quarta-feira, 29 de agosto de 2012

[Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 30/8/2012 - ... vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor.

 

Leituras do dia:

1Cor 1,1-9
Sl 145(144) 
 
ESCUTA DA PALAVRA - VER
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 24,42-51
 
"Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que vocês não estiverem esperando.
Jesus disse ainda:
- Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas, se o empregado for mau, pensará assim: "O meu patrão está demorando muito para voltar." Então começará a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.
" 

MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)
 
Meditação: 
 
"(…) Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência. Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor, o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal, principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos." (CNBB)
 
Este texto de Mateus é a conclusão do "discurso escatológico", sobre o fim dos tempos. Este "discurso" é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. Tais textos escatológicos estão presentes, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas.
 
No de hoje, encontramos os temas da vigilância e do julgamento final, com a condenação de alguns em contraposição à salvação de outros. Esta visão escatológica tem origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo. O estímulo à ação é o temor. Com a revelação do Deus de amor, em Jesus, predomina a perspectiva da sedução pela ternura e mansidão do coração. Com a encarnação, realiza-se a presença do Deus de amor no tempo presente.


Trazemos dentro de nós um desejo e um anseio de eternidade. Por isso nos confundimos achando que permaneceremos para sempre instalados aqui neste mundo. Jesus nos exorta para que fiquemos vigilantes quanto ao fato da brevidade da nossa vida.
 
Na verdade, estamos aqui apenas estagiando e necessitamos ter consciência do valor do nosso tempo e das descobertas que, a todo o momento, nós fazemos em relação ao projeto de Deus para bem vivermos a nossa existência terrena.
 
Precisamos então todos os dias pesar, medir e contar os nossos atos, as nossas intenções, pedindo ao Senhor graças para que sejamos encontrados no nosso posto quando Jesus voltar.
 
Nunca chegará o dia em que nós poderemos descansar e nos refestelar achando que já cumprimos toda a nossa missão. A cada dia o Senhor nos mostra algo novo para vivenciarmos e nos renova a fim de que possamos assumir a obra que Ele nos destinou.
 
O nosso compromisso com Deus é em relação ao nosso irmão e o amor que vivermos será o parâmetro da fidelidade da nossa vida. "Por isso, também, fiquemos preparados," porque é esta a mensagem do Senhor hoje para nós!

Você costuma se perturbar quando lhe falam da morte? Você tem desejo de eternidade? Será que seria bom viver somente aqui para esta vida: o que você acha disso? Você é vigilante? O que você espera do seu futuro? O que você acha que Deus ainda vai entregar a você, como compromisso?

Lembre-se! Para nós cristãos a vigilância tem um novo sentido. É estar atento às necessidades dos irmãos, particularmente os mais carentes, na busca da justiça.
 
No serviço e na partilha da vida, entra-se em comunhão com o próprio Jesus, hoje presente entre os irmãos. Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância.
 
A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa.
 
Esta expectativa da "volta do Senhor" foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos.
 
Temos aqui um texto típico de Mateus sobre o fim dos tempos. E por isso, devemos estar sensível, ou seja, atentos às necessidades de nossos irmãos, sobretudo os mais simples, humildes e excluídos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida para com eles, a fim de que eles nos venham a receber no reino dos Céus. São duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância.
 
A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa.
 
Esta expectativa da "volta do Senhor" foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos.
 
É estar sensível e disponível para atender às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida.
 
 
Reflexão Apostólica:
 
Já pensou se você recebesse um e-mail agora de uma pessoa perigosa  dizendo que a sua morte  seria amanhã às 15 horas?  Ou se o seu médico  lhe esse um mês de vida?  Ou se num julgamento o juiz tenha lhe condenado a pena e morte? Como você estaria agora? Sentado na varanda tomando uma cerveja geladinha na maior tranqüilidade? Acho que não! Você estaria apavorado(a). Já teria tomado todas as providências possíveis: Jurídicas,  religiosas, sociais, econômicas e familiares.

Já teria registrado queixa na delegacia? Já teria se confessado? Já telefonou para todos os amigos se despedindo ou recomendando a algum cuidado para com a sua família? Já explicou tudo em casa, sobre a herança, sobre a segurança do prédio, etc? Ou não teria feito nada disso?  Porque você está em pânico, moleque!  Você vai morrer. Esqueceu?

Realmente não seria uma boa idéia a gente ficar sabendo o dia e a hora em que vamos morrer. É por isso que Deus nos poupou desse terrível sofrimento.

Do mesmo modo, se você ficasse sabendo que existem uns ladrões planejando invadir a sua residência hoje à noite, ou assaltar a sua loja, na terça de manhã... Você tomaria todas as providências para impedir isso e, principalmente, para prender os bandidos.       

No evangelho e hoje, Jesus nos adverte sobre o fim dos tempos. Trata-se da vigilância e do julgamento final, com a condenação de quem não está preparado  e a salvação daqueles que estiverem em estado e graça no dia de sua morte. 
 
É uma visão escatológica que teve origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo.
       
Aqui, vemos a ação  amorosa de Jesus nos prevenindo para que não sejamos pegos de surpresa  no último momento e nossa vida.

Vamos estar sempre prevenidos, praticando o bem e evitando tudo que nos afasta de Deus e do merecimento da vida eterna, quando chegar a nossa hora. E cuidando sempre para que estejamos  em permanente estado de graça.
 
Cometeu um pecado, a consciência lhe deu o sinal de alerta? Procure um sacerdote imediatamente para uma confissão.   Vai viajar, ou se aventurar em qualquer atividade perigosa? Primeiro certifique-se com um bom exame de consciência se você não estaria precisando de uma confissão.

É isso aí. Viver hoje como se fosse morrer amanhã, e aprender agora como se fosse viver para sempre.
 
ORAÇÃO
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
 
Oração: Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!

REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
 
Propósito: Ser fiel no respeito às pessoas e na busca da vontade de Deus.        
 
RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
(Para onde Deus quer me conduzir?)
 
- Mergulhar no mistério de Deus.
- Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
- Saborear Deus. Repousar em Deus.
- Ver a realidade com os olhos de Deus.

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]