MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, a presentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(04)-A FORÇA DA ORAÇÃO !
A força da Oração é a certeza de que Deus pode intervir na história.
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Deus está presente na nossa história, e actua nela segundo o seu desígnio de amor.
Contudo, pelo mistério da liberdade humana, esse mesmo Deus coloca nas nossas mãos a possibilidade e a necessidade concreta de cooperar com Ele no curso dos acontecimentos da história humana, transformando-se esta num "lugar teológico" do nosso encontro com Ele.
Foi esta presença de amor a Deus na história que Nossa Senhora veio relembrar em Fátima :
-"Por fim o meu Imaculado Coração triunfará".(13 de Julho de 1917).
Contudo, este triunfo exige a nossa colaboração, um vez que a sinergia entre a graça e a liberdade requer precisamente uma atitude de responsabilidade humana perante os dons divinos.
O acolhimento da mensagem não nos isenta de um empenho pessoal, pois a concretização das promessas de Deus, através de Nossa Senhora, está ligada a exigências concretas.
Isto mesmo transparece nas palavras da aparição de 13 de Julho :
-"Se fizeram o que eu vos disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz".
Caso contrário continuaremos a ter guerras e o ódio gerará perseguições.
O surpreendente é que as exigências apresentads por Maria apontam para uma transformação interior, pois é daqui que nasce o empenho histórico concreto.
Pede oração, conversão, reparação, consagração e penitência.
Isto mesmo é salientado pelo Cardial Joseph Ratzinger (hoje papa Bento XVI), numa entrevista à Rádio Renascença, a 12 de Outubro de 1996 :
-"Parece-me que o nosso maior erro é o de pensarmos que só as grandes acções económicas e políticas podem transformer o mundo, e a tentação – mesmo entre os cristãos – de pensar que a oração não tem muito valor e, portanto, perde-se a interioridade. Ora, aqui em Fátima ouvimos falar de coisas escondidas como conversão, oração, penitência – que parecem não ter nenhuma importância política, mas são as coisas decisivas, são a força renovadora do mundo".
É esta a grande lição de Fátima, que a oração é sempre a arma mais poderosa, mesmo nas intervenções da história.
E esta lição deve questionar a acção pastoral da Igreja e a vida de cada cristão, num tempo em que a tentação do activismo é dominate e num mundo em que somos tão pressionados pela necessidade de produtividade material.
Como diziam São Tomás de Aquino, rezar é cooperar no governo divino do mundo.
De facto, a oração é, sem dúvida, parte do plano do Reino de Deus.
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Diz o Catecismo da Igreja Católica sobre este tema da Oração::
2559. - "A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido feito a Deus de bens que nos são convenientes" (S. João Damasceno, F.o.3,24). De onde é que falamos, ao orar ? Das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade própria, ou das "profundezas" (Sl.129/14) dum coração humilde e contrito ? Aquele que se humilha é que é elevado. A humildade é a base da oração. "Não sabemos que pedir nas nossas orações" (Rom.8/26). A humildade é a disposição (necessária) para receber gratuitamente o dom da oração : O homem é um mendigo de Deus.
A Oração é uma aliança com Deus.
Quando se faz oração, seja de que modo for (gestos ou palavras) é sempre o homem todo que ora, e é um movimento espontâneo que brota da alma ou espírito, mas muito especialmente do coração. (cf.CIC 2562).
Quando oramos entramos em comunhão com a Santíssima Trindade, portanto, a vida de oração consiste em estar habitualmente na presença de Deus, porque, pelo Baptismo, nos tomámos um só com Cristo. (cf.CIC 2565).
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]