EUCARISTIA DE FUNDO
MISSA-PARTICIPAÇÃO ACTIVA !
Os Cânticos da Missa não são para exibição, mas para dar aos fiéis mais oportunidade de participarem activamente e viverem mais profundamente a Liturgia da Missa.
Na Liturgia da celebração da Missa, nada se faz por pura exibição, para que todos os fiéis possam participar activamente e com sentido de Igreja.
Ou através do Missal ou de qualquer outro livro que exista na Igreja, os fiéis são convidados a dialogar com o celebrante e devem fazê-lo colectivamente, isto é, a uma só voz, quer recitando, quer cantando.
Para a recitação, basta um pouco de atenção, mas é necessário que os fiéis saibam acompanhar a Missa, nas suas partes ordinárias e no próprio de cada tempo litúrgico, o que, numa grande maioria, isto não acontece, por simples ignorância ou uma condenável falta de interesse.
Logo por aqui se pode avaliar a participação dos fiéis e a sua vivência do Mistério da Missa e da Presença Real.
Quanto aos Cânticos, há vários pontos que merecem uma reflexão especial.
Sobretudo aqui se deve evitar a exibição por parte do coro, para não tirar aos fiéis a oportunidade de participar.
Em algumas Igrejas o coro e os fiéis cantam durante todo o tempo em que na Igreja se procede à recolha das oferendas, e esta é a maneira mais perfeita.
Noutras Igrejas eu tenho reparado que, enquanto se procede à recolha das oferendas, apenas o coro ou uma solista, se exibem, deixando todo o resto da assembleia apenas a ouvir e depois só canta enquanto se faz a entrega das oferendas, e isto não pode estar certo.
Todos os cânticos, na sua letra e no seu estilo musical, devem ser de tipo religioso, como convite a uma mais íntima participação dos fiéis.
Tradicionalmente o acompanhamento musical tem sido feito através de um Órgão, o que me parece mais apropriado, mas recentemente tem-se adoptado o uso da guitarra e de outros instrumentos, normalmente usados em música profana, sem melodia e apenas com um ritmo muito acentuado, cujo estilo (pelo menos a mim), não convida nada ao recolhimento e pode até ter uma orientação muito diferente, porque cai numa linha de exibição que deixa muito a desejar.
Os Cânticos da Missa não são, portanto, nem para exibição nem para entretenimento, como acontece nos teatros e em outros lugares de distracção e recreio.
Os Cânticos, são para elevar o espírito numa oração mais profunda, porque «quem bem canta reza duas vezes», e para valorizar e preencher espaços vazios enquanto se realizam actos mais demorados, como é a entrada e a saída da celebração, como é o Ofertório e a Comunhão.
Como nem toda a gente sabe ler música, muitos Cânticos aprendem-se de ouvido e executam-se de memória, de modo que é sempre mais apropriado, sobretudo em comunidades mais pequenas e onde nem há música de fundo, escolher Cânticos mais divulgados para que todos possam participar.
É que eu tenho assistido à Missa em dias de semana em que há uma pessoa voluntária que entoa Cânticos a que ninguém responde, exactamente porque são Cânticos que as pessoas ainda não aprenderam.
Hoje ainda a Liturgia da Missa insiste no Mistério da Eucaristia com o convite de Jesus às multidões :
- "Eu sou o Pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que Eu hei-de dar é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo".(Evangelho).
Pois a partcipação activa na Missa, incluindo os cânticos, é uma maneira de viver a Missa, de participar na Missa e sentir o valor da Presença real.
Nascimento
catolicosacaminho-unsubscribe@yahoogroups.com
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]