FÉ SEM OBRAS
(03)- AS VIRGENS INSENSATAS !
"Insensatas porque deixaram apagar as suas velas».
É pela Fé e pela Esperança que nesta vida somos conduzidos.
A Vela que temos de manter acesa é a da disponibilidade para o encontro com o Senhor.
Deus visita-nos constantemente, porque criou o Universo para nele colocar interlocutores que pudessem ser dignos das confidências divinas.
Acolher essa auto comunicação de Deus é, todavia, muito mais do que ser testemunha da intimidade de Deus.
Acolher essa revelação é receber o dom essencial da vida : Aquele que nos dá discernimento e sabedoria, inspiração e alento, relação e amor.
Por isso a Fé e as Obras não significam prevenção e temor, mas antes disponibilidade acolhedora, porque sabemos que são sempre de salvação e de vida, todos os encontros que pudemos ter com o Senhor.
Mas a Fé sem Obras é como uma vida sem testemunho, como a das virgens insensatas que deixaram apagar as suas lâmpadas.
E não pensamos apenas nesse encontro final, em que nos será dado contemplar a face luminosa daquele que nos visitou todos os dias sob os véus das mais variadas mediações e incarnações.
Não pensamos no pessimismo com que somos confrontados todos os dias :
* Com os cataclismos da mais variada natureza revoltada.
* Com a malícia dos homens sem Fé e sem Obras.
* Com a inveja das nações e dos governantes com todas as suas iniquidades e projectos assassinos.
Pensamos certamente nessas visitas inopinadas do dia-a-dia, em que o Senhor nos pode surpreender na pessoa de alguém que nos solicita um pouco de presença, um tempo de escuta, uma palavra amiga, uma palavra de Esperança.
O nosso testemunho deve traduzir-se por um compromisso urgente e diário que nos leve a fazer chegar a todos, a vivência das Bem-aventuranças e a garantia da Esperança em que vivemos e nos realizamos com as obras do nosso testemunho cristão.
A visita inopinada do Senhor é uma realidade :
* Que nos fala através dos acontecimentos.
* Nos desperta através dos sobressaltos.
* Nos questiona através dos problemas.
* Ou simplesmente nos surpreende na brisa suave de uma tarde maravilhosa dum outono que nos vai deixar.
* Mas também a visita marcada do encontro dominical da sua Igreja, congregada para acolher a Palavra da Salvação e o partilhar do Pão da Vida, base de toda a nossa fé e estímulo para as nossas boas obras.
Seguramente, uma réstia de Fé e de Esperança :
* É sempre uma luz acesa.
* Uma chama que se não apaga.
* E uma garantia da nossa comunhão com Deus em favor dos nossos iermãos.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]