domingo, 25 de novembro de 2012

[Catolicos a Caminho] FÉ SEM OBRAS (10) EUCARISTIA, COMUNHÃO E ESPIRITUALIDADE Som !

 

 

                       

               FÉ SEM OBRAS

 

                (10).-  EUCARISTIA, COMUNHÃO E ESPIRITUALIDADE !                                                                                                                                                                                                                                    "O  verdadeiro coração do mistério da Eucaristia é a Comunhão".

 

Todos os que pretendem a unidade da Igreja  encontram a razão mais forte para hastearem o dia em que todos sejam capazes de partilhar da Eucaristia.

Esse é o ideal de todo o movimento ecuménico.

Esta não é uma tarefa fácil porque será sempre um gesto simbólico de uma unidade interminável, e porque a essência da Igreja é a de um povo reunido para partilhar a Comunhão no Senhor.

Por todo o tempo em que este facto é demonstrado pelo sinal de uma realidade indesejável – a Igreja dividida – a Eucaristia nunca será plenamente o que ela deve ser.

O problema não será simplesmente o de uma Igreja dividida, mas sim o de uma Eucaristia não autêntica.

O pão deveria ser o sinal da comunhão de todos os que são um só no Baptismo  e na fé em Cristo.

Se houver Cristãos que não sejam um só na fé e no Baptismo e que não possam partilhar o pão, isto significa que alguma coisa está errada com a Igreja e com a Eucaristia.

Os Teólogos e os Liturgistas têm tentado mostrar as implicações da comunhão para uma realidade social.

Mas nós não podemos compreender perfeitamente o imperativo social da Eucaristia enquanto não compreendermos plenamente as suas implicações teológicas.

Todo os nossos esforços para trabalharmos em conjunto para o bem do mundo têm necessidade de crescer para o conhecimento profundo da comunhão com o Corpo de Cristo.

S. Paulo lembra-o na sua carta aos Efésios :

- "Porque ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; pelo contrário, nutre-a e cuida dela, como também Cristo o faz à Sua Igreja, pois somos membros do Seu Corpo".(Ef,5,29).

O verdadeiro coração do mistério da Eucaristia é a Comunhão.

A nossa comunhão com Cristo é que torna real a nossa vida cristã.

Ela é o fruto do sacrifício da Eucaristia e o ideal da vida cristã, como disse S. Paulo :

- "Porque, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro".(Fil.1,21).

Mas Cristo só pode preencher as nossas vidas se elas estiverem vazias de auto-suficiência, vazias de pecado e vazias de nós mesmos.

O mais que seja possível, Cristo deve ser o centro da nossa vida dos nossos pensamentos e das nossas acções  - das nossas obras.

A Sua mentalidade e as suas actitudes deveriam caracterizar os nossos pensamentos e as nossas acções, como disse S. Paulo :

- "Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus".(Fil.2,5).

Para o Vaticano II a Eucaristia  é a fonte e cumo da fé cristã.

Ela é a fonte das nossas actividades apostólicas e o lugar onde nós rendemos a Cristo, a nossa vida e as nossas acções para que Ele as ofereça ao Pai que nos dá o seu  Espírito e a nossa vida atinge as maiores dimensões.

Vivendo da Eucaristia, não podemos deixar de dar à nossa fé todas as nossas obras para que todos partilhemos do mesmo pão.

Se não pudermos apresentar sobre o altar todos os nossos actos como testemunhos da nossa fé, não estamos em condições de poder comungar, isto é, não estamos em condições de nos podermos unir a Cristo, porque o Mistério da Eucaristia é a Comunhão.

 

                                                         John

                                                         Nascimento

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]