HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(115)-33º DOMINGO COMUM – B
Perdeu-se o sentido da história nesta nossa civilização, cuja imagem é a duma sucessão de fragmentos da vida, igual à duma grelha de televisão.
Nada encaminha aqueles números da programação a não ser uma estratégia de conquista de audiências.
Nesta selva de enganos só interessa disfrutar o momento presente, sem necessidade de justificação ou de encadeamento, porque tão depressa se pode "estar nesta" como já "estar noutra" aventura(?).
Todavia, é no seio desta desaventura, aparentemente condenada ao desastre e à destruição, que a esperança cristã enraíza e encontra sentido.
Caminhamos ao encontro dum "Reino" que, "não sendo deste mundo", nele vai enraizando uma outra "dimensão", cada vez que o homem se esforça por dar corpo aos valores que o caracterizam : a verdade, a justiça, o amor e o perdão, a santidade e a paz.
Deste modo se manifesta o sentido final e a dimensão transcendental desse "Reino".
A Escritura descreve que é o colapso das forças celestes :
- "Nos últimos dias, depois de grande aflição o sol ficará cheio de trevas e a lua não dará a sua claridade; as estrelas começarão a cair do céu e as forças que há nos céus serão abaladas".(Mc.13,24-25).
E quando tudo isto acontecer, que poderemos nós esperar ?
Tal abalo é prenúncio da vitória de Cristo sobre todos os poderes que nos escravizam; é o prenúncio do aparecimento dum outro astro e duma outra luz, cuja claridade vai tomar o lugar dos antigos luminares empalidecidos e mortos.
Então conheceremos a verdadeira dimensão do "Reino de Deus" em todo o seu esplendor, porque nos novos céus e na nova terra a "cidade não necessita do sol nem da lua para a iluminar; pois a glória de Deus a ilumina e o seu esplendor é o Cordeiro de Deus".
No Antigo Testamento, o Reino de Deus era o Reino de Israel do qual Javé era o verdadeiro rei.
Quando caiu a Monarquia Israelita, esse Reino passou a ser futuro - seria inaugurado pelo rei-Messias, descendente de David.
Jesus, de facto, pregou o Reino de Deus, mas trata-se dum Reino de ordem espiritual, libertação das esperanças nacionalistas judaicas.
Este Reino começa neste mundo - a Igreja - e consuma-se no céu.
O Reino de Deus que Jesus pregou, abre o seu caminho silenciosa mas decididamente, mesmo que os homens não lhe dêem importância, pois nada há que resista aos planos de Deus.
Cristo enriqueceu a Igreja, Seu Corpo, com a plenitude de todos os benefícios e meios de salvação.
O Espírito Santo habita nela, vivifica-a com os seus dons e carismas, santifica-a, guia-a e renova-a constantemente, dá-lhe uma nova dimensão..
Assim, pela especial união da Igreja com o Reino de Deus e de Cristo, ela tem a "missão de o anunciar e inaugurar entre todos os povos", para que todos sejam abrangidos pelo Plano da História da Salvação.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]