MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, apresentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(22)- A FÉ É UMA ATITUDE DE VIDA
!
"Adorar a Deus em espírito e verdade – Adoração como acolhimento e compromisso" foi o título-tema do simpósio teológico-pastoral agendado para 24 a 26 de Junho, na Capela da Morte de Jesus, na Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.
José Eduardo Valente Borges de Pinho, professor catedrático da faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, onde lecciona "Eclesiologia", "Mariologia" e cursos de âmbito Ecuménico, e um dos representantes da Igreja Católica na Comissão da Liberdade Religiosa, integra a Comissão Científica e Organizadora deste projecto do Santuário de Fátima.
Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário, José Borges de Pinho reflectiu antecipadamente sobre alguns dos principais temas do simpósio.
Definida a adoração como "dimensão nuclear de toda a atitude crente", e considerada "núcleo decisivo da própria atitude de fé", a primeira observação deste investigador foi que, "a palavra 'adoração', no sentido cristão do termo, não está na ordem do dia, ainda que haja nos últimos anos esforços no sentido de reavivar nos fiéis uma ou outra prática tradicional nesse sentido, como, por exemplo a adoração ao Santíssimo Sacramento".
Nas palavras de José Borges de Pinho, "nós não sabemos bem o que se passa na profundidade do coração das pessoas e sempre de novo somos surpreendidos por factos e expressões que indiciam esta presença de Dues, apesar de todo o seilêncio, indiferença e negação".
O que está então em causa na adoração ?
José Borges de Pinho considera que "está em causa o acolhimento do verdadeiro amor de Deus, na percepção humilde e agradecida do seu Mistério de Amor como sentido último do nosso viver e do nosso morrer".
Além da reflexão teológica , o simpósio integrou intervenções de carácter mais testemunhal e apresentações de expressões culturais do tema.
A este propósito, José Borges de Pinho sublinhou que "a verdadeira adoração exige que se procure testemunhar a verdade no mundo e diante do mundo".
"A fé é uma atitude de vida, que envolve as camadas mais profundas do nosso ser pessoa e tem a ver com tudo o que somos e fazemos.
Pode ser descrita como um olhar o mundo com os olhos de Deus, como um viver no mundo como se vivêssemos no Reino de Deus".
Num percurso pelos principais temas que foram propostos à atenção dos participantes do simpósio, também houve lugar para uma reflexão sobre o papel de Nossa Senhora.
"Maria é figura típica do que a fé significa, é expressão exemplar do caminhar na fé, é concretização vivida do ser discípula/o de Jesus".
A entrevista abordou em concreto o tema da devoção a Nossa Senhora de Fátima, no sentido de indagar se esta devoção a Maria belisca o apelo a uma centralidade de Deus na vida dos crentes, ou se, pelo contrário, reafirma Maria como caminho para Deus.
VOZ DA FÁTIMA Maio de 2011.
*****.
Desde há muito tempo que se considera que o princípio geral da contemplação eucarística é o caminho da santidade.
É necessário, pois, traçar as linhas mestras para cultivar esta prática da adoração do SS. Sacramento.
Uma forma importante da contemplação eucarística é a Liturgia da Palavra na Missa.
Ela relembra em cada Missa um aspecto da História da Salvação e um exemplo da vida de Jesus e, assim, acrescenta de cada vez uma nova mensagem que se deve fixar na nossa memória, como uma atitude de vida..
A Liturgia da Palavra ilumina a Eucaristia e ajuda a aprofundar o mistério que nela se celebra.
Normalmente, as três leituras da Liturgia da Palavra, têm um pensamento comum que é preciso descobrir, meditar e viver em cada dia.
A mesa da Palavra prepara-nos assim para a mesa do pão e do vinho que desperta em nós um maior amor a Cristo sacramentado, como aconteceu aos discípulos de Emaús que descobriram o Senhor ressuscitado na fracção do pão.
Diz-nos a Escritura que eles sentiam que os seus corações se abrasavam à medida que Jesus falava até o reconhecerem sentado na mesa da partilha do pão.
Uma outra forma da contemplação eucarística é a preparação e a acção de graças que se devem fazer antes e depois da comunhão, o que, normalmente, não acontece porque, se chega tarde à Missa e se sai da Igreja logo que ela acaba, e nós sabemos que a mais alta forma de contemplação eucarística é o silêncio, e nas nossas igrejas, hoje em dia, há muito barulho e muita falta de respeito, antes da Missa e logo que ela termina; não há a noção do respeito que é devido ao lugar do culto e à presença eucarística nas Igrejas, e isto são faltas de atitude de fé e de vida.
Este sentimento de falta de respeito não ajuda nada a compreender que Jesus sacramentado se pode contemplar oculto no tabernáculo da Igreja e no coração de cada um ao longo de todo o dia.
Portanto, numa manifestação de Fé e num testemunho de atitude de vida, temos que rever o nosso respeito pela adoração da Presença Real.
John
Nascimento
catolicosacaminho-unsubscribe@yahoogroups.com
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]