações acesse:
http://www.festivaljota.com/
top
Brasil
"A Amazônia continua sendo um apelo à Igreja, um lugar permanente de missão
Dom Claúdio Hummes no encerramento do 10° Encontro dos Bispos da Amazônia
SANTARÉM, quinta-feira, 12 de julho de 2012(ZENIT.org) - Cerca de 1.200 pessoas lotaram na noite da última sexta-feira,6, aigreja do Santíssimo Sacramento, em Santarém (PA), no encerramento do 10º Encontro dos Bispos da Amazônia, que celebrou os 40 anos do Documento de Santarém.
Os bispos reafirmaram na celebração a tônica do documento que ratifica o compromisso da Igreja com os povos da Amazônia e a defesa da ecologia, conforme notícia publicada no Blog do Encontro.
“A Amazônia continua sendo um apelo à Igreja, um lugar permanente de missão”, sentenciou Dom Cláudio Hummes, cardeal presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia que presidiu a celebração. Segundo ele, a região, por suas características próprias, requer uma atitude profética da Igreja, sobretudo considerando que estas terras sempre foram vistas como uma fonte de riquezas exploradas continuamente”
O profetismo, disse o cardeal, exige atitudes que estão relacionadas à promoção humana. “A promoção humana faz parte da evangelização e para que isso aconteça é necessário combater toda forma de opressão sobre o povo”. No final, Dom Cláudio declarou que o encontro lhe fortaleceu o ardor missionário e reconheceu vigor da Igreja nesta região, continuou a notícia.
O evento contou com a participação do secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, de 35 bispos e dezenas de religiosos e lideranças, dentre estes alguns que estão sob constante vigilância de segurança em virtude da postura em defesa dos povos – denúncias contra a exploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres, tráfico de drogas e de pessoas, trabalho escravo – e por denunciarem a exploração ilegal dos recursos da Amazônia.
MEM
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaOs bispos reafirmaram na celebração a tônica do documento que ratifica o compromisso da Igreja com os povos da Amazônia e a defesa da ecologia, conforme notícia publicada no Blog do Encontro.
“A Amazônia continua sendo um apelo à Igreja, um lugar permanente de missão”, sentenciou Dom Cláudio Hummes, cardeal presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia que presidiu a celebração. Segundo ele, a região, por suas características próprias, requer uma atitude profética da Igreja, sobretudo considerando que estas terras sempre foram vistas como uma fonte de riquezas exploradas continuamente”
O profetismo, disse o cardeal, exige atitudes que estão relacionadas à promoção humana. “A promoção humana faz parte da evangelização e para que isso aconteça é necessário combater toda forma de opressão sobre o povo”. No final, Dom Cláudio declarou que o encontro lhe fortaleceu o ardor missionário e reconheceu vigor da Igreja nesta região, continuou a notícia.
O evento contou com a participação do secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, de 35 bispos e dezenas de religiosos e lideranças, dentre estes alguns que estão sob constante vigilância de segurança em virtude da postura em defesa dos povos – denúncias contra a exploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres, tráfico de drogas e de pessoas, trabalho escravo – e por denunciarem a exploração ilegal dos recursos da Amazônia.
MEM
top
"Combati o bom combate até o fim"
Dom Damasceno envia nota de pesar pelo falecimento de Dom Eugênio Sales
APARECIDA, quarta-feira, 11 de julho de 2012(ZENIT.org) - Publicamos a nota de pesar pesar do Cardeal de Aparecida, pelo falecimento do Cardeal Dom Eugênio Sales.
Nota de pesar pelo falecimento de Dom Eugênio de Araújo Sales, cardeal arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro
Como Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, e Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, desejo manifestar ao povo de Deus da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro na pessoa de seu Arcebispo, Dom Orani João Tempesta, e aos familiares, profundo pesar pelo falecimento do Cardeal Eugênio de Araújo Sales.
Deus seja louvado pelo dom de sua vida e pelo fecundo ministério episcopal do querido irmão Dom Eugênio de Araújo Sales.
Dom Eugênio desempenhou papel relevante na vida da Igreja no Brasil e no mundo: foi o iniciador da Campanha da Fraternidade; do Movimento de Educação de Base – MEB, que através da rádio, alfabetizou grande quantidade de pessoas, sobretudo, no nordeste brasileiro. Foi membro do Conselho Permanente da CNBB, como representante do Regional Leste 1 do Estado do Rio de Janeiro e presidente do Departamento do Celam para Ação Social. Colaborou estreitamente como membro de diversos Dicastérios da Cúria Romana, com dois Papas, Paulo VI que o nomeou cardeal, e com João Paulo II, a quem acolheu, em suas visitas apostólicas, por três vezes, na cidade do Rio de Janeiro. Dom Eugênio participou de diversos Sínodos dos Bispos, e foi um dos três Presidentes do Sínodo Especial para a América.
Grande devoto de Nossa Senhora Aparecida, Dom Eugênio foi membro por vários anos da Comissão Pró-Santuário Nacional. Iniciou e incentivou a Romaria anual da Arquidiocese do Rio de Janeiro ao Santuário de Aparecida, que continua até hoje e se tornou a maior romaria diocesana no Brasil.
Numa palavra, Dom Eugênio realizou plenamente o seu lema episcopal, inspirado no texto da II Carta de Paulo aos Coríntios: “Gastarei e desgastarei toda a minha vida por vós” (II Cor 12,15).
Como o Apóstolo pode dizer: combati o bom combate até o fim e espero da misericórdia de Deus o prêmio eterno reservado àqueles que O amam e O servem nesta vida.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
Presidente da CNBB
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaNota de pesar pelo falecimento de Dom Eugênio de Araújo Sales, cardeal arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro
Como Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, e Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, desejo manifestar ao povo de Deus da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro na pessoa de seu Arcebispo, Dom Orani João Tempesta, e aos familiares, profundo pesar pelo falecimento do Cardeal Eugênio de Araújo Sales.
Deus seja louvado pelo dom de sua vida e pelo fecundo ministério episcopal do querido irmão Dom Eugênio de Araújo Sales.
Dom Eugênio desempenhou papel relevante na vida da Igreja no Brasil e no mundo: foi o iniciador da Campanha da Fraternidade; do Movimento de Educação de Base – MEB, que através da rádio, alfabetizou grande quantidade de pessoas, sobretudo, no nordeste brasileiro. Foi membro do Conselho Permanente da CNBB, como representante do Regional Leste 1 do Estado do Rio de Janeiro e presidente do Departamento do Celam para Ação Social. Colaborou estreitamente como membro de diversos Dicastérios da Cúria Romana, com dois Papas, Paulo VI que o nomeou cardeal, e com João Paulo II, a quem acolheu, em suas visitas apostólicas, por três vezes, na cidade do Rio de Janeiro. Dom Eugênio participou de diversos Sínodos dos Bispos, e foi um dos três Presidentes do Sínodo Especial para a América.
Grande devoto de Nossa Senhora Aparecida, Dom Eugênio foi membro por vários anos da Comissão Pró-Santuário Nacional. Iniciou e incentivou a Romaria anual da Arquidiocese do Rio de Janeiro ao Santuário de Aparecida, que continua até hoje e se tornou a maior romaria diocesana no Brasil.
Numa palavra, Dom Eugênio realizou plenamente o seu lema episcopal, inspirado no texto da II Carta de Paulo aos Coríntios: “Gastarei e desgastarei toda a minha vida por vós” (II Cor 12,15).
Como o Apóstolo pode dizer: combati o bom combate até o fim e espero da misericórdia de Deus o prêmio eterno reservado àqueles que O amam e O servem nesta vida.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
Presidente da CNBB
top
Cultura
"Entre música e fé: conversando com Deus", de Giacomo Celentano
Segunda edição de evento-show de música cristã em Milão
MILÃO, terça-feira, 10 de julho de 2012 (ZENIT.org) – Hoje à noite, o Teatro Romano de Villa Clerici, em Milão, recebe o evento Entre música e fé: conversando com Deus, projeto de Giacomo Celentano desenvolvido em parceria com outros autores como Roberto Brivio, Aldo Colonello e Emanuele Carlo Ostuni.
O evento tem três âmbitos: o da música, tanto cristã quanto laica; o da recitação e o dos testemunhos sobre a fé, num momento de conexão harmoniosa.
O evento prevê ainda o Espaço Alda Merini, em que Aldo Colonello declamará versos desta poetisa, inspirada pelos valores cristãos.
A etapa final do evento será um talk-show dirigido pelos organizadores, que moderarão uma conversa entre Aldo Colonello e a figura espiritual do evento, representada por um sacerdote. A conversa abordará Fé e Razão, além de avaliar o resultado do evento em si. A noite se encerra com um hino coral ao amor e à solidariedade.
(Trad:ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaO evento tem três âmbitos: o da música, tanto cristã quanto laica; o da recitação e o dos testemunhos sobre a fé, num momento de conexão harmoniosa.
O evento prevê ainda o Espaço Alda Merini, em que Aldo Colonello declamará versos desta poetisa, inspirada pelos valores cristãos.
A etapa final do evento será um talk-show dirigido pelos organizadores, que moderarão uma conversa entre Aldo Colonello e a figura espiritual do evento, representada por um sacerdote. A conversa abordará Fé e Razão, além de avaliar o resultado do evento em si. A noite se encerra com um hino coral ao amor e à solidariedade.
(Trad:ZENIT)
top
Deus chora na Terra
Os cristãos nigerianos têm que se converter ao islã
Ameaça do grupo fundamentalista Boko Haram
John Newton
ROMA, quarta-feira, 11 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Militantes islâmicos reivindicaram a responsabilidade pela morte de mais de 50 pessoas no centro-norte da Nigéria, procurando forçar os cristãos do país a se converterem ao islã.
O porta-voz do Boko Haram, Abu Qaqa, emitiu um comunicado afirmando que o grupo islâmico foi o executor dos ataques de duas semanas atrás (30 junho e 1º julho), acrescentando que os ataques contra os cristãos continuarão na Nigéria.
O documento afirma que "os cristãos na Nigéria têm que aceitar o islã, que é a religião verdadeira; caso contrário, nunca terão paz. Não damos crédito aos cristãos, porque eles foram os primeiros a declarar guerra aos muçulmanos, com o apoio do governo".
A culpa pela violência no estado de Plateau, na última semana, foi atribuída a membros do grupo étnico muçulmano predominante dos Fulani, que atacaram tribos cristãs na região em março de 2010 devido a tensões políticas e sociais.
De acordo com a Cruz Vermelha, os voluntários contaram 58 mortos, embora outras fontes falem de um número maior. Repórteres da Press Trust of India afirmam que 135 pessoas foram assassinadas.
Em sua proclamação, o Boko Haram agradece a Deus pelo massacre: "Louvamos Alá na sua guerra pelo Profeta Maomé, agradecemos a Alá pelo ataque bem sucedido no estado de Plateau contra os cristãos e as forças policiais".
Em conversa com a associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o bispo Martin Igwe Uzoukwu Minna afirmou no mês passado: "Se vamos morrer por Cristo, morreremos por Cristo, mas porque a nossa decisão teria que ser forçada?".
Os bispos da Nigéria têm repetidamente pedido que os fiéis cristãos não façam retaliações. Após a explosão de bombas em três igrejas no último 17 de junho, porém, alguns muçulmanos ficaram na mira dos cristãos.
A Ajuda à Igreja que Sofre convida as pessoas a orarem pelo país neste momento de crise. A porta-voz da AIS, Patricia Hatton, declara: "As comunidades eclesiais do país nos alertaram sobre a natureza dos problemas enfrentados pelos cristãos no norte da Nigéria. Nas suas orações, por favor, lembrem-se da Nigéria e das comunidades cristãs e rezem pela paz".
Link para a versão original: http://www.acnuk.org/news.php/349/nigeria-quotchristians-must-convertquot-says-islamist-group
(Trad.ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaROMA, quarta-feira, 11 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Militantes islâmicos reivindicaram a responsabilidade pela morte de mais de 50 pessoas no centro-norte da Nigéria, procurando forçar os cristãos do país a se converterem ao islã.
O porta-voz do Boko Haram, Abu Qaqa, emitiu um comunicado afirmando que o grupo islâmico foi o executor dos ataques de duas semanas atrás (30 junho e 1º julho), acrescentando que os ataques contra os cristãos continuarão na Nigéria.
O documento afirma que "os cristãos na Nigéria têm que aceitar o islã, que é a religião verdadeira; caso contrário, nunca terão paz. Não damos crédito aos cristãos, porque eles foram os primeiros a declarar guerra aos muçulmanos, com o apoio do governo".
A culpa pela violência no estado de Plateau, na última semana, foi atribuída a membros do grupo étnico muçulmano predominante dos Fulani, que atacaram tribos cristãs na região em março de 2010 devido a tensões políticas e sociais.
De acordo com a Cruz Vermelha, os voluntários contaram 58 mortos, embora outras fontes falem de um número maior. Repórteres da Press Trust of India afirmam que 135 pessoas foram assassinadas.
Em sua proclamação, o Boko Haram agradece a Deus pelo massacre: "Louvamos Alá na sua guerra pelo Profeta Maomé, agradecemos a Alá pelo ataque bem sucedido no estado de Plateau contra os cristãos e as forças policiais".
Em conversa com a associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o bispo Martin Igwe Uzoukwu Minna afirmou no mês passado: "Se vamos morrer por Cristo, morreremos por Cristo, mas porque a nossa decisão teria que ser forçada?".
Os bispos da Nigéria têm repetidamente pedido que os fiéis cristãos não façam retaliações. Após a explosão de bombas em três igrejas no último 17 de junho, porém, alguns muçulmanos ficaram na mira dos cristãos.
A Ajuda à Igreja que Sofre convida as pessoas a orarem pelo país neste momento de crise. A porta-voz da AIS, Patricia Hatton, declara: "As comunidades eclesiais do país nos alertaram sobre a natureza dos problemas enfrentados pelos cristãos no norte da Nigéria. Nas suas orações, por favor, lembrem-se da Nigéria e das comunidades cristãs e rezem pela paz".
Link para a versão original: http://www.acnuk.org/news.php/349/nigeria-quotchristians-must-convertquot-says-islamist-group
(Trad.ZENIT)
top
Nigéria: 90 mortos em novo massacre de cristãos
Assassinado também um senador cristão
ROMA, segunda-feira, 9 de julho de 2012 (ZENIT.org) - A violência não para na Nigéria. Desta vez, no estado de Plateau, foram encontrados cinquenta cadáveres queimados em uma igreja. Durante os funerais das vítimas, acabou sendo assassinado também um político cristão.
Homens armados atacaram neste fim de semana diversos povoados cristãos perto da cidade de Jos. De acordo com informações da agência Nova China, as vítimas são pelo menos noventa. A agência informa ainda que os cinquenta cadáveres carbonizados foram achados em uma igreja da aldeia de Matsai, e que durante a tarde de sábado, enquanto a cidade de Jos realizava o funeral conjunto das vítimas, um grupo armado abriu fogo matando vinte pessoas.
A BBC acrescenta que, no mesmo sábado, houve diversos ataques de grupos armados contra várias aldeias cristãs. A imprensa local cita as aldeias de Kakuruk, Kuzen, Ngyo, Kogoduk, Ruk, Dogo, Kufang, Kpapkpiduk e Kai.
O jornal Herald Tribune, citando o porta-voz do governador do estado, divulgou que entre os mortos estão o senador do estado de Plateau, Gyang Dantong, e o líder da maioria parlamentar do estado, Gyang Fulani.
As autoridades acusam os pastores da tribo fulani, de religião muçulmana. Os representantes da comunidade, porém, citados pela imprensa local, negam a acusação e afirmam que foram os militares nigerianos que atacaram os membros da tribo.
Jonah Jang, governador do estado de Plateau, decretou toque de recolher noturno em quatro regiões. O presidente da Nigéria, David Mark, definiu o ataque como assassinato, afirmando: “Como nação, nós temos que nos levantar contra aqueles que querem nos fazer voltar ao estado selvagem, no qual a vida não tinha valor”.
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaHomens armados atacaram neste fim de semana diversos povoados cristãos perto da cidade de Jos. De acordo com informações da agência Nova China, as vítimas são pelo menos noventa. A agência informa ainda que os cinquenta cadáveres carbonizados foram achados em uma igreja da aldeia de Matsai, e que durante a tarde de sábado, enquanto a cidade de Jos realizava o funeral conjunto das vítimas, um grupo armado abriu fogo matando vinte pessoas.
A BBC acrescenta que, no mesmo sábado, houve diversos ataques de grupos armados contra várias aldeias cristãs. A imprensa local cita as aldeias de Kakuruk, Kuzen, Ngyo, Kogoduk, Ruk, Dogo, Kufang, Kpapkpiduk e Kai.
O jornal Herald Tribune, citando o porta-voz do governador do estado, divulgou que entre os mortos estão o senador do estado de Plateau, Gyang Dantong, e o líder da maioria parlamentar do estado, Gyang Fulani.
As autoridades acusam os pastores da tribo fulani, de religião muçulmana. Os representantes da comunidade, porém, citados pela imprensa local, negam a acusação e afirmam que foram os militares nigerianos que atacaram os membros da tribo.
Jonah Jang, governador do estado de Plateau, decretou toque de recolher noturno em quatro regiões. O presidente da Nigéria, David Mark, definiu o ataque como assassinato, afirmando: “Como nação, nós temos que nos levantar contra aqueles que querem nos fazer voltar ao estado selvagem, no qual a vida não tinha valor”.
top
Mundo
"A exortação apostólica pós-sinodal não conterá uma agenda política"
Declarações do Delegado Apostólico para Jerusalém e Territórios Palestinos
ROMA, sexta-feira, 13 de julho de 2012 (ZENIT.org) - "O êxodo cristão não está vinculado a motivos religiosos, mas políticos. E até que seja resolvido o conflito árabe-israelense, os fiéis vão continuar abandonando esta terra".
Esta é a dolorosa declaração feita à associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) por dom Antonio Franco, núncio em Israel e Chipre e delegado apostólico em Jerusalém e nos Territórios Palestinos. Dom Franco já recebeu o papa Bento XVI duas vezes, na Terra Santa em 2009 e na ilha de Chipre em 2010. Ao se aproximar a próxima viagem do papa à região, desta vez ao Líbano, ele avalia o provável conteúdo da exortação apostólica pós-sinodal para o Oriente Médio, a ser assinada durante a visita. "Aqueles que acreditam que o papa vai descrever uma agenda política para resolver o conflito ficarão inevitavelmente decepcionados", explica ele para alguns membros da fundação pontifícia, recebidos em sua residênciaem Jerusalém Oriental.
De acordo com dom Franco, o papa simplesmente encorajará os cristãos a promoverem a paz e a reconciliação, "em cujo âmbito podem ser encontradas também as soluções políticas certas". O documento foi elaborado com base nas 44 proposições finais da assembleia especial para o Oriente Médio, ocorrida em 2010, e enfatizará os princípios da doutrina social católica, em particular o respeito pela dignidade humana.
"Mas a principal exortação do Santo Padre é sobre um tema amplamente discutido no sínodo: a comunhão", observa o núncio. Ratzinger convidará os fiéis a viverem uma comunhão mais estreita com os vários ritos da Igreja Católica e entre todas as igrejas da região. "É o único caminho a percorrer. Só assim a comunidade cristã poderá influenciar positivamente na situação na Terra Santa e contribuir para a solução dos problemas que afligem a região".
(Trad.ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaEsta é a dolorosa declaração feita à associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) por dom Antonio Franco, núncio em Israel e Chipre e delegado apostólico em Jerusalém e nos Territórios Palestinos. Dom Franco já recebeu o papa Bento XVI duas vezes, na Terra Santa em 2009 e na ilha de Chipre em 2010. Ao se aproximar a próxima viagem do papa à região, desta vez ao Líbano, ele avalia o provável conteúdo da exortação apostólica pós-sinodal para o Oriente Médio, a ser assinada durante a visita. "Aqueles que acreditam que o papa vai descrever uma agenda política para resolver o conflito ficarão inevitavelmente decepcionados", explica ele para alguns membros da fundação pontifícia, recebidos em sua residênciaem Jerusalém Oriental.
De acordo com dom Franco, o papa simplesmente encorajará os cristãos a promoverem a paz e a reconciliação, "em cujo âmbito podem ser encontradas também as soluções políticas certas". O documento foi elaborado com base nas 44 proposições finais da assembleia especial para o Oriente Médio, ocorrida em 2010, e enfatizará os princípios da doutrina social católica, em particular o respeito pela dignidade humana.
"Mas a principal exortação do Santo Padre é sobre um tema amplamente discutido no sínodo: a comunhão", observa o núncio. Ratzinger convidará os fiéis a viverem uma comunhão mais estreita com os vários ritos da Igreja Católica e entre todas as igrejas da região. "É o único caminho a percorrer. Só assim a comunidade cristã poderá influenciar positivamente na situação na Terra Santa e contribuir para a solução dos problemas que afligem a região".
(Trad.ZENIT)
top
China: surpreendente declaração de dom Ma Daqin
Bispo auxiliar de Xangai se retira da Associação Patriótica
ROMA, quarta-feira, 11 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Em 7 de julho, durante a sua ordenação como bispo auxiliar de Xangai, dom Ma Daqin surpreendeu a todos ao anunciar que deixaria seus cargos na Associação Patriótica dos Católicos Chineses, controlada pelo governo comunista, para intensificar a sua comunhão com a Igreja Católica.
Depois de comunicar esta decisão, o novo bispo não voltou a ser visto em público. Seus seguidores sabiam informar apenas que os movimentos do prelado estavam restritos e que ele fora proibido de exercer o ministério episcopal.
Em 10 de julho, um comunicado do Vaticano confirmou uma nota da Congregação para a Evangelização dos Povos, divulgada em 3 de julho, declarando que o padre Yue Fusheng, de Harbin, estava excomungado por ter aceito a ordenação episcopal em 6 de julho sem mandado pontifício.
Dom Ma Daqin, bispo auxiliar de Xangai, declarou durante a sua ordenação episcopal:
"Excelência, Dom Jin [Luxian], irmãos e irmãs,
Saudações a todos.
Pai nosso, que estás no céu, agradeço pelas tuas bênçãos. Tu me deste uma graça indescritível, e hoje me escolhes, pobre homem, criatura fraca.
Agradeço a Deus pelo dom da sua graça. Agradeço a dom Jin por ter vindo me ordenar, apesar deste calor do verão [34°C]. Agradeço também aos dois bispos co-consagrantes, dom Xu [Honggen] e dom Shen [Bin]. Dom Jin, de coração aberto eu recebo a imposição das suas mãos e a sua bênção!
Obrigado também aos bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e fiéis que lotam esta igreja, especialmente aos vindos de longe. A sua presença me dá confiança e força!
Todos têm orado incessantemente pela nossa diocese e por mim, servo humilde e limitado. Quando eu era criança, os meus pais e os anciãos da minha família me ensinaram a tradição da Igreja e me transmitiram a fé.
Quando entrei no seminário, recebi a educação católica que os nossos antepassados e predecessores observaram. Trabalhei incansavelmente e dediquei a minha vida a seguir o exemplo de Cristo, para chegar a ser um bom pastor.
Permitam-me agradecer também aos sacerdotes, religiosos, seminaristas e leigos presentes nesta missa, e àqueles que não puderam se juntar a nós pela falta de espaço ou por outras razões.
Deus não olha para as aparências, mas lê o coração, onde se revela a justiça. O homem propõe, mas Deus dispõe. E eu quero dizer: amemos uns aos outros! Oremos uns pelos outros!" [vivos aplausos do público].
O lema inscrito no meu emblema de bispo é extraído de duas citações bem conhecidas. A primeira corresponde ao que dom Jin sempre nos ensinou durante os anos de seminário: uma citação de Santo Inácio, Ad maiorem Dei gloriam (para maior glória de Deus). Neste momento, neste lugar, esta frase quer dizer que nós temos que escolher um caminho para servir a Deus para a sua maior glória. A segunda citação que eu escolhi é Somos todos um. Espero que todos nós, em nosso íntimo, respondamos ao chamado que Jesus fez aos seus discípulos: "Que todos sejam um". Eu consagrei a minha vida para construir a unidade.
À luz do que nos ensina a nossa Santa Mãe Igreja, à qual eu sirvo como bispo, devo dedicar todas as minhas energias ao ministério episcopal e à obra da evangelização. É embaraçoso para mim, por isto, continuar a ter certos tipos de responsabilidade. Neste momento de minha ordenação, não é mais desejável que eu seja membro da Associação Patriótica dos Católicos Chineses. [Longos aplausos]. Para que todos possamos ser um só, para a maior glória de Deus".
(Trad.ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaDepois de comunicar esta decisão, o novo bispo não voltou a ser visto em público. Seus seguidores sabiam informar apenas que os movimentos do prelado estavam restritos e que ele fora proibido de exercer o ministério episcopal.
Em 10 de julho, um comunicado do Vaticano confirmou uma nota da Congregação para a Evangelização dos Povos, divulgada em 3 de julho, declarando que o padre Yue Fusheng, de Harbin, estava excomungado por ter aceito a ordenação episcopal em 6 de julho sem mandado pontifício.
Dom Ma Daqin, bispo auxiliar de Xangai, declarou durante a sua ordenação episcopal:
"Excelência, Dom Jin [Luxian], irmãos e irmãs,
Saudações a todos.
Pai nosso, que estás no céu, agradeço pelas tuas bênçãos. Tu me deste uma graça indescritível, e hoje me escolhes, pobre homem, criatura fraca.
Agradeço a Deus pelo dom da sua graça. Agradeço a dom Jin por ter vindo me ordenar, apesar deste calor do verão [34°C]. Agradeço também aos dois bispos co-consagrantes, dom Xu [Honggen] e dom Shen [Bin]. Dom Jin, de coração aberto eu recebo a imposição das suas mãos e a sua bênção!
Obrigado também aos bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e fiéis que lotam esta igreja, especialmente aos vindos de longe. A sua presença me dá confiança e força!
Todos têm orado incessantemente pela nossa diocese e por mim, servo humilde e limitado. Quando eu era criança, os meus pais e os anciãos da minha família me ensinaram a tradição da Igreja e me transmitiram a fé.
Quando entrei no seminário, recebi a educação católica que os nossos antepassados e predecessores observaram. Trabalhei incansavelmente e dediquei a minha vida a seguir o exemplo de Cristo, para chegar a ser um bom pastor.
Permitam-me agradecer também aos sacerdotes, religiosos, seminaristas e leigos presentes nesta missa, e àqueles que não puderam se juntar a nós pela falta de espaço ou por outras razões.
Deus não olha para as aparências, mas lê o coração, onde se revela a justiça. O homem propõe, mas Deus dispõe. E eu quero dizer: amemos uns aos outros! Oremos uns pelos outros!" [vivos aplausos do público].
O lema inscrito no meu emblema de bispo é extraído de duas citações bem conhecidas. A primeira corresponde ao que dom Jin sempre nos ensinou durante os anos de seminário: uma citação de Santo Inácio, Ad maiorem Dei gloriam (para maior glória de Deus). Neste momento, neste lugar, esta frase quer dizer que nós temos que escolher um caminho para servir a Deus para a sua maior glória. A segunda citação que eu escolhi é Somos todos um. Espero que todos nós, em nosso íntimo, respondamos ao chamado que Jesus fez aos seus discípulos: "Que todos sejam um". Eu consagrei a minha vida para construir a unidade.
À luz do que nos ensina a nossa Santa Mãe Igreja, à qual eu sirvo como bispo, devo dedicar todas as minhas energias ao ministério episcopal e à obra da evangelização. É embaraçoso para mim, por isto, continuar a ter certos tipos de responsabilidade. Neste momento de minha ordenação, não é mais desejável que eu seja membro da Associação Patriótica dos Católicos Chineses. [Longos aplausos]. Para que todos possamos ser um só, para a maior glória de Deus".
(Trad.ZENIT)
top
Entrevistas
Dom Robert Zollitsch fala do Ano da Fé (Parte I)
Entrevista com o Presidente da Conferência Episcopal Alemã
Jan Bentz
ROMA, sexta-feira, 13 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Para marcar o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, Bento XVI convocou um Ano da Fé, que começa em 11 de outubro de 2012.
Em entrevista exclusiva a ZENIT, o presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Robert Zollitsch, bispo de Friburgo, falou sobre o evento e sobre a situação da fé na Alemanha.
Cinquenta anos depois do Concílio Vaticano II, que teve como objetivo promover uma nova evangelização, agora precisamos de uma iniciativa como o Ano da Fé. Por quê?
Dom Robert Zollitsch: Jesus enviou os apóstolos dizendo "Ide por todo o mundo". A Igreja, portanto, tem a obrigação de proclamar o evangelho de Jesus Cristo com perseverança em todo momento e lugar. Esta era também a convicção dos padres do Concílio Vaticano II e, justamente por isso, o concílio começou uma nova onda evangelizadora. Hoje, cinquenta anos depois, muita coisa mudou e é bom para dar uma nova dinâmica a este impulso. O Ano da Fé, como afirma o Santo Padre, se baseia no concílio e quer atender essa nova necessidade. Este é o apelo da nova evangelização.
Por causa das muitas mudanças das últimas décadas e do impacto delas na sociedade, nós vivemos, por um lado, uma grande secularização e alienação da fé da Igreja, e, por outro, uma busca relativamente nova de auto-transcendência, para colocar a própria vida numa esfera maior, de desejo de experimentar a Deus.
Muitos países, onde a religião, particularmente a religião cristã, conseguia criar relações comunitárias ativas, hoje se caracterizam pela indiferença ou pela multiplicidade de opções religiosas. Isto não significa que tenha sido perdida a disponibilidade para a espiritualidade cristã nem a abertura para uma interpretação especificamente cristã. A questão é proclamar e testemunhar de forma credível e autêntica o evangelho da proximidade de Deusem Jesus Cristo, em uma época que mudou. Neste sentido, uma nova evangelização tem que promover a abertura e a profundidade de uma fé pura e sólida, além ser uma força de verdadeira libertação.
O senhor é membro do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Qual é o seu papel específico?
Dom Robert Zollitsch: Para nós, membros deste conselho pontifício que ainda é muito jovem, não existem áreas específicas. Para mim é muito importante aproveitar as oportunidades deste trabalho para aprender dos outros países como é a situação da nova evangelização por lá. E é claro que eu gostaria de transmitir ao conselho a experiência da nova evangelização na Alemanha. Já temos iniciativas entusiasmantes de longo prazo. Há doze anos, os bispos alemães lançaram as bases para as reflexões do Santo Padre no documento Zeit der Aussaat - missionarisch Kirche sein (Temporada de semeadura - ser uma Igreja missionária).
Qual é o coração da nova evangelização?
Dom Robert Zollitsch: É a transmissão da fé para as pessoas de hoje. A fé apoia e fortalece. Quem acredita nunca está sozinho, disse o Santo Padre. Isto inclui a abertura do caminho para as pessoas que podem fazer a experiência de Deus como Cristo a proclamou. É transmitir para as pessoas valores fortes e fundamentados numa vida de fé cristã. Precisamos de pessoas que convençam e que transmitam a evangelização com o testemunho pessoal da fé. Isso não é possível sem uma viva e confiante comunidade em família, sem relacionamentos amorosos e sem comunidades fortes. O indivíduo é colocado no comunitário e dentro de uma união que sustenta a fé dos outros. Cristo nos fez participar da sua fé. Mais: Deus nos fez participantes da Sua vida através de Jesus Cristo, até hoje.
Da participação vem o particular, inclusive o testemunho pessoal de fé. Temos que garantir que as pessoas encontrem Deus em todas as coisas, pessoas e eventos. Mas a evolução espiritual nas últimas décadas não pode ser facilmente revertida. A proclamação do evangelho é um processo longo. Requer muita atenção aos detalhes, mesmo que eles sejam aparentemente insignificantes, de pessoa para pessoa, de família para família.
Como é a ligação com a Igreja na Alemanha? E a união com o papa em Roma?
Dom Robert Zollitsch: A Igreja local na Alemanha está muito bem integrada com a Igreja universal. Nós temos uma intensa troca entre as conferências episcopais no contexto europeu. Isso é evidente até nas nossas organizações humanitárias, engajadas na Igreja em todo o mundo. E a Conferência dos Bispos da Alemanha, é claro, está em estreito contato com o nosso Santo Padre,em Roma. Eu mesmo me reúno com ele regularmente. Através da minha nomeação para o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, eu vivo isso como um reforço.
Na Alemanha, nós tivemos muitas experiências positivas com a nova evangelização, aplicações práticas do que o Santo Padre espera. Nós trazemos esta experiência para o debate e estamos gratos pelo que aprendemos com as outras igrejas locais. Por exemplo, eu estou impressionado com a minha experiência na Nigéria: lá eu experimentei o grande serviço que é prestado pelos catequistas, especialmente nas áreas rurais. Acredito que cada igreja local tem algo para compartilhar. E podemos caminhar juntos pela estrada de uma fé adulta.
(Trad.ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaROMA, sexta-feira, 13 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Para marcar o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, Bento XVI convocou um Ano da Fé, que começa em 11 de outubro de 2012.
Em entrevista exclusiva a ZENIT, o presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Robert Zollitsch, bispo de Friburgo, falou sobre o evento e sobre a situação da fé na Alemanha.
Cinquenta anos depois do Concílio Vaticano II, que teve como objetivo promover uma nova evangelização, agora precisamos de uma iniciativa como o Ano da Fé. Por quê?
Dom Robert Zollitsch: Jesus enviou os apóstolos dizendo "Ide por todo o mundo". A Igreja, portanto, tem a obrigação de proclamar o evangelho de Jesus Cristo com perseverança em todo momento e lugar. Esta era também a convicção dos padres do Concílio Vaticano II e, justamente por isso, o concílio começou uma nova onda evangelizadora. Hoje, cinquenta anos depois, muita coisa mudou e é bom para dar uma nova dinâmica a este impulso. O Ano da Fé, como afirma o Santo Padre, se baseia no concílio e quer atender essa nova necessidade. Este é o apelo da nova evangelização.
Por causa das muitas mudanças das últimas décadas e do impacto delas na sociedade, nós vivemos, por um lado, uma grande secularização e alienação da fé da Igreja, e, por outro, uma busca relativamente nova de auto-transcendência, para colocar a própria vida numa esfera maior, de desejo de experimentar a Deus.
Muitos países, onde a religião, particularmente a religião cristã, conseguia criar relações comunitárias ativas, hoje se caracterizam pela indiferença ou pela multiplicidade de opções religiosas. Isto não significa que tenha sido perdida a disponibilidade para a espiritualidade cristã nem a abertura para uma interpretação especificamente cristã. A questão é proclamar e testemunhar de forma credível e autêntica o evangelho da proximidade de Deusem Jesus Cristo, em uma época que mudou. Neste sentido, uma nova evangelização tem que promover a abertura e a profundidade de uma fé pura e sólida, além ser uma força de verdadeira libertação.
O senhor é membro do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Qual é o seu papel específico?
Dom Robert Zollitsch: Para nós, membros deste conselho pontifício que ainda é muito jovem, não existem áreas específicas. Para mim é muito importante aproveitar as oportunidades deste trabalho para aprender dos outros países como é a situação da nova evangelização por lá. E é claro que eu gostaria de transmitir ao conselho a experiência da nova evangelização na Alemanha. Já temos iniciativas entusiasmantes de longo prazo. Há doze anos, os bispos alemães lançaram as bases para as reflexões do Santo Padre no documento Zeit der Aussaat - missionarisch Kirche sein (Temporada de semeadura - ser uma Igreja missionária).
Qual é o coração da nova evangelização?
Dom Robert Zollitsch: É a transmissão da fé para as pessoas de hoje. A fé apoia e fortalece. Quem acredita nunca está sozinho, disse o Santo Padre. Isto inclui a abertura do caminho para as pessoas que podem fazer a experiência de Deus como Cristo a proclamou. É transmitir para as pessoas valores fortes e fundamentados numa vida de fé cristã. Precisamos de pessoas que convençam e que transmitam a evangelização com o testemunho pessoal da fé. Isso não é possível sem uma viva e confiante comunidade em família, sem relacionamentos amorosos e sem comunidades fortes. O indivíduo é colocado no comunitário e dentro de uma união que sustenta a fé dos outros. Cristo nos fez participar da sua fé. Mais: Deus nos fez participantes da Sua vida através de Jesus Cristo, até hoje.
Da participação vem o particular, inclusive o testemunho pessoal de fé. Temos que garantir que as pessoas encontrem Deus em todas as coisas, pessoas e eventos. Mas a evolução espiritual nas últimas décadas não pode ser facilmente revertida. A proclamação do evangelho é um processo longo. Requer muita atenção aos detalhes, mesmo que eles sejam aparentemente insignificantes, de pessoa para pessoa, de família para família.
Como é a ligação com a Igreja na Alemanha? E a união com o papa em Roma?
Dom Robert Zollitsch: A Igreja local na Alemanha está muito bem integrada com a Igreja universal. Nós temos uma intensa troca entre as conferências episcopais no contexto europeu. Isso é evidente até nas nossas organizações humanitárias, engajadas na Igreja em todo o mundo. E a Conferência dos Bispos da Alemanha, é claro, está em estreito contato com o nosso Santo Padre,em Roma. Eu mesmo me reúno com ele regularmente. Através da minha nomeação para o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, eu vivo isso como um reforço.
Na Alemanha, nós tivemos muitas experiências positivas com a nova evangelização, aplicações práticas do que o Santo Padre espera. Nós trazemos esta experiência para o debate e estamos gratos pelo que aprendemos com as outras igrejas locais. Por exemplo, eu estou impressionado com a minha experiência na Nigéria: lá eu experimentei o grande serviço que é prestado pelos catequistas, especialmente nas áreas rurais. Acredito que cada igreja local tem algo para compartilhar. E podemos caminhar juntos pela estrada de uma fé adulta.
(Trad.ZENIT)
top
Espiritualidade
Onde está teu irmão?
Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 13 de julho de 2012(ZENIT.org) - Onde está teu irmão? Essa interrogação é central na importante narrativa do Livro do Gênesis, capítulo cinco. Deus perguntava a Caim sobre seu irmão Abel. Caim tinha matado Abel e, ao ser interrogado, cinicamente, respondeu não saber. Essa página remete o povo de Israel a um capítulo fundamental de qualquer antropologia consistente. A narrativa tem escopo educativo que alimenta o sentido da transcendência de toda pessoa humana.
Nos tempos de hoje, essa interrogação de Deus precisa ecoar nas consciências para que sejam banidas a arbitrariedade e a violência, refletidas nas discriminações e no massacre de inocentes. Entre esses absurdos, representa um grave perigo a onda abortista, que não pode ganhar espaço e consideração lícita para que a sociedade contemporânea, por egoísmo e falta de moralidade, trate a vida como produto descartável. Com o objetivo de evitar esse caminho, é preciso redobrada atenção no acompanhamento da movimentação governamental e político-partidária para fazer contraponto às propostas de legalização do aborto, com a determinação de derrubá-las.
Outra situação preocupante, onde cabe a pergunta central para recuperação e configuração de uma antropologia sem selvagerias - “Onde está teu irmão?”, refere-se à população de rua. É preciso sensibilidade cidadã para abominar e impedir as barbáries contra homens e mulheres que vivem nas ruas das cidades, especialmente nas regiões metropolitanas. Nesse sentido, é importante conhecer a realidade desses irmãos e irmãs mais pobres, apoiar projetos sociais sérios de investimento na integridade dessas pessoas e na constituição dos quadros próprios para a vivência de sua cidadania. Trata-se do desenvolvimento de processos que têm lógicas e dinâmicas próprias, em contraposição a qualquer tipo de entendimento que se enquadre na lógica da “limpeza urbana”, do simples esconder para não comprometer a aparência de cidades e bairros.
Como advertência e necessidade de incluir na agenda social de todos, olhando a realidade de nossa inserção e calculando a gravidade de situações, é importante não esquecer os relatos que merecem reflexão e o posicionamento sério de cada um. São casos de homicídio ou tentativas de assassinato, como a que aconteceu em 15 de abril de 2011, com oito moradores de rua no bairro Santa Amélia, vítimas de envenenamento. Pela manhã daquele dia, oito moradores encontraram uma garrafa de pinga na praça onde dormiam e, após beberem, começaram a passar mal. Graças a Deus, não houve vítimas fatais. Alguns meses depois, em outubro, três homens tiveram seus direitos desrespeitados, ao serem levados para um suposto abrigo com a promessa de tratamento contra dependência química. No entanto, foram colocados em cárcere privado para trabalho escravo. Em julho do ano passado, um morador de rua morreu após ter o corpo queimado no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte. Um mês depois, em agosto, quatro pessoas não identificadas, em uma caminhonete preta com vidros escuros, dispararam tiros em direção a um grupo de moradores de rua. Entidades que trabalham com direitos humanos e com pessoas em situação de rua são fontes fidedignas desses e de muitos outros relatos.
Essa realidade precisa ser tratada com a consciência iluminada pelo princípio moral que reza o quinto mandamento da Lei de Deus: “Não matarás.” A vida humana é sagrada. A ninguém é lícito destruir um ser humano. O Catecismo da Igreja Católica ensina que esse quinto mandamento proíbe, indicando como gravemente contrários à lei moral, o homicídio direto e voluntário, o aborto direto, bem como a cooperação com ele; a eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida, por ato ou omissão de ação devida para com pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte, e o suicídio.
A moralidade advinda da sacralidade da vida faz com que cada um reconheça o dever de zelar pela existência de todos. Nas grandes cidades é expressivo o número de pessoas que vivem nas ruas. Homens e mulheres que requerem cuidado especial, projetos de inclusão, participação e reinserção. Inaceitáveis são a violência e os assassinatos no tratamento dessa grave problemática social. Pelos que vivem nas ruas, por todos, ecoe nas consciências o dever de responder: onde está teu irmão?
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaNos tempos de hoje, essa interrogação de Deus precisa ecoar nas consciências para que sejam banidas a arbitrariedade e a violência, refletidas nas discriminações e no massacre de inocentes. Entre esses absurdos, representa um grave perigo a onda abortista, que não pode ganhar espaço e consideração lícita para que a sociedade contemporânea, por egoísmo e falta de moralidade, trate a vida como produto descartável. Com o objetivo de evitar esse caminho, é preciso redobrada atenção no acompanhamento da movimentação governamental e político-partidária para fazer contraponto às propostas de legalização do aborto, com a determinação de derrubá-las.
Outra situação preocupante, onde cabe a pergunta central para recuperação e configuração de uma antropologia sem selvagerias - “Onde está teu irmão?”, refere-se à população de rua. É preciso sensibilidade cidadã para abominar e impedir as barbáries contra homens e mulheres que vivem nas ruas das cidades, especialmente nas regiões metropolitanas. Nesse sentido, é importante conhecer a realidade desses irmãos e irmãs mais pobres, apoiar projetos sociais sérios de investimento na integridade dessas pessoas e na constituição dos quadros próprios para a vivência de sua cidadania. Trata-se do desenvolvimento de processos que têm lógicas e dinâmicas próprias, em contraposição a qualquer tipo de entendimento que se enquadre na lógica da “limpeza urbana”, do simples esconder para não comprometer a aparência de cidades e bairros.
Como advertência e necessidade de incluir na agenda social de todos, olhando a realidade de nossa inserção e calculando a gravidade de situações, é importante não esquecer os relatos que merecem reflexão e o posicionamento sério de cada um. São casos de homicídio ou tentativas de assassinato, como a que aconteceu em 15 de abril de 2011, com oito moradores de rua no bairro Santa Amélia, vítimas de envenenamento. Pela manhã daquele dia, oito moradores encontraram uma garrafa de pinga na praça onde dormiam e, após beberem, começaram a passar mal. Graças a Deus, não houve vítimas fatais. Alguns meses depois, em outubro, três homens tiveram seus direitos desrespeitados, ao serem levados para um suposto abrigo com a promessa de tratamento contra dependência química. No entanto, foram colocados em cárcere privado para trabalho escravo. Em julho do ano passado, um morador de rua morreu após ter o corpo queimado no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte. Um mês depois, em agosto, quatro pessoas não identificadas, em uma caminhonete preta com vidros escuros, dispararam tiros em direção a um grupo de moradores de rua. Entidades que trabalham com direitos humanos e com pessoas em situação de rua são fontes fidedignas desses e de muitos outros relatos.
Essa realidade precisa ser tratada com a consciência iluminada pelo princípio moral que reza o quinto mandamento da Lei de Deus: “Não matarás.” A vida humana é sagrada. A ninguém é lícito destruir um ser humano. O Catecismo da Igreja Católica ensina que esse quinto mandamento proíbe, indicando como gravemente contrários à lei moral, o homicídio direto e voluntário, o aborto direto, bem como a cooperação com ele; a eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida, por ato ou omissão de ação devida para com pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte, e o suicídio.
A moralidade advinda da sacralidade da vida faz com que cada um reconheça o dever de zelar pela existência de todos. Nas grandes cidades é expressivo o número de pessoas que vivem nas ruas. Homens e mulheres que requerem cuidado especial, projetos de inclusão, participação e reinserção. Inaceitáveis são a violência e os assassinatos no tratamento dessa grave problemática social. Pelos que vivem nas ruas, por todos, ecoe nas consciências o dever de responder: onde está teu irmão?
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
top
Bioética
Salvatore Crisafulli, paralisado há nove anos, implora por uma chance de viver
Greve de fome protesta contra a impossibilidade do transplante de células-tronco
Lucas Marcolivio
ROMA, quinta-feira, 12 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Salvatore Crisafulli tem 46 anos de idade e há nove está completamente paralisado em consequência de um acidente de carro. Ele sofre também da síndrome do encarceramento. Nesta segunda-feira, o italiano de Catânia começou uma greve de fome em protesto contra a impossibilidade de fazer transplante de células-tronco.
"Durante nove anos eu vivi num abismo. Me ajudem! Eu quero tentar o tratamento imediatamente, não me deixem morrer!", apela Crisafulli. O tratamento que o paciente pede é o transplante de células-tronco mesenquimais, ou "adultas", extraídas do estroma da medula.
Este método é praticado pelo profº Marino Andolina, do Centro de Transplante do Hospital Burlo Garofolo, deTrieste, que segue o protocolo da Stamina Foundation de Turim, do profº David Vannoni. Na Sicília, porém, não existem laboratórios especializados no tratamento.
"Não estamos mais dispostos a esperar por um sistema de saúde que, por interesses econômicos, obriga os pacientes a vegetar", afirma Pietro Crisafulli, irmão e representante legal de Salvatore.
Em entrevista, Pietro contou ontem, dia 11, que "os obstáculos que a saúde pública impõe para a criação desses laboratórios especializados, e, portanto, para o transplante de células-tronco, escondem interesses econômicos das empresas farmacêuticas, que têm todo o interesse em se opor ao desenvolvimento de novos métodos que poderiam substituir o uso de muitíssimos medicamentos".
O caso de Salvatore Crisafulli não é único na Itália. Várias outros pacientes com deficiências graves são afetados no país, assim como as suas famílias. De acordo com Pietro, “o transplante é apoiado pelos parentes de Giuseppe Marletta, arquiteto de Catânia que está em estado vegetativo há dois anos, e pela família da pequena Smeralda Camiolo, de 15 meses, em coma irreversível desde o nascimento”. Smeralda já foi submetida a um primeiro e bem-sucedido ciclo de tratamento em Brescia.
Há pelo menos sete anos, Crisafulli é um ponto de referência para os pacientes que rejeitam a eutanásia e lutam para viver. Após o acidente de carro que sofreu em 11 de setembro de 2003, Salvatore entrou em coma e só acordou dois anos depois, completamente paralisado e incapaz de falar.
Em seu livro de memórias De olhos bem abertos (2006), Crisafulli escreveu que, durante o que foi chamado superficialmente de "estado vegetativo", ele conseguia ouvir e ver tudo. Inicialmente favoráveis a abreviar o sofrimento de Salvatore, seus familiares agora são defensores do direito à vida e contrários a todas as formas de eutanásia.
Salvatore Crisafulli e seu irmão Pietro, que é presidente da organização sem fins lucrativos Desperte Sicília, estão na vanguarda da batalha civil por melhor atendimento às pessoas gravemente incapacitadas. É um esforço hercúleo, considerando-se os cortes de verba que ao longo dos anos vieram sendo aplicados constantemente ao sistema italiano de saúde pública.
(Trad.:ZENIT)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaROMA, quinta-feira, 12 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Salvatore Crisafulli tem 46 anos de idade e há nove está completamente paralisado em consequência de um acidente de carro. Ele sofre também da síndrome do encarceramento. Nesta segunda-feira, o italiano de Catânia começou uma greve de fome em protesto contra a impossibilidade de fazer transplante de células-tronco.
"Durante nove anos eu vivi num abismo. Me ajudem! Eu quero tentar o tratamento imediatamente, não me deixem morrer!", apela Crisafulli. O tratamento que o paciente pede é o transplante de células-tronco mesenquimais, ou "adultas", extraídas do estroma da medula.
Este método é praticado pelo profº Marino Andolina, do Centro de Transplante do Hospital Burlo Garofolo, deTrieste, que segue o protocolo da Stamina Foundation de Turim, do profº David Vannoni. Na Sicília, porém, não existem laboratórios especializados no tratamento.
"Não estamos mais dispostos a esperar por um sistema de saúde que, por interesses econômicos, obriga os pacientes a vegetar", afirma Pietro Crisafulli, irmão e representante legal de Salvatore.
Em entrevista, Pietro contou ontem, dia 11, que "os obstáculos que a saúde pública impõe para a criação desses laboratórios especializados, e, portanto, para o transplante de células-tronco, escondem interesses econômicos das empresas farmacêuticas, que têm todo o interesse em se opor ao desenvolvimento de novos métodos que poderiam substituir o uso de muitíssimos medicamentos".
O caso de Salvatore Crisafulli não é único na Itália. Várias outros pacientes com deficiências graves são afetados no país, assim como as suas famílias. De acordo com Pietro, “o transplante é apoiado pelos parentes de Giuseppe Marletta, arquiteto de Catânia que está em estado vegetativo há dois anos, e pela família da pequena Smeralda Camiolo, de 15 meses, em coma irreversível desde o nascimento”. Smeralda já foi submetida a um primeiro e bem-sucedido ciclo de tratamento em Brescia.
Há pelo menos sete anos, Crisafulli é um ponto de referência para os pacientes que rejeitam a eutanásia e lutam para viver. Após o acidente de carro que sofreu em 11 de setembro de 2003, Salvatore entrou em coma e só acordou dois anos depois, completamente paralisado e incapaz de falar.
Em seu livro de memórias De olhos bem abertos (2006), Crisafulli escreveu que, durante o que foi chamado superficialmente de "estado vegetativo", ele conseguia ouvir e ver tudo. Inicialmente favoráveis a abreviar o sofrimento de Salvatore, seus familiares agora são defensores do direito à vida e contrários a todas as formas de eutanásia.
Salvatore Crisafulli e seu irmão Pietro, que é presidente da organização sem fins lucrativos Desperte Sicília, estão na vanguarda da batalha civil por melhor atendimento às pessoas gravemente incapacitadas. É um esforço hercúleo, considerando-se os cortes de verba que ao longo dos anos vieram sendo aplicados constantemente ao sistema italiano de saúde pública.
(Trad.:ZENIT)
top
Angelus
A obra de Cristo e da Igreja jamais regride, mas sempre progride
Angelus de Bento XVI em Castel Gandolfo
CASTEL GANDOLFO, domingo, 15 de julho de 2012(ZENIT.org) – Bento XVI após Visita Pastoral à cidade de Frascati retornou a Castel Gandolfo de onde conduziu ao meio dia a tradicional oração mariana do Angelus.
Apresentamos as palavras dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo :
Queridos irmãos e irmãs!
No calendário litúrgico o dia 15 de julho faz memória a São Boaventura de Bagnoregio, franciscano, doutor da Igreja, sucessor de São Francisco de Assis na condução da Ordem dos Frades Menores.
Ele escreveu a primeira biografia oficial do Poverell’, e no final da vida foi Bispo desta Diocese de Albano. Numa carta, Boaventura escreve: “Confesso diante de Deus que a razão que mais me fez amar a vida do beato Francisco é que ela se assemelha ao início e ao crescimento da Igreja”(Epistula de tribus quaestionibus, na Obra de São Boaventura, Introdução Geral, Roma 1990, p.29).
Estas palavras nos remetem diretamente ao Evangelho deste domingo, que apresenta o primeiro envio em missão dos Doze Apóstolos por parte de Jesus “Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos;
E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; Mas que calçassem alparcas, e que não vestissem duas túnicas. (Mc 6, 7-9).
Francisco de Assis, depois de sua conversão, praticou ao ‘pé da letra’ este Evangelho, tornando-se uma fidelíssima testemunha de Jesus ; e associado de maneira singular ao mistério da Cruz, foi transformado num ‘outro Cristo’, como o próprio São Boaventura o apresente.”.
Toda a vida de São Boaventura, assim como sua teologia têm como centro inspirador Jesus Cristo. Esta centralidade de Cristo reencontramos na segunda Leitura da Missa de hoje (Ef 1, 3-14), o célebre hino da Carta de São Paulo aos Efésios, que inicia assim: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.O apóstolo mostra então como se realizou este designo em quatro passagens que começam com a mesma expressão ‘Nele’, referindo à Jesus Cristo. ‘Nele’ o Pai nos escolheu antes da fundação do mundo; ‘Nele’ fomos redimidos mediante o seu sangue; ‘Nele’ nos tornamo herdeiros, predestinados a ser ‘louvor de sua glória’; ‘Nele’aqueles que crêem no Evangelho recebem o sigilo do Espírito Santo.
Este hino paulino contém a visão da história que São Boaventura contribuiu para difundir na Igreja: toda a história tem como centro Cristo, o qual assegura também novidade e renovação a todo tempo. Em Jesus, Deus disse e deu tudo, mas como Ele é um tesouro inexorável, o Espírito Santo jamais deixa de revelar e de atualizar o seu mistério. Por isso a obra de Cristo e da Igreja jamais regride, mas sempre progride
Querido amigos, invoquemos Maria Santíssima, que celebramos amanhã como Virgem do Monte Carmelo, para que nos ajude, como São Francisco e São Boaventura, a responder generosamente a chamada do Senhor, para anunciar o seu Evangelho de salvação com as palavras e antes de tudo com a vida.
Após o Ângelus Bento XVI dirigiu aos presentes a seguinte saudação em português:
Dirijo agora uma saudação especial para os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente para os fiéis da Paróquia São José, de Bragança Paulista e para o grupo de Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, acompanhadas de professores de escolas brasileiras. Agradecido pela amizade e orações, sobre todos invoco os dons do Espírito Santo para serem verdadeiras testemunhas de Cristo no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençôo.
(Tradução:MEM)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaApresentamos as palavras dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo :
Queridos irmãos e irmãs!
No calendário litúrgico o dia 15 de julho faz memória a São Boaventura de Bagnoregio, franciscano, doutor da Igreja, sucessor de São Francisco de Assis na condução da Ordem dos Frades Menores.
Ele escreveu a primeira biografia oficial do Poverell’, e no final da vida foi Bispo desta Diocese de Albano. Numa carta, Boaventura escreve: “Confesso diante de Deus que a razão que mais me fez amar a vida do beato Francisco é que ela se assemelha ao início e ao crescimento da Igreja”(Epistula de tribus quaestionibus, na Obra de São Boaventura, Introdução Geral, Roma 1990, p.29).
Estas palavras nos remetem diretamente ao Evangelho deste domingo, que apresenta o primeiro envio em missão dos Doze Apóstolos por parte de Jesus “Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos;
E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto; Mas que calçassem alparcas, e que não vestissem duas túnicas. (Mc 6, 7-9).
Francisco de Assis, depois de sua conversão, praticou ao ‘pé da letra’ este Evangelho, tornando-se uma fidelíssima testemunha de Jesus ; e associado de maneira singular ao mistério da Cruz, foi transformado num ‘outro Cristo’, como o próprio São Boaventura o apresente.”.
Toda a vida de São Boaventura, assim como sua teologia têm como centro inspirador Jesus Cristo. Esta centralidade de Cristo reencontramos na segunda Leitura da Missa de hoje (Ef 1, 3-14), o célebre hino da Carta de São Paulo aos Efésios, que inicia assim: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.O apóstolo mostra então como se realizou este designo em quatro passagens que começam com a mesma expressão ‘Nele’, referindo à Jesus Cristo. ‘Nele’ o Pai nos escolheu antes da fundação do mundo; ‘Nele’ fomos redimidos mediante o seu sangue; ‘Nele’ nos tornamo herdeiros, predestinados a ser ‘louvor de sua glória’; ‘Nele’aqueles que crêem no Evangelho recebem o sigilo do Espírito Santo.
Este hino paulino contém a visão da história que São Boaventura contribuiu para difundir na Igreja: toda a história tem como centro Cristo, o qual assegura também novidade e renovação a todo tempo. Em Jesus, Deus disse e deu tudo, mas como Ele é um tesouro inexorável, o Espírito Santo jamais deixa de revelar e de atualizar o seu mistério. Por isso a obra de Cristo e da Igreja jamais regride, mas sempre progride
Querido amigos, invoquemos Maria Santíssima, que celebramos amanhã como Virgem do Monte Carmelo, para que nos ajude, como São Francisco e São Boaventura, a responder generosamente a chamada do Senhor, para anunciar o seu Evangelho de salvação com as palavras e antes de tudo com a vida.
Após o Ângelus Bento XVI dirigiu aos presentes a seguinte saudação em português:
Dirijo agora uma saudação especial para os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente para os fiéis da Paróquia São José, de Bragança Paulista e para o grupo de Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, acompanhadas de professores de escolas brasileiras. Agradecido pela amizade e orações, sobre todos invoco os dons do Espírito Santo para serem verdadeiras testemunhas de Cristo no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençôo.
(Tradução:MEM)
top
Os milagres de Cristo não são exibições de potência, mas sinal do amor de Deus
Angelus de Bento XVI em Castel Gandolfo
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 09 de julho de 2012(ZENIT.org)- Ao meio dia de ontem (08) no primeiro Ângelusem Castel Gandolfoo Papa falou sobre o evangelho de São Marcos que narra as dificuldades dos habitantes de Nazaré em reconhecer a divindade de Jesus.
Queridos irmãos e irmãs!
Gostaria de abordar brevemente a passagem do Evangelho deste domingo, de cujo texto foi extraído o famoso ditado "Nemo propheta in patria", isto é, nenhum profeta é bem-vindo entre o seu povo, que o viu crescer (cf. Mc 6,4). De fato, Jesus com trinta anos deixa Nazaré e depois de um período em que pregou e realizou curas em outros lugares, retorna ao seu país e começa a ensinar na sinagoga. Os seus concidadãos "ficaram escandalizados" com sua sabedoria e, conhecendo-o como o "filho de Maria", o "carpinteiro" que vivia no meio deles, em vez de acolherem com fé, ficaram escandalizados (cf. Mc 6,2-3). Isto é compreensível porque a familiaridade no plano humano dificulta o ‘ir além’ e abrir-se à dimensão divina.
Que este filho do carpinteiro fosse o filho de Deus era difícil de acreditar. Jesus mesmo traz como exemplo a experiência dos profetas de Israel, que em sua própria pátria foram objeto de desprezo, e se identifica com eles. Devido a este fechamento espiritual, Jesus não pôde realizar "nenhum prodígio, mas ele pôs as mãos sobre alguns doentes e os curou" (Mc 6,5). Na verdade, os milagres de Cristo não são exibições de potência, mas sinal do amor de Deus, que atua onde encontra a fé do homem na reciprocidade.
Orígenes escreve: "Assim como para os corpos há uma atração natural de alguns para com outros, como o imã em relação ao ferro... assim também a fé exerce uma atração sobre a potência divina" (Comentário do Evangelho de Mateus 10, 19 ).
Portanto, parece que Jesus deu sentido à recepção hostil que encontrouem Nazaré. E, no final da história, descobrimos uma observação que diz justamente o contrário. O Evangelista escreve que Jesus "foi surpreendido com a incredulidade deles" (Mc 6,6). Ao espanto de seus concidadãos, que se escandalizam, corresponde a maravilha de Jesus. Ele também, de certa forma, se escandaliza!
Apesar de saber que nenhum profeta é aceito em sua pátria, no entanto, o fechamento do coração do seu povo permanece para Ele obscuro e impenetrável: como é possível que eles não reconheçam a luz da Verdade? Por que não se abrem para a bondade de Deus, que quis compartilhar a nossa humanidade? Na verdade, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, nEle Deus vive plenamente. E enquanto nós procuramos outros sinais, outros prodígios, não nos damos conta de que o verdadeiro sinal é Ele mesmo, Deus feito carne; Ele é o maior milagre do universo: todo o amor de Deus escondido em um coração humano, em uma face humana.
Aquela que verdadeiramente compreendeu esta realidade foi a Virgem Maria, bem-aventurada, porque acreditou (cf. Lc 1,45). Maria não se escandalizou com o seu Filho: a sua surpresa por Ele é cheia de fé, cheia de amor e alegria em vê-lo tão humano e ao mesmo tempo tão divino. Aprendamos então dela, nossa Mãe na fé, a reconhecer na humanidade de Cristo a perfeita revelação de Deus.
(Após o Ângelus)
Queridos irmãos e irmãs, tenho o prazer de recebê-los aqui,em Castel Gandolfo, onde cheguei há alguns dias. Saúdo cordialmente a comunidade local e espero que todas as famílias tenham um momento de repouso e de recarga física e espiritual.
Saúdo com afeto, provenientes de vários países, as Irmãs de Santa Isabel, que vivem um especial encontro, dez anos após a Profissão perpétua. Queridas Irmãs, o Senhor as renove profundamente com o seu amor!
Por fim, dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua italiana, especialmente as crianças do Jardim de Infância Verdellino, na diocese de Bergamo. Desejo a todos um bom domingo e uma boa semana. Saudações.
(Tradução:MEM)
Envie a um amigo | Imprima esta notíciaQueridos irmãos e irmãs!
Gostaria de abordar brevemente a passagem do Evangelho deste domingo, de cujo texto foi extraído o famoso ditado "Nemo propheta in patria", isto é, nenhum profeta é bem-vindo entre o seu povo, que o viu crescer (cf. Mc 6,4). De fato, Jesus com trinta anos deixa Nazaré e depois de um período em que pregou e realizou curas em outros lugares, retorna ao seu país e começa a ensinar na sinagoga. Os seus concidadãos "ficaram escandalizados" com sua sabedoria e, conhecendo-o como o "filho de Maria", o "carpinteiro" que vivia no meio deles, em vez de acolherem com fé, ficaram escandalizados (cf. Mc 6,2-3). Isto é compreensível porque a familiaridade no plano humano dificulta o ‘ir além’ e abrir-se à dimensão divina.
Que este filho do carpinteiro fosse o filho de Deus era difícil de acreditar. Jesus mesmo traz como exemplo a experiência dos profetas de Israel, que em sua própria pátria foram objeto de desprezo, e se identifica com eles. Devido a este fechamento espiritual, Jesus não pôde realizar "nenhum prodígio, mas ele pôs as mãos sobre alguns doentes e os curou" (Mc 6,5). Na verdade, os milagres de Cristo não são exibições de potência, mas sinal do amor de Deus, que atua onde encontra a fé do homem na reciprocidade.
Orígenes escreve: "Assim como para os corpos há uma atração natural de alguns para com outros, como o imã em relação ao ferro... assim também a fé exerce uma atração sobre a potência divina" (Comentário do Evangelho de Mateus 10, 19 ).
Portanto, parece que Jesus deu sentido à recepção hostil que encontrouem Nazaré. E, no final da história, descobrimos uma observação que diz justamente o contrário. O Evangelista escreve que Jesus "foi surpreendido com a incredulidade deles" (Mc 6,6). Ao espanto de seus concidadãos, que se escandalizam, corresponde a maravilha de Jesus. Ele também, de certa forma, se escandaliza!
Apesar de saber que nenhum profeta é aceito em sua pátria, no entanto, o fechamento do coração do seu povo permanece para Ele obscuro e impenetrável: como é possível que eles não reconheçam a luz da Verdade? Por que não se abrem para a bondade de Deus, que quis compartilhar a nossa humanidade? Na verdade, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, nEle Deus vive plenamente. E enquanto nós procuramos outros sinais, outros prodígios, não nos damos conta de que o verdadeiro sinal é Ele mesmo, Deus feito carne; Ele é o maior milagre do universo: todo o amor de Deus escondido em um coração humano, em uma face humana.
Aquela que verdadeiramente compreendeu esta realidade foi a Virgem Maria, bem-aventurada, porque acreditou (cf. Lc 1,45). Maria não se escandalizou com o seu Filho: a sua surpresa por Ele é cheia de fé, cheia de amor e alegria em vê-lo tão humano e ao mesmo tempo tão divino. Aprendamos então dela, nossa Mãe na fé, a reconhecer na humanidade de Cristo a perfeita revelação de Deus.
(Após o Ângelus)
Queridos irmãos e irmãs, tenho o prazer de recebê-los aqui,em Castel Gandolfo, onde cheguei há alguns dias. Saúdo cordialmente a comunidade local e espero que todas as famílias tenham um momento de repouso e de recarga física e espiritual.
Saúdo com afeto, provenientes de vários países, as Irmãs de Santa Isabel, que vivem um especial encontro, dez anos após a Profissão perpétua. Queridas Irmãs, o Senhor as renove profundamente com o seu amor!
Por fim, dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua italiana, especialmente as crianças do Jardim de Infância Verdellino, na diocese de Bergamo. Desejo a todos um bom domingo e uma boa semana. Saudações.
(Tradução:MEM)
top
Nenhum comentário:
Postar um comentário