domingo, 25 de novembro de 2012

[ZP121125] O mundo visto de Roma

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O mundo visto de Roma

Portugues semanal - 25 de novembro de 2012

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"Infância de Jesus"
O terceiro livro da série Jesus de Nazaré, de Joseph Ratzinger - Bento XVI, será apresentado em Roma nesta terça-feira

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – A Livraria Editora Vaticana e a Editora Rizzoli convidaram a imprensa internacional para a conferência de apresentação do terceiro livro da série sobre Jesus de Nazaré, escrito por Joseph Ratzinger - Bento XVI. "A infância de Jesus" será lançado em Roma nesta terça-feira, 20, na Sala Pio X da Via Ospedale, às 11 horas da manhã no horário local.

Participam do evento o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Maria Clara Bingemer, professora de teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, dom Giuseppe Costa, SDB,diretor da Livraria Editora Vaticana, e Paolo Mieli, presidente da RCS Libri.

O moderador é o padre Federico Lombardi, diretor da assessoria de imprensa
da Santa Sé.

O livro chega às livrarias da Itália nesta quarta-feira, 21 de novembro.

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A nova evangelização no âmbito marítimo
XXIII Congresso Mundial do Apostolado do Mar vai até o dia 23 no Vaticano

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Com o objetivo principal de identificar novas formas de comunicar o evangelho no univeros dos marinheiros, dos pescadores e das suas famílias, começou na manhã de hoje um congresso específico, aberto pelo cardeal Antonio Maria Veglio. O tema geral será apresentado por dom Joseph Kalathiparambil.

Também participam dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, dom Peter Stasiuk, promotor episcopal na Austrália, dom Paul Hinder, promotor episcopal nos Emirados Árabes Unidos, e o pe. Xavier Pinto, C.Ss.R., coordenador regional para o Sul da Ásia.

A dra. Deirdre Fitzpatrick participará por teleconferência do Centro de Estudos pelos Direitos dos Marinheiros, sediado em Londres, e o dr. Peter Swift abordará o Programa de Resposta Humanitária à Pirataria Marítima, também de Londres.

Estatísticas

O mundo possui de mais de 1,2 milhão de trabalhadores do mar, dos quais cerca de 400.000 são das Filipinas. Cerca de 200.000 são da Rússia e da Ucrânia. Os cristãos representam cerca de 60% de todos os trabalhadores do mar.

Aproximadamente 64% dos marinheiros que se encontram a bordo não podem desembarcar quando o navio está no porto, por razões como segurança, trabalho, paradas muito curtas e portos distantes das cidades.

No setor da pesca, não há estatísticas precisas. Incluindo os pescadores de tempo parcial e os envolvidos na pesca em água doce e na aquicultura, o número estimado é de cerca de 36 milhões (FAO). Calcula-se que aproximadamente 15 milhões de pescadores estejam empregados na indústria da pesca. Aproximadamente 98% deles trabalham em navios de menos de 24 metros de comprimento.

Todos os anos, 25% dos pescadores sofrem algum tipo de acidente, principalmente os que trabalham há mais tempo no ofício: o risco aumenta três vezes quando o pescador tem mais de dez anos no ramo. O trabalho na pesca é considerado um dos mais perigosos do mundo e um dos líderes nas estatísticas de mortalidade.

(Trad.ZENIT)

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O presidente da República do Benin em Audiência com o Papa
Durante a conversa destacou-se as boas relações entre a Santa Sé e o país africano

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - O Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência hoje, no Palácio Apostólico Vaticano, o Presidente da República do Benin, S.Ex.ª o Sr. Thomas Boni Yayi, que depois encontrou o Ex.mo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, acompanhado por Mons. Ettore Balestrero, Sub-Secretário para as Relações com os Estados.

Durante as conversações cordiais, congratulou-se com as boas relações existentes entre a Santa Sé e o Benin, recordando em particular a Viagem Apostólica do Santo Padre do ano passado, e foi lembrada a contribuição positiva da Igreja Católica para o desenvolvimento do País.

No prosseguimento da conversa foi abordado principalmente o tema do valor das culturas locais na África e a importância da Igreja na educação para a paz e a reconciliação. Finalmente, fez uma revisão geral de alguns desafios regionais que afetam atualmente o Continente, acompanhados pelo Chefe de Estado como Presidente da União Africana.

(Trad.TS)

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"Em Jesus Cristo o Logos entrou no mundo"
Alguns trechos do último livro de Bento XVI que estará à venda amanhã

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 20 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir dois trechos do manuscrito original do livro L’infanzia di Gesù (Rizzoli – Libreria Editrice Vaticana), a Infância de Jesus, de Joseph Ratzinger - Bento XVI, que estará amanhã nas livrarias, também em língua portuguesa.

***

(...) Jesus nasceu em uma época que pode ser determinada com precisão. No início do ministério público de Jesus, Lucas oferece mais uma vez uma data detalhada e precisa daquele momento histórico: é o décimo quinto ano do reinado de Tibério César; também são mencionados o governador romano daquele ano e os tetrarcas da Galiléia , da Ituréia e da Traconítide, como também de Abilene, e os chefes dos sacerdotes (Lc 3,1 s).

Jesus não nasceu e apareceu em público no impreciso “era uma vez” do mito. Ele pertence a um tempo exatamente datável e a um ambiente geográfico precisamente definido: o universal e o concreto estão se tocando. Nele, o Logos, a Razão criadora de todas as coisas, entrou no mundo. O Logos eterno se fez homem, e disso faz parte o contexto de lugar e tempo. A fé está ligada a esta realidade concreta, ainda se depois, em virtude da Ressurreição, o espaço temporal e geográfico é superado e o “preceder na Galiléia” (Mt 28,7) do Senhor entra na vastidão aberta de toda a humanidade ( cf. Mt 28,16 ss.)

Da página 36 do manuscrito

*

(...) Maria envolveu o menino em panos. Sem nenhum sentimentalismo, podemos imaginar o amor com que Maria se encaminhou à sua hora, terá preparado o nascimento do seu Filho. A tradição dos ícones, em base à teologia dos Padres, interpretou a manjedoura e os panos também teologicamente. A criança bem envolvida nos panos aparece como uma antecipação da hora da sua morte: Ele é desde o início o Imolado, como veremos ainda mais detalhadamente refletindo na palavra sobre o primogênito. Assim a manjedoura foi representada como uma espécie de altar.

Agostinho interpretou o significado da manjedoura com um pensamento que, a princípio, parece quase indecoroso, mas, examinado mais profundamente, contém, pelo contrário, uma profunda verdade. A manjedoura é o lugar no qual os animais encontram o seu alimento. Agora, no entanto, está na manjedoura Aquele que indicou a si mesmo como o verdadeiro pão descido do céu – como o verdadeiro alimento que o homem tem necessidade para ser pessoa humana. É o alimento que dá ao homem a vida verdadeira, aquela eterna. Deste modo, a manjedoura se torna uma referência para a mesa de Deus, à qual o homem está convidado, para receber o pão de Deus. Na pobreza do nascimento de Jesus descreve-se a grande realidade, na qual atua-se de modo misterioso a redenção dos homens.

Da página 38 do manuscrito

(Trad.TS)

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"Ódio e a violência não são a solução dos problemas"
Apelo do Papa pela paz entre israelenses e palestinos

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de novembro de 2012(ZENIT.org) – Ao final da Audiência Geral desta manhã, o papa Bento XVI lançou um apelo pela paz entre os israelenses e palestinos. Recordando que o “ódio e a violência não são a solução dos problemas”, o pontífice exortou as autoridades de ambas as partes envolvidas na situação a “adotarem decisões corajosas em favor da paz”.

“Acompanho com grave preocupação o agravar-se da violência entre israelenses e palestinos da Faixa de Gaza. Além de rezar pelas vítimas e por aqueles que sofrem, sinto o dever de reiterar mais uma vez que o ódio e a violência não são a solução dos problemas. Além disso, encorajo as iniciativas e os esforços daqueles que estão buscando obter uma trégua e promover a negociação. Exorto também as autoridades de ambas as partes a adotarem decisões corajosas em favor da paz e a colocarem fim a um conflito com repercussões negativas em toda a região médio-oriental, martirizada por demasiados confrontos e necessitada de paz e de reconciliação.” 

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Bento XVI recebe o presidente da república do Haiti
Encontro recordou a contribuição da Santa Sé durante o terremoto e na reconstrução do país

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 22 de novembro de 2012(ZENIT.org) - O Papa Bento XVI recebeu na manhã desta quinta-feira (22) o Presidente da República do Haiti, Michel Joseph Martelly. Após a audiência o presidente foi recebido pelo secretário de estado, Tarcisio Bertone, e pelo Secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

Durante o encontro falou-se das boas relações cultivadas entre a Santa Sé e o Haiti. Recordou-se também a contribuição oferecida pela Igreja, através de suas instituições educativas, sociais e caritativas, especialmente durante o terremoto que atingiu o povo haitiano e na fase de reconstrução do país. No desenvolver do encontro destacou-se ainda a importância de continuar a colaborar para o desenvolvimento harmônico da sociedade haitiana.

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O artista conserva e testemunha a beleza da fé
Mensagem de Bento XVI ao cardeal Ravasi, na XVII Sessão Pública das Pontifícias Academias

Salvatore Cernuzio

VATICANO, quinta-feira, 22 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Arte e Fé, um diálogo sempre vivo e nunca interrompido: a Mensagem do Concílio aos Artistas já resumia a relação da Igreja do século XX com as artes, através da ação de Paulo VI. E o beato João Paulo II escreveu uma Carta aos Artistas no Grande Jubileu do ano 2000 para reavivar essa parceria.

"O artista é testemunha da beleza da fé", observou Bento XVI, atento a esta longa tradição, em sua mensagem para a XVII Sessão Pública das Pontifícias Academias, dirigindo-se ao cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura.

A sessão se realizou na tarde de ontem, 21, na Aula Magna de São Pio X, com o tema "Pulchritudinis fidei testis: o artista, como a Igreja, testemunha a beleza da fé", título que recorda as palavras de abertura do motu proprio com que o Santo Padre recentemente unificou a Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja com o Dicastério da Cultura.

Com esta temática, Bento XVI explicou que a XVII Sessão Pública faz parte do Ano da Fé, cujo objetivo é "repropor a todos os fiéis o poder e a beleza da fé", grande aspiração do concílio Vaticano II.

O mesmo apelo havia animado o encontro do papa com uma grande representação de artistas na Capela Sistina, em 21 de novembro de 2009. Na ocasião, como o próprio papa recordou, "eu lhes fiz um intenso apelo para redescobrirem a alegria da reflexão conjunta e de uma ação concorde, a fim de recolocar a beleza no centro das atenções".

"A beleza deveria voltar a se reafirmar e se manifestar em todas as formas de expressão artística, mas sem prescindir da experiência da fé. Pelo contrário, deveria olhar para ela livre e abertamente, a fim de tirar dela inspiração e conteúdo".

"A beleza da fé nunca pode ser obstáculo para a criação da beleza artística, uma vez que constitui, de certa forma, a sua alma e horizonte final".

Citando ainda a mensagem conciliar, Bento XVI recordou que "o verdadeiro artista, graças à sua sensibilidade estética particular e à sua intuição, pode captar e aceitar mais profundamente do que os outros a beleza própria da fé, e assim expressá-la e comunicá-la com a sua própria linguagem".

O artista pode ser definido, portanto, como "guardião da beleza do mundo" e, por conseguinte, como testemunha da beleza da fé. "Ele pode participar da mesma vocação e missão da Igreja, especialmente se, nas diferentes formas de arte, quiser ou for chamado a realizar obras de arte diretamente relacionadas com a experiência da fé e do culto, com a ação litúrgica da Igreja".

A este respeito, o papa citou um ensaio escrito em 1931 pelo jovem padre Giovanni Battista Montini para a primeira edição da revista Arte Sacra, em que o futuro papa Paulo VI exortava quem lidasse com a arte sacra a se sentir chamado a "expressar o inefável", iniciando-se na mística, a fim de "atingir, com a experiência dos sentidos, algum reverberar, algum pulsar da Luz invisível".

Em seguida, ao tratar da figura do cristão, Montini escreveu: "Vemos também como e onde nasce a arte sacra verdadeira: do artista devoto, orante, desejoso, que vela no silêncio e na bondade, à espera do seu Pentecostes".

A mensagem de Bento XVI terminou com um convite a todos os artistas cristãos, no início do Ano da Fé, a "trilharem o caminho traçado com nitidez por Paulo VI e a garantirem que a sua carreira artística se torne um itinerário completo, em que todas as dimensões da vida humana estejam envolvidas, de modo a eficazmente testemunhar a beleza da fé em Jesus Cristo, imagem da glória de Deus que ilumina a história da humanidade".

Após as nomeações do presidente, do secretário e dos acadêmicos da recém-criada Pontifícia Academia Latinitas, foi entregue também o Prêmio das Pontifícias Academias, dedicado neste ano às artes, em particular à pintura e à escultura.

Foram galardoados a escultora polonesa Anna Gulak e o pintor espanhol David Ribes Lopez. O jovem escultor italiano Jacopo Cardillo recebeu como sinal de apreço e incentivo do Santo Padre a Medalha do Pontificado.

(Trad.ZENIT)

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Bento XVI recebe em audiência o presidente Libanês Sleiman
O Presidente trouxe alguns presentes para o Santo Padre, incluindo um grande álbum de fotos que reconstitui as etapas da recente viagem apostólica ao Líbano

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Há pouco mais de dois meses da visita de Bento XVI ao país dos Cedros, o Santo Padre encontrou novamente o Presidente da República do Líbano, Michel Sleiman, e o recebeu esta manhã em Audiência no Palácio Apostólico Vaticano.

O presidente chegou à capital para presenciar amanhã, vigília da Solenidade de Cristo Rei, junto com uma delegação de aproximadamente 500 libaneses, o Consistório na Basílica Vaticana para a criação de 6 novos cardeais, incluindo o Patriarca maronita Béchara Boutros Raï.

Conforme relatado pela Agência Fides, também estará presente no Consistório Ghalib Abu Zeinab, responsável pelas relações com os cristãos do partido Hezbollah. Já no passado 9 de novembro, uma delegação do Hezbollah tinha ido para o Patriarcado Maronita de Bkerke, perto de Beirute, para felicitar o patriarca pela sua nomeação.

Para agradecer o Papa pela eleição cardinalícia do patriarca Raï - demonstração de “apoio da Santa Sé ao Líbano multi-religioso", como declara o jornal em língua francesa do Líbano L’Orient-Le tour – e pela visita de setembro, o Presidente Sleiman trouxe ao Pontífice alguns presentes. Entre os quais: uma imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus de arte antiga e um grande álbum de fotos que recolhe as mais bonitas fotografias da viagem apostólica ao Líbano.

Depois dos 15 minutos de conversação privada, o Papa e o Chefe de Estado viveram um momento público com um tom “familiar” diante dos fotógrafos e dos repórteres, esfolheando e comentando juntos o grande álbum que refazia as etapas principais da viagem.

(Trad.TS)

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Fazei-vos imitadores de Jesus
Homilia do Papa na Missa com os novos cardeais

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir a homilia dada pelo Papa Bento XVI nesta manhã durante a Missa com os novos cardeais, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo..

***

Senhores Cardeais,

Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,

Amados irmãos e irmãs!

A solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, que hoje coroa o Ano Litúrgico, vê-se enriquecida com a recepção no Colégio Cardinalício de seis novos membros, que convidei, como é tradição, para concelebrar comigo a Eucaristia nesta manhã. A cada um deles dirijo a minha saudação mais cordial, agradecendo ao Cardeal James Michael Harvey as amáveis palavras que em nome de todos me dirigiu. Saúdo os outros Purpurados e todos os Prelados presentes, bem como as ilustres Autoridades, os Senhores Embaixadores, os sacerdotes, os religiosos e todos os fiéis, especialmente quantos vieram das dioceses que estão confiadas ao cuidado pastoral dos novos Cardeais.

Neste último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja convida-nos a celebrar Jesus Cristo como Rei do universo; chama-nos a dirigir o olhar em direcção ao futuro, ou melhor em profundidade, para a meta última da história, que será o reino definitivo e eterno de Cristo. Estava com o Pai no início, quando o mundo foi criado, e manifestará plenamente o seu domínio no fim dos tempos, quando julgar todos os homens. As três leituras de hoje falam-nos desse reino. No texto evangélico que ouvimos, tirado do Evangelho de São João, Jesus encontra-Se numa situação humilhante – a de acusado – diante do poder romano. Foi preso, insultado, escarnecido, e agora os seus inimigos esperam obter a sua condenação ao suplício da cruz. Apresentaram-No a Pilatos como alguém que aspira ao poder político, como o pretenso rei dos judeus. O procurador romano faz a própria investigação e interroga Jesus: «Tu és rei dos judeus?» (Jo 18, 33). Na resposta a esta pergunta, Jesus esclarece a natureza do seu reino e da própria messianidade, que não é poder terreno, mas amor que serve; afirma que o seu reino de modo algum se confunde com qualquer reino político: «A minha realeza não é deste mundo (...) o meu reino não é de cá» (v. 36).

É claro que Jesus não tem nenhuma ambição política. Depois da multiplicação dos pães, o povo, entusiasmado com o milagre, queria pegar n’Ele e fazê-Lo rei, para derrubar o poder romano e assim estabelecer um novo reino político, que seria considerado como o reino de Deus tão esperado. Mas Jesus sabe que o reino de Deus é de género totalmente diverso; não se baseia sobre as armas e a violência. E é justamente a multiplicação dos pães que se torna, por um lado, sinal da sua messianidade, mas, por outro, assinala uma viragem decisiva na sua actividade: a partir daquele momento aparece cada vez mais claro o caminho para a Cruz; nesta, no supremo acto de amor, resplandecerá o reino prometido, o reino de Deus. Mas a multidão não entende, fica decepcionada, e Jesus retira-Se para o monte sozinho para rezar, para falar com o Pai (cf. Jo 6, 1-15). Na narração da Paixão, vemos como os próprios discípulos, apesar de terem partilhado a vida com Jesus e ouvido as suas palavras, pensavam num reino político, instaurado mesmo com o uso da força. No Getsêmani, Pedro desembainhara a sua espada e começou a combater, mas Jesus deteve-o (cf. Jo 18, 10-11); não quer ser defendido com as armas, mas deseja cumprir a vontade do Pai até ao fim e estabelecer o seu reino, não com as armas e a violência, mas com a aparente fragilidade do amor que dá a vida. O reino de Deus é um reino completamente diferente dos reinos terrenos.

Por isso, diante de um homem indefeso, frágil, humilhado como se apresenta Jesus, um homem de poder como Pilatos fica surpreendido – surpreendido, porque ouve falar de um reino, de servidores – e faz uma pergunta, a seu ver paradoxal: «Logo, Tu és rei!». Que tipo de rei pode ser um homem naquelas condições!? Mas Jesus responde afirmativamente: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz» (18, 37). Jesus fala de rei, de reino, referindo-Se não ao domínio mas à verdade. Pilatos não entende: poderá haver um poder que não se obtenha com meios humanos? Um poder que não corresponda à lógica do domínio e da força? Jesus veio para revelar e trazer uma nova realeza: a realeza de Deus. Veio para dar testemunho da verdade de um Deus que é amor (cf. 1 Jo 4, 8.16) e que deseja estabelecer um reino de justiça, de amor e de paz (cf. Prefácio). Quem está aberto ao amor, escuta este testemunho e acolhe-o com fé, para entrar no reino de Deus.

Encontramos esta perspectiva na primeira leitura que ouvimos. O profeta Daniel prediz o poder de um personagem misterioso colocado entre o céu e a terra: «Vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído» (7, 13-14). São palavras que prevêem um rei que domina de mar a mar até aos confins da terra, com um poder absoluto, que nunca será destruído. Esta visão do profeta, uma visão messiânica, é esclarecida e realiza-se em Cristo: o poder do verdadeiro Messias – poder que não mais desaparece e nunca será destruído – não é o poder dos reinos da terra que surgem e caem, mas o poder da verdade e do amor. Assim entendemos como a realeza, anunciada por Jesus nas parábolas e revelada aberta e explicitamente diante do Procurador romano, é a realeza da verdade, a única que dá a todas as coisas a sua luz e grandeza.

Na segunda leitura, o autor do Apocalipse afirma que também nós participamos na realeza de Cristo. Na aclamação dirigida «Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados com o seu sangue», declara que Ele «fez de nós um reino, sacerdotes para Deus e seu Pai» (1, 5-6). Aqui está claro também que se trata de um reino fundado na relação com Deus, com a verdade, e não de um reino político. Com o seu sacrifício, Jesus abriu-nos a estrada para uma relação profunda com Deus: n’Ele tornamo-nos verdadeiros filhos adoptivos, participando assim da sua realeza sobre o mundo. Portanto, ser discípulos de Jesus significa não se deixar fascinar pela lógica mundana do poder, mas levar ao mundo a luz da verdade e do amor de Deus. Depois o autor do Apocalipse estende o olhar até à segunda vinda de Jesus – quando Ele voltar para julgar os homens e estabelecer para sempre o reino divino – e recorda-nos que a conversão, como resposta à graça divina, é a condição para a instauração desse reino (cf. 1, 7). É um vigoroso convite dirigido a todos e cada um: converter-se sem cessar ao reino de Deus, ao domínio de Deus, da Verdade, na nossa vida. Pedimo-lo diariamente na oração do «Pai nosso» com as palavras «Venha a nós o vosso reino», que equivale a dizer a Jesus: Senhor, fazei que sejamos vossos, vivei em nós, reuni a humanidade dispersa e atribulada, para que em Vós tudo se submeta ao Pai da misericórdia e do amor.

A vós, amados e venerados Irmãos Cardeais – penso de modo particular àqueles que foram criados ontem –, se confia esta responsabilidade impelente: dar testemunho do reino de Deus, da verdade. Isso significa fazer sobressair sempre a prioridade de Deus e da sua vontade face aos interesses do mundo e dos seus poderes. Fazei-vos imitadores de Jesus, que diante de Pilatos, na situação humilhante descrita pelo Evangelho, manifestou a sua glória: a glória de amar até ao fim, dando a própria vida pelas pessoas amadas. Esta é a revelação do reino de Jesus. E por isso, com um só coração e uma só alma, rezemos: «Adveniat regnum tuum». Amen.

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"Os novos cardeais reforçam os laços espirituais da toda a Igreja"
Discurso do Santo Padre durante o Consistório Ordinário Público para a criação de seis novos Cardeais na manhã de sábado no Vaticano

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Às 11 horas da manhã de ontem, sábado (24), o Santo Padre Bento XVI realizou um Consistório Ordinário Público para a criação de seis novos cardeais.

Na abertura do consistório, após a saudação, a oração e a proclamação do Evangelho (Mc 10, 32-45), o Papa deu o seu discurso. O Santo Padre lê a fórmula de criação e proclama solenemente os nomes dos novos cardeais, anunciando-lhes a Ordem presbiteral ou diaconal. O rito continua com a profissão de fé dos novos Cardeais diante do povo de Deus e o juramento de fidelidade e obediência ao Papa e aos seus sucessores.

Os novos cardeais, de acordo com a ordem de criação, se ajoelham, em seguida, diante do Santo Padre que lhes impõe o barrete cardenalício, entrega o anel e designa cada um com uma igreja de Roma como sinal de participação na solicitude pastoral do Santo Padre na Urbe.

Abaixo está a lista do Título ou da Diaconia atribuídos pelo Santo Padre Bento XVI a cada um dos novos Cardeais no momento da criação no Consistório:

1. Card. James Michael Harvey, diaconia de São Pio V na Villa Carpegna

2. Card. Béchara Boutros Raï Cardeal, O.M.M.

3. Card. Baselios Cleemis Thottunkal, Título de São Gregório VII

4. Card. John Olorunfemi Onaiyekan, Título de San Saturnino

5. Card. Rubén Salazar Gómez, Título de São Geraldo Majela

6. Card. Luis Antonio G. TAGLE, Título de São Félix de Cantalice em Centocelle

Depios da entrega da Bula de criação cardinalícia e da atribuição do Título ou da Diaconia, o Santo Padre Bento XVI troca com cada novo Cardeal o abraço da paz. Abaixo está o discurso que o Santo Padre pronunciou durante o Consistório.

***

«Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica».

Amados irmãos e irmãs!

Estas palavras que os novos Cardeais vão pronunciar solenemente daqui a pouco, ao recitarem a profissão de fé, fazem parte do Símbolo niceno-constantinopolitano, a síntese da fé da Igreja que cada um recebe no momento do Baptismo. Só professando e guardando intacta esta norma da verdade é que somos discípulos autênticos do Senhor. Neste Consistório, quero deter-me em particular sobre o significado do termo «católica», que indica um traço essencial da Igreja e da sua missão. O assunto é vasto e poderia ser apresentado sob diferentes pontos de vista; hoje limito-me a algumas considerações.

As notas características da Igreja correspondem a um desígnio divino, como afirma oCatecismo da Igreja Católica: «É Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades» (n. 811). No nosso caso específico, a Igreja é católica, porque Cristo, na sua missão de salvação, abraça toda a humanidade. Embora a missão de Jesus na sua vida terrena se tivesse limitado ao povo judeu, «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24) todavia desde o início estava orientada para levar a todos os povos a luz do Evangelho e fazer entrar todas as nações no Reino de Deus. Em Cafarnaum, à vista da fé do Centurião, Jesus exclama: «Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu» (Mt 8, 11). Esta perspectiva universalista resulta, para além do mais, da apresentação que Jesus fez de Si mesmo, acrescentando ao título de «Filho de David» a designação de «Filho do Homem» (Mc 10, 33), como acabámos de ouvir no texto evangélico proclamado. O título de «Filho do Homem», presente na linguagem da literatura apocalíptica judaica que se inspira na visão da história do Livro do profeta Daniel(cf. 7, 13-14), recorda o personagem que vem «com as nuvens do céu» (v. 13) e é uma imagem que preanuncia um reino totalmente novo, um reino sustentado não por poderes humanos, mas pelo verdadeiro poder que vem de Deus. Jesus serve-Se desta expressão rica e complexa, aplicando-a a Si mesmo, para manifestar o verdadeiro carácter do seu messianismo, como missão destinada a todos e cada um dos homens, superando todo o particularismo étnico, nacional e religioso. E é precisamente no seguimento de Jesus, no deixar-se atrair para dentro da sua humanidade e, portanto, na comunhão com Deus que se entra neste novo reino, que a Igreja anuncia e antecipa e que vence toda a fragmentação e dispersão.

Depois Jesus envia a sua Igreja, não a um grupo, mas à totalidade do género humano para, na fé, o reunir num único povo a fim de o salvar, como justamente se exprime o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática Lumen gentium: «Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus» (n. 13). Por conseguinte a universalidade da Igreja deriva da universalidade do único desígnio divino de salvação do mundo. Este carácter universal aparece claramente no dia do Pentecostes, quando o Espírito cumula da sua presença a primeira comunidade cristã, para que o Evangelho se estenda a todas as nações e faça crescer em todos os povos o único Povo de Deus. Assim, desde o seu início, a Igreja está orientada kat'holon, abraça todo o universo. Os Apóstolos dão testemunho de Cristo, dirigindo-se a homens originários de toda a terra, e cada um compreende-os como se falassem na sua língua nativa (cf. Act 2, 7-8). A partir daquele dia, a Igreja com a «força do Espírito Santo», como Jesus prometera, anuncia o Senhor morto e ressuscitado «em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra» (Act 1, 8). Portanto a missão universal da Igreja não parte de baixo, mas desce do alto, do Espírito Santo e, desde o primeiro instante, está orientada para se exprimir em todas as culturas e assim formar o único Povo de Deus. Não se trata tanto de uma comunidade local que cresce e se alarga lentamente, como sobretudo de um fermento que abre para o universal, para o todo, trazendo em si mesmo a universalidade.

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda criatura» (Mc 16, 15); «fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19), diz o Senhor. Com estas palavras, Jesus envia os apóstolos a todas as criaturas, para que chegue a todo o lado a acção salvadora de Deus. Entretanto, se observarmos os discípulos no momento da ascensão de Jesus ao Céu, narrada no livro dos Actos dos Apóstolos, vemo-los ainda na sua visão fechada e pensam na restauração de um novo reino davídico, perguntando ao Senhor: «É agora que vais restaurar o Reino de Israel?» (Act 1, 6). E como responde Jesus? Responde, abrindo os seus horizontes e confiando-lhes a promessa e uma tarefa: promete que serão cumulados da força do Espírito Santo e confere-lhes o encargo de O testemunharem em todo o mundo, superando as fronteiras culturais e religiosas em que estavam habituados a pensar e viver para se abrirem ao Reino universal de Deus. E, no início do caminho da Igreja, os Apóstolos e os discípulos partem sem nenhuma segurança humana, mas unicamente com a força do Espírito Santo, do Evangelho e da fé. É o fermento que se espalha pelo mundo, entra nas diferentes vicissitudes e nos mais variados contextos culturais e sociais, mas permanece uma única Igreja. Ao redor dos Apóstolos, florescem as comunidades cristãs, mas elas são «a» Igreja que, em Jerusalém, em Antioquia ou em Roma, é sempre a mesma, una e universal. E quando os Apóstolos falam de Igreja, não falam de uma comunidade própria, falam da Igreja de Cristo e insistem sobre esta identidade única, universal e total da Catholica, que se realiza em cada Igreja local. A Igreja é una, santa, católica e apostólica, reflectindo em si mesma a fonte da sua vida e do seu caminho: a unidade e a comunhão da Trindade.

No sulco e na perspectiva da unidade e universalidade da Igreja, situa-se também o Colégio Cardinalício: este apresenta uma variedade de rostos, dado que exprime o rosto da Igreja universal. Desejo, com este Consistório, pôr em evidência de modo particular que a Igreja é Igreja de todos os povos, e por conseguinte exprime-se nas várias culturas dos diversos Continentes. É a Igreja de Pentecostes, que, na polifonia das vozes, ergue um canto único e harmonioso ao Deus vivo.

Saúdo cordialmente as delegações oficiais dos vários países, os bispos, os sacerdotes, as pessoas consagradas, os fiéis-leigos das diversas comunidades diocesanas e todos aqueles que tomam parte na alegria dos novos membros do Colégio Cardinalício, a quem estão ligados pelo vínculo do parentesco, da amizade, da colaboração. Os novos Cardeais, que representam várias dioceses do mundo, ficam a partir de hoje agregados, a título muito especial, à Igreja de Roma e reforçam assim os laços espirituais que unem a Igreja inteira, vivificada por Cristo e cerrada em torno do Sucessor de Pedro. Ao mesmo tempo, o rito de hoje exprime o valor supremo da fidelidade. De facto, no juramento que daqui a pouco ides fazer, venerados Irmãos, estão escritas palavras carregadas de profundo significado espiritual e eclesial: «Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana». E, ao receber o barrete vermelho, ouvireis recordar-vos que o mesmo indica que «deveis estar prontos a comportar-vos com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo incremento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus». Por sua vez, a entrega do anel será acompanhada pela advertência: «Sabe que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja».

Assim, nestes gestos e nas expressões que os acompanham, está indicada a fisionomia que assumis hoje na Igreja. Daqui para diante estareis unidos de forma ainda mais estreita e intima com a Sé de Pedro: os títulos ou as diaconias das igrejas da Urbe recordar-vos-ão o vínculo que vos une, como membros a título muito especial, a esta Igreja de Roma, que preside à caridade universal. Especialmente através da vossa colaboração com os Dicastérios da Cúria Romana, sereis meus preciosos cooperadores antes de tudo no ministério apostólico a favor da catolicidade inteira, como Pastor de todo o rebanho de Cristo e primeiro garante da doutrina, da disciplina e da moral.

Queridos amigos, louvemos ao Senhor, que «não cessa de enriquecer, com largueza de dons, a sua Igreja dispersa pelo mundo» (Oração), revigorando-a na perene juventude que lhe deu. A Ele confiamos o novo serviço eclesial destes prezados e venerados Irmãos, para que possam prestar corajoso testemunho de Cristo, com o dinamismo edificante da fé e o sinal de um incessante amor oblativo. Amen.

© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

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"Aquele Rei que não veio para ser servido, mas para servir"
Palavras de Bento XVI durante a oração do Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir as palavras dirigidas pelo Santo Padre Bento XVI, ao meio-dia de hoje, durante a oração do tradicional Angelus, aos fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

***

Queridos irmãos e irmãs!

Hoje a Igreja celebra Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. Esta solenidade é colocada no final do ano litúrgico e resume o mistério de Jesus "primogênito dentre os mortos e soberano de todos os poderosos da terra" (Oração Coleta Ano B), ampliando o nosso olhar para a plena realização do Reino de Deus, quando Deus será tudo em todos (cf. 1 Cor 15,28).

São Cirilo de Jerusalém afirma: "Nós proclamamos não apenas a primeira vinda de Cristo, mas também uma segunda muito mais bonita que a primeira. A primeira, na verdade, foi uma manifestação de sofrimento, a segunda traz o diadema da realeza divina; ... na primeira foi submetido à humilhação da cruz, na segunda é rodeado e glorificado por uma multidão de anjos" (Catequese XV, 1 Illuminandorum, De secundo Christi adventu: PG 33, 869 A).

Toda a missão de Jesus e o conteúdo da sua mensagem se resume em proclamar o Reino de Deus e praticá-lo no meio dos homens com sinais e maravilhas. "Mas - como lembra o Concílio Vaticano II - primeiro o Reino se manifesta na mesma pessoa de Cristo" (Constituição dogmática Lumen gentium, 5.), que o estabeleceu através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, com a qual se manifestou como Senhor e Messias e Sacerdote para sempre.

Este Reino de Cristo tem sido confiado à Igreja, que é a sua "semente" e "começo" e tem a missão de anunciá-lo e difundi-lo entre todas as nações, com a força do Espírito Santo (cf. ibid.). No final do tempo prescrito, o Senhor entregará a Deus Pai o Reino e apresentar-lhe-á todos aqueles que viveram de acordo com o mandamento do amor.

Caros amigos, todos nós somos chamados a prolongar a obra salvífica de Deus convertendo-nos ao Evangelho, colocando-nos com decisão no seguimento daquele Rei que não veio para ser servido mas para servir e dar testemunho da verdade (cfr Mc 10,45, Jo 18, 37).

Nesta perspectiva, convido todos a rezar pelos seis novos cardeais que ontem eu criei, para que o Espírito Santo fortaleça-os na fé e na caridade e encha-os com seus dons, de modo que vivam as suas novas responsabilidades como uma nova dedicação a Cristo e ao seu Reino. Estes novos membros do Colégio Cardinalício representam bem a dimensão universal da Igreja: são Pastores de Igrejas no Líbano, na Índia, na Nigéria, na Colômbia, nas Filipinas, e um deles esteve durante muito tempo à serviço da Santa Sé.

Invocamos a proteção da Virgem Maria sobre cada um deles e sobre os fiéis confiados ao seu serviço. A Virgem nos ajude a viver o momento presente esperando o retorno do Senhor, pedindo com força a Deus: "Venha a nós o Vosso Reino", e fazendo aquelas obras de luz que nos aproximam sempre mais do Céu, conscientes que, nos atormentados acontecimentos da história, Deus continua a construir o seu Reino de amor.

(Tradução Thácio Siqueira)

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Liturgia e Vida Cristã


O uso do órgão no Advento
Responde o padre Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual

ROMA, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Um dos nossos leitores de língua Inglesa fez a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:

Ainda é correto usar unicamente o órgão para acompanhar os cantos durante o Advento? - S.M., Lismore, Austrália.

Padre Edward McNamara deu a seguinte resposta: Diversos documentos tratam deste argumento. A instrução de 1967 sobre a música sacra, Musicam Sacram, aborda a questão do órgão e de outros instrumentos nos números 62-67. Isto é: O nº 62 diz: "Os instrumentos musicais podem ser de grande utilidade nas sagradas celebrações, seja que acompanhem o canto seja que se utilizem sozinhos”.

"Na Igreja Latina tenha-se em grande estima o órgão de tubos,  instrumento musical tradicional, cujo som é capaz de alcançar uma notável grandiosa solenidade nas cerimônias da Igreja e de elevar poderosamente as mentes a Deus e às coisas celestiais”.

"Outros instrumentos, depois, podem ser admitidos no culto divino, a juízo e com o consentimento da competente autoridade eclesiástica territorial, desde que eles sejam adequados para o uso sagrado e favoreçam realmente a edificação dos fiéis”.

O texto continua no nº 63, dizendo: "Ao permitir o uso de instrumentos musicais e na sua utilização deve-se ter em conta a índole e as tradições dos povos particulares. No entanto os instrumentos que, de acordo com o juízo e o uso comum, são próprios da música profana, sejam mantidos completamente fora de toda ação litúrgica e dos exercícios piedosos e sagrados. Todos os instrumentos musicais, admitidos ao culto divino, sejam utilizados a fim de atender as necessidades da ação sagrada e servir ao decoro do culto divino e à edificação dos fiéis".

No parágrafo 64 diz: "O uso de instrumentos musicais para acompanhar o canto, pode apoiar as vozes, facilitar a participação da assembleia e fazer mais profunda a assembleia. Porém o seu som não deve cobrir as vozes, dificultando a compreensão do texto; de fato, os instrumentos musicais calam quando o sacerdote celebrante ou um ministro, no exercício do seu cargo, dizem em alta voz um texto próprio deles”.

O n º 65 acrescenta: "(...) os mesmos instrumentos musicais, sozinhos, podem soar no início, antes que o sacerdote chegue ao altar, no ofertório, na comunhão e no final da Missa”.

"O som, sozinho, desses mesmos instrumentos musicais não é permitido no Advento, na Quaresma, durante o Tríduo Sagrado, nas missas e nos ofícios dos mortos", especifica o n º 66.

Depois no n º 67, o documento afirma: "É indispensável que os órgãos e os outros músicos, além de possuir uma adequada perícia ao usar o seu instrumento, conheçam e penetrem intimamente o espírito da sagrada liturgia de modo que, tendo que improvisar, assegurem o decoro da sagrada celebração, segundo a verdadeira natureza das suas várias partes, e favoreçam a participação dos fiéis”.

De acordo com este documento, por conseguinte, o som, por si só, do órgão, é proibido durante o período do Advento.

No entanto, enquanto os critérios acima mencionados são essencialmente ainda válidos, parece que haja uma pequena abertura para o som sozinho durante o Advento na nova Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), que essencialmente repete uma norma adotada no Cerimonial dos Bispos de 1984 .

O n º 313 diz: "No tempo do Advento o órgão e outros instrumentos musicais devem ser utilizados com aquela moderação que convém à natureza deste tempo, evitando antecipar a alegria plena do Natal do Senhor".

"Durante a Quaresma é permitido o som do órgão e de outros instrumentos musicais somente para apoiar o canto. São exceções, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas”.

Isto significa que a pura proibição do som expressado sozinho in Musicam Sacram é limitado agora à Quaresma enquanto que durante o período do Advento parece possível fazê-lo, ainda que com moderação e escolhendo música apropriada para este período.

(Trad.TS)

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Comunicar a fé hoje


Os jovens e os meios de comunicação social
Reflexões de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 19 de novembro de 2012(ZENIT.org) - Nos dias atuais, é impossível não perceber a importância e a centralidade que os meios de comunicação social conquistaram em nossa sociedade, sobretudo quando associados à globalização.

No próximo ano, o tema do Dia Mundial das Comunicações será “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. A Igreja tem acompanhado, com uma boa proximidade, o desenvolvimento da mídia em nosso tempo e com belos e importantes documentos. Agradecemos a Deus pelo decreto “Inter Mirifica” do Concílio Vaticano II, que no próximo ano completará 50 anos de sua promulgação. Sabemos que depois desse documento conciliar bastante sucinto, desencadeou-se um belo e importante trabalho da Igreja com relação aos Meios de Comunicação Social.

Para a Igreja, que neste Ano da Fé esforça-se no objetivo de enfatizar a importância da Fé como dom sobrenatural, por meio do qual nos comunicamos de maneira interpessoal com Deus, é imprescindível uma justa reflexão acerca de dois pontos fundamentais por meio dos quais a vivência da Fé é destacada em nossa sociedade: a juventude e os meios de comunicação. Daí vem o tema escolhido pelo Papa, que vê nas redes sociais oportunidade de ser portal da fé, da verdade e espaço de evangelização.

A juventude possui uma devida centralidade pelo fato de nela se concentrarem as esperanças da Igreja em um mundo melhor, onde os valores cristãos sejam fundamental e espontaneamente vivenciados e haja uma cultura sempre baseada na revelação do amor de Deus, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para salvar a humanidade. Os nossos jovens, por isso, são o retrato da nossa sociedade, que se constrói para o amanhã novo, e essa certeza faz com que confiemos a eles a missão de serem discípulos e missionários da nova evangelização que queremos realizar. Por esta razão, dar ênfase ao futuro da Fé Cristã como algo que se concretiza na figura da juventude faz parte justamente do que objetiva o Santo Padre Bento XVI, quando proclama a vivência de um ano todo dedicado à vivência testemunhante da Fé.

Os meios de comunicação social, por sua vez, uma vez conectando milhões de pessoas nos quatros cantos da face da terra, são capazes de promover e levar a cabo a mensagem cristã de maneira a alcançar um sempre crescente número de pessoas a quem tal mensagem toque, sensibilize e permita a Cristo chegar ao interior dos seus corações. Por isso, o interesse da Igreja pelos meios de comunicação social sempre possuiu um particular relevo, seja quando ilumina com as orientações éticas, seja quando os utiliza para anunciar a vidaem Cristo. Pormeio dessas maravilhosas invenções técnicas pôde contribuir para a comunicação global e para que diversas necessidades humanas fossem sanadas, e pôde, sobretudo, contribuir para a necessidade do homem de ir ao encontro com Deus.

Desta forma, como pastores da Igreja, temos diante de nossos olhos a necessidade de aproximar a juventude cristã e os meios de comunicação social e fazer deles instrumentos os mais eficazes possíveis na missão de alavancar a propagação da Fé na perspectiva de uma autêntica e nova evangelização, como bem recorda o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações.

Porém, o grande segredo para que os meios sejam bem utilizados e sirvam para anunciar a vida, a verdade e a fé supõe que a pessoa que os utilizam seja alguém bem formado e orientado como cristão, com suas convicções claras.

Certamente, os novos e sofisticados meios de comunicação social que temos hoje são de pleno domínio da nossa juventude. A geração “z”, dizem, já nasce com o dedo no teclado. A Internet revolucionou a comunicação e contribuiu largamente para estreitar as fronteiras entre nações e continentes e instaurou a consciência de globalização. Ela, com seus sites de relacionamento social, é capaz de transmitir mensagens, pensamentos, ideias, imagens e tipos de conteúdos os mais variados possíveis e sobre diversos assuntos e com isso fazê-los chegar a um número incomensurável de pessoas. Que o digam também os modernos recursos de comunicação presentes nos smartphones, em que é possível sempre armazenar tanto conteúdos audiovisuais quanto escritos de fácil acesso e divulgação, por meio dos quais seria muito importante levar adiante a mensagem do Evangelho. Antigamente as pessoas iam ao computador para utilizar a internet. Hoje, a pessoa leva consigo o computador e toda uma convergência de mídias em suas mãos.

Diante dessa constatação, cabe à nossa juventude, sempre tão conectada e imersa na interatividade que a internet lhe proporciona, levar ainda mais a mensagem cristã ao mundo e com isso “conectar” o mundo a Cristo. É muito interessante ver como as “redes sociais” levam ideias e mensagem cristãs. É claro que o meio eletrônico não substitui o presencial, pois necessitamos de uma vidaem comunidade. Mas, ao “compartilhar” Cristo com todos aqueles a quem podemos atingir por meio de nossos “cliques” deve levá-los a uma participação presencial em nossas comunidades e ao entusiasmo pelo Cristo como Salvador. Que a juventude de hoje, que é digitalmente nativa, tenha a alegria da fé e a anuncie à sua maneira para os seus coetâneos.  

Constata-se hoje, também, que a Internet está contribuindo para promover transformações revolucionárias no comércio, na educação, na política, no jornalismo, nas relações transacionais e interculturais, e que essas mudanças manifestam não só uma transformação no modo de os indivíduos se comunicarem entre si, mas na forma de as pessoas compreenderem a sua própria vida. Formou-se uma nova cultura!

É importante, destacarmos, ainda, que os meios de comunicação social mais antigos, como o jornal, a revista, a rádio e a televisão, de modo algum se tornaram obsoletos, pois estão presentes nessa convergência de mídias que hoje existem e, por isso, permanecem exercendo papel importantíssimo na informação e formação cultural de nossa sociedade. Nessa perspectiva, à juventude, com suas inovações e dinamicidade, fica o desafio que a nova evangelização objetiva, ou seja, promover o uso de tais meios como forma autêntica de propagação da Fé, enfatizando sempre seu caráter vivificante e transformador, ao passo que sempre sublinhando seu fundamento: o encontro pessoal com o Senhor.

''Ide e fazei Discípulos entre os Povos'' (Mt 28,19), eis o lema da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 que estamos preparando para celebrar dentro do contexto deste “Ano de Fé” que ora vivenciamos. Reunir milhões de jovens das várias partes do mundo é vivenciar em grandes proporções aquilo que já é vivenciado no dia-a-dia da Igreja: o encontro pessoal com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6).

Precisamente "aqui está o desafio fundamental que afrontamos: encontrar meios para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e a comuniquem por toda parte, transbordando de gratidão e alegria o dom do encontro com Jesus Cristo".

Ora, faz parte da vivência da Fé Cristã o testemunho do que ela representa e do que é, pois o Cristianismo, como já nos enfatizara o Santo Padre, não nasce de uma bela idéia ou de um programa ético simplesmente, mas de um acontecimento, ou seja, de um encontro com uma pessoa: Jesus de Nazaré. A Fé Cristã, portanto, baseia-se no “encontro pessoal” com Aquele em Quem está a felicidade plena, e a resposta para as nossas mais profundas interrogações e buscas acerca do sentido último da vida. É preciso, portanto, que O demos cada vez a mais conhecer a todos, para que, por meio desse encontro pessoal com Ele, encontrem também a verdadeira felicidade. É nossa missão fazê-lo.

Por isso, para corresponder à vivacidade e à beleza que este encontro pessoal com Cristo realiza na vida de todo aquele que crê e que por isso leva-o a confessar Cristo e não se envergonhar d’Ele, conclamo os jovens para que façam das redes sociais, dos meios de comunicação social verdadeiros instrumentos de testemunho da Fé Cristã, a fim de que em tudo seja Deus glorificado por Jesus Cristo, e para que correspondamos ao mandato do Senhor de ir ao mundo e pregar o Evangelho a todo criatura.

Que a JMJ faça de cada jovem o evangelizador do novo milênio que a Igreja tanto necessita: sinta em seu interior o ardor missionário que impulsionou os primeiros cristãos a proclamarem sem temor e em toda parte a Boa Nova de Cristo e, agindo como eles, realize a obra da nova evangelização à qual a Igreja propõe no mundo atual.

† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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América Latina: catecismos juvenis fazem grande sucesso
Diretor internacional da Ajuda à Igreja que Sofre anuncia o YouCat em português

ROMA, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - A pedido de muitas dioceses da América Latina, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) distribuirá 500 mil exemplares do já célebre livreto amarelo YouCat, o catecismo do jovem.

No início de outubro, a fundação financiou 500.000 cópias em português para o Brasil, onde milhares de jovens se preparam para o encontro com Bento XVI na próxima Jornada Mundial da Juventude. Outras 12.500 cópias em espanhol foram distribuídas em várias dioceses do continente. "Provavelmente, imprimiremos ainda mais exemplares muito em breve”, diz Rafael D'Aqui, diretor internacional da AIS na América Latina.

Muitos bispos latino-americanos pediram ajuda à fundação papal para publicar cópias adicionais. Só a Conferência Episcopal da Bolívia receberá 25 mil. Dezenas de milhares serão enviados também para dioceses de Cuba, Colômbia e Venezuela. "O sucesso do Youcat era evidente desde a jornada [mundial da juventude, JMJ] de Madri. Com pouco mais de um ano, ele virou um apoio insubstituível para a pastoral da juventude”.

Na última JMJ, a AIS contribuiu para a publicação de 700 mil exemplates em inglês, francês, alemão, italiano, espanhol e polonês. Em setembro, a fundação financiou 50 mil volumes em árabe, para os milhares de jovens que acolheram Bento XVI no Líbano. Já estão previstas edições em outros idiomas, como o chinês.

O grande valor do Youcat ficou ainda mais evidenciado durante o último Sínodo dos Bispos. Os padres sinodais o definiram como uma ferramenta indispensável para a Nova Evangelização.

A AIS recebe contínuos testemunhos de apreço pelo livreto, vindos principalmente da América Latina. Dom Tomás Jesús Zarraga Colmenares, bispo de San Carlos, na Venezuela, elogia "a enorme contribuição do catecismo para o fortalecimento da fé dos nossos jovens". Na diocese de El Alto, na Bolívia, o bispo Jesús Juárez Párraga sublinha o alto valor educativo "não só para a próxima JMJ no Rio de Janeiro, mas também durante este Ano da Fé".

"O Youcat consegue motivar os jovens”, escreve dom Ricardo Tobón Restrepo, arcebispo de Medellín, na Colômbia, “instando-os a viver a fé em Jesus e a trabalhar pela Nova Evangelização, duas prioridades que os bispos da América Latina e do Caribe já apontaram em 2007, na sua V Conferência Geral, em Aparecida".

(Trad.ZENIT)

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"Eu via no padre uma pessoa feliz, realizada, fazendo o bem às pessoas"
Entrevista com Pe. Fábio de Melo

Por Thácio Siqueira

BRASÍLIA, quarta-feira, 21 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Grande pregador e cantor brasileiro, Fábio José de Melo Silva, mais conhecido como padre Fábio de Melo, SCJ, concedeu uma entrevista à ZENIT.

Pe. Fábio de Melo, nasceu em Formiga, MG, no ano de 1971. É sacerdote, escritor, professor universitário e apresentador brasileiro, além de evangelizar por meio da música.

Ao todo já vendeu mais de 2 milhões de cópias dos seus CDs e 500 mil livros. Desde o 2008 Pe. Fábio de Melo lançou o seu primeiro CD pela “Som Livre”, que o começou a tornar nacionalmente conhecido.

Para maiores informações e contato: gerencia@talentosproducoes.com

Publicamos a seguir a entrevista na íntegra:

***

ZENIT: O senhor poderia dizer-nos como e quando foi que lhe surgiu o desejo de ser sacerdote?
Pe. Fábio: Cresci num contexto religioso. A figura do padre sempre foi positiva na minha vida. Eu via no padre uma pessoa feliz, realizada, fazendo o bem às pessoas. Em 1987 fui conhecer o seminário de Lavras decidi continuar.

ZENIT: Quando foi que sentiu esse chamado para evangelizar pela música?

Pe. Fábio: A música sempre fez parte da minha vida. Quando criança, meu pai, que era violeiro, percebeu minha vocação para a arte e começou a me incentivar, onde já no seminário aos 16 anos me coloquei a serviço da evangelização através da música. A música é um instrumental fantástico para o trabalho de evangelização. Foi uma forma de conciliar o meu ser padre com a minha musicalidade.

ZENIT: De onde o senhor se inspirou para chegar ao estilo de pregação que tem hoje, tão acessível aos católicos brasileiros?

Pe. Fábio: Na vida humana. No cotidiano encontro matéria para a evangelização. Quero enxergar a beleza nos pequenos acontecimentos da vida e fazer dela minha inspiração.

ZENIT: Qual é a sua formação teológica? E qual foi a sua formação prévia à vida sacerdotal?
Pe.Fábio: Graduado em Filosofia e Teologia, antes da minha ordenação. Pós-graduado em Educação e em Teologia Sistemática e Mestre em Teologia Sistemática com os Jesuítas .

ZENIT: Você é feliz sendo sacerdote católico?

Pe. Fábio: Muito feliz e realizado.

ZENIT: Como é evangelizar no mundo artístico?

Pe. Fábio: Todos nós temos sede da palavra que alivia a existência humana. Dentro ou fora do meio artístico, a mensagem que Jesus deixa é a mesma e o acolhimento depende do coração. Não tem diferença.

ZENIT: Qual é o papel do sacramento da confissão e da eucaristia na sua vida sacerdotal?

Pe. Fábio: Eles tem o poder de restabelecer o vínculo com Deus. Os sacramentos são pontes que nos levam a Deus.

ZENIT: Existe alguma coletânea de vídeos seus? Quais são os principais livros, vídeos ou músicas que o senhor aconselha para quem queira conhecer o seu trabalho evangelizador?

Pe. Fábio: Não existe uma coletânea de vídeos. Indico o livro -  “Quem me roubou de mim” . Estamos lançando um novo CD intitulado - “Estou aqui”. É um trabalho bem oracional e diz muito de mim.

ZENIT: O senhor tem um programa na Canção Nova. Qual é o horário?

Pe. Fábio: Apresento, na Rede Canção Nova de Televisão, o programa Direção Espiritual, que vai ao ar nas noites de quinta-feira às 22 horas.

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Brasil


Cardeal do Vaticano e representantes de juventude de todo Brasil se reunirão em Encontro Nacional
Do 29 de novembro ao 2 de dezembro de 2012, em Brasília (DF), o Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil

BRASÍLIA, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, realizará, de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2012, em Brasília (DF), o Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil. A temática do evento é “A Juventude no Ano da Fé” e buscará auxiliar os assessores na missão de acompanhar os jovens na educação da fé, por conta do “Ano da Fé”, proposto pelo Papa Bento XVI.

De acordo com o assessor nacional da Comissão para Juventude, padre Carlos Sávio Costa, o evento acontecerá em preparação a dois grandes momentos de 2013, voltados à juventude: a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, e a Campanha da Fraternidade.

Além disso, contará com a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, do núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanne D’Aniello, do secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, e do diretor geral do Comitê Organizador Local Rio 2013 (COL Rio 2013), monsenhor Joel Portella. Também farão colocações durante o evento o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, e o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha.

Com o objetivo de melhor consolidar a evangelização da juventude no país por meio dos valores humanos, cristãos e éticos e de contribuir com os assessores na missão de acompanhar a juventude, participarão osresponsáveis adultos das pastorais, movimentos, congregações e comunidade que trabalham com jovens.

O tema do evento foi escolhido dentro da proposta do "Ano da Fé”, convocado pelo Papa Bento XVI. “A Jornada Mundial da Juventude faz parte do calendário para o Ano da Fé. Portanto, vemos a atenção do Papa com os jovens. Com isso, precisamos ajudar os assessores adultos que acompanham os jovens para que estes respondam ao convite do Santo Padre a respeito do Ano da Fé”, afirmou padre Sávio, ao mencionar a proposta para o período que teve início em todo mundo, no último dia 11 de outubro.

(Fonte: Jovens conectados)

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Homens e Mulheres de Fé


Isabel da Hungria, a "Santa da Caridade"
Exemplo de princesa, esposa, mãe e viúva

Pietro Barbini

ROMA, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Isabel da Hungria ou da Turíngia, proclamada santa pelo papa Gregório IX em 27 de maio de 1235, apenas quatro anos após a sua morte, foi descrita por Bento XVI como “uma das mais insignes mulheres da Igreja na Idade Média”.

Nascida em 1207, no castelo real de Sarospatak em Pozsony, na moderna Bratislávia, filha de André II Hierosolimitano, rei da Hungria, e de Gertrudes de Merânia, irmã de santa Edwiges, Isabel foi prometida em casamento aos quatro anos de idade ao filho mais velho de Hermano I da Turíngia, Ludovico IV, chamado "o Santo". Depois de uma breve e feliz vida conjugal e do nascimento de três filhos (Hermano, Sofia e Gertrudes, beatificada em 1311 pelo papa Clemente V), ficou viúva aos 19 anos de idade.

Expulsa do castelo de Warburg, juntamente com os filhos, e despojada de qualquer propriedade pelo cunhado que se declarou o único herdeiro, foi forçada a vagar de aldeiaem aldeia. Coma ajuda de parentes que consideravam ilegítimo o governo do cunhado usurpador, conseguiu recuperar o rico dote e se transferiu para Eisenach, onde fez voto solene de renunciar ao mundo e a toda vaidade, vestindo o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Por este motivo, seus familiares a separaram dos filhos. Passou uma breve temporada no castelo de Pottenstein e, finalmente, estabeleceu-se em uma casa modesta em Marburgo, onde, com o dote que recuperara, construiu um hospital e passou seus últimos três anos de vida servindo a Deus noite e dia "nos mais pobres e abandonados". Não por acaso, as mulheres que se dedicavam ao cuidado dos doentes passaram a ser chamadas de “isabelianas” ou “elizabetanas”. Morreu em 1231, antes de chegar aos 24 anos, vítima de forte febre.

Depois de suas orações fervorosas, Jesus teria lhe aparecido e revelado detalhes da sua paixão. Há relatos também de que, em idade desconhecida, teria recebido o dom dos estigmas, dos quais nasceriam flores, que eram cortadas e colocadas no altar.

Régine Pernoud, curadora do Arquivo Nacional da França e professora universitária de história medieval, afirmou que "as mulheres de hoje, incluindo as feministas, ainda têm um longo caminho a percorrer para atingirem o nível de prestígio e de influência que tiveram na Idade Média católica". Esta declaração, repetida por Vittorio Messori, não poderia encontrar demonstração mais concreta do que na figura de Isabel da Hungria, cuja grandeza era tal que lhe foi atribuído o título de Gloria Teutoniae. Sua figura foi fonte de inspiração para muitas congregações religiosas. Foi proclamada padroeira dos padeiros e dos enfermeiros e, junto com São Luís IX, rei da França, é também padroeira da Ordem Terceira Regular de São Francisco e da Ordem Franciscana Secular. Depois da canonização, a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos também a adotou como sua patrona.

As principais informações sobre a infância e a vida da santa chegaram até nós por meio das suas assistentes pessoais e especialmente do pe. Conrado de Marburgo, conhecido pregador franciscano, seu diretor espiritual de1226 a1231, considerado seu biógrafo principal e defensor de sua canonização.

Na Summa Vitae, obra escrita logo após a morte de Isabel, o religioso descreve minuciosamente o estilo de vida, a espiritualidade e as muitas obras de misericórdia realizadas pela santa, que teria curado vários doentes, bem como seus êxtases e o fato de que, muitas vezes, ao sair da oração, "emanava de seu rosto um esplendor maravilhoso e seus olhos refulgiam como os raios do sol".

O pe. Conrado traz ainda uma diversidade de relatos de pessoas que afirmaram ter recebido a cura por intermédio de Isabel após o seu sepultamento, como um monge cisterciense sanado de uma doença mental que o afligiu durante quarenta anos. Conta-se ainda que o corpo de Isabel, por vontade do povo, ficou exposto durante uma semana “sem demonstrar qualquer sinal da morte, exceto a palidez. O corpo permaneceu como se estivesse vivo e exalava um suave perfume”.

(Trad.ZENIT)

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Observatório Jurídico


O papel do exorcista na atualidade à luz do Direito Canônico
Reza o cânon 1172, § 2.º que o ordinário local pode nomear um exorcista

Edson Sampel

SÃO PAULO, terça-feira, 20 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Reza o cânon 1172, § 2.º que o ordinário local pode nomear um exorcista. Para adimplir esse delicado mister, deve-se dar a licença devida a um padre que se distinga pela piedade, ciência, prudência e integridade de vida (... presbytero pietat, scientia, prudentia ac vitae integritate). Desse modo, um diácono ou um leigo não possui autorização legal para a prática do exorcismo. O bispo, é claro, dispõe de tal permissão,  malgrado o cânon em exame empregue a palavra presbytero (presbítero=padre). Observa-se in casu o princípio jurídico segundo o qual quem pode mais (plus) pode   menos (minus). 

O exorcismo é um sacramental. Na sua forma menor, é realizado aquando da administração do sacramento do batismo. A modalidade solene, igualmente conhecida como grande exorcismo, constitui o objeto do cânon 1172. A finalidade do exorcismo é “expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1673). Os casos de genuína possessão demoníaca são raros, porquanto, consoante explica dom Manoel João Francisco, a ciência “tem demonstrado que, dos casos tidos como possessão diabólica, no passado, apenas 3% podem ser levados a sério.” (Apresentação da edição em língua portuguesa do Ritual de Exorcismos e outras Súplicas).  

Quais os sinais de obsessão diabólica? De acordo com uma praxe comprovada, os aludidos sinais são: “(...) falar muitas palavras numa língua desconhecida ou entender alguém que a fala; manifestar coisas distantes ou ocultas; mostrar forças superiores à idade ou às condições físicas.” (Ritual de Exorcismos de outras Súplicas, n. 16). Além disso, eventualmente caracterizam a possessão outras vicissitudes, sobremaneira de ordem moral e espiritual, como, por exemplo, forte aversão a Deus, ao santíssimo nome de Jesus, à bem-aventurada virgem Maria e aos santos, à Igreja, à palavra de Deus, a coisas, ritos, e imagens sacras (Ritual, n. 16).

É extremamente importante que tenhamos bom senso. De fato, escreve dom Manoel Francisco na já referida apresentação do Ritual: “(...) espera-se, portanto, a superação de duas tendências opostas(...). A primeira consiste num certo satanismo que vê presença do maligno em toda parte, submetendo as pessoas à psicose do medo irracional do demônio. A segunda tende a considerar o diabo como personificação simbólica do mal e não como indivíduo, agente pessoal e responsável por grande parte desse mesmo mal.”

Estamos vivendo um tempo de absurda violência no Brasil. É óbvio que a responsabilidade por esse ingente mal é 99% das pessoas que perpetram os mais variegados crimes, os quais são, também, pecados. Sem embargo, Satanás e seu séquito de anjos maus jamais deixam de tentar o ser humano, instigando-o ao cometimento de toda sorte de maldades. Nem tudo são autênticas possessões; os demônios, ainda, influenciam de outros modos. Neste sentido, creio que seria altamente recomendável que os bispos nomeassem padres exorcistas para as dioceses. É uma forma canônica e litúrgica de se institucionalizar uma instância eclesiástica com o fim de combater o mal e dar uma resposta aos fiéis católicos que se encontram estupefatos diante das inumeráveis atrocidades veiculadas dia a dia pela imprensa.

Edson Luiz Sampel. Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano. Professor do Instituto Teológico Pio XI (Unisal) e da Escola Dominicana de Teologia (EDT). Autor do livro “Reflexões de um Católico” (Editora LTR).

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O refletor
A propósito do escândalo Petraeus

MADRI, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Nosso colaborador espanhol Rafael Navarro-Valls nos propõe hoje, na coluna Observatório Jurídico, um artigo sobre o caso Petraeus, que gerou muitos bits de informação em todo o planeta por ter arrancado algumas verdades de cantos escuros, trazendo-as à luz quase por acidente.

*****

Rafael Navarro-Valls*

Os escândalos políticos acionam “refletores desgovernados”, que acabam iluminando sem querer alguns surpreendentes cantos escuros. Quando se abre a caixa de Pandora das surpresas, escapam escândalos financeiros, sexuais e de poder que contêm em germe, como observou John B. Thompson, a triste possibilidade de se transformar em sérias tragédias pessoais para os políticos envolvidos. Um simples e-mail provocou, no caso Petraeus, um big bang de consequências, afetando, por enquanto, dois generais, quatro mulheres casadas, incluindo as esposas dos investigados, e dois cônjuges homens, esposos das “rivais” Jill Kelley e Paula Broadwell. Uma verdadeira chacina sentimental. Sem contar as três investigações internas, da CIA, do FBI e do Pentágono, em que a privacidade dos protagonistas será inevitável e profundamente sacudida.  Um excesso de danos colaterais, na minha opinião.

Era necessária a difusão pública deste affaire?

Ben Bradlee, ex-diretor do Washington Post e orquestrador da dura campanha contra Gary Hart, candidato a presidente que se viu obrigado a deixar a campanha por causa de um escândalo sexual, responderia que sim. Para Bradlee, a vida privada dos funcionários públicos é assunto deles, a não ser que a sua conduta privada interfira no desenvolvimento do seu trabalho público. Para ele: “Bêbado em casa, assunto dele. Bêbado nos corredores do Senado dos Estados Unidos, assunto nosso”. Não estou certo de que este seja o caso de Petraeus, cujas relações com Paula Broadwell tinham terminado e não parece que tenham comprometido a segurança nacional. Estou de acordo com Richard Cohen, que denuncia um certo “maccartismo sexual” na mídia norte-americana.

Em todo caso, uma vez difundido o escândalo, eram inevitáveis as reações em cadeia, que escapam das previsões dos próprios políticos, fundamentalmente por causa do contexto explosivo dos dramatis personae; incêndios passionais que uma eleição presidencial propaga; retenção de dados sensíveis pelo FBI; conexões de Petraeus (“King David”, para a imprensa americana), como diretor da CIA, com a crise líbia e com o assassinato de vários cidadãos estadunidenses naquele país, incluído o embaixador. Se além das evidências ainda houver uma gestão infeliz da crise pela administração Obama, o incêndio pode se propagar em proporções devastadoras.

A investigação aberta pelo Pentágono sobre condutas sexuais dos generais envolvidos (e dos não envolvidos, dada a sua vastidão) foi justificada por Leon Panetta, Secretário da Defesa. Ele argumenta que o caso Petraeus/Allen “pode ter o efeito potencial de erodir a confiança do povo em nossa missão, em nosso sistema e em nosso modelo ético”. Foi isto o que levou Petraeus a renunciar. Segundo ele, não há nenhuma relação entre a renúncia e o caso líbio, nem com supostas difusões de material reservado. Trata-se “de uma conduta extraconjugal inaceitável de minha parte. Posso me sentir abençoado por ter uma mulher muito melhor do que eu mereço”.

Às vezes, não conseguimos entender estas motivações. Mas a realidade é que a moral espalha os seus efeitos não somente nos escândalos econômicos, mas também nos sexuais. Uma coisa é não escancará-los e outra é a natural sensação de pudor político e ético quando o assunto se torna público. A confiança e a reputação continuam sendo as bases da política, e, em ambas, a ética sexual tem seu papel, especialmente no meio desta avalanche de voyeurismo político em que os meios de comunicação chafurdam.

*Rafael Navarro-Valls é catedrático, acadêmico e autor do livro “Do poder e da glória”

(Trad.ZENIT)

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Familia e Vida


Manifestação contra casamento homossexual: quem determina a liberdade de expressão?...
Aproximadamente 250 mil manifestantes contra o projeto do governo que visa equiparar a união homossexual ao casamento

Por Rafael Fornasier

BRASILIA, quinta-feira, 22 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - O anunciado projeto de regulamentação do casamento homossexual elaborado pelo atual governo francês vem sendo, nas últimas semanas, delineado por ações populistas naquele país. No entanto, não é de hoje que em terras além-mar ou tupiniquins o populismo de certos governos tem sido questionado pelo próprio povo.

No final de semana passado, várias cidades francesas, incluindo a Cidade Luz, Paris, foram testemunhas oculares de manifestações de milhares de pessoas - aproximadamente 250 mil – contra o projeto do governo que visa equiparar a união homossexual ao casamento, e por conseguinte à família, e liberar a adoção de crianças por casais homossexuais. Com efeito, na atual legislação francesa, assim como na Suíça e na Inglaterra, entre outros países europeus, existe uma modalidade legal que prevê a união homossexual e direitos aos parceiros. Porém, não há nesses países equiparação ao matrimônio; e Suíça e França ainda não autorizam a adoção de crianças por casais homossexuais.

Suprarreligiosa e suprapartidária, a manifestação contou com a presença de prefeitos de cidades francesas, líderes das religiões católica, muçulmana e judaica, bem como com a presença de milhares de famílias e artistas. Ao se oporem à união homossexual, os manifestantes, além de estamparam faixas com dizeres contrários à homofobia, defenderam o direito da criança em ter um pai e uma mãe.

Para além dos amálgamas veiculados comumente pelos grandes meios de comunicação, opiniões e membros de governos no tangente à união homossexual, sob o influxo de lobbies, aqui no Brasil não se ouviu ou não se leu quase nenhuma notícia sobre a supracitada manifestação. Nesta matéria, e em outras de cunho moral, costuma-se “fazer aos outros aquilo que não se quer para si”, isto é, censurar. O cerceamento da liberdade de expressão a respeito de temas polêmicos é mais discreto, porém presente. Pior do que a ditadura aplicada pelas armas é aquela que se exerce em nome do direito da liberdade de expressão!

Driblando qualquer tipo de orientação ou controle da liberdade de expressão, uma nova convocação para manifestar contra a proposta do governo francês circula nas redes sociais e nos e-mails. La manif pour tous (“A manifestação para todos”) se deu, como ponto de encontro, algumas cidades francesas, no dia 08 de dezembro, e propõe um grande encontro dia 13 de janeiro, em Paris, antes do debate sobre o projeto no Parlamento francês.

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Vigília pela Vida Nascente
Por uma cultura de vida e de amor

BRASÍLIA, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - No ano de 2010, para as vésperas do 1º Domingo do Advento, o Papa Bento XVI propôs uma “Vigília pela Vida Nascente” a toda Igreja católica. Esta proposta foi acolhida por várias dioceses e paróquias no Brasil. Este ano, por iniciativa de algumas dioceses, paróquias e comissões de defesa de vida, foi retomada a proposta. Muitos, em todo o nosso país, constroem esse momento, multiplicando partilhando essa ideia através do repasse, objetivando a realização de um ato em favor da vida.

No site da CNBB, na parte da Comissão Vida e Família, encontram-se a carta de motivação, enviada pelos presidentes da Congregação do Culto Divino e do Pontifício Conselho para a Família, bem como um roteiro para preparar uma vigília, além de sugestões de cantos. O subsídio “Hora da Vida” também traz uma sugestão de roteiro para uma vigília pela vida, e pode ser adquirido junto à Pastoral Familiar.

O Papa havia também falado da possibilidade de se realizar uma adoração ao Santíssimo Sacramento. Pode-se dar criatividade à ideia realizando orações por “uma cultura de vida e de amor”, durante contexto litúrgico do Advento, na celebração eucarística, cuja intenção seja a acolhida da vida, sua proteção e sua promoção, em todas as fases.

Nesta ocasião, é oportuno lembrar que a coleta de assinaturas para o Estatuto do Nascituro continua sendo feita no site da Pastoral Familiar (www.cnpf.org.br). O projeto de lei do Estatuto do Nascituro se encontra agora na Comissão de Finanças e Tributação. É de suma importância que haja favorável manifestação popular junto aos deputados desta Comissão: 

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cft/por-dentro-da-cft/membros.

Sugerem-se também orações pela proteção da vida em nossas grandes cidades, perturbadas pela violência, e para que a paz seja possível e presente nos países em guerra.

Para maiores informações:

Raimundo e Vera Lúcia – Casal coordenador nacional da Pastoral Familiar: ticovera@terra.com.br

Pe. Rafael Fornasier - CEPVF/CNPF: perafaelfornasier@gmail.com

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Mundo


O ano da Fé: uma grande oportunidade para o mundo universitário
O Reitor da Universidade Europeia de Roma inaugurou o novo ano letivo indicando a filosofia e a teologia como conhecimentos úteis para o progresso

Por A.G.

ROMA, terça-feira, 20 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - "O Ano da Fé se apresenta como uma grande oportunidade para o mundo universitário e, especialmente, para a nossa jovem universidade". Foi o que disse o Padre Paolo Scarafoni, Reitor da Universidade Europeia de Roma, Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012, na Cerimônia de Abertura do Ano Acadêmico 2012/2013 da Universidade Europeia de Roma (http://www.universitaeuropeadiroma.it/).

"Esta sua juventude - disse o reitor – permite-lhe compreender melhor a ligação entre conhecimento e realidade; aquela realidade que os jovens de hoje aspiram mudar, transformar cada vez mais graças ao conhecimento, mais do que com as tradições".

Segundo o Padre Scarafoni “É um passo irreversível do ponto de vista antropológico, e as universidades jovens podem compreender melhor este grande desafio... Aumenta o nosso compromisso de trazer para o âmbito dos conhecimentos úteis para o progresso a filosofia e a teologia” porque – acrescentou – “há questões que superam os âmbitos puramente técnicos, para os quais é necessário encontrar respostas”.

Entre as iniciativas deste ano letivo, o reitor da UER indicou o encontro com o Santo Padre no primeiro dia de dezembro.

Além disso, no dia 20 de dezembro estudantes e professores foram convidados à Santa Maria Maior para homenagear a relíquia do Presépio preservada lá, “onde o Senhor se dignou entrar na nossa história e revelar-se a nós, e para celebrar a santa missa em preparação da festa do Natal às 15hs.”

"Naquela ocasião – confessou Pe. Scarafoni – celebrarei também o meu 25º aniversário de ordenação sacerdotal."

No mês de março de 2013 acontecerá o encontro das universidades católicas de Roma para refletir sobre a tarefa da nova Evangelização. Haverá também uma viagem para Jerusalém no mês de abril para a abertura do polo representando a Universidade Europeia de Roma em Notre Dame de Jerusalém, no centro histórico da cidade, perto dos lugares santos.

No mês de junho a Universidade Europeia de Roma vai acolher uma parte do grande Congresso Internacional dos professores universitários sobre o tema "As culturas diante de Deus. Desafios, pesquisas, perspectivas”.

Em Julho, uma delegação da UER vai participar do Congresso Mundial das Universidades Católicas que será realizado na Universidade católica de Minas Gerais, a maior universidade católica do mundo, no Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude.

"Convido a todos – concluiu Pe. Scarafoni – a continuarem no esforço para desenvolver esta belíssima universidade católica. E com a autoridade a mim conferida pela lei declaro aberto o ano acadêmico 2012-2013, oitavo da fundação".

(Trad.TS)

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''Deixai Gaza viver em paz!''
Escreve o pároco de rito latino na Faixa de Gaza, Jorge Hernandez, IVE

GAZA, terça-feira, 20 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Nova mensagem, cheia de angústia, da única paróquia de rito latino que existe na Faixa de Gaza. O padre Jorge Hernandez, do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), escreve sobre a vida das pessoas lá, e dos católicos, um pequeno rebanho de duzentas pessoas. Apesar de não fazer distinções na hora de ajudar a população.

"Escrevo-lhes da nossa paróquia da Sagrada Família, em Gaza, que pertence ao Patriarcado Latino de Jerusalém e que conta com uns duzentos católicos. O lugar é conhecido por todos, pois além do complexo paroquial há um colégio que abriga as crianças, cristãs e muçulmanas, como numa só família", diz o sacerdote do IVE.

"Já se sabe a tensão que existe na Faixa de Gaza desde o sábado passado, 10 de novembro e que tem se intensificado, especialmente a partir da quarta-feira, 14. A situação não mudou, em vez disso piora com o passar dos dias. O passo do tempo faz com que se comece a sentir cada vez mais a pressão que significa os bombardeios contínuos, de dia e de noite".

"O barulho ensurdecedor das bombas, a insegurança e o medo fazem que este povo sofra uma tortura, não somente cruenta, mas também cruel e implacável no espiritual e no psíquico. Basta, por exemplo, o caso de uma menina de nossa paróquia que está sofrendo uma crise nervosa por causa dos bombardeios. Ela não é o primeiro caso, é só um de muitos. Vale lembrar aqui a menina Cristina Wadi Al Turk, cristã morta durante a guerra do 2008-2009, por causa de um ictus cardíaco devido ao frio e ao medo!

"O leitor atento se perguntará: Como estão as pessoas? O que experimentam?... As pessoas estão assustadas, e não pode ser diferente. Os mísseis não entendem de ética e moral, não fazem a diferença entre jovem ou ancião, cristão ou muçulmano, homem ou mulher ... só caem e destroem. Quando ouve-se aviões e a descarga dos mísseis, experimentam uma angústia interior muito grande e, alguns, o alívio de não terem sido alcançados pelos mesmos. E sempre a constante pergunta: “Até quando?”. As pessoas normais não querem outra coisa, senão viver as suas vidas. Então dizemos: deixem, portanto, Gaza viver em paz!”.

“Nos perguntam pelos cristãos que sofrem. Sofrem sim, por ser cristãos, mas também sofrem por serem palestinos. Se como palestinos padecem a injusta agressão junto com os seus irmãos muçulmanos, como cristãos se resignam e confiam na divina providência de Deus Pai, com um simples AlHamdu Lil’a: Laus Deo! Ali se entende essa extraordinária fortaleza no sofrimento que os caracteriza e que tanto edifica”.

“E, vocês missionários? Nós graças a Deus estamos bem. Nossa missão é estar junto dos cristãos de Gaza. Acompanhá-los, carregar com eles esta cruz. Dessa forma ligamos para eles, encorajamos e consolamos, enquanto lhes ensinamos o verdadeiro sentido da dor cristã, ou seja, essa participação nas dores de Cristo. E este nosso gesto, o reconhecem, o valorizam e o agradecem. Até mesmo, o pedem: ‘não vão embora’... ‘entendemos que precisam ir, mas seria melhor que ficassem conosco’... estas e outras muitas são as frases que nos dizem nossos paroquianos. E isso porque, só ser acompanhado na dor já é um grande alívio. Bem, essa é a nossa tarefa".

"Seria cumprido, no entanto, descrever qual é a atitude interior do pastor, dos religiosos e missionários em circunstâncias como estas. Na celebração da Missa, no silêncio da adoração eucarística, na recitação do santo rosário, temos presentes todos os que sofrem. Aprende-se além do mais, a estar preparado em todo momento, a por o coração nas coisas do céu, a pensar as coisas sub ratio aeternitatis. Por cada bomba que cai, uma oração se eleva ao Bom Deus para que acolha essas pobres almas e tenha piedade delas. E refletimos: Quantas mortes em vão! Quantos inocentes mortos por uma causa que nem sequer conhecem! Quantos órfãos e viúvas por causa dos ataques!... Bem, por todos e cada um deles sobe ao céu uma oração”.

"Não somos pioneiros nisso. Consolar e compadecer é trabalho da Igreja mãe, é trabalho e tarefa também do sacerdote. E entre tantos, do Padre Manuel Musallam, que foi pastor desta comunidade em tempos difíceis, tempos de guerra, e que até hoje nos acompanha e nos ensina".

"Digno de menção e reconhecimento é o edificante exemplo de valor e entrega total e incondicionada das religiosas que estão na nossa paróquia, que podendo ter ido embora preferem ficar e levar esta cruz com os outros. São três as congregações de religiosas presentes em Gaza: As Irmãs do Rosário, As Irmãs da Caridade e as Servidoras do Senhor e da Virgem de Matara. Suas orações são uma benção e Deus saberá recompensá-las por tanta generosidade”..

"Para finalizar, lembrar o terrível que é uma guerra. Numa guerra ningúem ganha. Todos perdem. Cada uma das partes deverá pagar, do seu modo, as consequências de uma guerra.

Consequências de todo tipo, incluído ter perdido o mais próprio do homem: “a humanidade”.

"Que Nosso Senhor Jesus Cristo, 'Príncipe da Paz' e Deus misericordioso, proteja este povo, que o acolheu na sua fuga do Egito, que ilumine seus governantes e o abençoe com o dom da paz”.

“Nos confiamos às vossas orações, em Cristo e Maria Santíssima”.

(Trad. TS)

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"Nova Evangelização para um novo pentecostes sacerdotal
Salvatore Martinez no México para o XXXIV Retiro Nacional Sacerdotal

ROMA, terça-feira, 20 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Do 19 ao 24 de novembro acontece no México, na cidade de Aguascalientes, o XXXIV Retiro Nacional Sacerdotal com o tema: “Nova Evangelização para um novo Pentecostes sacerdotal”.

Este importante evento anual acontece depois de oito meses da Visita pastoral do Papa Bento XVI no México, na Arquidiocese de Leon. O Retiro Nacional Sacerdotal é promovido pela Renovação Carismática Católica, em colaboração com a Conferência Episcopal Mexicana. Convidado como palestrante principal, pela quinta vez (antes em San Luis Potosi, Monterrey e Guadalajara), o presidente nacional da Renovação Carismática Católica da Itália e Consultor do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização Salvatore Martinez.

Participam do Retiro mais de 400 sacedotes e religiosos provenientes de todas as Dioceses do México, hospedados com famílias da Cidade que hospeda o Retiro.

Salvatore Martinez dará o seu testemunho de Auditor do recente Sínodo sobre a "Nova Evangelização para a promoção da fé cristã" e seis palestras sobre a relação entre a nova evangelização e fé, carismas, família, leigos e cultura do Pentecostes. Também encontrará o clero diocesano de Aguascalientes ao qual dará uma palestra com o tema Missão Continental, depois da Assembléia de Aparecida, em vista da nova evangelização.

Também falam no retiro Mons. José Maria de la Torre, Bispo de Aguascalientes; mons. Raúl Berzosa Martínez, bispo de Ciudad Rodrigo (Espanha); mons. Christophe Pierre, núncio Apostólico no México; mons. Ramón Calderón Batres, bispo de Linares.

A Renovação Carismática Católica é um Movimento eclesial que na Itália conta com mais de 200.000 adeptos, agrupados em mais de 1.900 grupos  e comunidades. Para mais informações sobre www.rns-italia.it.

(Trad.TS)

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Caritas: muito perigoso trabalhar em Gaza
Clínica Móvel e Centro de Saúde suspendem atividades

ROMA, quarta-feira, 21 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – Na medida em que a violência na Faixa de Gaza continua a crescer, a Caritas Jerusalém diz que a área é muito perigosa para que a clínica móvel e o centro de saúde funcionem plenamente.

O grupo regional da Caritas trabalha com centros de saúde em Gaza, incluindo uma clínica móvel que teve suas atividades suspensas alguns dias atrás, quando a situação no país piorou, e um centro médico, que agora também suspende parcialmente as operações, devido ao risco de vida para a equipe médica.

A Caritas tem a intenção de continuar a servir o povo de Gaza enquanto as operações das unidades de saúde estão suspensas. Além de alimentos e água, a agência está planejando o fornecimento de kits médicos a 180 agentes comunitários que foram treinados em primeiros socorros para situações de emergência.

Mas uma resposta de emergência em Gaza só será possível uma vez que a situação hostil cesse e a fronteira seja reaberta. No caso de uma invasão por terra, pode ser uma questão de várias semanas.

"O que podemos fazer agora é rezar e também condenar a violência, porque não traz uma solução para o conflito Israel-Palestino", disse o bispo auxiliar William Shomali de Jerusalém.  Rezar como Jesus fez.

Neville Kyrke-Smith, diretor da instituição Ajuda à Igreja que Sofre, do Reino Unido, confirma a avaliação do Bispo.

Kyrke-Smith estava conduzindo uma peregrinação na Terra Santa quando um alto comando militar foi morto em Gaza (dia 14), um evento que aumentou o conflito.

Convidando todos a rezar neste domingo, Festa de Cristo Rei, Kyrke-Smith disse: "O atual conflito poderia ser a vela que acende o pavio de um conflito ainda maior no Oriente Médio.

"A comunidade cristã não deve ficar esperando que conflitos como esse terminem por si só. Temos que agir agora pelos povos do Oriente Médio e incentivar os nossos políticos a fazer o mesmo”.

"Nosso Senhor rezou pela pazem Jerusalém. Nóstambém devemos rezar pela paz em Jerusalém e no resto do Oriente Médio".

(Trad.MEM)

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Egito: este é o melhor momento para tornar-se padre
Testemunho dado à AIS pelo reitor do seminário copto-católico do Cairo, padre Shenouda Andrawes

ROMA, quarta-feira, 21 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - "O forte vínculo com a Igreja universal amplia os nossos horizontes. Nós, católicos egípcios, precebemos a proximidade do Santo Padre e dos fiéis de todo o mundo. E nestes tempos de crescente islamismo, não nos sentimos abandonados". Este é o testemunho do Padre Shenouda Andrawes, reitor do seminário copto-católico do Cairo.

Encontrando uma delegação internacional de Ajuda à Igreja que Sofre, padre Andrawes apontou como os poucos recursos econômicos e o contínuo aumento dos preços pesem gravemente nas atividades da estrutura situada na periferia da capital egípcia. "Desde o início da revolução aumentou o custo de cada produto. Gás, eletricidade, alimentação: todos subiram às estrelas. E não temos muito dinheiro para dedicar à formação”. No ano passado, pela primeira vez, nenhum dos estudantes teve a oportunidade de uma experiência pastoral no exterior, geralmente em Kenia ou no Sudão, como aconteceu no 2010. Os poucos recursos disponíveis prejudicam a continuação de várias iniciativas didáticas, entre as quais os congressos para a formação do clero, cancelados pela impossibilidade de hospedar os palestrantes.

“Mas as dificuldades - disse o reitor - nos permitem apreciar plenamente todo o recebido até agora. E por isso quero agradecer de coração a todos os benfeitores da AIS, pois sem o seu apoio e a sua generosidade, não poderíamos ter feito muito nestes últimos anos."

Não são só os problemas econômicos que preocupam padre Andrawes. "Muitos dos novos alunos - disse - não sabem ler bem e escrever em árabe, e não conhecem o Inglês." Para superar a insuficiente preparação dos alunos, há um período de propedeutico em filosofia, seguido de quatro anos de estudos teológicos. "Um passo essencial por razões espirituais, mas também para superar a mediocridade do sistema educacional egípcio".

Atualmente, os seminaristas são 50. Um número significativo, considerando que os copto-católicos egípcios são cerca de 200 mil e que os sacerdotes das sete dioceses do País são apenas 200.

Samer Faraj, 27 anos, está no segundo ano da Faculdade de Teologia. E, embora a Igreja copto-católica permita que os sacerdotes se casem, prefiro manter o celibato. “Desejo doar o meu amor à toda a humanidade – diz à Ajuda a Igreja que Sofre – não a uma só pessoa”.

Samer nasceu em Beni Suef - pequena cidade ao longo do Nilo, no norte do país - e sonhava com o sacerdócio desde os oito anos, quando era coroinha. "Hoje, no Egito, não é fácil escolher se tornar sacerdote. A comunidade cristã é vítima de ataques dos fundamentalistas e até mesmo das instituições. Mas justo por isso, não há um melhor momento para seguir sua vocação".

(Trad.TS)

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Uma vitória para a justiça no Paquistão
Absolvida a adolescente Rimsha Masih acusada de blasfêmia sob falsas provas

ROMA, quarta-feira, 21 de novembro de 2012(ZENIT.org) – Foi absolvida a jovem cristã Rimsha Masih, portadora de Síndrome de Down, acusada sob falsas provas por um imã (líder religioso) de Blasfêmia. Durante as investigações, Khalid Jadoon, imã da mesquista de Mehrabadi, foi acusado de plantar provas contra Rimsha. Ele será julgado por acusar falsamente

"Esta é uma vitória para a justiça no Paquistão. Nós confiamos desde o início. Dedicamos o veredicto de absolvição de Rimsha Masih a meu irmão Shahbaz Bhatti, que se empenhou tanto pelas vítimas inocentes da lei sobre a blasfêmia": é o que declara à Agência Fides Paul Bhatti, Ministro para a Harmonia e líder do APMA ("All Pakistan Minorities Alliance"), que administrou o caso de Rimsha. Paul Bhatti é irmão de Shahbaz Bhatti, Ministro federal para as Minorias, morto por terroristas em março de 2011 em Islamabad.

Rimsha foi liberada em 8 de setembro, após passar três semanas em uma penitenciária de adultos, depois da prisão do imã, que para incriminá-la teria colocado as páginas do Alcorão na bolsa da menina que tinha papel queimado. A polícia pediu ao Judiciário para absolver a menina e solicitou a incriminação do imã por falsificação de provas e blasfêmia.

Paul Bhatti, visivelmente comovido depois do pronunciamento do Juiz, disse à Fides: "A absolvição de Rimsha é uma belíssima notícia. Estou muito satisfeito. É um passo histórico para o Paquistão. É uma sentença que lança duas mensagens claras ao país. A primeira é à justiça: Podemos ter confiança em nosso sistema judicial. É importante crer no respeito da legalidade. A segunda é para aqueles que usaram ou querem abusar da lei sobre a blasfêmia com objetivos pessoais. É claro que a partir de agora, todo abuso será punido e serão evitadas vítimas inocentes". 

A All Pakistan Minorities Alliance lançou novamente a proposta de formar uma “Comissão Mista”, com líderes cristãos, especialistas, advogados e líderes muçulmanos que possa examinar antecipadamente os supostos casos de blasfêmia. O objetivo é evitar que episódios como o de Rimsha se repitam.

MEM

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"Jogar para Crescer"
Quarta-feira, 28 de novembro, apresentação do projeto da Fundação PIME Onlus

MILÃO, quinta-feira, 22 de novembro de 2012 (ZENIT.org) – "Jogar para crescer", promovido pelo Padre Giuseppe Marchesi, missionário na Amazônia brasileira, é o projeto de solidariedade que a Fundação PIME Onlus propõe aos benfeitores antigos e novos para o Natal de 2012. Com este projeto, padre Giuseppe quer organizar atividades formativas e lúdicas e construir um ginásio para os jovens na periferia sul de Macapá, capital do Amapá. Com tal estrutura, a paróquia Jesus Bom Samaritano poderá acolher melhor crianças e adolescentes depois da escola e assim salvá-las dos perigos da rua e do submundo.

Ao projeto "Jocar para Crescer" também tem contribuído o famoso trio cômico Aldo, Giovanni e Giacomo. No Teatro-auditorium do PIME os três artistas do sorriso realizaram no dia 15 de novembro um ateliê cômico em vista do novo espetáculo "Ammutta muddica", que vai estrear no dia 30 de novembro perto de Pavia. A receita dessa noite será totalmente destinada a este projeto (http://www.missionline.org/index.php?l=it&art=5075).

O projeto "Jogar para crescer" e, mais no geral, o compromisso da Fundação PIME Onlus de solidariedade aos povos em desenvolvimento, serão apresentados durante uma coletiva de imprensa, quarta-feira, 28 de novembro, às 11h30, no Centro Missionário Pime, na rua Mosé Bianchi 94 em Milão.

Participarão dessa coletiva de imprensa: padre Alberto Caccaro, diretor do Centro missionário PIME de Milão, padre Sergio Fossati, responsável e Fabrizio Carabelli, membro do Departamento Ajuda Missões do PIME, a doutora Cinzia Di Stazio, secretária geral do Instituto da Donazione (do qual Fundação PIME é membro).

Em um tempo de crise como o atual os doadores pedem, hoje mais do que nunca, transparência, confiabilidade, eficácia nas organizações de voluntariado. É por isso que na coletiva de imprensa serão apresentados: a iniciativa pela transparência “Siga o teu euro”; informações sobre as despesas de gestão da Fundação PIME (dentre as mais básica); os dados sobre doações recebidas e enviadas para missões durante os últimos anos; números e curiosidades sobre o sustento à distância promovido pelo PIME; o impacto do compromisso dos missionários e dos voluntários leigos em campo.

Na mesma ocasião serão apresentadas as iniciativas natalinas do PIME, entre as quais “Giro girotondo, Gioca il mondo”, uma  exposição fotográfica que - a partir do 2 de dezembro até o final de janeiro – estará à mostra no Centro missionário PIME de Milão: uma viagem na criatividade das crianças encontradas através dos projetos apoiados pela Fundação PIME Onlus, da Guinea Bissau ao Haiti, da Thailandia ao Brasil...

Para mais informações, consulte. http://www.pimemilano.com/index.php?l=it&idn=1691

(Trad.TS)

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Igreja da Inglaterra não aprova consagração episcopal de mulheres
Câmara laica do sínodo anglicano rejeita proposta

LONDRES, quinta-feira, 22 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - A Igreja anglicana, em sessão do seu sínodo celebrada ontem, rejeitou a ordenação episcopal de mulheres depois de anos de debate. A questão não poderá voltar a ser votada até o próximo sínodo.

O sínodo geral da Igreja da Inglaterra, reunido em Londres, rejeitou por seis votos de diferença uma proposta debatida há vinte anos, desde que a ordenação sacerdotal de mulheres foi permitida.

Hoje, um terço dos onze mil pastores anglicanos do Reino Unido são mulheres. A proposta não obteve os dois terços necessários na Câmara dos Laicos (há três câmaras: bispos, clero e leigos ou laicos). Foram 74 votos contra e 132 a favor. Entre os bispos, os votos favoráveis foram 44, com 3 contrários, e no clero houve 148 votos a favor e 45 votos contra. Até 2019 não poderá haver nova votação sobre o assunto.

Tanto o atual arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, quanto seu sucessor, Justin Welby, que assumirá o cargo em janeiro, defenderam publicamente a ordenação episcopal de mulheres em seus discursos aos 468 membros da Igreja da Inglaterra com direito a voto.

O arcebispo católico de Westminster, conforme noticiado ontem pelo The Tablet, afirmou antes da votação que a Igreja da Inglaterra se afastaria da tradição católica se decidisse ordenar mulheres como bispos.

Em entrevista coletiva na última sexta-feira, o bispo afirmou: “O diálogo continuará, mas é muito significativo este passo que a Igreja da Inglaterra pode estar prestes a dar”. E ressaltou que o diálogo e a cooperação entre as duas Igrejas não ficaria “fundamentalmente alterado” se acontecesse uma eventual aprovação de mulheres bispos, já que o diálogo “se baseia em um profundo apreço da nossa vida compartilhada em Cristo, mediante o batismo e dentro da vida de graça”.

(Trad.ZENIT)

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Entrevistas


Algumas reflexões sobre o pensamento de Bento XVI
Entrevista com Giovanni Patriarca em ocasião do Prêmio Novak do Instituto Acton

Stefanie De Angelo

ROMA, quinta - feira, 22 de novembro, 2012 (ZENIT.org) - O Instituto Acton entregou o prêmio Novak de2012 aGiovanni Patriarca. O prêmio em homenagem ao sociólogo e teólogo americano Michael Novak é destinado a novas pesquisas acadêmicas realizadas por alunos no início de suas carreiras acadêmicas que demonstram mérito intelectual de destaque no avanço da compreensão da relação entre a teologia e a dignidade humana, a importância de um governo limitado, a liberdade religiosa e a liberdade econômica.

Os candidatos ao Prêmio Novak apresentam publicamente um relatório sobre essas questões em uma conferência chamada Calihan Lecture. Ao vencedor o prêmio de 10.000 dólares.

O Prêmio Novak faz parte de uma série de bolsas de estudo, de viagens e prêmios disponibilizados pela Acton Institute que sustentam futuros líderes religiosos e intelectuais que desejam estudar a ligação essencial entre a teologia, os mercados livres, a liberdade econômica e a importância do Estado de Direito.

Maiores informações sobre estas bolsas podem ser encontradas em:  http://www.acton.org/programs/students/

Em 2012 o prêmio foi atribuído ao Prof. Giovanni Patriarca que leciona em instituições e projetos culturais italianos em Nuremberg na Alemanha. Ele é mestreem Gestão Escolarpela Universidade de Macerata (Itália), formadoem Estudos Islâmicospelo Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (PISAI) e obteve seu doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Regina Apostolorum de Roma. Ele dedicou-se em grande parte ao pensamento econômico pré-clássico, e sua tese de doutorado foi baseada nas teorias sociais e monetárias de Nicolas Oresme, matemático e filósofo do século XIV.

O prof. Patriarca trabalhou como pesquisador externo da Universidade Humboldt, em Berlim, e realizou pesquisas e estudos em diversas instituições acadêmicas na França, Hungria, Eslováquia, Polônia, República Checa e Estados Unidos. Ele escreveu artigos sobre sua pesquisa em várias línguas, argumentos que vão desde a história das doutrinas políticas e econômicas aos estudos islâmicos e a filosofia da ciência. ZENIT o entrevistou.

***

ZENIT: O senhor recentemente recebeu o prêmio Novak. Que contribuições do filósofo e teólogo americano poderia nos apresentar?

Giovanni: O trabalho do professor Michael Novak é tão rico que não é fácil colocá-lo em qualquer reflexão. Além das famosas obras de natureza econômica, seria necessário  uma maior compreensão de alguns dos artigos publicados nos últimos anos, especialmente pela revista First Things, em que, com uma prosa articulada, mas muito útil, explora as raízes das contradições da modernidade caracterizada pela crise da responsabilidade individual e social, bem como uma turvação dos valores tradicionais compartilhados por gerações anteriores. A perda de uma perspectiva metafísica, como já advertiu Tocqueville, nos condena à matéria e ao mundo, aprisionando-nos pelo niilismo.

ZENIT: Que aspectos neste contexto de crise econômica parecem alarmantes, especialmente para as jovens gerações?

Giovanni: A crise do indivíduo é, sem dúvida, uma crise moral coletiva. Os jovens já no turbilhão das dificuldades econômicas e de trabalho, foram, talvez, atraídos por mitos e promessas vazias. Parece que uma espécie de "narcose materialista", resultado também da sociedade da informação, mudou o curso natural do tempo adiando continuamente "questões fundamentais" e imobilizando a natural predisposição para o planejamento e para compromissos duradouros com uma ‘auto-redução’ da liberdade, aparentemente delegada ao mundo.

ZENIT:Existem sinais de esperança?

Giovanni: Claro! No momento em que o indivíduo tenta analisar, no segredo do próprio silêncio, sua jornada humana, muitas vezes, experimenta um sentimento de desorientação e ansiedade que às vezes é relacionado a certa agressividade ou raiva . Em um artigo recente do Pe.Giovanni Cucci, s.j, apareceu na civilização católica, ele fala sobre a relação entre a "raiva positiva" e a esperança.

Se a preocupação é metabolizada de forma correta pode ser o estímulo para a construção de um novo caminho. No desejo de renascer se abriga um profundo sentimento de esperança, que alimenta uma série de outras virtudes em um movimento gradual para a partilha dos deveres, o perdão e o respeito mútuo.

ZENIT:O magistério de Bento XVI nos oferece muitas idéias de inspiração filosófica profunda. O que pode tocar profundamente o homem moderno confuso e às vezes indiferente?

Giovanni: Sem entrar em âmbitos estritamente teológicos, poderia apresentar alguns aspectos tanto de fácil compreensão como portadores de futuras reflexões individuais. A Secularização mudou profundamente as relações humanas e interpessoais. A indiferença e o hedonismo têm substituído a busca natural de soluções propositivas sob a ‘estrela da sorte’ da responsabilidade mútua.

Isso pode ser visto, especialmente em pequenas comunidades que são a base da convivência civil. Bento XVI convida-nos a não deixar-nos engolir pela areia movediça do nada, mas a sermos criativos, ativos, prontos para assumir - de cabeça erguida – novos desafios num contexto de uma "minoria".

O véu da indiferença pode ser rasgado no momento em que a pessoa parando por um momento diante da beleza da criação ou de uma obra de arte, reconsidera, com o olhar contemplativo e aberto à maravilha, o seu papel no mundo, questionando-se sobre seu destino e olhando para o alto. A recuperação, em diversas situações, da Via Pulchritudinis é um aspecto essencial do magistério de Bento XVI.

(Trad.MEM)

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Bioética


Deturpando o significado da paternidade
Diagnóstico pré-implantatório: nota do Centro de Bioética da Universidade Católica de Cagliari sobre decisão de tribunal da cidade

ROMA, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - A sentença do Tribunal de Cagliari [Itália], que procura legitimar o diagnóstico pré-implantação de embriões, contrariando a proibição original da lei 40, deve ser criticada por todos aqueles que enxergam o que realmente está em jogo: na ausência da possibilidade de intervenção terapêutica, ela se reduz a uma ferramenta de seleção, que conduz à eliminação de seres humanos em estado embrionário.

Trata-se de uma configuração eugenética, pois ela nega o direito à proteção da vida, ao cuidado e ao tratamento dos embriões afetados por patologias.

O diagnóstico pré-implantação não pode ser justificado em nome do amor pelos filhos, porque argumenta que é melhor não ter nascido que viver com uma doença. Essa lógica se une à disseminação de uma mentalidade que considera como um peso as pessoas deficientes nas fases posteriores da vida. A hostilidade contra a doença se torna hostilidade contra os doentes.

A sentença judicial endossa a distorção do significado da paternidade, desenlaçando-a da aceitação e da responsabilidade e transformando-a em um projeto produtivo, no qual a geração é colocada sob o signo da reserva mental: seleção, descarte e escolha do saudável. É preciso refletir sobre este fenômeno. Sacralizar judicialmente o direito a um filho saudável é coisa muito diferente do desejo de saúde e significa simplesmente reafirmar o direito do mais forte em detrimento dos mais fracos.

Inflige-se ainda uma ferida à medicina e à pesquisa científica, que, na eliminação do ser humano afetado pela patologia, encontra o seu fracasso.

Sobre estes assuntos, não é possível confiar-se apenas ao modelo "emotivista" privilegiado por muitos meios de comunicação: está em jogo uma questão ético-política que não pode seguir o caminho curto de sentenças autorreferenciais, que, com uma decisão, pretendem encerrar qualquer debate mais amplo nos âmbitos civil e parlamentar.

* www.centrodibioetica.it

(Trad.ZENIT)

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Flash


Bíblia e Rock na Gregoriana
A primeira Quarta-feira das Artes irá explorar as raízes bíblicas da música de Bruce Springsteen

ROMA, segunda-feira, 19 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - O ciclo de palestras públicas (com entrada gratuita) "Os desafios para a fé, os desafios da fé", organizado pelo Centro de Fé e Cultura "Alberto Hurtado" na Universidade Gregoriana de Roma prevê, no decorrer do percurso, quatro eventos à noite (20:00 - 22:00 horas) denominados “Quarta-feira das Artes”.

As quatro noites, organizadas em colaboração com a Associação BombaCarta.com, pretendem acrescentar aos momentos de reflexão propostos em outros encontros, verdadeiras “degustações” sobre a experiência artística, lugar privilegiado de questionamentos de senso universal.

A primeira “Quarta-feira das Artes” vai explorar as raízes bíblicas de uma das vozes mais famosas do nosso tempo: o rock de Bruce Springsteen.

Conduzirão este percurso, o crítico literário Andrea Monda e o músico Antonio Zirilli, que interpretará ao vivo várias peças do "Boss".

No programa "Os desafios para a fé" pode ser encontrado as próximas Quartas-feiras das Artes:

http://www.unigre.it/Univ/eventi/documenti_12_13/121017_CFC_ciclo_conferenze_pubbliche_agg_it.pdf

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Curso à distância (online) Iniciação Teológica
O Curso de Iniciação Teológica (já na quarta edição) pretende dar uma visão geral dos tratados da Teologia, fornecendo ao aluno subsídios para posterior aprofundamento. Além da visão geral, são apresentados os pontos fundamentais de cada tratado, segundo as grandes fontes da Teologia católica: as Sagradas Escrituras, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja. Com acompanhamento de professor.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]