quarta-feira, 29 de agosto de 2012

[Catolicos a Caminho] DEGOLAÇÃO DE JOAO BAPTISTA - Som !

 

 

       

            DEGOLAÇÃO DE JOÃO BAPTISTA

 

- "Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Baptista".(Mt.l4.8).  

 

No dia 29 de Agosto celebra a Igreja Católica a degolação de S. João Baptista, o Pecursor (assim designado por ter preparado e anunciado a vinda de Jesus Cristo, que mais tarde baptizou nas águas do rio Jordão, na Palestina).

Sobre esta celebração vários E-Mails foram apresentados na Internet, cada um com a sua história e a sua mensagem, importantes, evidentemente, mas parece-me que, para os nossos tempos modernos a grande mensagem que devia ser apresentada era a do motivo da Degolação :

- "Porque João dizia a Herodes : Não te é lícito ter contigo a mulher de teu irmão".(Mc. 6,18).

Tratava-se de um Adultério, cuja moralidade era condenada pela Escritura e que ainda hoje é uma verdadeira praga na nossa sociedade..

Pois é do Adultério que devemos tirar a nossa mensagem no dia da celebracão da degolação de João Baptista.

 

 

                  ADULTÉRIO

A prática da vida sexual (conjugal) entre uma pessoa casada e outra que não seja o seu marido ou sua esposa, é um Adultério...

Paralelamente, das consequências do Adultério, podem advir também consequências legais e canónicas.

No Antigo Testamento, a moralidade do Adultério para os Hebreus assentava no primitivo conceito de que a esposa era propriedade do marido.

Assim, só os direitos do marido eram violados pelo Adultério da esposa ; e uma ralação sexual de um marido com uma mulher solteira, não era considerado Adultério.

A esposa e o seu cúmplice podiam violar os direitos do marido, mas a esposa não tinha direitos que o marido pudesse violar.

E era segundo esta mentalidade que a Bíblia nos fala na condenação do Adultério :

- "Não cometerás Adultério". Ex.20/14).

                   - "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo". (Ex.20/17).

- "Não cometerás Adultério". (Dt.5/17).

A pena do Adultério era a morte, não pela natureza do pecado em si, mas porque ele constituía uma ofensa aos direitos do marido.

Em alguns sistemas legais o Adultério era punido com o apedrejamento e as mulheres cúmplices de Adultério, eram desnudadas antes da sua execução e, em alguns casos, também lhes cortavam os cabelos :

- "Despojar-te-ão  dos vestidos, arrebatar-te-ão as jóias  e aí te deixarão nua  e  espoliada( ... ) Apedrejar-te-ão e, com suas espadas , hão-de fazer-te em pedaços..." (Ez. 16/39-40).

        No Novo Testamento Jesus repetiu o Nono Mandamento :

- "Ouvistes o que foi dito : Não cometerás Adultério : Eu porém digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu Adultério com ela no seu coração". (Mt. 5/27).

Segundo o Direito Canónico de 1917, o Adultério entre duas pessoas que se tinham prometido casar uma com a outra, era um Impedimento dirimente para o casamento. (Crime em primeiro grau).

Segundo o Direito Canónico revisado, esta lei foi alterada.

Assim, o Adultério, em si mesmo, não é razão para tornar o casamento inválido, mas os actos Adúlteros podem indicar que a pessoa teve intenção de infidelidade matrimonial antes do casamento e assim mudou ou afectou o consentimento inválido.

Do novo Catecismo da Igreja Católica, extraímos algumas normas sobre o Adultério :

2380. - O Adultério. É o termo que designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais pelo menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efémera, comete adultério. Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo. O Sexto Mandamento e o Novo Testamento, condenam absolutamente o adultério . Os profetas denunciam-lhe a gravidade. E vêem no adultério a figura do pecado da idolatria.

2381. - O adultério é uma injustiça. Aquele que o comete, falta aos seus compromissos. Viola o sinal da Aliança, que é o laço matrimonial, lesa o direito do outro cônjuge e comete um atentado contra a instituição do Matrimónio, violando o contrato em que assenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos, que têm necessidade da união estável dos pais..

1650. - Hoje em dia e em muitos países, são numerosos os católicos que recorrem ao divórcio, em conformidade com as leis civis, contraindo civilmente uma nova união. A Igreja sustenta, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo ("quem repudia sua mulher e casa com outra comete Adultério em ralação à primeira; e se uma mulher repudia seu marido e casa com outro, comete Adultério" Mc. 10/11), que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro Matrimónio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente ficam numa situação objectivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persiste tal situação. Pelo mesmo motivo, ficam impedidos de exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação, por meio do Sacramento da Penitência, não pode ser dada senão àqueles que se arrependem de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometerem a viver em continência completa.

 No Novo Testamento são muitas as referências para com o Adultério e para os Adúlteros :

 

   - Excepto em caso de Adultério.                                               (Mt.5/32).

   - Geração má e adúltera,                                                              (Mt.12/39).

   - Do coração procedem... os Adúlteros.                                   (Mt.15/19).

   - Não cometerás Adultério.                                                         (Mt.19/18).

  - Quem repudiar... comete Adultério.                       (Mc.10/11).

            - Que são ladrões, injustos, Adúlteros.                    (Lc.18/11).

            - Uma mulher apanhada em Adultério.                     (Jo.8/3).

            - Por conseguinte será considerada Adúltera.        (Rom.7/3).

            - Os seus olhos estão cheios de Adultério.             (2 Pe.2/14).  

           

             Temas relativos : Casamento Cristão.  Castidade no Casamento.  Divórcio.  Fidelidade Conjugal.      Indissolubilidade. Matrimónio (Leis do).  Matrimónio-Sacramento. Pacto Matrimonial. Promessas do Matrimónio. Repúdio.

 

 

                                               

                                                           

 

 

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]