FÉ SEM OBRAS
"De todos os conceitos, em Teologia, o mais importante é a "comunhão" (koinomia).
Isto é verdade, especialmente para a eclesiologia, mas igualmente para a Eucaristia.
A ideia central foi particularmente relevante para a Igreja para uma explanação de como se podem analizar e definir outras comunhões (outras Igrejas).
Enquanto "igrejas irmãs", foi muito importante, particularmente para descrever a relação entre as Igrejas Ortodoxas e a Igreja Católica em que o Concílio Vaticano II teve que usar expressões próprias para as definir.
Como Igrejas da Reforma, são consideradas em, real embora imperfeita comunhão com a Igreja Católica.
O fundamento para a comunhão Cristã, assenta no Baptismo.
O Baptismo em Cristo estabelece as bases para toda a comunhão.
O fim da Eucaristia é o de aprofundar a nossa intimidade com Deus, pelo que os Cristãos estão unidos a Jesus na sua Paixão e Ressurreição.
O Vaticano II esclareceu a "comunhão - koinomia" que existe entre a Igreja de Roma e as outras Igrejas Cristãs, do seguinte modo :
- As Igrejas Ortodoxas são consideradas como "comunhão quase completa" com Roma. As Igrejas Orientais não mudaram a doutrina e as práticas desde o princípio; preservaram a sucessão apostólica dos bispos, a tradição "católica" da fé e a disciplina da primitiva Igreja; O Vaticano chama-lhes as "Igrejas-irmãs".
- As Igrejas Protestantes do Ocidente são consideradas como em real embora imperfeita comunhão. Uma comunhão real e não simbólica mas há pontos doutrinários ainda não resolvidos em comum, mas num caminho de aproximação.
- A Comunhão com a Igreja Anglicana é considerada como "num lugar especial" no que diz respeito às suas relações com a Igreja de Roma. Leão XIII declarou inválidas as Ordens Anglicanas. É um problema que permanece ainda entre esta Igreja e a Igreja de Roma.
Sobre a Eucaristia e a unidade dos cristãos, diz o Catecismo da Igreja Católica :
1398. –Perante a grandeza deste mistério, Santo Agostinho exclama : "O sacramentum pietatis ! O signum unitatis ! O vinculum caritatis !" (Ev.Jo.26,6,13). Quanto mais dolorosas se fazem sentir as divisões da Igreja, que quebram a comum participação na mesa do Senhor, tanto mais prementes são as orações que fazemos ao Senhor, para que voltem os dias da unidade completa de todos os que crêem n'Ele.
1399 . – As Igreja Orientais, que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica, celebram a Eucaristia com um grande amor. "Essas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos; e, principalmente em virtude da sucessão apostólica, com o sacerdócio e a Eucaristia ainda se unem muito intimamente connosco" (UR 15). Uma certa comunhão in sacris, portanto na Eucaristia, é, "não só possível, mas até aconselhável em circunstâncias oportunas e com aprovação da autoridade eclesiástica" (UR 15).
1400 . – As comunidades eclesiais saídas da Reforma, separadas da Igreja Católica "não (conservaram) a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, sobretudo por causa da falta do sacramento da Ordem" (UR 22). É por esse motivo que a intercomunhão eucarística com estas comunidades não é possível para a Igreja Catíolica. No entanto, estas comunidades eclesiais "quando na santa Ceia comemoram a Morte e a Ressurreição do Senhor, confessam ser significada a vida na comunhão de Cristo e esperam o seu glorioso advento" (UR 22).
As tarefas para as Igrejas do nosso tempo são as de "receber" as directrizes do plano ecuménico do nosso mundo.
Pelo Baptismo, ainda estamos em comunhão.
Nós partilhamos uma comunhão em Cristo com as três pessoas da SS. Trindade e com todos os outros cristãos vivos ou falecidos.
Nós devemos acolher esta verdade e dar uma visivel expressão desta realidade, pelo nosso testemnho, pelas nossas obras..
O Conselho Mumdial das Igrejas sugere uma partlha da Eucaristia, mas para esta partilha entre os cristãos Ortodoxos, Católicos, Evangélicos e Pentecostais, há ainda, no nosso tempo, problemas para resolver.
Mais progressos doutrinais e de fé devem ser, antes da Eucaristia, um sinal da legitimidade, da validade e dos benefícios da comunhão que são os nossos.
Se a partlha da Eucaristia é limitada nos nossos tempos, deve-se, todavia, continuar a trabalhar para que se possa chegar a uma profunda comunhão entre os cristãos de todas as Igrejas.
Mas não podemos ficar apenas na doutrina das ideias que nos impedem de chegar a uma prática comum, pelo que se torna necessário, tanto quanto humanamente é possível, praticar as obras que a fé e a doutrina nos aconselham, dentro do espírito dos primeiros cristãos dos quais se dizia :
- "Vejam como eles se amam!.
Neste amor entre todos os que professam a mesma fé está o segredo de manter sempre bem viva a luz da fé que deve brilhar para iluminar os outros, sobretdo pelo testemunho de vida, pelas obras..
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]