terça-feira, 4 de setembro de 2012

[Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 5/9/2012 - O serviço à vida.

 

Leituras do dia:

1Cor 3,1-9
Sl 33(32)

 
ESCUTA DA PALAVRA - VER
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,38-44
 
"Jesus saiu da sinagoga e foi até a casa de Simão. A sogra de Simão estava doente, com febre alta; e contaram isso a Jesus. Aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles.
Depois de anoitecer, todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou. Os demônios saíram de muitas pessoas, gritando:
- Você é o Filho de Deus!
Eles sabiam que Jesus era o Messias, e por isso ele os repreendia e não deixava que falassem.
Quando amanheceu, Jesus saiu da cidade e foi para um lugar deserto. Mas a multidão começou a procurá-lo, e, quando o encontraram, eles não queriam deixá-lo ir embora. Mas Jesus disse:
- Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou.
E ele anunciava a mensagem nas sinagogas de todo o país.
" 

MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)
 
Meditação: 
 
Lucas segue a mesma seqüência de Marcos, articulando a saída de Jesus da sinagoga com a entrada na casa de Simão (Pedro), indicando a nova prática de Jesus.

Ele acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento. Jesus decide abandonar a Sinagoga. Por que razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação. De paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucessos, de misericórdia e perdão. Faz do ambiente familiar o lugar de saúde e vida.
 
A casa, o lar, a família, é o lugar privilegiado para se construir a nossa sociedade. Assim, numa sociedade como a nossa onde o conceito de família está "vazio", Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.


Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. Este gesto apela primeiro pelo zelo apostólico dele e por outra chama-me como pastor de alma a visitar, entrar e abeirar-me dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer.


Na casa a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino.
 
Outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga. Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância.
 
Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos.
 
O povo, liberado das restrições legais prefiguradas pelo sábado legal, que ao invés de salvar, condenava, de dar vida, matava, acorre a Jesus, que os cura, os liberta e salva.
 
Esta deve ser a nossa atitude. Como vimos ontem, nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, porém, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.


Neste trabalho é preciso que a comunidade saiba que ela está a serviço de Deus e não a busca de privilégios ou de poder (e isto serve também para os evangelizadores).
 
Que a comunidade tenha as portas abertas para todos. O meu e o teu serviço é levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou.


Como apóstolos, somos enviados para anunciar a Palavra de modo que trazendo todos os enfermos (quer corporais quer espirituais), eles possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna.
 
Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a sermos o homem, a mulher que, acolhendo bons e maus, sejas a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-te em discípulo e missionário do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e conhecendo a Verdade possa salvar-se.
 
Peçamos hoje a Deus o ardor missionário.
 
 
Reflexão Apostólica:
 
Jesus nunca perdeu o foco do seu serviço. A notoriedade, a fama e sua popularidade não o encantavam ou o cegava ao ponto de desviar-se do seu objetivo maior: anunciar a TODOS a Boa Nova.

Semana passada acompanhamos pela TV a preocupação do povo americano com um furacão que rondava suas cidades e hoje passada a tormenta vemos a outra preocupação nessas cidades afligidas pelos ventos e pelas chuvas: voltar a funcionar!

Os órgãos americanos após as chuvas, vendo que o mal já havia passado, rapidamente avaliaram os estragos, e assim rapidamente liberaram os aeroportos e metrôs para voltarem a funcionar. O que isso tem haver com o Evangelho?

Quantas tempestades e furacões fomos assolados? Quantas vezes vimos ou presenciamos nosso mundo girar e nós, indefesos e impotentes, não podíamos fazer nada? Mas ela vai passar! Mas quando passar, o que vou fazer? "(…) A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles".

O conhecimento do povo era pequeno sobre os males que o assolavam sendo assim comum declarar que seu sofrimento estava relacionado a maus espíritos. Não podemos esquecer que naquela região a influência de outras culturas e credos favorecia esse tipo de prática. Até mesmo na idade média, muitos e muitos anos após Jesus ter vindo, muitas pessoas acometidas por males inexplicáveis à época como a epilepsia, eram vistos como possessos.

Possessões sim eram possíveis e foram muitas vezes relatadas na bíblia, mas nem tudo que nos acontece é motivado por isso, então por que vemos nessas pequenas igrejas uma ênfase a possessão e não a cura? Por que vemos as pessoas culpando os demônios por sua falta de conduta ou de fidelidade? Nossa como é fácil dizer que fez aquilo, pois um "demônio" o possuía; como é fácil dizer após um atentado, um massacre como aqueles que vemos na TV que uma voz dizia para fazê-lo?

Sejam quais forem os motivos que me trouxeram a tempestade devem me levar após a tormenta, como o governo americano, a avaliar os estragos e mais que rapidamente permitir que meus trens e aviões voltem a andar. Uma tempestade que passou não pode me impedir de voltar a sonhar (aviões) e a continuar andando (trens).

O que me chama atenção no gesto da sogra de Pedro que ela não se preocupa com a doença de que fora curada, pois de imediato passa a ajudar. Sua postura revela a verdadeira gratidão daquele que ouve a Palavra de Deus mudar sua vida.

Furacões virão em nossas vidas, mas a única certeza que devo ter é que após passar continuarei tendo coragem em reconstruir. Talvez hoje a doença impeça alguns de abrir seus aeroportos para voltar sonhar, mas saibam, mesmo aquele que esta confinado num leito tem seu pensamento livre. A esperança voa e sofre com a força dos ventos, mas da fé brota a paz.

Em especial hoje, que Deus esteja na casa de umas pessoas de nossa comunidade que sofrem com a força dos ventos. Abra-se para voar! Não desistam de andar!
Fácil ser cristão sadio!  A fé de vocês, em meio aos ventos, e a vontade de continuar servindo, como a sogra de Pedro, me convencem que vale a pena continuar acreditando.
 
ORAÇÃO
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
 
Oração: Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.


REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
 
Propósito: Farei atos de fé, na certeza de que o Senhor pode libertar todos os males, mesmo aqueles difíceis para vencer.        
 
RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
(Para onde Deus quer me conduzir?)
 
- Mergulhar no mistério de Deus.
- Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
- Saborear Deus. Repousar em Deus.
- Ver a realidade com os olhos de Deus.

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]