HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(101)-19º DOMINGO COMUM – B
O PREÇO DA LIBERDADE
- "No deserto os vossos pais comeram o maná e morreram"...!
A liberdade, que é um dom inestimável, tem um preço.
É preciso merecê-la, criar condições para que ela nos habite, empreender um processo de libertação, para que sejamos realmente livres.
Foi esse o preço que o povo judeu, após a libertação do cativeiro do Egipto, teve de pagar : o preço duma travessia do deserto, antes de atingir a terra da promessa e da liberdade.
Nem todos estiveram à altura desse desafio, porque nem todos aceitaram o despojamento do êxodo : arriscar a vida no deserto.
Deus, porém, não abandona o seu povo recalcitrante.
Envia-lhe do céu um alimento : o maná caído do alto é o pão quotidiano, o pão da confiança que o povo só poderá apanhar na quantidade necessária para cada dia.
Mais tarde Jesus vai ensinar os seus discípulos a rezar pedindo apenas o pão de cada dia.
S. Paulo, por seu lado, afirma que o homem velho é corrompido por desejos enganadores.
A ganância da posse e da acumulação, que a civilização de consumo tanto incentiva, corrompe e escraviza.
São os desejos enganadores que aprisionam o homem e lhe retiram a liberdade.
É pela confiança na fidelidade da providência de Deus que nos libertamos.
Por isso Jesus adverte-nos :
- "Trabalhai não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará".
Poderemos desse modo reconhecê-lo como "O Pão da Vida", que o Pai nos dá e que nos alimenta para a liberdade e para o amor.
Temos que confiar na Palavra de Jesus, que é a Palavra de Deus incarnada no filho de José e Maria, e Deus é a fonte de tudo o que existe e traz consigo a marca do amor, este divino amor que lança na existência e sustenta no ser.
Quando a Palavra é mais eloquente, dizemos que é sacramento, porque é portadora duma força simbólica que vem de Deus, e é capaz de tornar presente e actuante aquilo que significa.
Assim o Pão, todo o Pão, tem qualquer coisa de Divino, que até o nosso povo o beija quando cai ao chão.
Mas o Pão Eucarístico é Corpo de Cristo, porque se fez alimento para a vida eterna e cristifica aqueles que o tomam com fé e com a alma purificada.
Assim, tudo é revelação, e em Jesus, que é a Palavra incarnada, essa revelação é completa e total.
Quando Jesus nos dirige a Palavra e também nos comunica o Espírito que o faz confidente do Pai, então também nós entramos nessa intimidade trinitária e podemos partilhar da Ceia do Senhor.
É toda a sacramentalidade, ou seja, toda a comunhão divina, que nos arrebata.
* Em primeiro lugar Jesus Cristo sacramento da Trindade.
* Depois a Igreja, sacramento do encontro da humanidade com Deus.
* Depois nós, outros Cristos, sacramento do Filho, graças à união do Espírito.
* E por fim a Ceia do Amor, donde nos vem o Pão-Sacramento que nos alimenta para a Vida eterna, dentro do plano da História da Salvação.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]