HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(100)-18º DOMINGO COMUM – B
- "Vou fazer chover dos céus pão para vós"...!
Com uma linguagem chocante, mas realista, Jesus afirma que o Pão com que ele nos há-de saciar é a sua carne, oferecida pela vida do mundo.
Tendo incarnado, Jesus assume a nossa condição humana, marcada pela finitude e pelo pecado; mas valoriza essa nossa condição, porque na sua própria Pessoa ela é transfigurada e se transforma num Pão do Espírito para a vida do mundo.
Doravante, comer a sua carne e beber o seu sangue é participar na Vida que lhe vem do Pai e entrar com Ele na missão de partilhar com todos esse Pão da vida plena.
Impedindo desse modo qualquer tentação de fuga do mundo ou o repúdio da fragilidade da nossa condição, é pelo realismo da Incarnação que Jesus nos associa à missão suprema, recebida do Pai, de renovar este mundo que Ele ama.
Este Pão não é apenas carne e sangue; esse Pão é o próprio Jesus que vem conviver connosco na Pessoa viva dum Nazareno :
* Que partilha o nosso destino.
* Que assume a nossa história.
* Que entra nas nossas genealogias, para aí introduzir o dinamismo redentor daquele Espírito que nele habita e o torna simultaneamente Filho de Deus e Irmão Universal.
Qual é, afinal, o alimento que nos faz viver ?
Todos corremos, consciente ou inconscientemente, atrás de algo que nos serve de alimento, algo que nos dá alento para suportar o quotidiano, com mais ou menos coragem.
Não falemos apenas da dieta que cada um elege para o seu sustento físico.
* Falemos sobretudo do afecto que nos move interiormente.
* Falemos da paixão que nos arrasta.
* Falemos da fome que nos inquieta.
* Falemos, sim, dum coração que se julga saciado ou que busca uma melhor correspondência.
Para onde nos orientaremos em qualquer dos casos ?
O discurso do Pão da Vida, que Jesus pronuncia, vai ao encontro desta questão de vários modos.
* Desde logo porque se trata de um pão que, por si só, abarca todas as fomes e a todas dá resposta,
* Depois porque é um pão que sacia em plenitude, uma vez que é pão de vida eterna,
* Mas também porque é um pão que em si mesmo traz a resposta para quem deseja salvar a sua vida.
Só se salva aquilo que é dado.
Quando a dádiva é total a salvação encontrada chama-se ressurreição.
Foi porque entregou a sua vida na totalidade e por todos, que Jesus ressuscitou e se tornou para toda a humanidade uma fonte inesgotável de vida, que corre para a plenitude e para a transcendência; não é como o maná do deserto que os nossos pais comeram e morreram; este alimento permanece para a vida eterna.
Foi exactamente por ser diferente do maná do deserto, que alguns recalcitraram contra o discurso de Jesus.
Não parece muito claro e menos ainda apetecível, na nossa civilização, que o motor da existência seja o dom, a dádiva.
Mas essa é, com efeito, a lógica mais profunda da vida e do Evaangelho :
- Viver é dar, e o homem eterniza-se à medida que se vai dando !...
E assim, qual é, afinal, o pão que dá vida, que eterniza ?
O Pão da Vida que Jesus nos oferece é a maior garantia de podermos ser admitidos no Plano da Hstória da Salvação.
"Este é o pão que o Senhor vos dá como alimento".
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]