O Evangelho de João nos mostra que Jesus, durante a sua vida pública, fez o possível para não ser chamado de rei (cf. Jo 6, 15)
Agora, diante do abandono dos seus discípulos e do ultraje da cruz, ele manifesta o seu reinado.
Por doze vezes o tema do reinado de Cristo aparece no relato da paixão segundo João. Trata-se de um Reino que não nasce deste mundo, ou seja vem de Deus, e não corresponde às nossas expectativas mundanas.
Pilatos, com os ouvidos moucos de um cético, que só sabe fazer perguntas mas não é capaz de ouvir respostas, perde a oportunidade de abraçar a Verdade que se encontra, encarnada, diante dele.
Na Cruz manifesta-se o reinado do Amor. Esta é a Hora da manifestação da glória (cf. Jo 12, 27-28).
Com a morte de Cristo na Cruz, revela-se a misteriosa ligação entre reino, amor, carne, glória e verdade. É algo que realmente não vem deste mundo.
"E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade" (Jo 1, 14).
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]